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Conheça 5 criptomoedas que podem disparar a partir do fim de abril

As criptomoedas ligadas às finanças descentralizadas (DeFi) podem estar à beira de um salto explosivo nos preços, talvez o mais intenso já registrado.

Isso é o que afirma Valter Rebelo, head de ativos digitais da Empiricus Research, a principal casa independente de análise financeira do Brasil — e ele não está sozinho nessa previsão.

Segundo Charles Dorsey, CEO da fundação descentralizada dYdX, a indústria cripto poderá ver um “festival DeFi” se iniciar em setembro deste ano, levando a um “boom” das finanças descentralizadas que poderá durar “meses e meses”.

Já de acordo com um relatório da Steno Research, o verão DeFi pode ocorrer ainda em 2025, tendo como motor as taxas de juros dos EUA (previstas para cair mais duas vezes neste ano). Além do crescimento da oferta de stablecoins, considerada por muitos especialistas como a “espinha dorsal” dos protocolos DeFi.

Para Valter Rebelo, o maior gatilho para acionar o verão DeFi consiste na aprovação de dois projetos de lei em tramitação nos Estados Unidos que podem ter implicações globais. São eles:

  • Bitcoin Act, que propõe a criação de uma reserva estratégica de bitcoin no Tesouro Americano. O plano é adquirir 200 mil unidades de BTC por ano, durante cinco anos, representando cerca de 4,8% do suprimento global da moeda.
  • E o Genius Act, que busca estabelecer um marco regulatório para as stablecoins. O objetivo é estabelecer diretrizes claras para os emissores desses ativos digitais, a fim de fomentar a segurança financeira e a inovação no setor.

Tais medidas têm o potencial de influenciar profundamente o mercado global de criptomoedas, tanto em termos de valorização quanto de adoção e regulamentação, explica Rebelo.

Por isso, caso sejam aprovadas, elas podem acionar uma nova fase de valorização explosiva no cripmercado a partir do fim de abril — especialmente no segmento de finanças descentralizadas (DeFi).

Saiba mais: as 5 criptomoedas DeFi com maior potencial para 2025

“Verão DeFi”, onda de alta de criptos DeFi, pode estar prestes a repetir-se? 

Verão DeFi foi um período entre junho e setembro de 2020 de forte alta nos criptoativos ligados a protocolos de finanças descentralizadas.

E alguns especialistas (como o da Empiricus) acreditam que esse fenômeno possa se repetir ainda em 2025.

Justamente por isso, Valter Rebelo identificou os melhores criptoativos para não ficar de fora do possível Verão DeFI 2.0.

lista de recomendações da Empiricus reúne 5 moedas ligadas a protocolos de DeFi com valor de mercado ainda baixo, mas que podem ganhar espaço com a entrada de grandes fluxos de capital no setor.

Segundo Valter, os ativos selecionados podem entregar altas de até 27.000%, podendo transformar investimentos pequenos em grandes fortunas.

Parece até absurdo, mas altas como essas já aconteceram antes

Em 2021, ano que marcou a continuidade do ‘Verão DeFi’, a criptomoeda AXS — uma das indicações da Empiricus — valorizou até 28.000% em apenas 10 meses.

Ou seja, apenas R$ 1.000 investidos puderam se transformar em até R$ 281.000.

É claro que retornos passados não garantem resultados futuros. Além disso, é importante ter em mente que o investimento em ativos digitais apresenta uma elevada dose de risco devido à característica altamente volátil.

Por isso, Valter Rebelo recomenda investir com parcimônia, utilizando um dinheiro que não lhe faça tanta falta em casos de perdas. É como o especialista costuma dizer: “se der errado, você perde pouco. Mas se der certo, você pode ficar rico”.

Nesse cenário, o passado nos mostra que ciclos de alta como esse podem oferecer oportunidades únicas para quem se antecipa.

Se você deseja ter a chance de surfar na onda de lucros expressivos começando com pouco capital, o movimento DeFi 2.0 pode ser uma janela rara de oportunidade para aproveitar esse mercado.

Para receber mais informações sobre a lista completa com as 5 criptomoedas recomendadas pela Empiricus, basta se inscrever clicando no botão abaixo. Mais detalhes serão enviados diretamente ao seu e-mail, de forma gratuita.

Metrópoles

Marina quer avançar debate sobre justiça climática

© Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva disse, nesta sexta-feira (25), esperar um avanço no debate sobre justiça climática durante a 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente, marcada para ocorrer entre os dias 6 a 9 de maio, em Brasília. O evento, precedido de etapas municipais, estaduais e livres, deve reunir cerca de três mil pessoas.
A temática da justiça climática é um dos cinco eixos que serão debatidos na conferência e parte do entendimento de que a crise climática atinge mais fortemente populações vulnerabilizadas, agravando as desigualdades sociais no país.

“É um princípio basilar da conferência, tratar da ideia de justiça climática, onde possamos ter um processo de transição que seja justo, sobretudo para aqueles que são mais vulnerabilizados, as mulheres, as comunidades periféricas, as pessoas pretas, as pessoas LGBTQIA+, os povos indígenas, as populações tradicionais”, defendeu a ministra durante evento para tratar da conferência, em Brasília.

Os outros eixos da conferência são: mitigação, adaptação e preparação para os desastres, transformação ecológica e governança e educação ambiental. Antes da realização da etapa nacional, foram realizadas 439 conferências municipais, 179 intermunicipais, que mobilizaram 1.759 municípios e 287 conferências livres em todos os estados.
Serão 1.501 delegados, dos quais 56% mulheres e 65% de pessoas negras e pardas. As conferências estaduais definiram 20 propostas, cinco de cada eixo, como prioritárias para o debate nacional. Ao final, do encontro devem ser escolhidas 100 propostas que ajudarão a construir, de forma participativa as políticas do país para o meio ambiente.,

“A gente colocou em jogo a capacidade de acreditar, criando e viabilizando as articulações com estados municípios e a sociedade, com diferentes segmentos, para que a gente tivesse essa quantidade de municípios envolvidos”, detalhou Marina.

Entre os compromissos internacionais assumidos pelo Brasil para mitigar as mudanças climáticas está a redução nas emissões dos gases de efeito estufa em 470 milhões de toneladas até 2025, consideradas as emissões registradas em 2020. Para 2030, a meta é reduzir as emissões do país a 1,2 bilhão de toneladas de carbono e alcançar a neutralidade das emissões até 2050.
“Estamos vivendo uma situação de emergência climática no planeta com o agravante de fenômenos e de problemas que sequer temos condições de mensurar neste momento”, apontou a ministra. “É preciso dar um desdobramento que vai nas agendas de adaptação, de mitigação de educação ambiental”, continuou.
Segundo o ministério, as emissões de gases do efeito estufa, decorrentes do desmatamento, é o que impacta na presença do Brasil entre os maiores poluidores do planeta. Apesar de o país ter registrado uma queda de 50% nos alertas de desmatamento na Amazônia em 2023, o desmatamento no Cerrado aumentou 43%, segundo os alertas registrados entre janeiro e dezembro. Esse cenário mostra que o país ainda precisa de muito trabalho para atingir a meta assumida desmatamento zero em 2030.

“Estamos fazendo um esforço muito grande [para reduzir o desmatamento]. Você tem uma largada em que você consegue uma diminuição mais potente, depois fica mais difícil você manter o processo de desmatamento”, reconheceu a ministra que disse ainda estar buscando formas de intensificar o combate ao desmatamento.

Entre as questões apontadas está a transição na matriz energética, especialmente a atrelada ao uso de combustíveis fósseis e a agropecuária, segunda maior fonte de emissões de gases de efeito estufa no Brasil, sobretudo por conta do processo digestivo do gado, chamado de fermentação entérica, que lança metano na atmosfera, mas também devido ao uso de fertilizantes nitrogenados. A ampliação de áreas protegidas, na forma de Unidades de Conservação também é uma medida necessárias para proteger a vegetação nativa.
“O desafio da transformação ecológica é também criar um novo ciclo de prosperidade, que seja compatível com o desafio que a humanidade está vivendo, sobretudo buscando soluções baseadas na natureza, produtos e materiais baseados na natureza. A gente precisa entender que só vamos ter uma resposta mais eficaz se ficarmos apegados a nossa maneira de fazer. É preciso mudar nossa maneira de ser”, afirmou. “Temos o desafio de fazer a transição justa e planejada para o fim dos combustíveis fósseis”, acrescentou.
COP30
A ministra também abordou a 30ª Conferência das Partes (COP30) da Convenção do Clima, que ocorrerá em novembro, em Belém. Na conferência, os países devem apresentar novos compromissos para 20235 para mitigar as mudanças climáticas. Entre elas, está evitar o aumento de 1,5 graus Celsius (ºC) na temperatura global.
>>Brasil quer ampliar participação social em discussões prévias da COP
O Brasil já se comprometeu a neutralizar as emissões de gases de efeito estufa até 2050, o que significa que as emissões não poderão superar o volume de gases que o país consegue capturar da atmosfera.

“Que a COP30 seja a COP para implementar aquilo que já foi decidido nos últimos 30 anos, quando decidimos que não vamos ultrapassar 1,5 ºC de temperatura da terra”, exortou Marina que criticou ainda a guerra tarifaria promovida pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. “Não favorece o financiamento climático, a cooperação e a solidariedade”, disse.

Luciano Nascimento – Repórter da Agência Brasil

Conta de luz terá bandeira amarela em maio, decide Aneel

© Joédson Alves/Agência Brasil

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu nesta sexta-feira (25) implementar a bandeira tarifária amarela nas contas de energia no mês de maio. Com isso, os consumidores terão custo extra de R$ 1,885 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. 

Desde dezembro de 2024, a bandeira tarifária permanecia verde, por causa das condições favoráveis de geração de energia no país. Segundo a Agência, a mudança ocorreu devido à redução das chuvas, com a transição do período chuvoso para o período seco do ano.

“Com o fim do período chuvoso, a previsão de geração de energia proveniente de hidrelétrica piorou, o que nos próximos meses poderá demandar maior acionamento de usinas termelétricas, que possuem energia mais cara”, explicou a Aneel.

Bandeiras tarifárias

Criado em 2015 pela Aneel, o sistema de bandeiras tarifárias reflete os custos variáveis da geração de energia elétrica. Divididas em níveis, as bandeiras indicam quanto está custando para o Sistema Interligado Nacional (SIN) gerar a energia usada nas residências, em estabelecimentos comerciais e nas indústrias. 

Quando a conta de luz é calculada pela bandeira verde, não há nenhum acréscimo. Quando são aplicadas as bandeiras vermelha ou amarela, a conta sofre acréscimos a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

Agência Brasil

Povos indígenas usam tecnologia para monitorar a BR-319 e defender territórios; entenda

Obras da BR-319. Foto: Divulgação/Observatório Clima

Mapa Interativo do Observatório BR-319, que usa tecnologia para monitoração, foi apresentado durante o 21º Acampamento Terra Livre (ATL) 2025.

Quem realizou a apresentação foi Thiago Castelano, do povo Parintintin e membro da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab).

Ferramenta com tecnologia para monitorar a BR-319

A ferramenta digital reúne dados sobre 69 Terras Indígenas, 42 Unidades de Conservação e 13 municípios da área de influência da rodovia BR-319.

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Mapa interativo. – Foto: Reprodução/Observatório BR-319

O mapa é utilizado como instrumento de monitoramento territorial, com informações sobre desmatamento, focos de calorabertura de ramais e projetos de infraestrutura.

A plataforma já vem sendo usada por lideranças e organizações locais para articular ações de defesa de seus territórios.

Articulação internacional e pautas territoriais

A tenda da Coiab no ATL teve como tema “Pelo Clima e Pela Amazônia: A Resposta Somos Nós” e se tornou um espaço de articulação internacional em torno da COP30, prevista para acontecer em Belém (PA).

Representantes de povos Mura, Apurinã, Paumari, Jiahui, Tenharim, Parintintin, entre outros, destacaram temas como invasões, presença de grileiros, garimpeiros, madeireiros e aumento da violência contra lideranças indígenas.

Queda nos focos de calor em março de 2025

O monitoramento ambiental realizado pelo Observatório BR-319 registrou, em março de 2025, uma redução de 71% nos focos de calor na Amazônia Legal em relação ao mesmo mês de 2024.

Dados sobre focos de calor. – Foto: Reprodução/Observatório BR-319

Foram identificados 772 focos em toda a região. No estado do Amazonas, a queda foi de 31,4%, enquanto Rondônia apresentou uma redução de 81%.

Nos municípios da área de influência da BR-319, a queda foi de 94%, com apenas um foco registrado em Manicoré.

As Unidades de Conservação e Terras Indígenas monitoradas não apresentaram registros de focos de calor no período.

Desmatamento apresenta queda na área da BR-319

Apesar do aumento de 13,4% no desmatamento da Amazônia Legal em março de 2025, os estados do Amazonas e Rondônia apresentaram quedas de 46,4% e 53,4%, respectivamente.

Nos 13 municípios da BR-319, a redução foi de aproximadamente 68% em comparação ao mesmo período de 2024.

Justiça autoriza prévia para asfaltamento da BR-319. Foto: Divulgação DNIT
Justiça autoriza prévia para asfaltamento da BR-319 – Foto: Divulgação/DNIT.

Entre os municípios monitorados, Tapauá e Borba foram os únicos que apresentaram aumento no desmatamento. Já Careiro, Manaquiri, Careiro da Várzea, Autazes e Manaus não registraram desmate.

Indígenas isolados enfrentam ameaças crescentes

O informativo também destacou a presença de pelo menos cinco grupos de indígenas isolados na área de influência da BR-319, entre os municípios de Lábrea, Humaitá e Canutama. Entre os registros está o grupo do Mamoriá Grande, localizado na calha do rio Purus, e os indígenas Hi-Merimã, que vivem sem contato no médio Purus.

Esses povos enfrentam riscos crescentes devido à abertura de ramais e projetos de infraestrutura. A Constituição Federal e normas internacionais reconhecem o direito ao isolamento voluntário, mas a efetivação da proteção depende de medidas como a criação de terras indígenas e restrições de uso.

Por Letícia Rolim

Pets viajantes: saiba quais direitos para cães e gatos foram aprovados pelo Senado

Aprovação no Senado garante mais segurança aos animais em avião. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil.

O Senado aprovou na última quarta-feira (23) o Projeto de Lei (PL) 13/2022, que fixa diretrizes para transporte aéreo mais seguro de cães e gatos em voos domésticos.

A proposta volta à Câmara dos Deputados após mudanças pelos senadores e força companhias aéreas a apresentar alternativas próprias para o transporte de animais, incluindo pessoal especializado.

A iniciativa foi unida com outros três projetos abordando o mesmo assunto:

A senadora Margareth Buzetti (PSD-MT), relatora do caso, apresentou um substitutivo que incluiu as ideias principais de todas as propostas.

O novo texto exige que as empresas forneçam informações recentes e claras sobre o serviço de transporte de animais, em concordância com as normas de segurança da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O direito dos cães-guia de acompanharem seus tutores segue garantido, já estabelecido na Lei 11.126/2005.

A proposta original, que a Câmara aprovou, solicitava a presença obrigatória de um veterinário nos aeroportos com mais de 600 mil passageiros anualmente. Mas, a relatora entendeu como excesso.

Diretrizes para transportes de animais em avião são analisadas no Senado. Foto: Dall-e

Justificativa

O projeto surgiu a partir de casos de maus-tratos e óbitos de animais em voos. A senadora Buzetti trouxe à tona os incidentes com a cachorra Pandora, sumida por 45 dias entre 2021 e 2022, e do cão Joca, falecido em 2024, depois de ter ido parar no destino errado.

Segundo a relatora, a nova lei marca um progresso na defesa dos animais, tornando as empresas responsáveis pelos danos causados aos pets durante as viagens.

Caso da torta envenenada: família aguarda laudos de idosa em estado grave

A Padaria Natália foi interditada na manhã desta quarta-feira pela Vigilância Sanitária - (crédito: Alexandre Guzanche/EM/D. A. Press)

A idosa Cleuza Maria de Jesus, de 78 anos, uma das vítimas da torta de frango supostamente envenenada, segue internada em estado grave e entubada. Exames descartaram contaminação por chumbinho e a família, agora, aguarda o resultado de novos laudos. A vítima está internada na UTI do Hospital Med Center, na Região de Venda Nova de Belo Horizonte.

Além da idosa, o casal Fernanda Isabella de Morais Nogueira, de 23, e José Vitor Carrillo Reis, de 24, também comeram a torta e está internado entubado na UTI do Hospital Municipal Monsenhor Flávio Donato, em Sete Lagoas, na Região Central de Minas.

Até esta quinta, o estado de saúde das vítimas seguia grave, porém estável. Conforme familiares ouvidos pela reportagem, ainda não há um laudo definitivo do que causou a contaminação.

De acordo com o boletim de ocorrência, o casal estava em visita à idosa no domingo (20/4) quando comprou os salgados em uma padaria localizada no Bairro Serrano, na Região da Pampulha. Horas depois, perceberam que a torta estava estragada e chegaram a retornar à padaria para devolver o produto. Já em Sete Lagoas, começaram a passar mal e procuraram atendimento médico, sendo imediatamente internados. A idosa só apresentou os primeiros sintomas na manhã de segunda-feira (21/4). Ela teve uma parada respiratória e precisou ser reanimada pelo filho antes de ser levada a um hospital particular na capital.

Na terça-feira (22/4), a Vigilância Sanitária interditou a Padaria Natália. Segundo a Prefeitura de Belo Horizonte, o estabelecimento não possuía alvará sanitário nem sequer estava cadastrado no sistema municipal para iniciar o processo de regularização. A inspeção revelou ainda ainda problemas de higiene e estrutura. Apesar disso, o alvará de localização e funcionamento do negócio está regular, segundo a Secretaria Municipal de Política Urbana.

Padeiro denuncia más condições

O padeiro Ronaldo de Souza Abreu, de 55 anos, que foi ouvido na Central de Flagrantes 4 nessa quarta e liberado em seguida, trabalhava havia apenas seis dias na padaria. Em sua versão, ele negou que tenha envenenado as tortas e denunciou a precariedade das condições de higiene na padaria. Segundo ele, os alimentos no estabelecimento eram mal armazenados, o que poderia ter causado uma eventual contaminação cruzada.

Ao Estado de Minas, a esposa do padeiro, Ruth Lazarini, de 43 anos, confirmou que o marido levou a mesma torta de frango produzida na padaria para a família e que ninguém passou mal ou teve qualquer reação adversa. O produto também foi entregue à polícia para perícia. “Meu marido está há mais de 40 anos nessa profissão e isso nunca aconteceu. Eles estão fazendo uma acusação falsa contra ele”, diz.

Ela também detalhou as falhas sanitárias, que, segundo seu marido, eram rotina no estabelecimento. “A higienização da padaria, pelo que meu marido me contava, não era de boa qualidade não. Eles mantinham muito os alimentos jogados e não tinham aquele cuidado com os alimentos que precisavam ter. As comidas ficam todas juntas e abertas dentro do congelador”, detalha.

Padeiro quer processar dono de padaria

Acusado de ter envenenado a torta, Ronaldo de Souza Abreu vai acionar judicialmente o proprietário do estabelecimento. A informação foi confirmada ao Estado de Minas pela esposa do padeiro.

Em entrevista à “Folha de S. Paulo” nessa quarta-feira (23), o proprietário do estabelecimento, Fábio Silva, acusou o funcionário temporário de envenenar o salgado, que foi ingerido por um casal de 23 e 24 anos e uma mulher de 75 anos. À reportagem do veículo paulista, ele disse que Ronaldo teria confidenciado a colegas estar enfrentando problemas conjugais, e a partir daí concluiu que ele pretendia matar a esposa.

Segundo o proprietário da padaria, Ronaldo teria levado para casa a mesma torta vendida no balcão na segunda-feira (21/4) e, por isso, teria confundido os produtos, deixando a versão supostamente envenenada à venda para o público. Na entrevista, ele chega a dizer ainda que se soubesse dos problemas conjugais do casal teria “mandado esse cara embora na hora”.

“A bomba [das possíveis contaminações] veio à tarde, e à noite eu juntei as peças. Ele ia matar a mulher envenenada e acabou colocando três pessoas no hospital e eu passando por essa situação, por esse pesadelo”, afirmou Silva.

Apesar da acusação grave, Silva não apresentou qualquer prova ou detalhe sobre o teor e gravidade supostos conflitos conjugais de Ronaldo. A declaração também não consta no boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar às 18h40 de quarta. Caso a acusação tenha sido feita à polícia e seja falsa, o dono da padaria pode responder por falso testemunho, crime com pena de até três anos de prisão.

A Polícia Civil, que assumiu as investigações, foi procurada pelo Estado de Minas para confirmar se a declaração foi dada formalmente no depoimento, mas se limitou a dizer que aguarda a finalização de laudos periciais. “Conforme já informado, novas informações serão divulgadas assim que possível, respeitando os trâmites legais e o sigilo necessário à elucidação do caso”, informou por meio de nota.

Investigação

Comunicada sobre o caso, a Polícia Civil de Minas Gerais isolou o local, acionou a perícia técnica e a vigilância sanitária, e conduziu o dono da padaria para prestar depoimento. Amostras dos alimentos foram recolhidas e encaminhadas para análise.

Embora os exames laboratoriais ainda não tenham confirmado a origem da contaminação, médicos que acompanham os pacientes afirmam que os sintomas são compatíveis com intoxicação por carbamato, organofosforado ou toxina botulínica. Diante do quadro clínico, a Secretaria de Saúde de Sete Lagoas passou a tratar o caso como possível botulismo. Os pacientes receberam soro antitoxina botulínica ainda no dia da internação.

(Com informações de Clara Mariz e Melissa Souza)

Amazon acelera na corrida dos robotáxis com testes da Zoox em Los Angeles

A empresa já realiza testes em Foster City, São Francisco, Las Vegas, Austin, Miami e Seattle, cada uma com suas próprias regulamentações e zonas permitidas de circulação
A empresa já realiza testes em Foster City, São Francisco, Las Vegas, Austin, Miami e Seattle, cada uma com suas próprias regulamentações e zonas permitidas de circulação

A corrida pela liderança na mobilidade autônoma acaba de ganhar um novo capítulo. A Zoox, subsidiária da Amazon dedicada a veículos autônomos, deu início nesta semana aos testes de seus robotáxis em Los Angeles, marcando a expansão para sua sexta cidade nos Estados Unidos. O movimento não é só um simples teste: é um passo estratégico rumo à oferta definitiva de serviços de transporte autônomo, uma ambição que une gigantes como Amazon, Google e Tesla.

A operação da Zoox em Los Angeles contará com dois modelos de veículos: o Toyota Highlander, adaptado com sistemas de direção autônoma, e o modelo próprio da empresa, desenvolvido desde o início para operar sem motorista. Este último chama atenção por seu design futurista, com cabine simétrica, sem volante ou pedais, e espaço interno mais amplo e confortável, pensado para oferecer uma experiência de transporte inovadora, voltada para o passageiro.

A empresa já realiza testes em Foster City, São Francisco, Las Vegas, Austin, Miami e Seattle, cada uma com suas próprias regulamentações e zonas permitidas de circulação. A presença em Los Angeles, uma das maiores e mais desafiadoras metrópoles dos Estados Unidos em termos de tráfego urbano, é uma prova de maturidade do sistema da Zoox e de sua ambição de competir com os líderes do setor.

Essa movimentação acontece em um momento especialmente competitivo. A Waymo, da Alphabet (controladora do Google), já opera serviços de robotáxis de forma comercial e realiza mais de 200 mil corridas autônomas por semana em cidades como Phoenix e San Francisco. A Tesla, por sua vez, anunciou que fará a estreia oficial de seus robotáxis em junho de 2025, o que deve intensificar ainda mais a disputa pela preferência do consumidor e pela confiança dos reguladores.

Além do desafio técnico, a corrida dos robotáxis envolve questões regulatórias complexas. Cada cidade possui regras diferentes sobre onde e como veículos autônomos podem circular, exigindo das empresas uma forte atuação em diálogo com autoridades e uma adaptação rápida a diferentes exigências legais e operacionais.

Por que importa?

Para a Amazon, a entrada definitiva nesse setor não é apenas uma aposta em mobilidade, mas parte de uma estratégia mais ampla de dominar a logística do futuro. A Zoox pode se transformar não só em um serviço de transporte para passageiros, mas também em uma peça fundamental no ecossistema de entregas e soluções urbanas da gigante do e-commerce.

Enquanto isso, consumidores e investidores observam com atenção. A promessa de veículos que dirigem sozinhos há anos parece próxima de se concretizar em escala, e os próximos meses serão decisivos para definir quem realmente está pronto para operar na vida real, e quem ainda está preso à ficção científica.

Enem: prazo para isenção de taxa de inscrição termina na sexta-feira

© Paulo Pinto/Agência Brasil

O período para solicitar isenção da taxa de inscrição no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2025 se encerra na próxima sexta-feira (25). O prazo de inscrição para a prova ainda será divulgado pelo Ministério da Educação (MEC).

Em nota, a pasta informou que interessados na isenção da taxa devem fazer a solicitação por meio da Página do Participante, utilizando o login único do Gov.br.

“Quem não lembrar a senha da conta poderá recuperá-la seguindo as orientações da plataforma”, orienta o MEC.

De acordo com o MEC, participantes que não compareceram aos dois dias de provas do Enem em 2024 precisam justificar a ausência caso queiram participar da edição de 2025 gratuitamente.

Entenda

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pelo Enem, prevê a gratuidade da taxa de inscrição para pessoas que se enquadrem nos seguintes perfis:

  • matriculados no 3º ano do ensino médio em escola pública (em 2025);
  • aqueles que fizeram todo o ensino médio em escola pública ou como bolsista integral em escola privada e que possuam renda igual ou inferior a um salário mínimo e meio;
  • pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica por serem de família de baixa renda, com registro no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico);
  • participantes do programa Pé-de-Meia.

Documentação

Para não pagar a taxa de R$ 85, o MEC exige que sejam apresentados os seguintes documentos, no intuito de comprovar que o candidato não tem condições financeiras de pagar pela inscrição no Enem:

  • documento de identificação do estudante e dos demais membros que compõem o núcleo familiar;
  • declaração que comprove a realização de todo o ensino médio em escola pública ou histórico escolar do ensino médio, com assinatura e carimbo da escola. No caso de bolsista, deve ser incluída declaração da escola que comprove a condição de bolsista integral em todo o ensino médio;
  • comprovante da renda declarada referente ao mês corrente ou até três meses anteriores;
  • comprovante de pagamento (holerite ou contracheque, recibo de pagamento por serviços prestados, envelope de pagamento e/ou declaração do empregador, entre outros);
  • declaração original, assinada pelo próprio interessado, para autônomos e trabalhadores em atividades informais, contendo as seguintes informações: nome, atividade que desenvolve, local onde a executa, telefone, há quanto tempo a exerce e renda bruta mensal em reais;
  • extrato de rendimentos fornecido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ou por outras fontes, referente à aposentadoria, auxílio-doença, pensão, pecúlio, auxílio-reclusão e previdência privada. Na ausência desses documentos, apresentar extrato bancário identificado, com o valor do crédito do benefício;
  • recibo de comissões, aluguéis, pró-labores e outros;
  • recibo de seguro-desemprego e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS);
  • rescisão do último contrato de trabalho;
  • comprovante do valor da pensão alimentícia (na ausência desse documento, apresentar extrato ou declaração de quem a concede, especificando o valor);
  • comprovantes de benefícios concedidos por programas sociais, como o Bolsa Família;
  • declaração original da pessoa que concede ajuda financeira ao interessado, pagamento de despesas com escola ou de outras despesas, contendo as seguintes informações: nome, endereço, telefone, valor concedido e finalidade;
  • comprovante de residência (conta de água, energia elétrica, gás, telefone, carnê de IPTU, correspondências oficiais ou bancárias);
  • para beneficiários do CadÚnico: cópia do cartão com o NIS válido que contenha nome completo e CPF da mãe do participante.

Cronograma

  • Solicitação de isenção da taxa/justificativa de ausência: 14 a 25 de abril;
  • Resultado das solicitações de isenção da taxa/justificativa de ausência: 12 de maio;
  • Período de recursos: 12 a 16 de maio;
  • Resultado dos recursos: 22 de maio.

O exame

O Enem avalia o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica. Instituições de ensino públicas e privadas utilizam a prova para selecionar estudantes: os resultados são utilizados como critério único ou complementar de processos seletivos, além de servirem de parâmetro para acesso a auxílios governamentais, como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Os resultados individuais do exame também podem ser aproveitados em processos seletivos de instituições portuguesas que possuem convênio com o Inep. Os acordos garantem acesso facilitado às notas dos estudantes brasileiros interessados em cursar a educação superior em Portugal.

Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil

Caixa inicia nesta quarta-feira (23) pagamento do incentivo frequência do programa pé-de-meia

A CAIXA inicia, nesta quarta-feira (23), o pagamento da primeira parcela do ano de 2025 do incentivo frequência, do Programa Pé-de-Meia, do Governo Federal. O pagamento será realizado de forma escalonada, de acordo com o mês de nascimento de cada um dos 3 milhões de estudantes que vão receber os recursos em abril.

 

A parcela será creditada em conta Poupança CAIXA Tem aberta automaticamente pelo banco em nome dos estudantes e os valores poderão ser movimentados preferencialmente pelo aplicativo CAIXA Tem.

O incentivo frequência é destinado aos estudantes do ensino médio público com participação mínima de 80% nas aulas.

Confira o calendário:

Canais de consulta:

O estudante poderá consultar informações escolares, regras do programa e status de pagamentos (rejeitados ou aprovados) por meio do aplicativo Jornada do Estudante, do Ministério da Educação. Em relação ao pagamento, é possível realizar as consultas no aplicativo CAIXA Tem.

Mais informações estão disponíveis no site do Ministério da Educação e no site da CAIXA.

Atuação da CAIXA:

A CAIXA desempenha dois papéis no programa. Enquanto agente operador do Fundo de Custeio da Poupança de Incentivo à Permanência e Conclusão Escolar para Estudantes do Ensino Médio (FIPEM), o banco é responsável pela gestão dos recursos. Além disso, como agente financeiro, é responsável pela abertura das contas e disponibilização dos incentivos aos estudantes indicados pelo Ministério da Educação, gestor do Pé-de-Meia.

Sobre o Pé-de-Meia:

Instituído pela Lei 14.818/2024, o Pé-de-Meia prevê pagamento do incentivo aos alunos do ensino médio regular e ensino médio da educação de jovens e adultos (EJA) que apresentem frequência escolar adequada e atendam às demais regras.

Além das parcelas mensais, haverá um bônus anual no valor de R$ 1.000, desde que o estudante seja aprovado no ano escolar. Caso o estudante comprove a participação no Enem ao final do 3º ano, será concedido valor adicional de R$ 200, pago em parcela única.

Assessoria de Imprensa da CAIXA

Prefeito Léo Moraes anuncia a retirada de placas que proibiam o estacionamento ao redor do aeroporto de Porto Velho

O prefeito Léo Moraes, com a finalidade de reorganizar o trânsito ao redor do Aeroporto Internacional Governador Jorge Teixeira, anunciou a retirada das placas que proibiam o estacionamento na área externa do aeroporto. Além de retirar a proibição do estacionamento, a ciclofaixa sem funcionalidade, implantada anteriormente, também será retirada.

A medida visa corrigir um problema antigo enfrentado por motoristas que, ao tentarem estacionar por poucos minutos para embarque ou desembarque de passageiros, acabavam sendo penalizados com multas, mesmo em locais onde a sinalização não era clara.

“O que estava acontecendo ali era injusto. Uma ciclofaixa sem sentido, mal planejada, que nunca teve real funcionalidade, e placas de proibição colocadas para impedir qualquer parada. A população estava sendo punida por tentar fazer algo simples: estacionar com segurança. Isso precisa mudar”, afirmou o prefeito Léo Moraes.

Além da retirada da faixa e das placas, a Prefeitura vai implantar uma nova organização no estacionamento do aeroporto, com sinalização adequada, informando de forma clara onde é permitido e onde é proibido parar. A meta é criar um espaço mais justo e acessível, sem abrir mão da ordem e da segurança.

Estamos substituindo a lógica da punição pela lógica da organização, reforçou o prefeito
Estamos substituindo a lógica da punição pela lógica da organização, reforçou o prefeito

“Vai ter regra, sim, mas com critério. Estamos substituindo a lógica da punição pela lógica da organização. O cidadão merece respeito e clareza nas orientações”, reforçou o prefeito.

A ação também contempla os ciclistas. A Prefeitura está em fase final dos estudos técnicos para a construção de uma nova ciclofaixa nas proximidades do aeroporto, dessa vez em local mais seguro e conectado ao sistema viário da capital. A proposta é que a nova estrutura cicloviária tenha funcionalidade real, proporcionando segurança para quem opta pela bicicleta como meio de transporte.

“Queremos uma cidade mais humana, organizada e funcional. O espaço público deve servir às pessoas, com equilíbrio entre os diferentes modos de deslocamento. Essa mudança no aeroporto é um passo nessa direção”, concluiu Léo Moraes.

A reestruturação do trânsito no entorno do aeroporto faz parte de um conjunto de ações da Prefeitura para melhorar a mobilidade urbana e oferecer uma cidade mais justa, eficiente e acolhedora para todos.

Texto: Leandro Morais
Fotos: Leandro Morais