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Piscicultura de Rondônia é referência nacional e atrai pesquisadores e estudantes do Acre

“De tanto ver prosperar a piscicultura em Rondônia, nosso estado-irmão, tínhamos que conhecer o motivo de tanto sucesso”. A afirmativa foi feita pela professora de práticas profissionais do Instituto Federal do Acre (Ifac), Maralina Torres, chefe da delegação que visita criadouros em Porto Velho e Ariquemes desta terça-feira (13) até a próxima quinta-feira (15)

Ao ser recebidas pelo secretário estadual da Agricultura, Evandro Padovani, as professoras Maralinda e Deborah Freitas – das disciplinas de meio ambiente e legislação ambiental- disseram que o Acre tem hoje um grande complexo industrial  de piscicultura composto por um frigorífico com capacidade de processamento de 70 toneladas de pescado por semana; criadouro de alevinos e fábrica de ração.

“O nosso principal objetivo é conhecer as práticas que vocês adotaram para profissionalizar os piscicultores daqui, pois os nossos ainda praticam a piscicultura de subsistência”, disse Deborah, complementando que o que sobra em Rondônia falta no Acre: peixe.

O aluno do terceiro período de aquicultura do Ifac, Francisco D’Avila, falou do interesse de todos os 22 alunos que compõem a delegação, que buscam ser inseridos no mercado de trabalho da piscicultura, em visitar às boas práticas desenvolvidas tanto em tanque lona, quanto em escavado.

“Estamos atentos à crescente demanda de pescado no mundo, até porque a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que cada pessoa consuma, no mínimo, 12 quilos de peixe ao ano, e Rondônia desponta hoje como o maior produtor de peixe nativo de água doce em cativeiro do mundo”, sintetizou D’Avila.

A visita, acompanhada pelo gerente de Piscicultura da Seagri, Jander Plaça; e pelo engenheiro florestal da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-RO), Marcos Carvalho,  percorrerá criadouros em Porto Velho -reassentamento Santa Rita, fazenda Bem-te-vi e reassentamento São Domingos -.  Ariquemes, a delegação será acompanhada pelo engenheiro de pesca da Emater-RO, Vinícius Pedrotti, com locais a definir.

Jander Plaça comemorou o fato de Rondônia ser referência em práticas exitosas na criação, principalmente, de tambaqui e pirarucu.”Trabalhamos duro para chegar até aqui e vamos redobrar nossos esforços para alavancar ainda mais o negócio do peixe.

Evandro Padovani citou que também temos muito que evoluir, e que um dos bons exemplos que podemos adaptar ao processo do agronegócio de Rondônia são as Parcerias Público Privadas Comunitárias (PPC) praticadas com sucesso no Estado do Acre. “Colocamos a região Norte no topo do ranking mundial do pescado de água doce e pretendemos repartir  com nossos vizinhos o que aprendemos e praticamos, pois o saber é para ser compartilhado”, afirmou Padovani.

Na oportunidade, o secretário convidou os técnicos, estudantes, produtores e demais interessados do Acre a participar da 6ª Rondônia Rural Show, que acontecerá de 24 a 27 de maio de 2017, em Ji-Paraná. “Queremos ver estandes mostrando as tecnologias e avanços de todas as partes do mundo, e os irmãos acrianos têm muito a nos mostrar e também a comercializar nesta que é a oitava feira do agronegócio do Brasil”, pontuou Padovani.

Texto: Marco Aurélio Anconi
Fotos: Marco Aurélio Anconi

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