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Conab mantém perspectiva de safra recorde, apesar dos efeitos de fenômeno climático

El Niño atrasou plantio de algumas culturas, segundo diretor da empresa.

 

Apesar dos efeitos do fenômeno El Niño na agricultura, o que atrasou o plantio de algumas culturas de primeira safra, a perspectiva de colher uma grande produção na temporada 2015/16 se mantém. A avaliação foi feita nesta sexta-feira (11) pelo diretor de Política Agrícola e Informações da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), João Marcelo Intini, durante a divulgação do terceiro levantamento da safra pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e Conab.

“Este primeiro número consolidado, sem os limites inferior e superior, com as lavouras implementadas, segue a tendência de uma safra recorde no país. As condições climáticas são acompanhadas pelos produtores e por tecnologia, de modo que se consegue corrigir ao longo do desenvolvimento vegetativo da lavoura essas preocupações do impacto dos efeitos do clima, disse Intini. A melhora do El Niño, acrescentou, é esperada somente para março e abril do próximo ano.

O El Niño se caracteriza pelo excesso de chuvas no Sul e a diminuição da precipitação no Norte e Nordeste do país.

Segundo o diretor da estatal, a implantação do arroz, principalmente no Rio Grande do Sul, sofreu muito com a permanência dos índices pluviométricos acima da média histórica. “Esse quadro merece alguma atenção devido ao plantio fora da janela recomendada.”

A colheita da safra de inverno também sofreu com a influência do clima. “As restrições pelas condições climáticas para o trigo foram muito nítidas. Estamos concluindo o levantamento sobre a quantidade e a qualidade do trigo produzido com o excesso de chuva”, disse Intini.

A estimativa da pesquisa da Conab é de colher perto de 5,6 milhões de toneladas de trigo. “O Brasil continua sendo dependente das importações desse cereal e devemos comprar cerca de 5,75 milhões de toneladas do grão provenientes do Canadá, Argentina, Paraguai e dos Estados Unidos”. 

Milho

Nos últimos cinco ciclos, o milho primeira safra continua perdendo espaço, devido a menor rentabilidade, aos altos custos e maior risco de produção. Com o recuo do plantio, a área deverá ficar em 5,73 milhões de hectares, representando um decréscimo de 6,7{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} em relação à temporada passada. A previsão é que produção caia 8,6{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}, para 27,48 milhões de toneladas.

Segundo Intini, é uma tendência dos últimos anos a opção dos produtores para o cultivo da soja em substituição ao milho primeira safra. A expansão do milho ocorre na segunda safra, com a entrada do plantio a partir de fevereiro do próximo ano.

No caso do algodão, há também uma redução da área plantada por causa da concorrência com a área de soja, em especial na Bahia.

 

 Mais informações para a imprensa:
Assessoria de comunicação social
Inez De Podestà
inez.podesta@agricultura.gov.br
 

Programa de Aquisição de Alimentos atende a 140 mil pessoas em Rondônia

Mari Braganhol citou o pioneirismo do governador Confúcio Moura na cidade de Ariquemes no desenvolvimento do projeto e aquisição simultânea da produção

O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) em Rondônia superou a meta dos últimos quatro anos e está fechando o exercício de 2015 com atendimento a 140 mil pessoas em associações beneficentes, de pais e amigos de excepcionais, nas escolas da rede pública de ensino e nos hospitais públicos, numa ação planejada e gerenciada pela Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri).

 

De acordo com a secretária adjunta da Agricultura, Mary Braganhol, Rondônia foi o único estado do Brasil a executar plenamente o PAA, com um investimento de mais de R$ 13,4 milhões na aquisição direta de alimentos da pequena propriedade para servir a essas instituições com uma diversidade de produtos, que começa com o abacate, passando pela abóbora, cebolinha verde, alface, batata, açúcar mascavo, castanha, mel de abelha, melancia, milho verde, tomate, queijo, açaí, feijão e arroz até chegar ao frango caipira, peixes e carnes, entre outros gêneros.

A adjunta da Seagri explicou que o trabalho de gerência do programa é concentrado na secretaria, e toda a ação de relacionamento com os produtores da agricultura familiar é feita pelos técnicos da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Rondônia (Emater), que além das providências relativas à aquisição propriamente dita prestam toda assistência técnica a esses produtores, com orientações sobre técnicas de manejo e produção sustentável, sem agressão ao meio ambiente.

Mari Braganhol disse que, embora seja um programa federal, em Rondônia o PAA tem a marca do governador Confúcio Moura que, segundo ela, quando prefeito de Ariquemes foi pioneiro e único gestor público a desenvolver com prioridade o mais importante projeto da agricultura familiar no estado, com a aquisição simultânea da produção, quase sempre com recursos próprios, para o abastecimento das escolas da rede municipal de ensino e outras instituições.

4,7 MIL TONELADAS

Segundo a secretária, só a partir de um projeto local, de um esforço próprio do governo, como tem sido feito em Rondônia, é possível manter uma trajetória de crescimento com a marca de 3.430 pequenos produtores rurais cadastrados, que juntos venderam nesta safra para o governo pouco mais de 4,7 mil toneladas de alimentos, que saíram diretamente do campo (pequenas propriedades) para as escolas, associações, hospitais e outras entidades.

Mari Braganhol citou o pioneirismo do governador Confúcio Moura na cidade de Ariquemes no desenvolvimento do projeto e aquisição simultânea da produção

Mari Braganhol citou o pioneirismo do governador Confúcio Moura na cidade de Ariquemes no desenvolvimento do projeto e aquisição simultânea da produção

Mari Braganhol ressaltou a importância do programa pelo que ele representa para o pequeno produtor, com a garantia de emprego e renda ali mesmo na propriedade, mas também de sua importância para o governo e, principalmente para as populações em situação de insegurança alimentar, além dos beneficiários das instituições públicas atendidas, que dispõem diariamente de uma variedade de produtos alimentícios de qualidade e valor nutricional na mesa de refeição.

Ela destacou que este é um programa que envolve praticamente toda a cadeia familiar no projeto de produção – e esta deve ser a mágica do sucesso -, uma vez que mesmo desempenhando juntos todas as atividades da propriedade, em muitas delas enquanto os homens se dedicam mais à produção de feijão, arroz, farinha, peixes, carnes, leite, queijo, outro grupo se dedica a produção de bolos especiais (inhame, mandioca, milho, etc), bolachas caseiras, biscoitos, pães variados, iogurtes e outros, numa ação contínua de um conjunto diversificado de atividades agrícolas, de modo que, mesmo na sazonalidade sempre haja trabalho, produção e renda nas propriedades.

 

 

Fonte
Texto: Cleuber R Pereira
Fotos: Secom
Secom – Governo de Rondônia

Previsão do Tempo

 

 

 

 

Cooperação técnica vai acelerar elaboração do CAR

Um termo de cooperação técnica foi assinado entre a Emater-RO e a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sedam) este acordo vai ampliar o atendimento dos agricultores na questão da regularização ambiental. O objetivo da cooperação entre os órgãos do governo do Estado é dar celeridade a emissão do Cadastro Ambientais Rural – CAR, que tem prazo para ser realizado até 4 de maio de 2016.
 
O CAR pode ser emitido por entidades do setor agrário, públicas ou privadas, e é uma obrigação do proprietário ou posseiro de terras rurais.  Em Rondônia, no entanto, o governo do Estado decidiu ajudar o agricultor familiar, fazendo gratuitamente o CAR para os proprietários com áreas de terra com até 240 hectares.
 
A emissão do CAR dá regularidade ambiental às propriedades rurais nos termos do código florestal brasileiro, e somente quem estiver regular perante os órgãos ambientais terá acesso aos benefícios das políticas agrícolas estruturantes, como é o caso do crédito rural oficial.
 
Para que nenhum agricultor rondoniense seja penalizado, a Sedam e a Emater-RO, em cumprimento a determinação do  governo de Rondônia, resolveram unir forças para acelerar o processo de emissão dos CAR, oferecendo opções para o cadastramento em todos os escritórios locais da Emater-RO e inclusive fazendo mutirões em quase todos os municípios para emissão dos cadastros.
 
Para facilitar o trabalho técnico a Sedam repassou à Emater-RO oito caminhonetes que irão apoiar as equipes de campo, os veículos já foram entregues e estão todos identificados com a logomarca do programa  rondoniense para emissão do CAR.
 
Texto : Enoque de Oliveira
Fotos : Robson Paiva

Fazendas de grandes devedores da União poderão ser destinadas à reforma agrária

As propriedades rurais dos maiores devedores da União poderão ser destinadas à reforma agrária. O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) e a Procuradoria-Geral Federal assinaram hoje (10) acordo para que as propriedades rurais desses devedores sejam periciadas e cedidas ao governo federal.

Com base na lista dos devedores acima de R$ 50 milhões divulgada pela PGFN, o Incra analisou quais deles são donos de imóveis rurais. O Incra mandará técnicos para avaliar cada propriedade e verificar quais delas são objeto de interesse para reforma agrária com base no relevo, solo e na demanda por terras na região. Em vez de leiloados pela PGFN, como ocorre nos processos de execução fiscal, os imóveis serão adjudicados (cedidos) ao Incra.

O cruzamento de dados identificou 4.013 contribuintes que devem mais de R$ 50 milhões à União. Desse total, 729 têm 4.057 imóveis rurais num total de 6,564 milhões de hectares. Inicialmente, o grupo de trabalho analisará os 26 maiores devedores inscritos na dívida ativa, que devem R$ 45 bilhões em conjunto e dispõem de 335 mil hectares, área suficiente para assentar 10 mil famílias.

O processo resultará em economia para o governo porque o Incra economizará no pagamento de indenizações de juros compensatórios aos produtores rurais. Alegando que o grupo de trabalho ainda está em fase inicial e os processos de execução fiscal estão em fases diferentes, o governo não informou o quanto pode economizar a partir de 2016.

Segundo a presidenta do órgão, Maria Lúcia Falcão, o acordo traz vantagens tanto para o governo como para os devedores. “Com esse procedimento, o devedor equaciona a dívida. É bom para o devedor. É bom para a União. É uma contribuição para os peritos agrários, que vão fazer análise dos imóveis rurais brasileiros e justiça para todos os lados.”

Segundo o procurador-geral da Fazenda Nacional, Paulo Riscado Júnior, o acordo ajudará a ampliar a oferta de terras para a reforma agrária sem aumentar os custos para o governo.

“O novo processo tem o poder não só de aumentar a arrecadação federal como de resolver situação social importante no Brasil, que é o conflito agrário. Damos rapidamente uma resposta bem efetiva na arrecadação de tributos federais, com a adjudicação de bens objetos de conflito agrário identificados pelo Incra”, concluiu.

Diferentemente da desapropriação, em que somente terras improdutivas são destinadas à reforma agrária, a adjudicação permite que terras produtivas de interesse do Incra também podem ser transformadas em assentamentos rurais.

A presidenta do Incra esclareceu que, para o devedor, nada mudará porque a terra iria a leilão caso não fosse cedida. “A própria legislação prevê a possibilidade da adjudicação”, esclareceu, informando que nenhuma reforma nas leis será necessária.

 

Júnior Albuquerque
Diretor de Jornalismo
+55 69 9927-4860

Comissão de Agropecuária ouve representantes do segmento e cria CPI

Apesar de convidados, representantes não compareceram; CPI dos frigoríficos e laticínios foi criada.
 

Na tarde desta quarta-feira (9), no Plenário da Assembleia Legislativa, ocorreu uma reunião extraordinária da Comissão de Agropecuária, que deveria ouvir representantes do setor de frigoríficos e laticínios para discutir a questão do preço da arroba do boi praticado que tende a cartelização no Estado de Rondônia.

A audiência foi presidida excepcionalmente pelo deputado Maurão de Carvalho (PP) que encampou esta luta, juntamente com os produtores, pela melhora do preço e buscando acabar com a cartelização promovida pelos grandes frigoríficos. Ao final foi aberto procedimento para a criação de uma Comissão Especial de Inquérito (CPI), para tratar do assunto

O presidente da Comissão de Agropecuária, Lazinho da Fetagro (PT), disse que a reunião foi motivada a pedido do deputado Adelino Follador (DEM) devido o baixo preço da arroba do boi praticada pelos grandes frigoríficos.

Apesar da melhoria da qualidade da carne o valor está entre os mais baixos do país. Mesmo com o preço ao produtor baixando, na prateleira, para o consumidor, o preço não cai.

Lazinho fez o chamamento de todos os frigoríficos para os quais foi enviado convite sendo que nenhum enviou representante para a reunião. Lamentou o descaso, pois o setor é importante para o Estado e vai continuar a sofrer com o descaso dos que acabam por estabelecer o preço da carne em Rondônia.

Adelino Follador (DEM) reforçou na reunião com pecuaristas a diferença no preço da arroba de gado entre Rondônia e São Paulo, por exemplo, que em janeiro de 2015 era de apenas 6,99 {b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} e chegou ao fim de novembro a 17,45{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}.

Adelino também apresentou um demonstrativo de como o Estado perde com esta redução no preço da arroba do boi. Segundo ele, em 2014 foram abatidas 2.174.772 cabeças. Se for ter como parâmetro a média de 14 arrobas por cabeça e uma diferença de R$ 15 por animal, tem-se uma arrecadação de R$ 456.700.000,00 ou R$ 38 milhões mensais que os produtores deixam de receber. É um dinheiro que não circula no Estado e que vai parar no bolso dos frigoríficos, especialmente o JBS.

Em relação aos abates, com números de 2014, a JBS Friboi abateu 47,38{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} do total (1.030.514 cabeças), o Frigon 13,56{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} (295 mil), o Marfrig 245.049 (11,26{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}), o Tangará 138.472 (6,36{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}) e o Minerva 132.436 cabeças, ou 6,08{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}. Demais totalizaram 196.480 cabeças ou 9{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} do total de abates.

Adelino disse que enquanto em outros estados o preço da arroba melhora, em Rondônia o preço reduz. “Daqui a pouco vamos deixar de ser produtor de gado para abate para ser exportador de bezerro, pois o preço está compensando, mas com isso vamos acabar com os empregos em Rondônia e diminuir a arrecadação”, afirmou. Denunciou que “sim, há formação de cartel no preço do boi no Estado”.

Em 2014, disse Follador, os frigoríficos deixaram de arrecadar mais de R$ 180 milhões e recolheram em impostos R$ 36 milhões em 2014. Em 2015 recolheram até o momento, R$ 30 milhões e tiveram mais de R$ 170 milhões em isenção. “Fecharam 260 empregos em Ariquemes mesmo com todos estes incentivos. Ao invés de fomentar a economia, eles massacram o trabalhador e o produtor”, argumentou o parlamentar.

O deputado Laerte Gomes (PEN) afirmou ser um desrespeito por parte dos frigoríficos para com os produtores e com esta Casa. Temos de definir uma estratégia para mostrar que temos o poder de interferir. Falou da cartelização da cadeia do leite comandada pela Italac e o da carne pela JBS.

Sugeriu que seja encaminhado ao governo do Estado indicações para baixar a pauta do boi gordo, para fora do estado e da vaca para abate em no mínimo 60{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}, bem como suspender ou diminuir a isenção fiscal que os frigoríficos. Laerte defendeu a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para investigar os frigoríficos e laticínios, tendo em vista que possuem incentivos fiscais e devem prestar satisfação em especial aos pequenos produtores. 

O empresário e produtor rural, Mario Português, disse que os empresários do setor não têm interesse em discutir a pauta e demonstrou apresentando dados de que em 2014 a diferença do preço do boi entre São Paulo e Rondônia era de apenas 5{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} e que nos dias atuais passam de 20{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}.

Mário complementou afirmando que se fosse hoje, jamais teria investido o que investiu para criar o confinamento, pois ao preço de hoje não vale a pena. Por este motivo, disse, largou o boi ao pasto para não ter mais prejuízo.

O secretário de Estado Fazenda, Wagner Garcia, disse que falar de incentivo pode parecer que esta dando incentivo direcionado, mas a legislação é antiga e o mercado de carne é incentivado em todos o Brasil.

O deputado Jean Oliveira (PSDB) lamentou que o preço só tenha caído para o produtor, pois no balcão, para o consumidor, a carne não baixa. Por isso, disse, os produtores e a Assembleia devem se unir e iniciar a CPI e levá-la até o fim, sem fraquejar.

O presidente da Idaron, José Alfredo Volpi, confirmou a visita de uma representação da União Européia para verificar a qualidade e a sanidade animal do rebanho de Rondônia, ratificando que a carne produzida no Estado possui qualidade e sanidade.

Edson Martins (PMDB) disse que está inviável ao pecuarista que cuida do boi há pelo menos 2 anos para depois vender a um preço tão baixo que não compensa.

O ex-deputado e produtor Silvernani Santos sugeriu que os produtores façam uma ação junto a Idaron para não liberar Guias de Transporte Animal (GTA) a fim de chamar a atenção do governo e dos próprios frigoríficos, que estão ganhando muito dinheiro à custa do trabalho dos pecuaristas pagando um preço mínimo, exportando a carne e faturando em dólar, que está em alta.

Maurão finalizou anunciando a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito e com a assinatura dos parlamentares presentes (oito) ela já foi aberta. Com a criação desta CPI, que tem poder de polícia, “eles terão de atender ao chamamento da Assembleia, para prestar esclarecimentos sobre a cartelização do preço da arroba do boi, com sérios prejuízos para os produtores”.

Assinaram pela formação da CPI os deputados Maurão de Carvalho (PP), Airton Gurgacz (PDT), Jesuíno Boabaid (PTdoB), Glaucione Rodrigues (PSDC), Adelino Follador (DEM), Lazinho da Fetagro (PT), Edson Martins (PMDB) e Alex Redano (SD).

A reunião também sugeriu a indicação ao governo do Estado a suspensão dos incentivos fiscais concedidos aos frigoríficos e laticínios, bem como baixar a pauta do gado em pé, tanto das vacas quanto de bois.

 

ALE/RO – DECOM – [Geovani Berno]

Foto: Ana Célia e José Hilde

 

 
 

Pecuária bovina de corte e leite se destacam no PIB de Rondônia em 2013

Ilustração PIB

A Secretaria de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão (Sepog) divulgou nesta semana o resultado da soma dos bens e serviços produzidos em Rondônia em 2013.

 

O Produto Interno Bruto (PIB) fechou em 31,1 bilhões, apresentando crescimento de 0,7{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} em relação ao ano de 2012, que foi de 30,1 bilhões. Os dados disponíveis no site da Sepog apontam também que o desempenho do PIB per capita 2013 ficou em R$ 17.990,69 acima do valor da região Norte, que alcançou R$ 17.213,30; e o Nordeste, R$ 12.954,80.

O documento divulgado pela Sepog explica que o PIB, pela ótica da produção, é composto pelos setores da agropecuária, indústria e serviços e mostra suas participações no valor adicionado bruto a preços básicos.

Na agropecuária, Rondônia é um dos grandes produtores da pecuária bovina de corte e leite, e vem avançando na criação de peixes e outros rebanhos. A publicação mostra que a atividade pecuária participa com 9,3{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} no valor adicionado bruto. Na agricultura, representada pela produção de café, soja, milho e arroz, entre outros produtos da lavoura temporária e permanente, a participação é de 2,2{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}.

Ilustração PIB

Na indústria, as atividades econômicas de maior participação no valor adicionado bruto ficam por conta da construção (10,1{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}), transformação (7,1{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}), eletricidade e gás, água, esgoto e atividades de gestão de resíduos (1,8{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}).

Em serviços, os destaques de participação são da administração, educação, saúde, pesquisa e desenvolvimento, defesa e seguridade social (29,0{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}). Em seguida, aparecem o comércio e reparação de veículos (14,8{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}) e atividade imobiliárias (8,1{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}).

De acordo com os resultados do PIB, em 2013 a participação de Rondônia na economia vem se fortalecendo ao passar dos anos contribuindo com o desenvolvimento do estado, região Norte e do País.

As informações foram produzidas pela Gerência do Observatório da Sepog em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e órgãos estaduais de planejamento.

Texto: Jane Carla
Fotos: Ilustração
Secom – Governo de Rondônia

Mapa construirá Ceasa e armazém de grãos em Rondônia

Anúncio foi feito pela ministra Kátia Abreu em audiência com governador Confúcio Moura.

 

Em reunião com o governador de Rondônia, Confúcio Moura, a ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) acertou nesta quarta-feira (9) a construção de uma unidade da Ceasa e de um armazém de grãos a granel no estado.

A Ceasa será construída na capital Porto Velho e servirá como um grande e eficiente polo de distribuição de alimentos para a região. A ministra afirmou que a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) vai elaborar o projeto de logística interna do centro, que começará a ser construído já em 2016.

“Um Ceasa em Rondônia vai facilitar a vida do distribuidor e do consumidor final, beneficiará toda a população. Pode servir de ponto de venda inclusive para países vizinhos”, disse a ministra, durante a reunião com o governador, que também foi acompanhada pelos senadores Valdir Raupp (PMDB-RO),  Waldemir Moka (PMDB-RO) e Acir Gurgacz (PDT-RO).

Armazém

A ministra informou ao governador e aos senadores que vai agilizar a licitação para construção de um armazém no município de Cerejeiras (RO), por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O empreendimento terá capacidade para armazenar 50 mil toneladas de grãos a granel.

Atualmente, a companhia dispõe apenas de três armazéns convencionais em Rondônia e não há unidades credenciadas para movimentação, guarda e conservação de grãos a granel na região.

Mais informações para a imprensa:
Assessoria de comunicação social
Priscilla Mendes
priscilla.mendes@agricultura.gov.br

Embrapa recomenda duas novas variedades de maracujá para o Acre

A Embrapa realiza dia de campo para apresentar duas novas variedades de maracujá que foram testadas no Acre.

 

As variedades são a BRS Gigante Amarelo e  BRS Sol do Cerrado, e o  evento aconteceu na propriedade do agricultor João Edivan Monteiro, onde foram conduzidos os experimentos. Os dois maracujazeiros apresentam maior rendimento de polpa e produzem mais que as variedades cultivadas na região.

Atualmente, a média de produtividade de maracujá no Acre é de 8 toneladas por hectare. No primeiro ano de cultivo, o BRS Gigante Amarelo rendeu 47 toneladas por hectare e o BRS Sol do Cerrado, 40 toneladas por hectares. “Além disso, as variedades recomendadas pela Embrapa apresentam 45{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} de rendimento de polpa, os frutos pesam, em média,  250 gramas. A média do rendimento de polpa das variedades mais comuns do Acre ficam em torno de 33{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}, e as plantas geram frutos com 150 gramas”, afirma o pesquisador Romeu de Andrade Neto.

O agricultor Germano Knopf, que acompanhou os experimentos, confirma a informação. “Se for vender a polpa para as agroindústrias, é bom usar essas variedades da Embrapa. O BRS Gigante Amarelo, apesar de possuir a casca um pouco mais fina, é excelente para a produção de polpas”, declara.

Manejo
Andrade Neto explica que esse rendimento só foi possível porque foram adotadas as técnicas de manejo do maracujazeiro, como a correção e preparo do solo, irrigação na época seca, fertilização, controle de pragas e doenças, podas e polinização manual. “É fundamental adotar essas medidas para se obter uma boa produtividade, como a que obtivemos em Senador Guiomard”, ressalta.

O agricultor João Edivam Monteiro cultiva oito hectares de maracujá. As técnicas de manejo já são uma rotina na propriedade e a produção é toda comercializada na Central de Abastecimento de Rio Branco (Ceasa).

Melhoramento genético
Em 2012, a Embrapa Acre instalou um experimento na propriedade de Monteiro, em Senador Guiomar, com seis variedades de maracujás, entre híbridos desenvolvidos pela Embrapa e variedades locais. A BRS Gigante Amarelo e a BRS Sol do Cerrado se destacaram e foram recomendadas para o cultivo na região.

As variedades foram desenvolvidas por meio do Programa de Melhoramento Genético do Maracujá, coordenado pela Embrapa Cerrados (Planaltina, DF), que realiza pesquisas desde 1990 para obtenção de variedades mais produtivas e resistentes a pragas e doenças.

O Acre possui 101 hectares de maracujá. “A produção local não é suficiente para atender o mercado consumidor. O estado apresenta condições ideais de clima e solo para cultivo. Aqui é possível produzir a fruta nos 12 meses do ano, enquanto que no Sul e Sudeste a produção se concentra em seis meses apenas, dependendo do local”, ressalta.

Priscila Viudes (Mtb 030/MS)
Embrapa Acre

 

Ministério Público é convocado por deputados para debater proposta de erradicação de búfalos do Guaporé

O projeto de Erradicação dos Búfalos do Vale do Guaporá será debatido na sessão do próximo dia 15 de dezembro pelos parlamentares da Comissão de Constituição e Justiça e Redação com representantes dos Ministérios Público Estadual e Federal de Rondônia.

 

O Projeto de Lei Ordinária (PLO 153/2015) que institui o Regulamento de Execução de Medidas para Erradicação de Búfalos do Vale do Guaporé, com 58 artigos e resultado de meses de estudo de uma Comissão Multidisciplinar composta por técnicos de 11 instituições que elaboraram o Plano de Manejo que embasa a proposta, será debatido na sessão do próximo dia 15 de dezembro pelos parlamentares da Comissão de Constituição e Justiça e Redação com representantes dos Ministérios Público Estadual e Federal de Rondônia.

A Comissão aprovou solicitação do relator da matéria, deputado Jesuíno Boabaid, para ouvir a titular da Promotoria de Justiça do Meio Ambiente do Estado Aidee Maria Moser Torquato e a procuradora federal de Defesa do Meio Ambiente e Patrimônio Público Gisele Dias de Oliveira Bleggi.

“Realizamos uma audiência pública, e o governo promoveu alguma alteração no projeto, como resultado da audiência, mas acho importante que elas venham discutir com a gente a situação dos búfalos, que não se sabe exatamente quantos são, até porque é uma medida inédita o que o projeto propõe”, declarou o deputado Jesuíno.

O projeto proposto pelo Executivo entrou na Assembleia Legislativa em setembro, e aguarda parecer do relator na CCJ. Os búfalos que entraram em Rondônia na década de 50 e foram depois abandonados à própria sorte estão causando desvio em cursos de rios e desequilíbrio ecológico na Reserva Biológica (Rebio) Guaporé, área de 617 mil hectares criada em 1982 e situada em espaço de transição entre os biomas Cerrado e Amazônia, e sobre a Reserva Extrativista (Resex) Pedras Negras, com 124.409 hectares, criada em 1995.

Coordenador da Comissão Multidisciplinar que estudou a presença dos búfalos, os impactos causados e solução para o problema, o secretário-adjunto Francisco de Sales disse logo que a proposta foi encaminhada ao legislativo que há “todo empenho do governo do estado no sentido de concluir o processo de manejo e abate dos búfalos no Vale do Guaporé”.

Na reunião desta terça-feira (8), o deputado Adelino Follador, membro da CCJ, solicitou que seja convidado também à Comissão o secretário de Estado de Turismo Julio Olivar para debater a possibilidade de gerar lucro com os búfalos na região para alavancar o turismo. Sua participação deverá ocorrer somente no ano que vem, na retomada das atividades, em fevereiro.

Fonte
Texto: Mara Paraguassu
Secom – Governo de Rondônia