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Implantada Vitrine tecnológica do Cacau em Porto Velho

Os agricultores de Porto Velho e região já podem sonhar com lavouras de cacau de alto rendimento. Isso porque a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), a Empresa de Assistência e Extensão Rural (Emater-RO) e a Secretaria de Estado da Agricultura, estão investindo em um projeto que promete produtividades acima de três mil quilos de amêndoas secas por hectare. Pelo menos um milhão de mudas selecionadas de cacau serão doadas pela Secretaria Municipal de Agricultura (Semagric) de Porto Velho, conforme prometeu o secretário Leonel Bertoline, a agricultores familiares interessados na cultura.

A principal estação de pesquisa do cacaueiro na Amazônia Ocidental pertence à Ceplac, e está localizada em Ouro Preto do Oeste. Já o município com maior área plantada é Jaru, que cultiva a espécie, desde sua criação, como projeto integrado de colonização Padre Adolfo Roll, no inicio da década de 70. No entanto, suas lavouras tradicionais produzem pouco mais de mil quilos de cacau por hectare.

A proposta apresentada aos produtores da capital e municípios da região é a reprodução de clones de plantas nacionais ou trazidas do Equador, e devidamente testadas nas estações de pesquisa da Ceplac na Bahia e em Ouro Preto do Oeste.

Os testes confirmaram resultados excelentes de oito clones de alta produtividade, entre eles dois clones se destacam pela produtividade e resistência. São eles os clones originários do Equador ccn 51 e ccn10, segundo Alberto Quintans, diretor de Extensão Rural da Ceplac.

“Talhões com estes clones foram plantados numa área da fazenda Bem Tivi, na BR 364 na saída para Rio Branco, a área plantada servirá de referência para os agricultores locais, uma vitrine tecnológica e uma estação de multiplicação desse material genético, pois dali serão tiradas hastes para produção de mudas através da técnica da enxertia”, explicou o superintendente da Ceplac, Cacildo Viana.

A área onde está sendo implantada a vitrine tecnológica foi plantada com mudas de banana, no fim do ano de 2015, para servir de sombreamento provisório para as mudas de cacau que estão sendo plantadas somente agora. Para que as plantas transplantadas não sofram com a estiagem que se avizinha, todas as mudas recebem pelo menos dois litros de hidrogel na cova, para auxiliar na manutenção da umidade do solo. Depois a lavoura será irrigada com água servida, retirada dos tanques de piscicultura da fazenda, adiantou Carlindo Pinto, coordenador do projeto na fazenda.

“A assistência técnica nesse projeto e nas propriedades que aderirem a essa modalidade de cultivo será dada pela Emater-RO, e seguirá o mesmo molde do projeto oficial de cultivo do café clonal”, disse o vice presidente da Emater-RO, Francisco Mende Sá Barreto Coutinho.

Ele garantiu que as unidades de referência são modelos criados como parte da estratégia de assistência técnica coletiva que está sendo implantada no estado para atender o maior número de produtores, para que se possa cumprir uma determinação do governador Confúcio Moura, que todos os agricultores recebam assistência técnica, ainda que não haja técnicos suficientes para o atendimento individual.

 Texto: Enoque de Oliveira
Fotos: Enoque de oliveira
Secom – Governo de Rondônia
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