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Embrapa faz lançamentos e leva tecnologias para a Rondônia Rural Show

A Embrapa Rondônia irá lançar e levar diversas tecnologias nas áreas da cafeicultura, produção animal, vegetal e florestal para uma das maiores feiras de agronegócios da Região Norte, a 5ª Rondônia Rural Show, também considerada uma das vinte maiores feiras no calendário dos principais eventos destinados ao agronegócio do país. O evento acontece de 25 a 28 de maio em Ji-Paraná (RO) e a expectativa dos organizadores é de que mais de 60 mil pessoas visitem o local. “São quatro décadas de intensa produção científica da Embrapa para o estado e região amazônica. Tecnologias que estão disponíveis para os agricultores melhorarem a produção em quantidade e qualidade, com foco sempre na sustentabilidade dos sistemas”, explica o chefe-geral da Embrapa Rondônia, Alaerto Marcolan. Segundo ele, o público que for ao evento poderá conferir o que de mais novo tem sido desenvolvido para o estado e região e que já pode ser adotado pelos produtores.

A Embrapa estará presente na Vitrine Tecnológica, na área dos estandes institucionais, em palestras, nos Caminhos do Leite e do Café e demais ações realizadas na Feira, sempre com profissionais à disposição do público todos os dias do evento. Os lançamentos deste ano são os livros “Café na Amazônia” e “Ginecologia e ultrassonografia reprodutiva em bovinos”; a nova técnica de Inseminação Artificial em Tempo Fixo – IATF em Blocos; demonstração da poda de formação em cafeeiros; e o dispositivo VETSCORE®, desenvolvido pela Embrapa Rondônia para avaliação nutricional do rebanho bovino, que estará exposto na Rondônia Rural Show e deve chegar neste primeiro semestre ao mercado. A comercialização será realizada pela Prático de Garça, empresa habilitada pela Embrapa para comercializar o produto.

Na área da cafeicultura, estarão à disposição do público na Vitrine Tecnológica variedades de café desenvolvidas pela Embrapa (arábica, robusta e conilon), entre elas a cultivar de café conilon BRS Ouro Preto. Também estarão em exposição a máquina de colheita semi-mecanizada do café canéfora (conilon e robusta) e a Barcaça Seca Café, tecnologia para a secagem de café com qualidade. Durante a Rondônia Rural Show o público ainda poderá degustar os cafés arábica e conilon de alta qualidade de bebida cultivados em áreas de experimentos da Embrapa no estado.

Na Vitrine Tecnológica também serão apresentados ao público a cultivar de arroz BRS Esmeralda; a cultivar de capim elefante anão BRS Kurumi e a BRS Tamani, o primeiro híbrido de Panicum maximum da Embrapa. O Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) será apresentado na Vitrine como tecnologia sustentável para a agricultura. O público também poderá conhecer e manusear a régua de manejo de pastagem, que indica o momento ideal para o gado entrar e sair da pastagem.

A Embrapa também fará parte de uma das novidades da Feira para este ano, as salas temáticas Caminho do Leite e Caminho do Café, organizados pela EMATER-RO e com a parceria da Embrapa. Estes espaços são interativos e buscam oferecer ao público uma experiência sensorial, aguçando visão, tato, olfato e audição para levar aos visitantes orientações e uma breve experiência sobre a produção de café e leite no estado.

Além destas ações, a equipe da Embrapa realizará duas palestras que fazem parte da programação da Feira. No dia 26/05, das 8h às 12h, será realizado o “Workshop Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) como alternativa sustentável para Rondônia”, os palestrantes serão o pesquisador da Embrapa Rondônia, Vicente de Paulo Campos Godinho e o produtor Giocondo Vale, que possui uma fazenda que utiliza o sistema ILPF e que é considerada modelo em sustentabilidade em Rondônia. No dia 27/05, das 8h às 9h20, será realizada a palestra “Manejo reprodutivo de rebanho bovino visando maior eficiência”, com o pesquisador da Embrapa Rondônia, Luiz Francisco Machado.

Diversas ações realizadas pela Embrapa na Rondônia Rural Show contam com a parceria da Energia Sustentável do Brasil (ESBR), concessionária da Usina Hidrelétrica (UHE) Jirau que, por meio do Projeto Piloto de Uso da Faixa Deplecionável do reservatório da UHE Jirau (RO) e das Áreas de terra Firme de seu Entorno, buscam o desenvolvimento da agricultura familiar no entorno da Usina Jirau e região através de transferência de tecnologias.

Confira abaixo mais detalhes sobre as ações e tecnologias que a Embrapa levará para a quinta edição da Rondônia Rural Show.

Lançamento de livros

O livro “Café na Amazônia” reúne e atualiza todo o conhecimento gerado pela Embrapa Rondônia em seus 40 anos de existência em Rondônia. O livro, em seus 21 capítulos escritos por mais de 50 autores, contém informações necessárias a todos aqueles que pretendem cultivar ou participar dos esforços para o cultivo do café na Região Amazônica. Permite as tomadas de decisão do agricultor, em sua plantação; dos agentes financeiros, responsáveis pelo financiamento da produção; dos estudantes em sua formação; do extensionista, na aplicação das técnicas indicadas. Enfim, uma obra completa e útil para o desenvolvimento e fortalecimento da cafeicultura na Amazônia, garantindo a competitividade do setor cafeeiro frente às demais regiões produtoras, em um cenário econômico que exige, cada vez mais, a profissionalização do setor agrário e a eficiência de utilização de recursos ambientais, econômicos e humanos. O livro conta com a parceria da UHE Jirau e apoio do Consórcio Pesquisa Café e da Secretaria de Estado da Agricultura – Seagri.

Já o livro “Ginecologia e ultrassonografia reprodutiva em bovinos” pretende ser um novo aliado dos profissionais e estudantes que trabalham diretamente com os sistemas de produção de bovinos de todo o Brasil. Trata-se de um manual prático, de consulta rápida e de fácil leitura, que pode auxiliar na condução adequada da avaliação reprodutiva. A obra é uma parceria da Embrapa Rondônia com a Universidade do Estado de Santa Catarina.

Lançamento: IATF em Blocos aumenta em até 20{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} a prenhez em vacas

Com a nova técnica de Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) desenvolvida pela Embrapa Rondônia, a IATF em Blocos, a taxa de prenhez pode chegar a 70{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}, enquanto que o método convencional alcança em média de 40{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} a 60{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}, ou seja, a nova técnica aumenta de 10{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} a 20{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} a taxa de prenhez em relação às vacas submetidas à metodologia de IATF convencional. A IATF em Blocos foi desenvolvida para aproveitar o máximo potencial reprodutivo de fêmeas bovinas submetidas a um protocolo de IATF.

O diferencial da IATF em Blocos é a realização da inseminação de acordo com o diâmetro do folículo dominante, ou seja, a resposta do ovário da vaca. Para utilizar a nova técnica, no dia de realização da IATF, inicialmente as fêmeas são avaliadas por ultrassonografia para se estimar o momento da ovulação. Dessa forma, realiza-se a inseminação artificial de acordo com o momento mais favorável para a fecundação, diferentemente da forma tradicional, que não leva em consideração a estimativa do momento da ovulação. A depender do diâmetro do folículo, os animais são separados em quatro grupos e inseminadas em até 30 horas. A metodologia foi desenvolvida para vacas zebuínas de corte, Nelore, com cria ao pé e será avaliada para outras raças.

Lançamento: poda de formação dos cafeeiros conilon e robusta

A poda de formação será apresentada na prática aos visitantes da Vitrine Tecnológica da Embrapa na Feira. A poda de formação é uma técnica indicada para a formação precoce da copa dos cafeeiros conilon e robusta. Ela é benéfica por aumentar a produção na primeira safra e possibilitar a padronização das podas de produção, pois as hastes apresentarão a mesma idade. Se os cafeeiros forem plantados no mês de janeiro e a poda realizada em março, por exemplo, a prática da poda poderá também evitar o florescimento precoce em julho/agosto, evitando a colheita do primeiro ano (catação), cujo custo e a baixa produtividade por planta, a torna economicamente inviável.

VETSCORE®: tecnologia simples para avaliar a condição nutricional do rebanho

A Embrapa Rondônia desenvolveu uma tecnologia simples e prática para avaliar a condição nutricional do rebanho. Chamado VETSCORE®, a previsão é de que esteja disponível para manuseio. A comercialização será realizada pela Prático de Garça, empresa habilitada pela Embrapa para comercializar o produto.

O VETSCORE® é formado por duas réguas e articuladas de maneira a formarem uma angulação em que o próprio produtor pode monitorar o rebanho de forma rápida e precisa, além de corrigir o manejo alimentar para atingir maior eficiência do rebanho. Para fazer a avaliação com o VETSCORE®, o animal deve ser recolhido em local onde possa ser contido e manuseado sem apresentar riscos a ele e ao avaliador. Feito isso, a régua deve ser posicionada sobre a garupa do animal, entre a última vértebra lombar e a primeira vértebra sacral, e ser lentamente fechado até que suas réguas estejam em maior contato possível com a pele do animal. A leitura da condição corporal em que o animal se encontra é indicada por cores no visor: vermelha (baixa), verde (adequada) e amarelo-alaranjada (alta). Este dispositivo foi validado para as raças Nelore, Girolando e Angus.

Conilon BRS Ouro Preto: primeira cultivar de café da Embrapa para Rondônia e região

Uma área foi reservada na Rondônia Rural Show para o plantio e demonstração ao público da cultivar de café conilon BRS Ouro Preto (Coffea canephora Pierre ex Froehner), a primeira lançada pela Embrapa no Brasil, sendo resultado de pesquisa conduzido pela Embrapa Rondônia e o Consórcio Pesquisa Café. Também é a primeira cultivar de café conilon do Brasil a receber o Certificado de Proteção, concedido pelo Serviço Nacional de Proteção de Cultivares, vinculado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Recomendada especialmente para Rondônia, segundo produtor de café conilon do país, a cultivar foi obtida pela seleção de cafeeiros com características adequadas às lavouras comerciais do estado e adaptada ao clima e ao solo da região. Sua denominação é uma homenagem ao município de Ouro Preto do Oeste, centro pioneiro da colonização oficial do antigo território de Rondônia.

Colheita semi-mecanizada do café conilon pode reduzir custos de produção

Um dos principais gargalos enfrentados pelos cafeicultores é a falta de mão-de-obra, que limita o desenvolvimento da produção, tanto em quantidade como em qualidade. E, com o intuito de minimizar este problema, a Embrapa Rondônia está realizando testes para a colheita semi-mecanizada do café canéfora (conilon e robusta), que pode ser uma alternativa viável. Em testes iniciais, as medições foram feitas e comparadas com a colheita manual. O rendimento da máquina foi de aproximadamente cinco para um. Isso quer dizer que, considerando a máquina trabalhando com quatro operadores, ela tem potencial de fazer o trabalho de derriça de mais de 20 homens, reduzindo os custos em até 70{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}, quando comparada à colheita manual.

As máquinas recolhedoras e trilhadoras do café são baseadas no sistema de podas e renovação anual e/ou periódicas das lavouras. Em que, os ramos provenientes das podas, contendo ainda os frutos, formam leiras que são trilhadas mecanicamente ou podem simplesmente alimentar as máquinas de forma manual. Essa forma de colheita semi-mecanizada possui grande potencial por utilizar máquinas mais compactas e de menor custo, além de não exigir a obrigatoriedade da adequação espacial das lavouras de café. Este trabalho tem sido realizado em parceria com as Indústrias Colombo/Miac.

Pesquisa demonstra potencial do café arábica para a região amazônica

Os resultados de duas colheitas dos experimentos de café arábica desenvolvidos pela Embrapa Rondônia especialmente para a região Amazônica superaram as expectativas. Alguns materiais alcançaram produtividade média de 28 sacas por hectare nas áreas experimentais instaladas em municípios dos estados de Rondônia e Acre. Destaque para duas linhagens que alcançaram média de 40 sacas por hectare no município de Alta Floresta do Oeste-RO. Segundo o pesquisador da Embrapa Rondônia, Alexsandro Teixeira, são resultados excelentes considerando o cultivo sob condições de temperaturas elevadas, e ainda, quando comparado com a média nacional que é de 22 sacas/ha. “A pesquisa com café arábica é de grande importância para a região, pois atende grande demanda, uma vez que todo o café arábica consumido no Norte do país é importado de outras regiões produtoras, como Minas Gerais e São Paulo”, explica o pesquisador.

São dez anos de pesquisas em melhoramento genético para o café arábica desenvolvidas pela Embrapa Rondônia. O processo de seleção de plantas ainda está em andamento, pois é necessária a coleta de dados de mais duas safras de produção para finalizar a pesquisa. A previsão é de, em 2018, ter  uma cultivar de café arábica recomendada para a Amazônia. Estas pesquisas são conduzidas pela Embrapa Rondônia e Embrapa Café, em parceria com o Instituto Agronômico de Campinas – IAC e Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais – Epamig, também participante do Consórcio.

Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

A Integração Lavoura-Pecuária-Floresta é um sistema de produção recomendado pela Embrapa em todo Brasil e também será apresentado na Rondônia Rural Show. Trata-se de uma estratégia de produção sustentável, que integra atividades agrícolas, pecuárias e florestais, realizadas na mesma área em cultivo consorciado, em sucessão ou rotacionado, buscando efeitos sinérgicos entre os componentes do agroecossistema. De acordo com o pesquisador da Embrapa Rondônia, Vicente Godinho, estima-se que mais de 70{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} das áreas de pastagem do estado estão com algum grau de degradação e a produção de grãos vem como uma alternativa para a recuperação destes solos, no sistema de integração lavoura-pecuária (ILP).

 

 

 

Renata Silva (MTb 12361/MG)
Embrapa Rondônia

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