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Deputados defendem livre comercialização do gado para outros Estados

Uma saída discutida  pelo presidente da Assembleia Legislativa, Maurão de Carvalho (PP) e o deputado estadual Jean Oliveira (PSDB), foi a livre comercialização do gado rondoniense para outros Estados.

 

Com a constante redução no preço da arroba do boi, pago ao produtor de Rondônia, os prejuízos no setor se acumulam e a reclamação é geral. Sob a liderança do grupo JBS Friboi, gigante que já controla quase metade do abate de gado no Estado, os frigoríficos têm estipulado valores bem abaixo de outros mercados, o que inviabiliza a pecuária de corte.
 
A ideia é baixar a pauta do boi gordo, do bezerro e da vaca, para que o produtor possa vender seu gado fora de Rondônia, onde consegue preços mais justos à qualidade da carne rondoniense, que tem um eficaz controle sanitário.
 
“A arroba do boi não para de cair em Rondônia, estando hoje a R$ 117,00, enquanto no vizinho Mato Grosso é entre R$ 20,00 a R$ 25,00 mais caro. No Pará, que tinha a carne mais barata do país, paga R$ 134,00 na arroba”, informou Maurão.
 
Jean questionou que, mesmo com o preço pago ao criador só caindo, para o consumidor a carne não para de subir de preço. “Como explicar uma situação dessas? Quem produz cada vez lucra menos e o consumidor final paga cada vez mais caro. Por outro lado, como a nossa carne, considerada uma das melhores do país, com um sistema sanitário eficiente, pode ter preço menor do que Estados que não erradicaram a aftosa?”, questionou o parlamentar.
 
O advogado geral da Assembleia, Celso Ceccato também participou da reunião e discutiu formas legais de se buscar uma redução na pauta do boi junto à Secretaria Estadual de Finanças (Sefin).
 
  
Venda do boi em pé
 
Para facilitar a venda do boi em pé, especialmente o boi gordo e o bezerro, os parlamentares estudaram a possibilidade de redução das barreiras fiscais, com a diminuição da pauta de comercialização.
 
“Hoje, o produtor que vender seu gado para São Paulo, vai receber R$ 150,00 na arroba, quando Rondônia está pagando R$ 117,00. Se não há preço justo para a nossa carne, que possamos abrir as portas para outros mercados”, completou Maurão.
 
Jean reforçou que muitos produtores já comercializam bezerro e gado de corte para fora do Estado. “Com a facilitação, vai permitir que o preço seja atraente aos produtores. Hoje, os frigoríficos de Rondônia estão dando 20 a 30 dias para a compra do gado, o que acaba reduzindo o preço ainda mais e prejudicando os produtores”, observou.
 
Convocação
 
Os parlamentares aproveitaram para convidar os produtores a participarem, no próximo dia 9, às 17h, de uma reunião da Comissão de Agricultura da Assembleia, no plenário da Casa. Serão ouvidos donos e representantes de frigoríficos e outros integrantes do setor.
 
 
 
ALE/RO – DECOM – [Eranildo Costa Luna]
 

Foto: José Hilde 

 

Cooperação técnica vai acelerar elaboração do CAR

Um terno de cooperação técnica foi assinado entre a Emater-RO e a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sedam) este acordo vai ampliar o atendimento dos agricultores na questão da regularização ambiental.

 

O objetivo da cooperação entre os órgãos do governo do Estado é dar celeridade a emissão do Cadastro Ambientais Rural – CAR, que tem prazo para ser realizado até 4 de maio de 2016.

O CAR pode ser emitido por entidades do setor agrário, públicas ou privadas, e é uma obrigação do proprietário ou posseiro de terras rurais.  Em Rondônia, no entanto, o governo do Estado decidiu ajudar o agricultor familiar, fazendo gratuitamente o CAR para os proprietários com áreas de terra com até 240 hectares.

A emissão do CAR dá regularidade ambiental às propriedades rurais nos termos do código florestal brasileiro, e somente quem estiver regular perante os órgãos ambientais terá acesso aos benefícios das políticas agrícolas estruturantes, como é o caso do crédito rural oficial.

Para que nenhum agricultor rondoniense seja penalizado, a Sedam e a Emater-RO, em cumprimento a determinação do  governo de Rondônia, resolveram unir forças para acelerar o processo de emissão dos CAR, oferecendo opções para o cadastramento em todos os escritórios locais da Emater-RO e inclusive fazendo mutirões em quase todos os municípios para emissão dos cadastros.

Para facilitar o trabalho técnico a Sedam repassou à Emater-RO oito caminhonetes que irão apoiar as equipes de campo, os veículos já foram entregues e estão todos identificados com a logomarca do programa  rondoniense para emissão do CAR.  

Texto : Enoque de Oliveira

Fotos : Robson Paiva

Rondônia vacinou quase 100{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} do rebanho bovino contra a febre aftosa dentro do período oficial da 39a etapa de imunização

De acordo com dados da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron), 99,55{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} do rebanho bovino foi vacinado e declarado dentro do período oficial da 39ª Etapa de Vacinação contra Febre Aftosa.

O estado conta com um rebanho de mais de 13,38 milhões de bovinos.

Conforme a Idaron, o trabalho dos pecuaristas é responsável por Rondônia ter índice de vacinação e declaração maiores de 99{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} há mais de dez anos. Nesta etapa, das 92 mil propriedades rurais com bovinos apenas 1.050 estão inadimplentes.

O produtor que não declarou a vacinação será multado em R$ 138 por propriedade. Já o produtor que não vacinou será multado em R$ 138 por animal não vacinado e ainda será notificado a realizar a vacinação com a presença de um técnico da Agência.

O gerente de Defesa Sanitária Animal, Fabiano Alexandre dos Santos, disse que o sucesso da campanha se deve à parceria da Idaron com o produtor rural. “O produtor rondoniense é consciente da importância de vacinar, e mais uma vez contribuiu para que Rondônia continue livre de febre aftosa”, afirmou.

O presidente da Idaron, José Alfredo Volpi, comemorou o resultado da campanha, lembrando que vacinando o rebanho, Rondônia continua livre da doença e “podemos vender nossa carne para vários lugares”.

Rondônia é considerado área livre de febre aftosa pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) desde 2003, o que permite a comercialização de produtos bovinos para vários países. O último caso da doença em Rondônia aconteceu em 1999, no município de Pimenteiras.

Entre janeiro e outubro deste ano, a exportação de carne desossada congelada representou 48,23{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} das exportações rondonienses.

Fonte
Texto: Amabile Casarin
Fotos: Secom
Secom – Governo de Rondônia

Sistema de irrigação por gotejamento tem maior viabilidade econômica na cultura da cana de açúcar

Com uma área de mais de 9,5 milhões de hectares, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de 2012, a cultura canavieira é a terceira maior do país.

 

Seu rendimento monetário bruto de R$ 38,6 bilhões só é menor que a soja – que possuí uma maior área plantada (24,9 milhões de hectares).

 Ultimamente, a expansão do cultivo em ambientes menos favoráveis climaticamente impactou de forma negativa no rendimento agrícola da cana de açúcar. Na região Centro-Sul, que figura 90{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} da produção brasileira, por exemplo, o rendimento médio da cultura canavieira de 2004 a 2010 foi de 86,1 toneladas por hectare, enquanto na safra 2011 sofreu abrupta queda de 21{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}, com produção média de 68,4 toneladas por hectare, dados da CANAPLAN de 2012.

 Em 2009, as condições climáticas favoreceram a brotação e o desenvolvimento da cultura, dado o grande volume de precipitação, mas também prejudicaram a maturação da mesma, reduzindo a qualidade da matéria-prima (CANAPLAN, 2012).  Em 2015, o déficit hídrico não se limitou apenas às regiões áridas e semiáridas, pois as regiões consideradas climaticamente úmidas também foram impactadas.

O déficit hídrico, grande vilão da agricultura, é o principal fator de redução da produção do vegetal. Ele é responsável por cerca de 70{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} da variabilidade final da produção. A produtividade da água é definida como a razão entre a produção de biomassa e a quantidade de água utilizada, elemento essencial para analisar o desempenho da cultura.

 Para lutar contra a queda na produção e incrementar a produtividade agrícola nas regiões secas, a busca pelo uso tecnológico da irrigação é a principal alternativa os produtores. Ao comparar os sistemas de irrigação, o produtor encontra em média cinco tipos: por canhão, sulco, pivô circular e por gotejamento. Buscando o rendimento do capital aplicado, o agricultor canavieiro, assim como qualquer outro, prioriza a eficiência do produto a ser aplicado em sua cultura e naturalmente compara as ofertas disponíveis no mercado. 

 Uma pesquisa realizada pela Netafim, empresa pioneira e líder mundial em soluções de irrigação por gotejamento, mostra que a irrigação por gotejamento emprega uma eficiência maior em relação aos outros métodos. Enquanto a produtividade e a eficiência da água varia de 50{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} a 85{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} nos demais métodos de irrigação, o gotejamento conta com uma eficiência de 95{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} se mostrando assim, o mais viável para a cultura canavieira. “Além do maior nível de eficiência da água, o sistema de irrigação por gotejamento pode se aliar a técnica de fertilização, garantindo duplamente um bom resultado” afirma Alexande Gobbi, presidente da Netafim. “É preciso analisar e identificar como podemos atingir os melhores resultados sempre pensando em uma área 100{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} sustentável, que ajudará no desenvolvimento do agronegócio nacional” destaca Gobbi.

 Apesar da crise econômica do Brasil, a Netafim está na contra mão por contar com a tecnologia do gotejamento que ajuda a economizar até 70{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} da água. As vendas dos sistemas aumentaram em 30{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} no primeiro semestre de 2015 e a meta é dobrar o faturamento da companhia nos próximos três anos.

 Fonte: Tatiana Freitas
Consultora de Comunicação

Projeto Fazenda Futuro já recebeu mais de 800 reeducandos desde a sua implantação, em Porto Velho

Mais de 800 presos já passaram pelo Projeto Fazenda Futuro, em Porto Velho, desde a sua criação no ano de 2012.

 

Atualmente, 40 reeducandos estão no projeto e recebem um salário mínimo através de convênio com o Fundo Penitenciário Estadual. Os presos têm uma carga horária de trabalho diária de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 11h e das 13h30 às 17h.

Segundo o coordenador do projeto, Lourival Milhomem, a Fazenda Futuro surgiu como uma proposta de aproveitar o espaço ocioso no fundo das unidades prisionais para o desenvolvimento de atividades agrícolas, com o objetivo de produzir alimentos para atender a cozinha industrial do sistema prisional e, principalmente, a ressocialização dos reeducandos por meio de cursos de capacitação, palestras e oficinas motivacionais, bem como proporcionar um ambiente calmo, agradável, em contato com a natureza, buscando resgatar a sensibilidade e o respeito ao próximo.

Entre as atividades desenvolvidas no projeto, está em fase de implantação a piscicultura, com quatro tanques escavados para criação do pirarucu; a bovinocultura de leite com futura formação da pastagem. E ainda em fase de implantação e ampliação está fruticultura com produção de abacaxi, mandioca, açaí, banana, castanha do brasil, citros, cupuaçu, cacau, maracujá, goiaba, ingá, mamão papaia, melancia, pupunha; olericultura com produção de couve, alface, pimenta de cheiro, pimentão, quiabo, abobrinha, cebolinha e outros.

Conforme Milhomem, o funcionamento da parte básica do projeto da Fazenda Futuro é composto por um coordenador geral, um coordenador interno, dois técnicos da Emater em tempo integral para as atividades práticas com os apenados e dois militares graduados que tomam conta dos 40 reeducandos e fazem valer a questão da hierarquia e da disciplina em relação ao trabalho e a convivência.

Na área de pouco mais de 300 hectares onde a fazenda está instalada, há movimentação de pessoas trabalhando com culturas diferentes e na construção de viveiros. As máquinas são usadas no preparo da terra enquanto dura a estiagem. O ritmo frenético é típico de uma propriedade rural, sendo que toda a mão de obra é formada por apenados que cumprem sentença judicial de privação da liberdade e aprendem uma profissão, trabalhando para ter uma renda, ao mesmo tempo em que o número de dias de cárcere é reduzido.

Para o secretário de Justiça, coronel Marcos Rocha, o projeto Fazenda Futuro é um dos desejos do Governo de Rondônia de ver implantado, dentro do sistema prisional, algo que faça com que o sistema seja autossustentável. “Estamos trabalhando na ativação da cozinha industrial onde fornecerá a alimentação para todas as unidades da capital, a produção que almejamos poderá atender até outras situações, como escolas por exemplo. O objetivo do projeto é fazer com que as pessoas que cumprem pena no regime fechado possam trabalhar no cultivo da fazenda e produzir sua própria alimentação e se sintam úteis, não fiquem ociosos, e possam trabalhar de dia e estudar de noite”, explicou.

Rocha ainda ressaltou que, por enquanto, o projeto só trabalha com os reeducandos do regime semiaberto, mas o intuito é incluir parte do regime fechado. “Quem sabe criar um presídio diferente, um presídio fechado agrícola. O governo tem trabalhado com esse objetivo, de ver os cumpridores de pena tendo a sua vida modificada através do trabalho e do estudo”, finalizou.

Texto: Cíntia Xavier
Fotos: Daiane Mendonça
Secom – Governo de Rondônia

PRF apreende quase 80 metros cúbicos de madeira irregular durante a operação sentinela.

A Polícia Rodoviária Federal divulgou os resultados das ações realizadas em novembro, durante a Operação Sentinela.

 

A OPERAÇÃO SENTINELA é um dos pilares do enfrentamento aos crimes de fronteira e nesta etapa os trabalhos foram realizados no sul do Amazonas, Ponta do Abunã (Porto Velho/RO) e Nova Mamoré/RO

 Ao final da ação, foram contabilizados 1.202 veículos fiscalizados, 1816 pessoas abordadas, sendo que 36 foram detidas. 02 veículos foram recuperados e 70 gramas de maconha apreendidas. 3.088 itens de mercadorias diversas foram apreendidas por descaminho/contrabando. 2 revolveres, 2 espingardas, 1 carabina e 15 munições foram apreendidas. E, no combate aos crimes contra o meio ambiente a PRF contabilizou, 79m³ de madeira apreendida,16m³ de carvão, 06 animais silvestres vivos, 500 litros e 2.094 quilos de agrotóxicos irregular apreendidos. E ainda, 01 aeronave carioquinha apreendida por estar sem documentação.

Insp. Marcia/ NUCOM
21ª SRPRF/RO-AC

Criada nova comissão consultiva do seguro rural.

Grupo será canal de comunicação entre o governo e os agentes do mercado.

 

Para dar continuidade ao aprimoramento do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), foi criada a Comissão Consultiva de Agentes. Ela vai auxiliar os trabalhos do Comitê Gestor Interministerial do Seguro Rural (CGSR) sobre temas relativos ao seguro rural.

Segundo o diretor de Crédito, Recursos e Riscos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Vitor Ozaki, a nova comissão será um canal de comunicação entre o governo e os agentes do mercado de seguro. “A comissão permitirá a obtenção de informações, experiências e sugestões que contribuirão para o aperfeiçoamento do seguro rural, disse Ozaki.
 
Caberá a comissão analisar e estudar as condições técnicas e operacionais específicas para a implementação e operacionalização do seguro rural como instrumento de política agrícola. Ela será composta por três representantes dos produtores rurais, dois de federações de agricultura, dois do mercado de seguros (seguradoras e resseguradoras) e um de instituições de ensino e pesquisa na área de seguro rural.
 
No último dia 18, o CGSR criou a Comissão Consultiva de Entes Federativos, com a participação de Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e São Paulo. Esses estados já têm programas de subvenção complementares ao PSR.

O comitê gestor interministerial é composto pelos representantes dos ministérios da Agricultura, Fazenda, do Planejamento e Desenvolvimento Agrário e pela Superintendência de Seguros Privados (Susep).

A Resolução nº 43, do CGSR, que institui a Comissão Consultiva de Agentes do PSR, foi publicada no Diário Oficial da União nesta terça-feira (1º).

Mais informações para a imprensa:
Assessoria de comunicação social
(61) 3218-2203/2204
Inez De Podestà
inez.podesta@agricultura.gov.br
imprensa@agricultura.gov.br

Festival de motores e rabetas movimentou Ji-Paraná

Uma grande movimentação para os ribeirinhos e pescadores, com o 14º Festival de motores e rabetas ,  realizado as  margens  do Rio Machado em  Ji-Paraná.

O evento cercado de grandes emoções e adrenalina, teve inicio às 9Hs. da manhã e seguiu por  todo  o dia,  nas  proximidades da  ponte. O Festival é promovido pela Colônia dos Pescadores Z9, com o apoio da Secretaria de  Desenvolvimento da  Amazônia,  a SEDAM  e  empresários  da  região. Participaram das competições canoas com motores rabetas de 5,5HP, 6,5HP e 9HP; canoas com motores de popa de 15HP e canoas a remo.

Segundo Claudio Duarte da SEDAM, a cada ano o número de participantes  e público em geral vem aumentando. Ele e os colaboradores trabalham e se esforçam para aprimorar a organização e este ano a festa foi ainda melhor.

Para o pescador Candido Gonçalves, o evento é uma confraternização dos pescadores, que se unem  uma vez  por  ano,  para  uma brincadeira com os  familiares  e  com a população.

Durante todo o evento não foi registrado nenhuma eventualidade, já que uma das prioridades da  organização é a segurança com equipe de apoio e  Corpo de Bombeiros  presente em toda a  competição, com uma  guarnição  acompanhando toda  a movimentação.

Um dia de  sol e  família reunida em busca de  laser, fazendo da  corrida de motores e rabetas  a principal  opção para  os pioneiros de  Ji-paraná  e  região, que lotaram  as margens do Rio Machado. As pessoas aproveitaram para assistir e se tornar um espetáculo a parte se refrescando nas águas do Machadão. De acordo com o presidente da Colônia dos Pescadores, Manoel Batista, uma das maiores preocupações, era o nível do rio, que ainda muito baixo para  época do ano, com pedras  a mostra, podendo ocasionar  acidentes e exigindo mais  da experiência  dos pilotos.

Apesar da grande movimentação de pessoas e atividades que aconteciam na cidade, em  comemoração  aos  38 anos  de 

emancipação política  e  administrativa  de Ji-paraná, os  organizadores  observaram a ausência  de  gestores públicos.

A coordenação avalia como positiva a  14º edição do festival de motores e rabetas, ressaltando que o evento não é restrito  aos  pescadores  e ribeirinhos, podendo todos participarem da  competição, bastando apresentar  a documentação exigida pela Marinha do Brasil.

Natalino Junior

Jornalista DRT/1429

Banco de Sementes de Ariquemes será reestruturado

Com objetivo de impulsionar o reflorestamento com plantas nativas e exóticas como o açaí, pupunha e castanha  que também cumprem a finalidade de aumento de renda do homem do campo, o governo de Rondônia vai reestruturar o Banco de Sementes de Ariquemes.

 

Nesta reestruturação, está prevista a ampliação do Banco de Sementes para um viveiro de mudas e também uma biofábrica para produção em escala de mudas clonais. A tecnologia minimiza problemas relacionados com a baixa produtividade, pragas e doenças geradas pelas mudas convencionais, proporcionando ao produtor rural a multiplicação rápida em períodos de tempo e espaço reduzidos, mantendo a identidade genética do material propagado e melhorando a qualidade fitossanitária.

O governador Confúcio Moura ressaltou a importância da parceria da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam) por meio de convênio de cooperação com a Fundação de Amparo ao Desenvolvimento das Ações Científicas e Tecnológicas e à Pesquisa (Fapero) para o pleno funcionamento do viveiro. O investimento inicialmente será oriundos da Sedam, e que a secretaria, Fapero e outros parceiros deverão prover os recursos necessários para coleta, classificação e armazenamento das sementes, e também da Biofábrica.

Confúcio reiterou que o Viveiro e o Banco de Sementes de Ariquemes têm como objetivo reflorestamento e que, para isso, a Fapero poderá buscar parceiros, como ONGs, OSCIPs ou órgãos governamentais.

O presidente da Fapero, Francisco  Elder, informou que já foi feito contato com o Instituto Federal de Pesquisa de Rondônia (Ifro), Embrapa e com a Universidade Federal de Rondônia (Unir), em que o projeto teve receptividade de todos.

“Vamos transformar o pólo de sementes em uma biofábrica  e um viveiro organizado com mudas de interesse comercial para o pequeno, médio e o grande produtor. Esse é o meu  objetivo, e será administrado  pela Fapero e Sedam”, afirmou governador  e completou dizendo que Rondônia  deverá ter três pontos de distribuição de sementes no Estado e que é necessário elaboração de uma cartilha explicativa, com orientações de germinação e plantio.

O governador Confúcio moura também solicitou que a Sedam e Fapero abram imediatamente um canal de negociação com a Justiça estadual e federal para que a madeira apreendida seja leiloada e os recursos sejam destinados ao Fundo de Meio Ambiente e/ou a Fapero, para pesquisas e atividades de preservação ambiental.

Para Confúcio, a madeira apreendida, deve ser  removida  ser removida no momento do flagrante para os pátios da Sedam ou Polícia Ambiental. “Vamos resolver a problemática da madeira apreendida. e para isso a Sedam deve contratar caminhões para transporte o mais rápido possível”.

Fonte
Texto: Suelly David
Fotos: Suelly David
Secom – Governo de Rondônia

Projeto Piraçaí inova com produção integrada e sustentável para a agricultura familiar

 

Considerada uma das prioridades para o desenvolvimento econômico do estado, a atividade piscícola recebeu, nos últimos anos, um reforço do governo estadual.
 
Tratada como agronegócio e recebendo apoio de diversos segmentos institucionais a produção, de aproximadamente 12 mil toneladas/ano de pescado em 2010, saltou para mais de 80 mil toneladas/ano, das quais 5.200 são produzidas em Porto Velho.
 
Para Domingos Mendes da Silva, morador do projeto de Reassentamento Santa Rita, localizado a 54 quilômetros da capital, esse foi o incentivo que ele precisava para dar início a uma ação inovadora e produtiva: integrar a piscicultura com a fertirrigação. Em meio de sua lavoura frutífera ele montou a base para a criação do pirarucu da Amazônia, um dos maiores peixes de água doce do mundo.
 
Sem experiência para trabalhar com a atividade, Domingos foi orientado e capacitado pelos extensionistas da Emater-RO. Devido a sua área ser reduzida em recursos hídricos o mesmo foi orientado a trabalhar com tanques lona. Com essa técnica, devido à maior aeração da água, o peixe tem condições de se desenvolver melhor em menos tempo, quando comparado à produção em tanques escavados ou em tanques-rede, chegando a 50 quilos de peixe/m3, enquanto que o normal seria de um Kg/m3. 
 
A idéia do projeto era implantar um sistema de produção sustentável e participativo para a agricultura familiar, tendo por base a integração da criação de pirarucu no sistema proposto com a produção de açaí, outra fonte de renda da família que conta com 500 pés, além de outras frutíferas em menor escala. 
 
Para complementar o sistema de produção e criação de peixes, o agricultor entrou com parte de recursos financeiros próprios e acessou o crédito rural, através da linha de crédito Mais Alimento do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). As mudas de açaí foram produzidas na propriedade, utilizando sementes da variedade BRS Pará, disponibilizadas pela Emater-RO. 
 
O Projeto Piraçaí
O agente de Ater que deu suporte ao Projeto Piraçaí, Janderson Dalazen, conta que o sistema de criação de pirarucus implantado foi o super intensivo. Utilizou-se tanques de lona com 8,4 metros de diâmetro e 1,20 de altura, confeccionado em PVC flexível com malha de poliéster entre as camadas de 2 mm e capacidade de 50 m³. “O abastecimento com água era diário, oriunda de um córrego perene próximo a propriedade”, diz Janderson, explicando que os tanques foram dispostos em barracões de madeira de aproximadamente 10 x 20 m² cobertos com telha de fibro cimento. 
 
A água dos tanques era renovada diariamente por meio mecânico com auxilio de uma bomba com capacidade de 80 metros cúbicos por hora e descartada por gravidade para os tanques escavados.  A água residuária foi mantida por seis meses nos tanques, durante o período chuvoso e posteriormente, disponibilizado para a irrigação da cultura do açaí. Para a irrigação foi utilizada bomba com capacidade de 10 metros cúbicos por hora, canos de PVC e micro aspersores dispostos entre as linhas do pomar.
 
Resultados positivos
O resultado obtido nesse sistema foi a obtenção de 2,4 toneladas de biomassa de peixes por tanque, num período de 12 meses, para as quais foram consumidas 3,8 toneladas de ração. De acordo com estudos até então realizados, o pirarucu pode chegar a peso de 10 kg em um ano, em sistema de criação intensivo convencional. Neste trabalho os peixes atingiram 12 kg em um ano e um dos fatores que contribuem para essa eficácia é a renovação diária da água do tanque.
 
Com isso pode-se perceber que a unidade demonstrativa de produção integrada vem demonstrando resultados admiráveis do ponto de vista técnico, econômico e social. “Realizando as atividades diárias de acompanhamento e monitoramento, temos a indicação de que o sistema além de viável é sustentável, pois proporciona um incremento também para as culturas perenes”, enfatiza o extensionista Janderson. 
 
O manejo desenvolvido para unidade vem sendo aplicado e desenvolvido pelo proprietário e sua família de forma sustentável. Hoje, o produtor trabalha com quatro tanques de lona de 50 mil litros e dois menores. Sua primeira despesca deu-se em julho deste ano, com a venda de oito mil quilos de pirarucu para a empresa “Rondônia Alimentos” que, com apoio do governo estadual por meio da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), está em processo de instalação de um complexo industrial cujo investimento deverá beirar R$ 45 milhões.
 
Viabilidade e rentabilidade
A produção de pirarucus em tanques lona mostrou-se uma estratégia viável e demandada para pequenas áreas, todavia a atividade exige a renovação ou recirculação periódica da água. Os resultados da unidade de produção integrada de Domingos Mendes foram apresentados em um Dia de Campo, único, na categoria em Porto Velho e foi destaque em vários meios de comunicação, ajudando a destacar o projeto e a difundir as tecnologias desenvolvidas ao longo da implantação do mesmo. 
 
O projeto piloto iniciado em 2012, hoje possui status de unidade de produção gerando renda a família envolvida, oferecendo dados técnicos e servindo como vitrine tecnológica para técnicos e produtores rurais. Além da produção de 12 toneladas/ano nos 440 m² de área produtiva, a piscicultura, na área integrada, contribui na produção, com ajuda da fertirrigação, de açaí, citros, abacaxi melancia, pimenta de cheiro e galinha caipira.
 
Como limitação, pode-se considerar que há a necessidade de alto investimento inicial para aquisição dos tanques de lona, todavia o sistema é rentável e viável e tem satisfeito as necessidades da família, como relata o próprio Domingos Mendes da Silva: “Eu e minha família estamos no caminho que escolhemos, sabemos que estamos dando os primeiros passos, mas estamos felizes… é muito gratificante ter os peixes no tanque e os açaizeiros dando cachos no pomar”.
 
Wania Ressutti
Jornalista – SRTE/DRT/RO-959
EMATER-RO
Fotos: Bruno Corsino/Secom