Técnicos e cultivadores de florestas, que acreditam e incentivam o plantio de florestas em áreas degradadas em Rondônia, garantem que dinheiro dá em árvore, e muito.
As espécies eucalipto, pinus, teca e pinho cuiabano já estão sendo plantadas, extraídas e comercializadas nos mercados nacional e internacional. É um atrativo, principalmente, aos pequenos produtores rurais na formação de uma “poupança verde”.
As florestas já são realidade em várias partes de Rondônia. A mata plantada traz dividendos que estão gerando recursos aos produtores. O beneficiamento da madeira, a goma-resina e o sequestro de carbono originam os principais lucros.
“Quem plantar três hectares do pinho cuiabano terá uma renda de R$ 36 mil/ano, por exemplo”, informou o técnico florestal Adilson Pepino, de Ji-Paraná.
Com um investimento de R$ 12 mil, de acordo com os técnicos, pode se obter até R$ 500 mil em madeiras certificadas ao longo de 12 a 14 anos.
“O cultivo de floresta, de forma geral, produz muito mais do que a pecuária e a agricultura”, afirma o engenheiro florestal Aparecido Donadoni, alertando para o incremento da renda local e regional, favorecendo a atração de investimentos e indústrias para a região plantada.
“Onde tinha pinus plantado em escala de floresta no Brasil fui conhecer. Viajei até para a China, um dos maiores detentores de floresta desta espécie no mundo”, disse entusiasmado Antônio Marques, motivado a ampliar anualmente a floresta dele, a 25 quilômetros do centro de Vilhena.
Em 2015, as florestas plantadas chegaram a 7,6 milhões de hectares, menos de 1{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} da área produtiva do País, mas ocupa o terceiro lugar no saldo da balança comercial. O setor responde a 75{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} de tudo o que é consumido pelas indústrias de base florestal, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Em Ji-Paraná, o fazendeiro e industrial Mário Luiz Ramos Alferes encontrou a solução para um dos negócios dele, uma indústria de laminação. Ele iniciou em 2015 o plantio de 500 hectares de floresta de paricá. Dessa espécie, o principal produto é o laminado. “Todo o laminado produzido é exportado para Alemanha. Mercado garantido”, citou Adilson Pepino.
“A madeira da Teca, espécie mais cultivada na região de Ouro Preto do Oeste, também é toda exportada”, adiantou o fazendeiro Jaques Testoni, que preside a Associação Rondoniense e Floresta Plantada (Arflora), instituição colaborativa na difusão do plantio técnico de florestas.
O plantio de árvores é um negócio lucrativo e sustentável porque beneficia aspectos econômicos, sociais e ambientais. “Estas florestas contribuem decisivamente para a redução da pressão sobre as florestas nativas”, explica o coordenador de Florestas Plantadas da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Ambiental (Sedam), o engenheiro florestal Edgard Menezes, garantindo que o governo de Rondônia já conta com legislação pertinente ao reflorestamento por espécies nativas e exóticas.
Texto: Paulo Sérgio
Fotos: Paulo Sérgio
Secom – Governo de Rondônia