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Reforma tributária pode elevar impostos para o agronegócio

Foto: Divulgação

A Reforma tributária pode trazer impactos diretos para o agronegócio, setor que representa cerca de 24% do PIB brasileiro e 23,7% da arrecadação  tributária nacional. Segundo o artigo “Reforma Tributária: agronegócio enfrenta desafios e busca oportunidades em novo cenário” produzido pela Gerente de Inteligência Tributária da Synchro, Veridiana Selmi, o agronegócio é um dos segmentos mais afetados por essa reformulação. “Apesar de certas percepções de que o setor seria isento de tributos, ele sustenta uma carga tributária significativa e complexa, composta por tributos como ICMS, PIS/Cofins e Funrural. A expectativa é que a reforma tenha repercussões ambíguas, trazendo desafios expressivos, mas também oportunidades para o futuro” comenta Selmi.

Um dos principais pontos de atenção é o fim dos regimes especiais e benefícios fiscais. A substituição de tributos pode elevar a carga tributária do agronegócio. “Com a substituição de tributos como a Contribuição para o PIS, a Cofins e o ICMS pela CBS e pelo IBS, a carga tributária sobre o agronegócio pode aumentar para 11%, um salto significativo em relação à média atual, que gira em torno de 3% a 4%. Essa transição significa que produtos até então tributados com alíquotas reduzidas ou isentas para estimular a competitividade, como óleos vegetais e defensivos agrícolas, terão agora uma carga tributária unificada e elevada, com a exclusão de vários incentivos específicos”, afirma a gerente da Synchro.

Para pequenos produtores, a elevação nos custos ameaça a viabilidade da produção. “Com margens apertadas, esse aumento nos custos representa um desafio real para manter a viabilidade de sua produção. O aumento nos preços dos insumos e a dificuldade de repassar essas despesas extras ao consumidor, em um mercado de alta competitividade global, podem impactar toda a cadeia, desde a produção até a comercialização de alimentos”, destaca Selmi.

Outro fator de preocupação é a tributação sobre insumos agrícolas, que impacta diretamente os custos de produção e o preço do final dos alimentos. Atualmente, a Lei Kandir garante a não incidênciade ICMS sobre exportações, o que reduz o custo de muitos insumos essenciais. No entanto, a reforma pode eliminar esse benefício tributário, resultando no encarecimento de produtos, elevação do preço dos alimentos e afetando diretamente o consumidor final.

Além disso, a criação do chamado “Imposto Seletivo” poderá aumentar os custos de produção ao tributar bens considerados prejudiciais ao meio ambiente. Para Selmi, a medida pode desestimular práticas amplamente utilizadas para a produtividade agrícola em larga escala.

Apesar das preocupações, a reforma também traz opotunidades, como o princípio da não-cumulatividade, que permitirá aos produtores rurais aproveitarem integralmente os créditos tributários. “Eliminando o ‘efeito cascata’ presente hoje e reduzindo o custo final dos produtos. Isso significa que, em vez de pagar tributos sobre tributos em cada etapa de produção, o setor poderá aliviar parte da carga fiscal”, explica Selmi.

Outro aspecto positivo é a isenção da CBS e do IBS para produtos da cesta básica, como arrozfeijão, carnes e cereais. A medida assegura o acesso a alimentos essenciais com menor carga tributária. A decisão pode beneficiar tanto os consumidores quanto os produtores, além de fortalecer a competitividade do setor no mercado internacional. O agronegócio já responde por mais de 50% das exportações brasileiras e tem papel central na balança comercial do país.

Para enfrentar as mudanças, o setor precisará adaptar suas práticas fiscais e operacionais. “Adaptar-se a esse novo cenário tributário exigirá organização e, possivelmente, investimentos em tecnologia para otimizar o processo de compliance. As cooperativas, que frequentemente estão na linha de frente da arrecadação no agro, como a Cooperativa Alfa, que contribui com R$ 1 milhão em tributos diários, terão papel fundamental em disseminar essas práticas entre os produtores”, ressalta Selmi.

O cenário ainda exige atenção, já que as regulamentações finais definirão o real impacto sobre o setor. “A transformação do sistema tributário, se bem planejada, pode tanto consolidar o protagonismo do agronegócio na economia quanto abrir novas frentes para expandir sua competitividade global”, avalia Selmi.

No entanto, a necessidade de equilíbrio entre aumento de arrecadação e estímulo ao setor permanece como um dos desafios para o futuro do agro no Brasil.

Por: Seane Lennon

Porto Velho declara Estado de Alerta de Emergência devido à elevação crítica da cota do rio Madeira

A Prefeitura de Porto Velho, por meio do Decreto nº 20.865, publicado no Diário Oficial desta quarta-feira (26), o decretou o Estado de Alerta de Emergência no município, devido ao aumento da cota do rio Madeira. A medida visa mobilizar os órgãos municipais e as entidades responsáveis pelas ações de defesa civil para atender eventuais ocorrências, além de prevenir e minimizar danos, e assistir à população afetada.

O decreto, assinado pelo prefeito Léo Moraes, destaca que a situação foi provocada pela elevação significativa da cota da bacia do rio Madeira, que atingiu 15 metros e está prevista para superar os 16 metros, caracterizando Estado de Alerta.

Segundo o prefeito, o Município, por meio deste decreto, reforça que os esforços para mitigar os impactos das cheias dos rios e igarapés continuam em andamento.

“A mobilização de todos os órgãos e entidades da administração pública é uma prioridade, com a intensificação de medidas de prevenção e assistência às famílias afetadas. É importante a colaboração de toda a comunidade e das organizações responsáveis pela defesa civil para que a resposta a quem precisa seja imediata e eficaz”.

O decreto entra em vigor imediatamente, com prazo de vigência de 90 dias, período em que o município se dedicará a mitigar os efeitos da crise e a proteger sua população das consequências adversas da cheia e das chuvas intensas.

Texto: Cristiane Cruz
Foto: Leandro Morais

Embrapa inaugura Laboratório de Agricultura Digital na Amazônia

A Embrapa inaugura, no próximo dia 2 de abril, o primeiro Laboratório de Agricultura Digital da Amazônia (Lada), um espaço voltado ao desenvolvimento de soluções digitais para a agricultura regional e ao fortalecimento do trabalho em rede. Instalado na Embrapa Roraima, em Boa Vista (RR), o laboratório é pioneiro tanto no contexto regional quanto na estrutura da Embrapa na Amazônia.

A iniciativa resulta de uma parceria entre a instituição e a multinacional Foxconn, com apoio do Comitê das Atividades de Pesquisa e Desenvolvimento na Amazônia (CAPDA) e da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). “Com uma estrutura inovadora na região e foco em tecnologia, o Laboratório de Agricultura Digital da Amazônia representa um avanço estratégico para a pesquisa agropecuária no bioma, unindo ciência e sustentabilidade para o fortalecimento da agricultura”, destaca a presidente da Embrapa, Sílvia Massruhá. Ela conduzirá a cerimônia de inauguração do laboratório.

O Lada conta com uma casa de vegetação automatizada, equipada com sensor hiperespectral que estudará as reações químicas e fisiológicas das plantas diante do ataque de insetos-pragas, doenças e outras anomalias. Dispõe também de drones com sensores multiespectrais, hiper espectrais e Lidar, sensores de umidade e temperatura do solo, GPS diferencial, câmeras de mão, tablets, estações meteorológicas, armadilhas inteligentes, equipamentos que serão utilizados na coleta de dados em lavouras parceiras.

Na parte de processamento de dados, o laboratório possui uma sala estruturada para integração de equipes multidisciplinares, equipada com computadores de alto desempenho, videowall com 12 telas profissionais, projetor interativo e um supercomputador voltado às análises dos dados e imagens, utilizando inteligência artificial para o desenvolvimento de soluções digitais para o setor agrícola.

Outro destaque é o espectrômetro LIBS (Laser-Induced Breakdown Spectroscopy), que permitirá a análise rápida da composição do solo e das plantas sem necessidade de reagentes químicos, agilizando diagnósticos e pesquisas.

Impacto no setor agrícola

Para o pesquisador da Embrapa, Amaury Bendahan, responsável pela instalação e operacionalização do Lada, o principal objetivo do laboratório é desenvolver soluções digitais utilizando tecnologias como biga data, Internet das Coisas (IoT) e inteligência artificial.

A rotina no laboratório envolverá a coleta e o processamento de dados, permitindo a criação de ferramentas para otimizar a produtividade no campo, reduzir impactos ambientais e enfrentar os desafios dos eventos climáticos extremos e o manejo sustentável dos recursos naturais.

“As informações serão obtidas no campo, na casa de vegetação e no laboratório pela equipe de especialistas em agronomia. A equipe de tecnologia da informação é responsável pela gestão da plataforma, do banco de dados e da automatização dos processamentos dos dados e das imagens para que cientistas e especialistas nas culturas possam interpretá-los e entregar os resultados”, explica Bendahan.

A expectativa é que os dados coletados auxiliem na identificação precoce de pragas, doenças e outras anomalias de culturas agrícolas, permitindo a adoção de medidas preventivas mais eficazes. Além disso, a infraestrutura do laboratório possibilitará a inclusão digital de produtores rurais, fornecendo informações em tempo real para aprimorar a gestão agrícola.

“Queremos que o espaço se consolide como um polo de desenvolvimento tecnológico na Amazônia, promovendo o intercâmbio de conhecimento e o fortalecimento da agricultura digital”. Bendahan acrescenta que parte das operações do laboratório já está em funcionamento, incluindo o supercomputador e os equipamentos de coleta de dados em campo. Outros componentes, como a casa de vegetação e o LIBS, entrarão em operação nos próximos meses.

Parcerias estratégicas

A Foxconn, maior fabricante mundial de eletrônicos, investiu na iniciativa com recursos financeiros como parte de sua obrigação de aplicar um percentual de seu faturamento em atividades de P&D na Zona Franca de Manaus e pela Lei da Informática. A Embrapa contribuiu com infraestrutura, recursos humanos e outras contrapartidas econômicas e financeiras.

O laboratório foi viabilizado por meio do Programa Prioritário Indústria 4.0 e Modernização Industrial (PPI4.0), coordenado pelo Centro Internacional de Tecnologia de Software do Amazonas (CITS.Amazonas), que destina recursos para projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D) na Amazônia e pela Lei da Informática.

A iniciativa também conta com a colaboração de outras unidades da Embrapa, como a Embrapa Instrumentação Agropecuária (São Carlos-SP), a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília-DF) e a Embrapa Acre (Rio Branco-AC) e parcerias importantes com a Fundação para Inovações Tecnológicas – FITec, Instituto Conecthus e com a Fundação de Apoio a Pesquisa e Desenvolvimento Edmundo Gastal – Fapeg.

VÍDEO: Risco de choque elétrico coloca comunidade Terra Santa em perigo

Os moradores da comunidade Terra Santa estão enfrentando uma situação alarmante que coloca em risco a segurança de todos. Um poste da Energisa, localizado nas proximidades de uma cerâmica, apresenta um vazamento de corrente elétrica, especialmente agravado pelas chuvas recentes. Essa situação tem gerado preocupação, pois o solo ao redor do poste está sendo energizado, representando um sério perigo para os transeuntes e moradores da região.

Os residentes estão cientes dos riscos que essa condição pode trazer e, por isso, pedem socorro à Energisa. “Estamos muito preocupados com a segurança das crianças e de todos que passam por aqui. É um risco constante e precisamos de uma solução rápida”, comenta um morador da comunidade.

Neste momento, os moradores aguardam a chegada das equipes da Energisa para realizar a manutenção necessária e resolver o problema. A comunidade clama por uma resposta urgente, pois a segurança de todos está em jogo. A esperança é que as equipes de suporte cheguem rapidamente para evitar qualquer acidente e garantir a tranquilidade dos moradores da Terra Santa.

VEJA O VÍDEO: 

 

Confúcio Moura destaca avanço na concessão da BR-364 e alerta para execução do cronograma de obras

O senador Confúcio Moura (MDB-RO) avaliou como fundamental a audiência pública realizada pela Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado, na manhã desta terça-feira (25), para discutir a concessão da BR-364, um projeto iniciado ainda na gestão do ex-ministro Tarcísio Gomes de Freitas, atual governador de São Paulo, durante o governo de Jair Bolsonaro. A iniciativa prevê a duplicação e revitalização da rodovia em Rondônia, além de atender demandas de Mato Grosso e Acre.

“Depois do pregão na Bolsa de Valores de São Paulo, surgiram polêmicas e questionamentos. No entanto, esta audiência foi esclarecedora”, pontuou Confúcio Moura, destacando que o projeto de concessão está em andamento desde 2021, com estudos contratados pelo BNDES para estruturar o modelo de parceria público-privada.

A Concessão e os desafios do pedágio

Confúcio enfatizou que, apesar das audiências públicas realizadas no passado, a participação popular foi baixa. “Na época, poucos se interessaram. Hoje, com a proximidade da cobrança de pedágio e da modernização da rodovia, o debate ganhou força”, observou o senador.

A principal preocupação da população gira em torno do custo do pedágio e da contrapartida em infraestrutura e segurança viária. ”Todos estamos acostumados a trafegar na 364 sem pagar pedágios. Agora, com a concessão, há questionamentos sobre os valores e os benefícios reais que virão”, ponderou.

O diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Guilherme Theo Rodrigues Rocha Sampaio, esclareceu que será necessário atualizar os valores do projeto, levando em conta os impactos econômicos da pandemia e da guerra na Ucrânia, que afetaram os custos de insumos essenciais, como o cimento asfáltico de petróleo (CAP).

Impactos no setor de transportes

O custo do transporte e o impacto do pedágio sobre o agronegócio foram pontos levantados pelos senadores Marcos Rogério (PL-RO), Jaime Bagatolli (PL-RO) e Welington Fagundes (PL-MT). Bagatolli alertou para o risco de aumento nos preços dos fretes, afetando produtores e transportadores. Fagundes reforçou a necessidade de estudos para equilibrar os custos logísticos.

Guilherme Theo citou a experiência da BR-163, no Pará, onde a concessão permitiu a criação de um fluxo sustentável: os caminhões sobem carregados com grãos e descem transportando fertilizantes. O desafio será replicar esse modelo na BR-364.

Próximos passos e debates futuros

O senador Marcos Rogério anunciou que a Assembleia Legislativa de Rondônia realizará uma nova audiência pública para aprofundar o debate, envolvendo setores econômicos e entidades como a Aprosoja.

Já o senador Sérgio Petecão (PSD-AC) defendeu que a concessão seja estendida ao trecho da BR-364 entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul, na fronteira com o Peru, uma região estratégica para a integração regional e o escoamento da produção.

Com a concessão consolidada, o desafio agora é garantir a transparência na execução do cronograma de obras e assegurar que os investimentos gerem melhorias reais para quem utiliza a rodovia diariamente.

Corinthians pode se tornar o melhor contra adversários da Série A em 2025; compare seu time com os demais

CAIO DE SOUSA/PERA PHOTO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

O Brasileirão já está batendo na porta, mas nem todos os times se prepararam da mesma forma neste início de temporada. Quais times enfrentaram e venceram mais adversários da Série A neste ano? O Gato Mestre faz o levantamento, revela os números e mostra como o Flamengo se destaca no domínio dos clássicos. Compare todos os números abaixo.

O Flamengo é o time que mais enfrentou e mais venceu adversários da Série A neste ano. São oito clássicos disputados contra Botafogo (dois), Fluminense (três) e Vasco (três), sendo seis vitórias, dois empates e aproveitamento de 83,3% – só não é o melhor porque o Atlético-MG venceu o único jogo que fez neste recorte.

O Corinthians é o único time que pode igualar o Flamengo antes do Brasileirão, pois tem cinco vitórias sobre adversários da elite e nesta quinta-feira (27) ainda decide o título paulista contra o Palmeiras. O Alvinegro já jogou sete “jogos de Série A”, com cinco vitórias, um empate, uma derrota e 76,2% de aproveitamento.

Cruzeiro, Mirassol e Sport ainda não venceram adversários da elite neste ano e têm aproveitamento zerado neste recorte. O time paulista foi quem mais teve oportunidades, mas perdeu os quatro jogos que fez.

O levantamento considera os jogos oficiais de cada time contra adversários da Série A, disputados com time titular ou reserva. Amistosos e jogos de pré-temporada não entram na conta.

Sete times da elite ainda jogam nesta semana, antes de estrearem pelo Brasileirão. Bahia, Ceará, Fortaleza e Vitória têm jogos pela Copa do Nordeste; Corinthians e Palmeiras decidem a final do Paulistão; e o Sport joga a finalíssima do Pernambucano contra o Retrô, time da Série C.

Por Gato Mestre, conteúdo gratuito

Senar Rondônia inicia nova turma do Programa Alfacampo em São Miguel do Guaporé

o objetivo de levar educação e qualificação profissional aos produtores rurais
o objetivo de levar educação e qualificação profissional aos produtores rurais

O SENAR Rondônia, em parceria com o Sindicato de Produtores Rurais de São Miguel do Guaporé e a Prefeitura Municipal, deu início a mais uma turma do Programa Alfacampo no município. A iniciativa tem como objetivo levar educação e qualificação profissional aos produtores rurais, promovendo novas oportunidades para jovens e adultos que desejam retomar seus estudos e construir um futuro melhor para suas famílias.

Composta por 20 alunos, a nova turma representa um importante avanço na inclusão educacional e no fortalecimento do setor agrícola local. A cerimônia de abertura contou com a presença de lideranças importantes, como o presidente da Câmara Municipal, Jair Silva Gomes, a vice-presidente da Câmara, Celma Mezabarba, e o vereador Aguinaldo Ferreira Sertanejo. Também participaram do evento as representantes do Sindicato de São Miguel do Guaporé, Poliana Correia da Luz e Lucineide de Oliveira Hotts.

Programa Alfacampo tem se consolidado como uma das principais iniciativas para fortalecer o agronegócio e melhorar a qualidade de vida no campo
Programa Alfacampo tem se consolidado como uma das principais iniciativas para fortalecer o agronegócio e melhorar a qualidade de vida no campo

A equipe do SENAR/RO esteve presente com a Analista Pedagoga, Aline Melo, o supervisor Tiago Boni e a Assistente de Compras, Maici Tomé, reforçando o compromisso da instituição com a formação profissional no campo.

O Programa Alfacampo tem se consolidado como uma das principais iniciativas do SENAR Rondônia para fortalecer o agronegócio e melhorar a qualidade de vida no meio rural. Além da formação técnica, a ação proporciona crescimento acadêmico e profissional, contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico da região. Essa iniciativa representa mais um passo na construção de um setor agropecuário mais capacitado e competitivo, beneficiando diretamente os produtores e suas comunidades.

Deputada Cláudia de Jesus debate com conselheiro do TCE sobre a Emater

A deputada estadual Cláudia de Jesus (PT) manteve audiência com o senhor Francisco Carvalho da Silva, Conselheiro do Tribunal de Contas de Rondônia (TCE/RO) e relator temático de desenvolvimento sustentável na Corte de Contas.

A deputada falou sobre a importância de alinhar as ações institucionais para reestruturar a Emater, valorizar os servidores públicos e fomentar ainda mais a agricultura familiar. Também esteve na pauta da reunião a necessidade de ampliar políticas públicas para a saúde.

De acordo com a deputada, a experiência pública e pessoal do Conselheiro é importante para construção de iniciativas sociais por meio do nosso mandato.

Texto: Assessoria Parlamentar

TRE/RO confirma multas de R$ 106 mil por divulgação irregular de pesquisas eleitorais nas redes sociais

O Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia (TRE/RO) confirmou a condenação de duas pessoas ao pagamento de multas por divulgarem pesquisas eleitorais irregulares nas redes sociais. Os acórdãos do TRE/RO, em consonância com o entendimento do Ministério Público Eleitoral (MP Eleitoral), determinam que Luiz Gomes Furtado, ex-candidato a prefeito de Nova União (RO), e José Nilton Dias dos Santos, de Guajará-Mirim (RO), paguem multas no valor de R$ 52 mil cada um.

No caso de Nova União, o ex-candidato compartilhou em sua rede social uma pesquisa eleitoral que, apesar de registrada inicialmente, não atendia a todas as exigências legais. A pesquisa possuía registro inicial, mas não incluía informações essenciais como a delimitação dos bairros abrangidos e o relatório completo com os resultados, descumprindo a Resolução TSE nº 23.600/2019. O TRE/RO considerou que, ao divulgar um levantamento com pendências legais, mesmo que reproduzindo informações de outra fonte, o ex-candidato assumiu a responsabilidade pela infração.

Já no caso de Guajará-Mirim, o representado publicou em sua rede social um conteúdo intitulado “Pesquisa Política em GM”. Embora tenha alegado que se tratava apenas de um conteúdo informal, o TRE/RO, seguindo o parecer do MP Eleitoral, entendeu que a apresentação de percentuais de intenção de voto em formato gráfico, acompanhados de fotos dos candidatos, levava o eleitor a crer que se tratava de uma pesquisa oficial, apesar da ausência de registro.

A decisão também se fundamenta em resolução do TSE, que equipara enquetes com características de pesquisa eleitoral à divulgação de pesquisa não registrada. O MP Eleitoral argumentou que a publicação, ao aparentar formalidade e ter potencial para influenciar o eleitorado, configurou uma divulgação irregular, sujeita à penalidade prevista na legislação eleitoral.

Nos dois casos, o MP Eleitoral reforçou que a legislação, especialmente a Lei nº 9.504/1997 e a Resolução TSE nº 23.600/2019, exige o registro prévio e a divulgação completa das pesquisas eleitorais para garantir a transparência e a integridade do processo eleitoral. A publicação de pesquisas sem registro ou com informações incompletas é passível de multa, sendo a responsabilidade estendida a quem promove ou compartilha esses conteúdos, inclusive em redes sociais. Segundo o MP Eleitoral, as condutas dos condenados tiveram potencial de influenciar o eleitorado de forma indevida, justificando a aplicação das sanções.

Assessoria de Comunicação
Ministério Público Federal em Rondônia

Tebet diz que alto valor de emendas dificulta fechamento de contas

© Marcelo Camargo/Agência Brasil

A ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Simone Tebet, disse, nesta terça-feira (25), em Brasília, que emendas parlamentares são ferramentas para o exercício da democracia, mas que, dependendo da forma como elas são conduzidas, podem inviabilizar políticas públicas consideradas essenciais para o país.

Ela afirmou que se deve levar em conta o fato de que é o Executivo o poder com maior capacidade de enxergar o país em sua totalidade. “Os parlamentares também têm uma visão de país, mas, em geral, ela é muito específica do local por onde foram eleitos”, argumentou Tebet durante o programa Bom dia, Ministra, produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

Democracia

As emendas são uma forma de se fazer democracia, dividindo atribuições com parlamentares. Mas elas precisam de limites no conteúdo e na forma”, afirmou a ministra em meio a críticas sobre os altos valores de recursos destinados a emendas parlamentares por meio do Orçamento secreto.

Segundo Simone Tebet, as emendas, atualmente, têm mais transparência. “Mas ainda não chegamos no nível de transparência que precisamos, no entendimento do STF [Supremo Tribunal Federal] e da população”, acrescentou ao alertar sobre os riscos que grandes volumes de recursos para emendas parlamentares podem implicar para as contas públicas.

Acrescentou que “ainda temos um grande problema para o futuro do Brasil a ser pensado com relação às emendas parlamentares. Sou e sempre fui a favor de emendas parlamentares, mas elas [as emendas] não podem ser feitas de uma ordem que vá impedir, no futuro, que políticas essenciais para o Brasil sejam feitas de forma planejada e organizada”, disse ela ao defender que quem tem a visão do todo do país é o Poder Executivo federal.

Simone Tebet explicou que quase metade do Orçamento livre fica nas mãos do Congresso Nacional, na forma de emendas, e que apenas os outros 50%, destinados a investimentos públicos, ficam com o governo federal. “As contas, assim, não fecham. Não será possível atender todas as necessidades dessa forma”, alertou a ministra.

Avanços

Acrescentou que houve recentemente avanços com relação às emendas que passaram a ter mais transparência e rastreabilidade. “Mas o valor, o montante [isso] é muito pesado. Não é assim em lugar nenhum do mundo”, argumentou.

“Temos mais ou menos R$ 200 bilhões livres, descontadas as despesas obrigatórias, para investimentos no Brasil. Mas temos ainda uns descontos relacionados a pisos da educação e da saúde, a serem retirados disso. Baixa então para algo em torno de R$ 140 bilhões”, acentuou.

Quando vemos que R$ 60 bilhões desse valor serão para emendas parlamentares, vemos que é exatamente o valor para o PAC [Programa de Aceleração do Crescimento]. Então, o que sobra para investir no Brasil [soma] R$ 60 bilhões. Exatamente o valor que o Congresso está levando em emendas esse ano”, acrescentou ao defender que o assunto seja debatido com “toda honestidade e serenidade, sem polarização nem politização”, finalizou.

 

Pedro Peduzzi – Repórter da Agência Brasil