O Mercado do Pescado, próximo ao rio Madeira e ao lado do porto do Cai n’Água, após ter sofrido grandes danos com a enchente de 2014, será reinaugurado no dia 16 de fevereiro.
O secretário municipal de Desenvolvimento Socioeconômico e Turismo (Semdestur), Geraldo Afonso, informou que falta apenas concluir a restauração da parte elétrica, tendo sido já feitas as reformas da parte hidráulica, pinturas, banheiros, pias, balcões, telhado, teto e piso. “Pode-se dizer que foi uma reforma geral, apesar de não termos mexido com a estrutura propriamente do prédio”, explicou.
Os trinta e seis permissionários que já trabalhavam no local já foram convocados para a revisão da documentação e para retomada dos boxes. “Todo aquele local passará a ter novamente vida. Durante o período em que ele ficou parado, acumularam-se reclamações quanto a tráfego de drogas, a situação de abandono e por outros problemas. Agora o local passa a inspirar mais segurança e sanidade”, disse Afonso. As reformas começaram há cerca de sessenta dias e estão sendo concluídas num tempo relativamente rápido, tendo em vista a rotina do serviço público. O secretário esclareceu que as obras demoraram a começar porque a Prefeitura ficou num fogo cruzado de muitas opiniões sobre se seria ou não correto investir num local sujeito a enchentes. O prefeito considerou antes de tudo a parte social da questão, quanto às famílias dos permissionários que passaram a viver um verdadeiro drama financeiro com a paralisação do espaço.
Outro ponto que pesou na decisão do Município foi que a possibilidade de outras enchentes de mesma proporção da de 2014 não pode ser prevista, sendo que o investimento não se mostrava tão alto para que se mantivesse fechado um ponto tão importante para a vida da cidade. “Assim, enquanto as discussões seguem, o local é reaberto e muitos ficam bastante satisfeitos com isso. As pessoas podem trabalhar e a população pode se beneficiar das atividades de um mercado que sempre tem sido muito procurado pelo povo, principalmente nos finais de semana”, declarou o secretário.
As primeiras planilhas de custo do projeto de reforma apontavam para uma cifra superior a 500 mil reais, mas a Semdestur conseguiu reduzir os custos em cerca de duzentos mil sem alterar o projeto. “Conseguimos por meio de uma Ata do Ministério da Defesa realizar tudo o que precisávamos ao valor de 313 mil reais. A economia foi importante para que possamos aplicar os recursos em outros projetos, também muito importantes para o município”, finalizou.