O presidente do Sistema FAPERON/Senar, Hélio Dias, e o superintendente Elmerson Lira representaram Rondônia nesta terça-feira (6), em São Paulo, durante o evento “Cenário Geopolítico e a Agricultura Tropical”, promovido pelo Sistema CNA/Senar em parceria com o jornal O Estado de S. Paulo e a Broadcast. O encontro reuniu especialistas de renome nacional e internacional para discutir os impactos das transformações geopolíticas sobre o setor agropecuário global.
Um dos destaques da programação foi o painel “Nova Ordem Mundial”, que abordou a fragmentação do poder global, a disputa por zonas de influência entre Estados Unidos e China e os caminhos que se abrem para países produtores de alimentos, como o Brasil. Entre os painelistas estavam o ex-presidente do Banco dos Brics, Marcos Troyjo, o pesquisador Oliver Stuenkel e o ex-secretário de Comércio Exterior, Welber Barral. A mediação foi conduzida pelo jornalista William Waack.
Para Hélio Dias, a participação no evento reforça o compromisso de Rondônia com a atualização constante sobre os cenários globais e sua influência na produção rural. “O agro não é mais apenas uma questão local ou nacional. Hoje, decisões que acontecem em outros continentes impactam diretamente o que produzimos e como comercializamos. Estar aqui é entender para onde o mundo está indo e garantir que Rondônia continue em posição de destaque na produção agrícola e pecuária”, ressaltou o presidente da FAPERON/Senar.
O superintendente Elmerson Lira também destacou a importância da troca de conhecimento. “Discutir geopolítica em um evento como este é compreender que nossos produtores precisam estar cada vez mais preparados para um mercado dinâmico e desafiador. O Sistema FAPERON/Senar tem investido em qualificação, inovação e assistência técnica justamente para manter Rondônia competitiva diante das mudanças globais”, pontuou.
O presidente da CNA, João Martins, reforçou que a presença dos presidentes das Federações estaduais em eventos estratégicos como esse é essencial para levar às bases o conhecimento gerado nos debates e garantir que os produtores estejam sempre um passo à frente.
Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), o comércio global deve crescer 1,7% — abaixo da projeção anterior de 2,5% — reflexo direto das novas tarifas norte-americanas. Diante desse cenário, o agro brasileiro precisa se adaptar rapidamente, e eventos como este são fundamentais para antecipar tendências e traçar estratégias.