A Associação Brasileira de Piscicultura – Peixe BR lançou a segunda edição do “Anuário Peixe BR”, versão 2018.
Com formato inédito e 140 páginas de valiosas informações sobre a criação de peixes no País, uma das grandes novidades trazidas foi saber que o Brasil já se encontra entre os quatro maiores produtores de tilápia do mundo, atrás apenas de China, Indonésia e Egito, informação que, inclusive, ilustra a capa do anuário.
Apesar das adversidades climáticas, a região Sul voltou a liderar as estatísticas nacionais de produção, com 178,5 mil toneladas de peixes produzidas, impulsionada pelo Estado do Paraná, primeiro na história a ultrapassar a barreira das 100 mil toneladas/ano.
O anuário apresenta uma seção denominada “Passos para o crescimento” – O que a atividade precisa para crescer. A partir de um levantamento inédito, a Peixe BR ouviu associados de todas as regiões brasileiras e elencaram os principais problemas, dificuldades, gargalos e desafios da atividade. As demandas foram organizadas em temas, como: Sistemas de produção, nutrição, espécies, sanidade, novas tecnologias, genética, processamento do pescado, qualidade de água, mercado, além de demandas específicas para os órgãos de defesa sanitária, de licenciamento ambiental e para as agências de fomento, como CNPq e FINEP.
O lançamento do anuário foi realizado em alto estilo, com a presença dos associados, imprensa e diversas autoridades do agrobusiness brasileiro.
Estiveram presentes Alexandre Aires de Freitas (Chefe Geral da Embrapa Pesca e Aquicultura), Ariovaldo Zani (Presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal – Sindirações), Dayvison Franklin (Secretário Nacional de Pesca e Aquicultura), Eduardo Ono (Presidente da Comissão Nacional de Aquicultura da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA), Francisco das Chagas Medeiros (Diretor Presidente Executivo da Peixe BR) e Ricardo Neukirchner (Presidente do Conselho de Administração da Peixe BR).
Os associados aproveitaram a presença do Secretário Nacional de Pesca e Aquicultura, Dayvison Franklin, para cobrar uma maior atenção do Governo Federal acerca do imbróglio da liberação das áreas para produção em águas da União. O Secretário reconheceu que no último ano (2017) deu maior atenção às questões ligadas à Pesca, e que este ano seria o ano da “Aquicultura”.
Outra novidade para este ano é que o Anuário será comercializado. Em breve, maiores informações a este respeito no site da Peixe BR.
Para visualizar um resumo dos principais dados da piscicultura brasileira, retirados do anuário 2017 clique aqui.
Piscicultura brasileira cresce 8% em 2017
A Piscicultura brasileira produziu 691.700 toneladas de peixes de cultivo em 2017. Esse resultado é 8% superior ao de 2016 (640.510 t).
A Tilápia é a mais importante espécie de peixes cultivados do Brasil. Segundo levantamento inédito da Associação Brasileira da Piscicultura, a espécie representa 51,7% da Piscicultura nacional, com 357.639 toneladasem 2017.
A segunda posição não é de uma espécie em si, mas de uma categoria de peixes: os nativos. De acordo com a pesquisa da PEIXE BR, liderados pelo Tambaqui os nativos representam 43,7% da produção brasileira: 302.235 toneladas.
Outras espécies, entre as quais destacam-se Carpas e Trutas, representam 4,6% da produção brasileira de peixes de cultivo em 2017, com 31.825 toneladas. A pesquisa da PEIXE BR em todo o Brasil mostra, pela primeira vez, os números da Tilápia no país, comprovando sua viabilidade em termos produtivos e como negócio, já que a espécie está presente nos maiores e mais recentes empreendimentos, sobretudo na região Sul/Sudeste.
“A autorização para produção da Tilápia em estados com grande potencial de desenvolvimento da Piscicultura, como Tocantins e Mato Grosso, também mostra que a participação da espécie na Piscicultura brasileira deve crescer ainda mais no futuro”, complementaFrancisco Medeiros, presidente executivo da PEIXE BR.
A produção brasileira de Tilápia foi de 357.639 toneladas em 2017, de acordo com levantamento da Associação Brasileira da Piscicultura (PEIXE BR). Esse resultado coloca o Brasil entre os quatro maiores produtores do mundo, atrás de China, Indonésia e Egito.
Brasil, 4° maior produtor de tilápia
De acordo com o Relatório Intrafish, respeitada publicação da Noruega, a China lidera o ranking com 1,8 milhão de toneladas de Tilápia por ano. A Indonésia está na segunda posição, com 1,1 milhão/t, e, depois, o Egito, com 800 mil t/ano. Após o Brasil, vêm Filipinas (311,6 mil t) e Tailândia (300 mil t).
O Paraná é o maior produtor de Tilápia do Brasil, com 105.392 toneladas. A espécie participa com 94% da produção total de peixes cultivados do estado. A Tilápia também está presente com força de São Paulo. Nada menos do que 95% da produção do estado – equivalentes a 66.101 t – são de Tilápia.
O terceiro maior produtor de Tilápia do Brasil é Santa Catarina, com 32.930 t (74% do total). Depois vêm Minas Gerais, com 27.579 t (95% do total), e Bahia, com 22.220 t (81% do total). Juntos, os cinco estados maiores produtores de Tilápia do Brasil representam 64,9% da produção nacional.
Rondônia lidera produção de peixes nativos
Rondônia e Amazonas (região Norte), Mato Grosso e Goiás (região Centro-Oeste) e Maranhão (região Nordeste) são os maiores produtores de peixes nativos do Brasil. A pesquisa da Associação Brasileira da Piscicultura (PEIXE BR) não detalha, em percentual, as espécies nativas mais produzidas, porém a liderança é do Tambaqui, Pirapitinga, Pacu e seus híbridos, principalmente Tambatinga.
Rondônia lidera o ranking, com 100% de sua produção (77 mil t, em 2017) de espécies nativas. Mato Grosso aparece em segundo lugar, com 60.134 t (97% do total). Na sequência, vêm Amazonas, com 100% da produção de peixes nativos (28 mil t), Maranhão, com 90% das 26.500 t, e Pará, com 97,2% da produção total de 20 mil t.
Os cinco estados, juntos, representam 69% da produção total de peixes nativos, lembrando que estas espécies estão mais disseminadas pelo Brasil – especialmente pelas regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste. De acordo com o levantamento da PEIXE BR, somente no Distrito Federal não há cultivo de peixe nativo.
Fonte: Assessoria