A MaquiParts, concessionária dos produtos LS Tractor, lançará durante a 5ª Rondônia Rural Show o Plano Bule Cheio, que trata da modalidade de negócio para aquisição de máquinas agrícolas com pagamento em sacas de café, também conhecido como barter.
“O funcionamento da modalidade ao produtor é simples. Entregamos o trator após a aprovação de crédito, e o produtor realiza o pagamento em sacas de café em até três safras,” explicou o diretor Comercial da empresa, Márcio André Porto da Rosa.
Há quatro anos no País, a LS Tractor, divisão da multinacional coreana LG, vem apostando nessa modalidade para comercializar máquinas de menor potência voltadas ao segmento, e ganhar mercado. A estratégia, até agora, tem sido considerada bem sucedida nos Estados de São Paulo e Minas Gerais.
Para o secretário de Estado da Agricultura, Evandro Padovani, é admirável a iniciativa da empresa de disponibilizar ao produtor rondoniense essa modalidade de negócio. “O diferencial dessa modalidade é a garantia de que o produtor estará negociando com sua moeda, ou seja, o seu produto, facilitando o acesso ao equipamento necessário para mecanização da atividade. Essa é mais uma ferramenta que trazemos para o produtor de Rondônia”, enfatizou Padovani.
De acordo com o diretor Comercial da MaquiParts, Márcio André, as operações de troca começaram a ser desenhadas em outubro de 2013, quando foi inaugurada a primeira fábrica da marca no Brasil, em Santa Catarina.
Quando inaugurou a planta catarinense, as perspectivas para o mercado do café eram particularmente negativas. A confortável oferta global de café derrubava os preços da commodities e o cenário coibia investimentos, daí a opção pelo barter.
Para operacionalizar a troca, a LS Tractor fez uma parceria com uma trading que recebe os grãos dos produtores que fecham contrato com a LS. A empresa aceita diferentes tipos de café em vários armazéns nas principais regiões produtoras do país. Se o café for certificado, ganha bônus, diz o diretor comercial da empresa.
André explica que é calculada uma cotação média do produto no mercado futuro para a definição do número de sacas que o produtor terá de entregar como pagamento das parcelas. A venda pode ser feita em até três parcelas, uma por safra. Caso o preço da commodity altere para mais ou para menos, o número de sacas determinado permanece.
Márcio lembra que essas operações de troca de máquinas por produção agrícolas eram comuns no passado nos mercados de milho, soja e cana, quando a inflação era mais elevada e o câmbio, mais volátil.
FONTE – Dhiony Costa e Silva