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Conab mantém perspectiva de safra recorde, apesar dos efeitos de fenômeno climático

El Niño atrasou plantio de algumas culturas, segundo diretor da empresa.

 

Apesar dos efeitos do fenômeno El Niño na agricultura, o que atrasou o plantio de algumas culturas de primeira safra, a perspectiva de colher uma grande produção na temporada 2015/16 se mantém. A avaliação foi feita nesta sexta-feira (11) pelo diretor de Política Agrícola e Informações da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), João Marcelo Intini, durante a divulgação do terceiro levantamento da safra pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e Conab.

“Este primeiro número consolidado, sem os limites inferior e superior, com as lavouras implementadas, segue a tendência de uma safra recorde no país. As condições climáticas são acompanhadas pelos produtores e por tecnologia, de modo que se consegue corrigir ao longo do desenvolvimento vegetativo da lavoura essas preocupações do impacto dos efeitos do clima, disse Intini. A melhora do El Niño, acrescentou, é esperada somente para março e abril do próximo ano.

O El Niño se caracteriza pelo excesso de chuvas no Sul e a diminuição da precipitação no Norte e Nordeste do país.

Segundo o diretor da estatal, a implantação do arroz, principalmente no Rio Grande do Sul, sofreu muito com a permanência dos índices pluviométricos acima da média histórica. “Esse quadro merece alguma atenção devido ao plantio fora da janela recomendada.”

A colheita da safra de inverno também sofreu com a influência do clima. “As restrições pelas condições climáticas para o trigo foram muito nítidas. Estamos concluindo o levantamento sobre a quantidade e a qualidade do trigo produzido com o excesso de chuva”, disse Intini.

A estimativa da pesquisa da Conab é de colher perto de 5,6 milhões de toneladas de trigo. “O Brasil continua sendo dependente das importações desse cereal e devemos comprar cerca de 5,75 milhões de toneladas do grão provenientes do Canadá, Argentina, Paraguai e dos Estados Unidos”. 

Milho

Nos últimos cinco ciclos, o milho primeira safra continua perdendo espaço, devido a menor rentabilidade, aos altos custos e maior risco de produção. Com o recuo do plantio, a área deverá ficar em 5,73 milhões de hectares, representando um decréscimo de 6,7{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} em relação à temporada passada. A previsão é que produção caia 8,6{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}, para 27,48 milhões de toneladas.

Segundo Intini, é uma tendência dos últimos anos a opção dos produtores para o cultivo da soja em substituição ao milho primeira safra. A expansão do milho ocorre na segunda safra, com a entrada do plantio a partir de fevereiro do próximo ano.

No caso do algodão, há também uma redução da área plantada por causa da concorrência com a área de soja, em especial na Bahia.

 

 Mais informações para a imprensa:
Assessoria de comunicação social
Inez De Podestà
inez.podesta@agricultura.gov.br
 

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