Três dias após o “sequestro” de uma embarcação brasileira durante retaliação de barqueiros contra ações da polícia na fronteira entre Brasil e Bolívia, em Guajará-Mirim (RO), o porto fluvial que liga os dois países segue fechado. Os passageiros foram liberados, e a embarcação que estava retida na Bolívia foi liberada na tarde desta segunda-feira (22).
O porto é o principal ponto de entrada e saída de pessoas e mercadorias entre os países na região Norte do país.
As retaliações começaram depois de uma operação de rotina realizada pelo Batalhão de Fronteira no rio Mamoré. Segundo a polícia, embarcações bolivianas que estavam irregulares foram apreendidas durante a ação.
De acordo com a sócia-administradora do Porto Fluvial, uma embarcação com passageiros foi parada pelos bolivianos em protesto. O porto foi fechado após o incidente e o transporte fluvial entre os dois países segue paralisado.
Nos dois dias que se seguiram, autoridades brasileiras, bolivianas e as empresas responsáveis pelo transporte fluvial tentaram fazer negociações para garantir a retomada do trajeto. As polícias Militar e Federal, além da Marinha e representantes do consulado boliviano estiveram presentes na fronteira para analisar e tratar a situação.
No entanto, de acordo com as autoridades, a tensão permanece na região. A travessia chegou a ser retomada, mas foi suspensa por autoridades bolivianas que alegam não conseguir garantir a navegação e integridade física de pessoas.
As autoridades brasileiras revezam-se na guarda e segurança da fronteira durante as 24 horas, garantindo a segurança e salvaguarda da vida humana. Não há previsão de retorno das atividades do porto.
VEJA O VÍDEO: