Um projeto para produção integrada de frutas, hortaliças e criação de gado de leite, tem animado os agricultores da área do Riachuelo no município de Ji-Paraná.
Uma comitiva de agricultores representando a Associação dos Produtores Rurais do Riachuelo se reuniu com o presidente da Emater-RO, Luis Gomes Furtado e técnicos especialistas em diferentes áreas para conhecer o projeto proposto pela Emater-RO, para recuperar os solos degradados, as nascentes e promover uma produção sustentável na região.
Essa região do Riachuelo é histórica porque alem de ser um dos primeiros assentamentos realizados pelo Incra em Rondônia, é também o berço da piscicultura rondoniense, por ter abrigado o primeiro laboratório de reprodução de tambaqui em escala comercial.
A região que nos referimos está localizada na linha 90 e proximidades, entre o distrito de Nova Colina e a cidade de Ji-Paraná, é banhada pelos igarapés Riachuelo e Riachuelinho. Por capricho da natureza ou por falta de previdência de quem planejou o assentamento, a maioria dos lotes dos agricultores familiares dessa área não alcançam as margens dos igarapés, ficando desprovidas de água corrente perene.
A falta de água perene nas propriedades familiares dificulta a instalação de sistemas de irrigação para melhorar a produção dos agricultores que reclamam da diminuição da renda e desejam cultivar outras culturas usando novas tecnologias.
Por causa do uso intenso do solo e baixo uso de tecnologia a produtividade das lavouras e criações dos agricultores vinha diminuindo a cada ano, isto motivou a Associação dos Produtores Rurais do Riachuelo a solicitar da Emater-RO, um projeto de recuperação das áreas degradas e nascentes, e a introdução de novas tecnologias de produção sustentável na região.
Durante uma reunião realizada no centro de treinamento da Emater-RO em Ouro Preto do Oeste o engenheiro agrônomo Antonio de Sousa Dias, mestre em irrigação, apresentou um projeto amplo que inclui a recuperação da micro – bacia do igarapé Riachuelo.
O projeto inclui a introdução de novas lavouras como a fruticultura, olericultura, piscicultura e bovinocultura leiteira, e também a instalação de uma agroindústria de processamento de frutas.
Para viabilizar a produção, o projeto contempla a construção de uma estação de captação de água no rio Riachuelinho com uma adutora para transportar a água até as propriedades que utilizarão sistemas de economia de água, integrando todas as atividades da propriedade.
A água que for usada na piscicultura depois será usada na irrigação aproveitando os resíduos deixados pelos restos de ração e fezes dos peixes, isto permitirá a fertilização do solo juntamente com a irrigação, melhorando a eficiência dos cultivos e baixando custos de produção.
Em um levantamento preliminar o projeto pode recuperar 715 hectares de pastagens degradadas, 45 de matas ciliares e 150 nascentes já identificadas. Outra vantagem é que os agricultores poderão aumentar a produtividade de forrageiras em 300{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}, do leite em 33{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}, fazer 15 hectares de lamina de água para piscicultura e outras melhorias para a comunidade.
Este projeto apresentado em primeira mão aos agricultores do Riachuelo, será aprimorado pela Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri) e depois enviado ao BNDS, com uma proposta de financiamento subsidiado.