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Pacto das Águas apresenta proposta para ampliar e fortalecer a cadeia produtiva de castanha em terras indígenas de Rondônia

A  Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) Pacto das Águas, que atua no apoio ao manejo e à comercialização da castanha-do-brasil por povos indígenas e extrativistas de Rondônia e Mato Grosso, apresentou no auditório da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), em Porto Velho, levantamento preliminar do potencial de produção e proposta para o Governo do Estado ampliar e fortalecer a cadeia produtiva em terras indígenas.

 

Feita pelo coordenador-técnico da entidade, Plácido Costa, a convite do vice-governador Daniel Pereira, a exposição envolveu técnicos da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Secretaria do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), Secretaria da Agricultura (Seagri), Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão (Sepog), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Serviço de Apoio a Micro e Pequena Empresa (Sebrae).

Daniel Pereira disse que durante encontro anterior com Plácido expôs a preocupação de se desenvolver programa mais abrangente para evitar que a castanha “atravesse a fronteira, indo para a Bolívia”, sem uma organização do processo produtivo que alcance resultados positivos para as comunidades indígenas, para a economia do estado e que promova o “respeito às áreas protegidas por lei, permitindo às gerações futuras no mínimo o que temos hoje ”.

É a castanha das comunidades indígenas do Guaporé que está sendo levada para a Bolívia e Acre, e no levantamento preliminar do Pacto das Águas a produção representa 36{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} de toda a produção de terras indígenas e reservas extrativistas estudadas, calculada em 1.662,5 toneladas.

A proposta apresentada contempla a reprodução em São Miguel do Guaporé do modelo que está sendo desenvolvido na região Central do estado, nas terras indígenas Igarapé Lurdes e Rio Branco, que produzem e comercializam castanhas de excelente qualidade para empresas sediadas em Ji-Paraná, iniciativa que envolve o poder público e a Pacto das Águas. A Oscip atua com estratégias de desenvolvimento econômico pautada na manutenção da floresta e respeito à cultura das populações. Esse trabalho tem patrocínio do Programa Petrobras Socioambiental.

O vice-governador afirmou que Rondônia tem potencial para consolidar a cadeia produtiva da castanha, e na coordenação do encontro manifestou aos técnicos e a Pacto das Águas o anseio do governo contemplar, na proposta de ampliação do Programa Integrado da Castanha (PIC), comunidades de Guajará-Mirim. “É uma preocupação minha e do governador Confúcio Moura levar ao município possibilidades de melhorar a economia da região”, disse.

Algumas dificuldades para isso foram apontadas pelos técnicos, mas o debate terá prosseguimento. Para consolidar a cadeia produtiva da castanha, a Pacto das Águas apoia o fortalecimento de cooperativas e associações. “Tem de haver o empoderamento para a gestão social do negócio. A formação das lideranças, o investimento na capacitação é parte disso”, registrou Plácido Costa. “Esse é o caminho para modificar uma realidade em que a produção de castanha na Amazônia é uma herança ainda dos seringais, onde o preço é aviltante e a comercialização é individualizada”, ponderou.

A proposta sugerida prevê o investimento anual de R$ 1,5 milhão, associando o programa estadual de áreas protegidas ao programa de merenda escolar, estimando-se o atendimento a 55 mil crianças e o manejo da castanha e apoio à comercialização, pelo prazo de três anos, às populações das terras indígenas Uru-Eu-Wau-Wau e Rio Guaporé e Reserva Extrativista Rio Cautário.

“A estimativa de produção na proposta é de 650 toneladas de castanha, e desse total queremos focar na meta de certificar 300 toneladas”, disse Plácido.

Em sua avaliação, Rondônia tem potencial significativo para consolidar uma cadeia produtiva de valor, e sua localização estratégica com facilidade para escoar a produção é sempre lembrada por empresas com interesse em beneficiar a castanha.

Daniel Pereira anunciou que o assunto será levado à Câmara Temática da Secretaria da Agricultura e também à Coordenação dos Arranjos Produtivos Locais (APLs) vinculada à Sepog. Ele ainda fará visita às empresas que comercializam castanhas em Ji-Paraná.

Para a secretaria-adjunta da Agricultura, Mary Braganhol, há um acúmulo de politica desenvolvida em parceria com a prefeitura de Ji-Paraná, comunidades indígenas e a Pacto das Aguas, e a parceria é importante “porque ninguém consegue chegar a lugar nenhum sozinho”.

Mary Braganhol disse, ainda, que a criação de entrepostos para centralizar a produção e buscar mercado foi uma das ações desenvolvidas pelo governo, e para evitar que a castanha seja vendida na Bolívia, e o lucro fique por lá, é preciso trabalhar com as comunidades tradicionais e agricultores para ampliar a produção, melhorar a qualidade e investir na criação de agroindústrias.

 

Fonte
Texto: Mara Paraguassu
Fotos: Esio Mendes
Secom – Governo de Rondônia

Rondônia registra uma queda de -48,98 mil cabeças de gado abatidas no 3 trimestre desse ano.

O abate de suínos no Brasil no 3º trimestre de 2015 foi de 10,18 milhões de cabeças, registrando recorde desde que se iniciou a pesquisa, em 1997.

 

Esse resultado representa aumentos de 5,1{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} em relação ao 2º trimestre de 2015 e 5,5{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} frente ao 3º trimestre de 2014. O abate de frangos, com 1,50 bilhão de cabeças, também foi o maior desde 1997, apresentando aumentos de 7,1{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} em relação ao 2º trimestre de 2015 e de 6,9{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} na comparação com o mesmo período de 2014. Por outro lado, o abate de bovinos (7,56 milhões de cabeças) registrou quedas de 0,9{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} em relação ao 2º trimestre de 2015 e de 10,8{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} frente ao 3º trimestre de 2014.

A produção de ovos de galinha registrou novo recorde com 749,96 milhões de dúzias, representando aumentos de 3,9{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} sobre o 2º trimestre de 2015 e de 4,1{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} sobre o 3º trimestre de 2014. A aquisição de leite cru foi de 5,98 bilhões de litros, com aumento de 6,0{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} sobre o registrado no 2º trimestre de 2015 e queda de 3,9{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} frente ao 3º trimestre de 2014. A aquisição de peças de couro cru inteiro de bovino foi de 8,09 milhões de peças, com aumento de 0,3{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} sobre o trimestre anterior e queda de 12,2{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} sobre o 3º trimestre de 2014.

Essas e outras informações estão disponíveis nos resultados do 3º trimestre de 2015 das Pesquisas Trimestrais do Abate de Animais; Trimestral do Leite; Trimestral do Couro e Produção de Ovos de Galinha. A publicação completa da pesquisa pode ser acessada aqui.

Abate bovino fica em 7,56 milhões e cai 10,8{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} com relação ao 3º trimestre de 2014

No 3º trimestre de 2015 foram abatidas 7,56 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária. Essa quantidade foi 0,9{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} menor que a registrada no trimestre imediatamente anterior (7,62 milhões de cabeças) e 10,8{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} menor que a apurada no 3º trimestre de 2014 (8,47 milhões de cabeças).

O peso acumulado de carcaças no 3º trimestre de 2015 (1,87 milhões de toneladas) foi 1,4{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} maior que a registrada no trimestre imediatamente anterior (1,85 milhões de toneladas) e 8,3{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} menor que a registrada no 3º trimestre de 2014 (2,04 milhões de toneladas).

Em nível nacional, o abate de 913,87 mil cabeças de bovinos a menos no 3º trimestre de 2015, em relação a igual período do ano anterior, foi impulsionado por reduções no abate em 22 das 27 unidades da federação. As principais quedas ocorreram em: São Paulo (-191,21 mil cabeças), Mato Grosso (-160,58 mil cabeças), Minas Gerais (-131,11 mil cabeças), Mato Grosso do Sul (-116,65 mil cabeças), Paraná (-76,84 mil cabeças), Bahia (-66,52 mil cabeças), Goiás (-60,49 mil cabeças) e Rondônia (-48,98 mil cabeças). Parte dessas quedas foi compensada por aumentos em: Tocantins (+17,72 mil cabeças), Santa Catarina (+6,26 mil cabeças), Rio de Janeiro (+2,12 mil cabeças), Rio Grande do Norte (+0,41 mil cabeças) e Distrito Federal (+0,14 mil cabeças). No ranking das UFs, Mato Grosso continua a liderar amplamente o abate de bovinos, seguido por Mato Grosso do Sul e Goiás.

Com 10,18 milhões de cabeças, abate de suínos cresce 5,5{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} em relação ao 3º trimestre de 2014

No 3º trimestre de 2015 foram abatidas 10,18 milhões de cabeças de suínos, representando aumentos de 5,1{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} em relação ao trimestre imediatamente anterior e de 5,5{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} na comparação com o mesmo período de 2014. Este resultado é recorde desde que se iniciou a pesquisa, em 1997. O peso acumulado das carcaças no 3º trimestre de 2015 alcançou 896,38 mil toneladas, representando aumentos de 4,1{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} em relação ao trimestre imediatamente anterior e de 7,5{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} em relação ao mesmo período de 2014.

A região Sul respondeu por 66,6{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} do abate nacional de suínos no 3º trimestre de 2015, seguida pelas regiões Sudeste (18,2{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}), Centro-Oeste (14,0{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}), Nordeste (1,1{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}) e Norte (0,1{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}). No comparativo entre os 3os trimestres 2015/2014, a região Sul ampliou sua participação no abate nacional em 0,5 ponto percentual (p.p.), graças ao aumento de 6,2{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} no número de cabeças abatidas em Santa Catarina e no Paraná. A região Sudeste reduziu seu nível de participação em 0,5 p.p., apesar de todos os seus estados registrarem desempenho positivo, resultando em aumento de 2,8{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} no número de cabeças abatidas. A região Centro-Oeste perdeu 0,1 p.p. de participação, apesar do incremento de 4,5{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} no número de cabeças de suínos abatidos, que foi distribuído entre todos os seus estados.

Abate de frangos cresce 6,9{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} sobre o 3º trimestre de 2014

No 3º trimestre de 2015 foram abatidas 1,50 bilhão de cabeças de frangos, alcançando novo recorde da série histórica iniciada em 1997. Esse resultado significou aumentos de 7,1{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} em relação ao trimestre imediatamente anterior e de 6,9{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} na comparação com o mesmo período de 2014. O peso acumulado das carcaças foi de 3,38 milhões de toneladas no 3º trimestre de 2015. Esse resultado representou aumentos de 3,3{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} em relação ao trimestre imediatamente anterior e de 5,1{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} frente ao mesmo período de 2014.

A região Sul respondeu por 60,2{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} do abate nacional de frangos no 3º trimestre de 2015, seguida pelas regiões Sudeste (19,2{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}), Centro-Oeste (15,0{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}), Nordeste (3,8{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}) e Norte (1,8{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}). No comparativo entre os 3os trimestres 2015/2014, a região Sul reduziu sua participação no abate nacional em 1,0 p.p., mesmo com o acréscimo de 5,2{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} no número de cabeças de frangos abatidas, advindos principalmente do aumento do abate no Paraná e Rio Grande do Sul. A região Sudeste, com o aumento de 7,0{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} no número de cabeças de frangos abatidas, oriundo do desempenho positivo de todos os seus estados, manteve-se no mesmo patamar em termos de participação no agregado nacional. No Centro-Oeste, o aumento do abate em todos os estados elevou o número de cabeças abatidas em 10,0{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} e sua participação no agregado nacional em 0,5 p.p.

Com mais de 749 milhões de dúzias, produção de ovos segue batendo recorde

A produção de ovos de galinha foi de 749,96 milhões de dúzias no 3º trimestre de 2015, alcançando, no 3º trimestre de 2015, o nível mais alto da série desde 1987, quando a pesquisa foi iniciada. Essa quantidade foi 3,9{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} maior que a registrada no trimestre imediatamente anterior e 4,1{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} maior que a apurada no 3º trimestre de 2014.

No comparativo com o mesmo período de 2014, todas as grandes regiões apresentaram aumento na produção de ovos de galinha, sobretudo a Sul (9,3{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}), aumento este puxado por incrementos no Paraná (11,1{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}), no Rio Grande do Sul (8,9{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}) e também em Santa Catarina (6,3{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}). Dentre os principais estados produtores, observou-se redução da produção apenas em Minas Gerais (-2,5{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}).

Aquisição de leite cai 3,9{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} em relação ao 3º trimestre de 2014

No 3º trimestre de 2015, foram adquiridos, pelas indústrias processadoras de leite, 5,98 bilhões de litros, com aumento de 6,0{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} sobre o registrado no 2º trimestre de 2015 e queda de 3,9{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} frente ao 3º trimestre de 2014.

Regionalmente, a comparação entre os 3os trimestres de 2015/2014 refletiu queda na aquisição de leite em todas as grandes regiões. Quedas absolutas importantes foram registradas no Sul do país (-4,2{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}), sobretudo no Paraná (-6,7{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}) e em Santa Catarina (-5,0{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}), embora também tenha ocorrido no Rio Grande do Sul (-1,7{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}). No Centro-Oeste houve queda de 9,1{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}, influenciada por Goiás (-9,3{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}) e Mato Grosso (-13,3{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}). No Norte a queda foi de 13,9{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}, sendo registrada, sobretudo no Pará (-24,0{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}) e em Rondônia (-9,7{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}), estados que têm os maiores pesos regional. No Nordeste a queda na aquisição de leite foi de 2,5{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} e só não ocorreu em Pernambuco, Alagoas e Sergipe.

Aquisição de couro cai 12,2{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} sobre o 3º trimestre de 2014

A aquisição de couro bovino foi de 8,09 milhões de peças no 3º trimestre de 2015. Essa quantidade foi 0,3{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} maior que a registrada no trimestre imediatamente anterior e 12,2{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} menor que a registrada no 3º trimestre de 2014. Quanto à origem do couro, a maior parte teve procedência de matadouros e frigoríficos, seguida pela prestação de serviços, respondendo juntas por 89,2{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} do total apurado no período.

A redução de 1,12 milhão de peças inteiras de couro, em nível nacional, no comparativo dos 3os trimestres 2015/2014, foi impulsionada por reduções nas aquisições de peles bovinas em 17 das 20 unidades da federação. As principais quedas absolutas foram registradas em: Paraná (-282,57 mil peças), Mato Grosso (-218,96 mil peças), Rio Grande do Sul (-194,81 mil peças), Minas Gerais (-164,34 mil peças), Pará (-105,71 mil peças), Bahia (-83,37 mil peças), São Paulo (-68,62 mil peças) e Goiás (-64,86 mil peças). Parte dessas quedas foi compensada por aumentos em: Rondônia (+129,49 mil peças), Tocantins (+120,32 mil peças) e Roraima (+10,01 mil peças). No ranking das unidades da federação, Mato Grosso continua a liderar amplamente o recebimento de couro pelos curtumes, seguido por São Paulo e Mato Grosso do Sul

 

Fonte: IBGE

Ações de Ater promovem inclusão social e produtiva de mulheres da agricultura familiar

O trabalho desenvolvido pela Emater-RO com 400 famílias de agricultoras familiares nos municípios de Presidente Médici, Jaru, Ouro Preto do Oeste e Governador Jorge Teixeira trouxe resultados surpreendentes.

 

Ao longo dos dois anos e meio de execução do Programa Ater Mulher, observou-se, além do aumento de renda com empoderamento das participantes, maior socialização e entrosamento das beneficiárias com a comunidade. Hoje elas se tornaram grandes empreendedoras em atividades antes executadas somente por homens.

 As políticas de desenvolvimento rural até a década passada não reconheciam o trabalho das mulheres e o caracterizava como complemento ao trabalho masculino, reafirmando as desigualdades de gênero. Essa invisibilidade do trabalho das mulheres e a divisão sexual do trabalho também foram seguidas nos serviços de Ater prestados à unidade de produção familiar, pois se entendia que a participação do homem era suficiente para representar o interesse de toda família.

Em Rondônia essa situação não foi diferente, os serviços de assistência técnica e extensão rural mantiveram-se, por muito tempo, voltados para o público masculino, sendo a mulher inserida nas ações de Ater a pouco mais de dez anos. Foi somente após a implementação, em 2013, da Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (PNATER), que norteia as ações dos serviços de Ater no Brasil, que surgiram políticas públicas visando à inclusão das mulheres

 Uma dessas políticas está sendo implementada através do Plano Brasil Sem Miséria/Ater para Mulheres que, através da chamada pública do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), contratou a Emater-RO para execução dos serviços. Iniciado em março de 2012, o programa Ater Mulher assiste 100 famílias de baixa renda por município, com o objetivo, entre outros, de promover a inclusão social e produtiva das agricultoras familiares e garantir a segurança alimentar através do aumento de renda, ampliação do acesso aos serviços públicos e às ações de cidadania.

 

Resultados positivos

O trabalho foi sendo realizado com 400 mulheres rurais em situação de extrema pobreza nos municípios de Ouro Preto do Oeste, Presidente Médici e Governador Jorge Teixeira. Após dois anos e meio de execução já é possível observar resultados de extrema importância para a igualdade de gênero e melhoria da qualidade de vida daquelas famílias.

 

Dentre esses resultados é possível destacar a atividade de agroindústria. A atividade foi um desafio dentro do programa de Ater para as mulheres. Com a renda e fomento relativamente baixos, trabalhou-se com base na estruturação inicial e plano em longo prazo. “Apenas 3{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} das produtoras optou por essa atividade”, lembra a extensionista da Emater, Rosária Miranda dos Santos, uma das gestoras de ater deste projeto.

 

Agroindústria

A produtora Tercília Laudelina dos Santos, do município de Governador Jorge Teixeira, foi uma das que acreditaram no próprio potencial. E fez sucesso com a venda de bananas fritas. Ao entrar no programa a produtora utilizava barracão ao lado de sua cozinha e selava os pacotes com a chama de uma vela. Sua renda mensal era, em média, de R$ 80,00. Motivada e orientada a participar da primeira oficina realizada no Distrito de Colina Verde, levou seu produto e ali mesmo já conquistou mais cinco novos compradores e, em uma semana, obteve um aumento de renda de cerca de R$ 150,00.

 

Através de financiamento, liberado em novembro de 2014, Tercília fez aquisição de equipamentos e insumos mais adequados para sua atividade, inclusive adquirindo uma seladora. Com isso ampliou sua produção em cerca de 200{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}, passando a entregar seu produto agora para nove revendedores, e obtendo uma rena média de R$ 300,00 mensais somente com a atividade de banana frita.

 

Suinocultura

O beneficiamento de suínos foi outra atividade trabalhada com as mulheres. 20{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} das beneficiárias optaram pelo manejo de raças voltadas para corte e banha e foi um dos projetos produtivos que apresentou resultados mais sólidos na melhoria da renda familiar, garantia da segurança alimentar e elevação da autoestima das mulheres que passaram a ser mais valorizadas com o sucesso da atividade.

 

Prova disso é a produtora Luciana Salvat, do município de Ouro Preto do Oeste, que se dedicou à atividade com aquisição de matrizes e revenda de leitões desmamados. Sua renda per capita, que era de R$ 77,00 teve um aumento, em dois anos, de 70{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}. Hoje ela já está buscando recursos para a construção de um abatedouro de suínos.

 

Horticultura

Valdete Ferreira de Oliveira é uma das 20 mulheres que encontraram na horticultura o caminho para o seu crescimento econômico. Nessas propriedades os trabalhos foram desenvolvidos visando à minimização do uso de insumos químicos e em especial de agrotóxicos.

 

No caso de Valdete, com os investimentos realizados em sua horta ela conseguiu um aumento de renda através da venda direta a um comprador que lhe garante uma média de R$ 400,00 por semana. Ela também está sendo cadastrada no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), do governo federal em parceria com o governo estadual por meio da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri) e da Emater, que lhe garantirá a comercialização de seus produtos.

 

Avicultura

Devido a pouca necessidade de espaço e relativa facilidade de implementação, com baixo investimento e rápido retorno financeiro rápido, a avicultura foi uma das atividades mais procuradas pelas mulheres assistidas no Programa Ater Mulher. Cerca de 150 escolheram trabalhar com frangos de granja, caipirão e galinhas botadeiras.

 A produtora Avezina Cordeiro, do município de Jaru, iniciou a atividade adquirindo os animais (50 aves de corte e 50 galinhas botadeiras), a ração, a tela e outros insumos com o fomento de R$ 1.400,00 recebidos do Programa. Com o lucro obtido já no primeiro lote e auxílio da segunda parcela, ela dobrou a quantidade de aves, gerando um aumento de R$ 350,00 em sua renda mensal.

 Essas mulheres mostraram que têm grande potencialidade para implantação e implementação dos projetos produtivos. De mulheres invisíveis passaram a ser reconhecidas como grandes empreendedoras e seus empreendimentos estão despertando o interesse das mulheres dos municípios circunvizinhos.

 

 

Wania Ressutti

Jornalista – SRTE/DRT/RO-959

EMATER-RO

IBGE abrirá concurso com até 82 mil vagas para Censo 2016.

O ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão autorizou a Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a contratar por tempo determinado até 82.023 pessoas para realizar o Censo Agropecuário 2016.

 

A portaria foi publicada ontem segunda-feira (14) no Diário Oficial da União. Estão disponíveis 223 vagas para analista censitário, 486 para agente censitário regional, 700 para agente censitário administrativo, 5.500 para agente censitário municipal, 12.540 para agente censitário supervisor, 174 para agente censitário informativo e 62.400 vagas para recenseador.

Pelo texto da portaria, as contratações deverão ser feitas por meio de processo seletivo simplificado, observados ordem de classificação e os critérios e condições estabelecidas pelo governo, sendo o prazo de duração dos contratos de até um ano, com possibilidade de prorrogação até o limite máximo de três anos.

As despesas com as contratações serão pagas de acordo com o orçamento do IBGE, que deverá definir a remuneração dos profissionais a serem contratados em valor não superior ao da remuneração constante dos planos de retribuição ou nos quadros de cargos e salários do serviço público, para servidores que desempenham função semelhante, informa o documento.

Fonte: IBGE

No 3º trimestre de 2015, abates de suínos e aves batem recordes, enquanto o abate de bovinos cai

O abate de suínos no Brasil no 3º trimestre de 2015 foi de 10,18 milhões de cabeças, registrando recorde desde que se iniciou a pesquisa, em 1997.

 Esse resultado representa aumentos de 5,1{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} em relação ao 2º trimestre de 2015 e 5,5{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} frente ao 3º trimestre de 2014. O abate de frangos, com 1,50 bilhão de cabeças, também foi o maior desde 1997, apresentando aumentos de 7,1{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} em relação ao 2º trimestre de 2015 e de 6,9{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} na comparação com o mesmo período de 2014. Por outro lado, o abate de bovinos (7,56 milhões de cabeças) registrou quedas de 0,9{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} em relação ao 2º trimestre de 2015 e de 10,8{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} frente ao 3º trimestre de 2014.

A produção de ovos de galinha registrou novo recorde com 749,96 milhões de dúzias, representando aumentos de 3,9{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} sobre o 2º trimestre de 2015 e de 4,1{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} sobre o 3º trimestre de 2014. A aquisição de leite cru foi de 5,98 bilhões de litros, com aumento de 6,0{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} sobre o registrado no 2º trimestre de 2015 e queda de 3,9{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} frente ao 3º trimestre de 2014. A aquisição de peças de couro cru inteiro de bovino foi de 8,09 milhões de peças, com aumento de 0,3{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} sobre o trimestre anterior e queda de 12,2{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} sobre o 3º trimestre de 2014.

Essas e outras informações estão disponíveis nos resultados do 2º trimestre de 2015 das Pesquisas Trimestrais do Abate de Animais; Trimestral do Leite; Trimestral do Couro e Produção de Ovos de Galinha. A publicação completa da pesquisa pode ser acessada aqui.

Abate bovino fica em 7,56 milhões e cai 10,8{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} com relação ao 3º trimestre de 2014

No 3º trimestre de 2015 foram abatidas 7,56 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária. Essa quantidade foi 0,9{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} menor que a registrada no trimestre imediatamente anterior (7,62 milhões de cabeças) e 10,8{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} menor que a apurada no 3º trimestre de 2014 (8,47 milhões de cabeças).

O peso acumulado de carcaças no 3º trimestre de 2015 (1,87 milhões de toneladas) foi 1,4{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} maior que a registrada no trimestre imediatamente anterior (1,85 milhões de toneladas) e 8,3{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} menor que a registrada no 3º trimestre de 2014 (2,04 milhões de toneladas).

Em nível nacional, o abate de 913,87 mil cabeças de bovinos a menos no 3º trimestre de 2015, em relação a igual período do ano anterior, foi impulsionado por reduções no abate em 22 das 27 unidades da federação. As principais quedas ocorreram em: São Paulo (-191,21 mil cabeças), Mato Grosso (-160,58 mil cabeças), Minas Gerais (-131,11 mil cabeças), Mato Grosso do Sul (-116,65 mil cabeças), Paraná (-76,84 mil cabeças), Bahia (-66,52 mil cabeças), Goiás (-60,49 mil cabeças) e Rondônia (-48,98 mil cabeças). Parte dessas quedas foi compensada por aumentos em: Tocantins (+17,72 mil cabeças), Santa Catarina (+6,26 mil cabeças), Rio de Janeiro (+2,12 mil cabeças), Rio Grande do Norte (+0,41 mil cabeças) e Distrito Federal (+0,14 mil cabeças). No ranking das UFs, Mato Grosso continua a liderar amplamente o abate de bovinos, seguido por Mato Grosso do Sul e Goiás.

Com 10,18 milhões de cabeças, abate de suínos cresce 5,5{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} em relação ao 3º trimestre de 2014

No 3º trimestre de 2015 foram abatidas 10,18 milhões de cabeças de suínos, representando aumentos de 5,1{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} em relação ao trimestre imediatamente anterior e de 5,5{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} na comparação com o mesmo período de 2014. Este resultado é recorde desde que se iniciou a pesquisa, em 1997. O peso acumulado das carcaças no 3º trimestre de 2015 alcançou 896,38 mil toneladas, representando aumentos de 4,1{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} em relação ao trimestre imediatamente anterior e de 7,5{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} em relação ao mesmo período de 2014.

A região Sul respondeu por 66,6{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} do abate nacional de suínos no 3º trimestre de 2015, seguida pelas regiões Sudeste (18,2{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}), Centro-Oeste (14,0{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}), Nordeste (1,1{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}) e Norte (0,1{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}). No comparativo entre os 3os trimestres 2015/2014, a região Sul ampliou sua participação no abate nacional em 0,5 ponto percentual (p.p.), graças ao aumento de 6,2{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} no número de cabeças abatidas em Santa Catarina e no Paraná. A região Sudeste reduziu seu nível de participação em 0,5 p.p., apesar de todos os seus estados registrarem desempenho positivo, resultando em aumento de 2,8{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} no número de cabeças abatidas. A região Centro-Oeste perdeu 0,1 p.p. de participação, apesar do incremento de 4,5{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} no número de cabeças de suínos abatidos, que foi distribuído entre todos os seus estados.

Abate de frangos cresce 6,9{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} sobre o 3º trimestre de 2014

No 3º trimestre de 2015 foram abatidas 1,50 bilhão de cabeças de frangos, alcançando novo recorde da série histórica iniciada em 1997. Esse resultado significou aumentos de 7,1{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} em relação ao trimestre imediatamente anterior e de 6,9{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} na comparação com o mesmo período de 2014. O peso acumulado das carcaças foi de 3,38 milhões de toneladas no 3º trimestre de 2015. Esse resultado representou aumentos de 3,3{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} em relação ao trimestre imediatamente anterior e de 5,1{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} frente ao mesmo período de 2014.

A região Sul respondeu por 60,2{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} do abate nacional de frangos no 3º trimestre de 2015, seguida pelas regiões Sudeste (19,2{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}), Centro-Oeste (15,0{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}), Nordeste (3,8{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}) e Norte (1,8{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}). No comparativo entre os 3os trimestres 2015/2014, a região Sul reduziu sua participação no abate nacional em 1,0 p.p., mesmo com o acréscimo de 5,2{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} no número de cabeças de frangos abatidas, advindos principalmente do aumento do abate no Paraná e Rio Grande do Sul. A região Sudeste, com o aumento de 7,0{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} no número de cabeças de frangos abatidas, oriundo do desempenho positivo de todos os seus estados, manteve-se no mesmo patamar em termos de participação no agregado nacional. No Centro-Oeste, o aumento do abate em todos os estados elevou o número de cabeças abatidas em 10,0{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} e sua participação no agregado nacional em 0,5 p.p.

Com mais de 749 milhões de dúzias, produção de ovos segue batendo recorde

A produção de ovos de galinha foi de 749,96 milhões de dúzias no 3º trimestre de 2015, alcançando, no 3º trimestre de 2015, o nível mais alto da série desde 1987, quando a pesquisa foi iniciada. Essa quantidade foi 3,9{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} maior que a registrada no trimestre imediatamente anterior e 4,1{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} maior que a apurada no 3º trimestre de 2014.

No comparativo com o mesmo período de 2014, todas as grandes regiões apresentaram aumento na produção de ovos de galinha, sobretudo a Sul (9,3{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}), aumento este puxado por incrementos no Paraná (11,1{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}), no Rio Grande do Sul (8,9{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}) e também em Santa Catarina (6,3{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}). Dentre os principais estados produtores, observou-se redução da produção apenas em Minas Gerais (-2,5{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}).

Aquisição de leite cai 3,9{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} em relação ao 3º trimestre de 2014

No 3º trimestre de 2015, foram adquiridos, pelas indústrias processadoras de leite, 5,98 bilhões de litros, com aumento de 6,0{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} sobre o registrado no 2º trimestre de 2015 e queda de 3,9{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} frente ao 3º trimestre de 2014.

Regionalmente, a comparação entre os 3os trimestres de 2015/2014 refletiu queda na aquisição de leite em todas as grandes regiões. Quedas absolutas importantes foram registradas no Sul do país (-4,2{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}), sobretudo no Paraná (-6,7{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}) e em Santa Catarina (-5,0{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}), embora também tenha ocorrido no Rio Grande do Sul (-1,7{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}). No Centro-Oeste houve queda de 9,1{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}, influenciada por Goiás (-9,3{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}) e Mato Grosso (-13,3{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}). No Norte a queda foi de 13,9{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}, sendo registrada, sobretudo no Pará (-24,0{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}) e em Rondônia (-9,7{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}), estados que têm os maiores pesos regional. No Nordeste a queda na aquisição de leite foi de 2,5{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} e só não ocorreu em Pernambuco, Alagoas e Sergipe.

Aquisição de couro cai 12,2{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} sobre o 3º trimestre de 2014

A aquisição de couro bovino foi de 8,09 milhões de peças no 3º trimestre de 2015. Essa quantidade foi 0,3{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} maior que a registrada no trimestre imediatamente anterior e 12,2{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} menor que a registrada no 3º trimestre de 2014. Quanto à origem do couro, a maior parte teve procedência de matadouros e frigoríficos, seguida pela prestação de serviços, respondendo juntas por 89,2{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} do total apurado no período.

A redução de 1,12 milhão de peças inteiras de couro, em nível nacional, no comparativo dos 3os trimestres 2015/2014, foi impulsionada por reduções nas aquisições de peles bovinas em 17 das 20 unidades da federação. As principais quedas absolutas foram registradas em: Paraná (-282,57 mil peças), Mato Grosso (-218,96 mil peças), Rio Grande do Sul (-194,81 mil peças), Minas Gerais (-164,34 mil peças), Pará (-105,71 mil peças), Bahia (-83,37 mil peças), São Paulo (-68,62 mil peças) e Goiás (-64,86 mil peças). Parte dessas quedas foi compensada por aumentos em: Rondônia (+129,49 mil peças), Tocantins (+120,32 mil peças) e Roraima (+10,01 mil peças). No ranking das unidades da federação, Mato Grosso continua a liderar amplamente o recebimento de couro pelos curtumes, seguido por São Paulo e Mato Grosso do Sul.

Fonte: IBGE

Cadastro Ambiental Rural será o maior programa de captura de gás carbônico do mundo

Ibama indica obrigação de recuperar áreas degradadas como ‘modernização’ no combate ao desmatamento

Enquanto o mundo ensaia na Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (COP-21), em Paris, a costura de um acordo global para reduzir a emissão de gases causadores do efeito estufa – especialmente o dióxido de carbônico (CO²) -, mais de 2,1 milhões de imóveis da agropecuária nacional já foram registrados no Cadastro Ambiental Rural (CAR), segundo o Serviço Florestal Brasileiro (SFB).

O número reforça o papel do sistema de registro eletrônico de propriedades no campo como ferramenta de captura de CO², aponta o  diretor de Proteção Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Luciano de Meneses Evaristo. 

Isto porque o CAR estabelece a obrigatoriedade de reflorestar áreas degradadas (veja quadro abaixo). O cadastro foi definido pelo Código Florestal Brasileiro, em 2012, e termina as inscrições em maio próximo.

“O programa de recuperação (de áreas desflorestadas) introduzido pelo CAR é muito superior ao combate ao desmatamento. Se você considerar que as propriedades brasileiras que vão fazer o cadastro vão também recuperar seus passivos ambientais, o CAR vai ser o maior programa do mundo de sequestro de carbono”, afirma o diretor de Proteção Ambiental do Ibama.

Para Evaristo, a adesão elevada mostra que o dispositivo econômico incluído nas regras do CAR foi acertada. O proprietário rural que não fizer o cadastro perde o acesso a linhas de crédito federal ou a programas de fomento agropecuário da União e dos Estados. “O CAR é a carteira de identidade da propriedade. Quem não tiver CAR neste País estará fora da produção e do comércio, fora do contexto econômico”, diz.

A área já inscrita no CAR é de mais de 244,7 milhões de hectares, equivalente a 61,5{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} do total previsto pelo Serviço Florestal. O órgão trabalha com a meta de cadastrar 398 milhões de hectares e não com a estimativa do censo rural do IBGE de 2006, que calculou em 5,6 milhões o número de estabelecimentos rurais no País.

O critério de contabilidade utilizado pelo Serviço Florestal é o de imóvel rural. Ou seja, o que se leva em conta para o CAR envolve todas as propriedades vizinhas sobre controle de uma mesma pessoa ou empresa e não os estabelecimentos separados, como define o IBGE.

Isso significa que o número de cadastros será menor que os 5,6 milhões estimados pelo IBGE, sem que para isso a área seja inferior.

Modernização

 

O cadastro vai servir como um banco de dados para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico e combate ao desmatamento. O diretor do Ibama avalia que a necessidade de recuperar áreas degradadas servirá para modernizar o sistema de monitoramento de ações de desmatamento.

“O CAR é a grande ferramenta de combate ao desmatamento que a gente vai ter daqui para frente”, diz. “Será uma revolução na fiscalização ambiental federal, porque hoje ela se baseia por bioma, com satélites de detecção e de medição do desmatamento por bioma. Com o CAR, a fiscalização será por unidade produtiva”, observa.

Segundo Evaristo, a fiscalização poderá separar anualmente uma área como amostra para verificar a evolução ou declínio do desmatamento nas propriedades rurais. Esse acompanhamento poderá ser feito diretamente pelo computador, diminuindo as saídas de campo dos fiscais, mas mantendo o acompanhamento dos planos de recuperação ambiental assumidos pelos ruralistas.

“Hoje se gasta uma energia enorme fazendo a vistoria no campo. Ao enxergar unidade produtiva (virtualmente), a nossa fiscalização vai ganhar uma modernização que vai nos colocar num patamar muito mais avançado para controlar os ilícitos ambientais no País. O CAR é a grande ferramenta do futuro de conservação dos biomas brasileiros”, considera.

Fonte: CARIbamaInpe, Ministério de Meio Ambiente e Serviço Florestal Brasileiro

 

Exportações do agronegócio sobem 8,2{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} em novembro ante novembro de 2014

Em relação ao mesmo mês de 2014, o crescimento foi de R$ 501,44 milhões, em valores absolutos.

Novembro registrou aumento de 8,2{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} nas exportações do agronegócio se comparado ao mesmo mês de 2014. Os embarques do setor somaram US$ 6,63 bilhões, ante US$ 6,13 bilhões de novembro do ano passado. Houve acréscimo de R$ 501,44 milhões, em valores absolutos, apontam dados divulgados, nesta quarta-feira (9), pela Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI), órgão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). As importações do setor, por sua vez, acusaram queda de 20,3{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} na comparação entre os dois períodos.

Os números da SRI afirmam que, em novembro de 2015, os embarques somaram US$ 6,63 bilhões, enquanto que, no mesmo mês de 2014, as cifras se mantiveram em US$ 6,13 bilhões. Por causa da queda nas importações (de US$ 1,25 bilhão para US$ 993,31 milhões), a balança comercial do setor apresentou superávit de US$ 5,64 bilhões.    

A secretária de Relações Internacionais do Agronegócio, Tatiana Palermo, disse que o crescimento das vendas ao exterior poderia ter sido mais significativo, não fosse a baixa nos preços das commodities. “O aumento das exportações só não foi maior por causa da queda, quase generalizada, dos preços médios dos principais produtos de exportação do agronegócio”, explicou.

Entre os principais produtos exportados, a SRI destaca as carnes, itens do complexo soja, cereais, farinhas e preparações, produtos florestais, açúcar e álcool. Juntos, foram responsáveis por 72,5{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} (US$ 4,81 bilhões) de todos os embarques do agronegócio no mês passado. 

As carnes, todavia, registraram recuo, embora tenham se mantido em primeiro lugar entre os mais exportados: de US$ 1,43 bilhão, em novembro de 2014, para US$ 1,29 bilhão (-9,7{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}), no mês passado. Os embarques de carne de frango somaram US$ 596,53 milhões, com queda de 9,2{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} em novembro. As exportações de carne bovina tiveram retração de 6,8{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}, a carne suína, de 11,6{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} e a de peru, de 31,1{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}.

O complexo soja teve desempenho positivo. Os embarques aumentaram em 68{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} em valor. A quantidade exportada de soja em grão subiu de 176 mil toneladas para 1,44 milhões de toneladas (+719,2{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}) durante o período analisado. “Mesmo com a queda do preço médio em 16,9{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}, o valor exportador de soja em grão cresceu de US$ 80,92 milhões em novembro de 2014 para US$ 551,02 milhões no mês passado”, destacou Palermo.

Cereais, farinhas e preparações mantiveram-se na terceira posição no ranking dos principais produtos exportados, com forte crescimento. As vendas subiram de US$ 590,02 milhões, em novembro de 2014, para US$ 862,01 milhões, no mês passado: um aumento de 46,1{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}. O milho foi o principal produto exportado pelo setor, com 92,7{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} do valor comercializado. Os embarques de arroz também se destacaram, subindo de US$ 23,67 milhões para US$ 43,11 milhões no período.

Os produtos florestais ocuparam a quarta colocação na lista da SRI, passando de US$ 753,66 milhões para US$ 813,30 milhões. Quinto colocado no ranking da balança comercial do agronegócio, o complexo sucroalcooleiro teve recuo nas vendas ao exterior, que passaram de US$ 823,10 milhões para US$ 780,04 milhões.

Mercado consumidor

Conforme a SRI, as compras da Ásia de produtos do agronegócio brasileiro tiveram aumento de 28{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} em novembro deste ano, alcançando US$ 2,46 bilhões. Com isso, a participação do continente na balança comercial do Brasil subiu de 31,4{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} para 37,1{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}. 

O país que liderou as compras dos produtos brasileiros foi China, elevando-as em 77,5{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} no mês passado ante novembro de 2014. Com esse crescimento, a participação chinesa quase dobrou, passando de 7,7{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} para 12,6{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}. As exportações de soja em grão para a China foram o fator principal para esse desempenho.

 

Fonte: Portal Brasil, com informações do Mapa

Produção de grãos deve chegar a 211 milhões de toneladas para safra 2015/16

De acordo com a terceira previsão de estimativa para a safra de grãos 2015/16, a soja apresenta o maior crescimento absoluto, com estimativa de aumento de 6,2 milhões de toneladas, totalizando 102,5 milhões de toneladas.

 

Os ganhos de área e produtividade da cultura refletem num aumento de 6,5{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} na produção total do país.

O estudo, divulgado nesta sexta-feira (11) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), indica que a produção estimada para a safra 2015/16 é 211 milhões de t, aumento de 1,5{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}. Esse resultado representa um aumento na produção de 3,2 milhões de t em relação à safra 2014/15 (207,8 milhões de t).

Apenas as culturas de primeira safra tiveram o plantio iniciado, que se estenderá até dezembro. As culturas de inverno, referentes a safra 2015, estão na fase final de colheita. Para as culturas de segunda safra, o plantio se iniciará a partir de janeiro. Para o milho primeira safra e o algodão a estimativa é de queda na produção total, impulsionada pela redução na área plantada. A recuperação da produtividade de feijão resulta em aumento da produção, apesar da queda na área plantada.

Área – De acordo com este levantamento, a área plantada com grãos deverá alcançar 58,6 milhões de hectares, o que representa crescimento de 1,1{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} em relação à área cultivada na safra 2014/15, que totalizou 57,9 milhões de ha. Vale ressaltar que essa área equivale à primeira, segunda e terceira safras, além das culturas de inverno. Se levarmos em consideração apenas a área efetivamente cultivada, a estimativa é de 43,3 milhões de ha, visto que os demais 15,2 milhões de ha equivalem a culturas sobrepostas à área de total.

A cultura da soja, responsável por mais de 56{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} da área cultivada do país, permanece como principal responsável pelo aumento de área. A estimativa é de crescimento de 3,4{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} (1,1 milhão de ha), alcançando 33,2 milhões de ha na área cultivada com a oleaginosa. O algodão apresenta redução de 1,6{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} (15,6 mil ha), o que representa 960,6 mil ha. Isto é reflexo da opção pelo plantio de soja na Bahia, segundo maior produtor do país. Para o milho primeira safra, a exemplo do que ocorreu na safra passada, a expectativa é de redução de 6,7{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} na área (413,6 mil hectares) a ser cultivada com soja, ficando em 5,7 milhões de ha. O feijão primeira safra apresenta redução de 2,1{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} (21,9 mil hectares), o que corresponde a 1 milhão de ha no total.

 

Fonte: Conab

Pesquisa desenvolve café arábica para Amazônia

Os resultados da primeira colheita dos experimentos de café arábica desenvolvido pela Embrapa Rondônia especialmente para a região Amazônica superaram as expectativas.
 
Alguns materiais alcançaram produtividade acima de 30 sacas por hectare nas áreas experimentais instaladas em municípios dos estados de Rondônia e Acre. Segundo o pesquisador da Embrapa Rondônia, Alexsandro Teixeira, são resultados excelentes para uma primeira safra de produção, acima da média nacional, que é de 22 sacas/ha. “A pesquisa com café arábica tem importância para a região, pois atende grande demanda, uma vez que todo o café desse tipo consumido no Norte do País é oriundo de outras regiões produtoras, como Minas Gerais e São Paulo”, explica o pesquisador.
 
Já são dez anos de pesquisas em melhoramento genético para o café arábica desenvolvidas pela Embrapa Rondônia. O processo de seleção de plantas ainda está em andamento, pois é necessária a coleta de dados de mais três safras de produção para finalizar a pesquisa. Para Teixeira, esse resultado inicial já demonstra o potencial do café arábica para a região. “Estamos satisfeitos com os resultados do trabalho e a previsão é de, em 2018, estar com uma cultivar de café arábica recomendada para a Amazônia”, comenta o pesquisador.
 
Com os resultados dessa pesquisa, busca-se viabilizar a produção de café arábica na Amazônia, para suprir a demanda desse tipo de grão na região, tanto para produção de cafés especiais ou gourmets como na utilização em blends, que é a mistura de grãos de cafés arábica e canéfora (conilon e robusta). Além da demanda, o cultivo também pode ser beneficiado pelas extensas áreas planas distribuídas por toda a região, viabilizando a colheita mecanizada e reduzindo significativamente custos de produção.
 
O pesquisador explica que na escala da Associação Americana de Cafés Especiais (SCAA), padrão internacional para classificação da qualidade de bebida, alguns materiais de café arábica dessa primeira colheita ultrapassaram 80 pontos, numa escala de 0 a 100, que é um valor comparado ao de cafés especiais. As bebidas produzidas com a cultivar de café arábica em teste demonstraram um padrão de corpo acentuado, cremoso, baixa acidez e sabores que remetem ao caramelo e chocolates. Participantes de eventos realizados no Estado de Rondônia também receberam amostras desse café e elogiaram a bebida como de sabor suave e aroma marcante.
 
O desenvolvimento da nova cultivar
 
No início de 2005, Embrapa Rondônia e Embrapa Café, em parceria com o Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), deram início às pesquisas de melhoramento genético da espécie Coffea arabica L. nas condições climáticas da Amazônia. O objetivo foi avaliar e selecionar genótipos de café arábica nas condições de baixas altitudes e temperaturas elevadas.
 
As principais características buscadas durante o processo seletivo foram a produtividade e o ciclo de maturação tardio. Ao longo dos anos, observou-se que o café arábica amadurece mais cedo em regiões de climas quentes, o que, para as condições amazônicas, coincide com as altas precipitações dos meses de fevereiro a março, dificultando a secagem dos frutos.
 
As cultivares de café arábica disponíveis atualmente são adaptadas às regiões de altitudes elevadas e temperaturas amenas, com médias anuais entre 18 a 23ºC, ao contrário do que ocorre na Amazônia Ocidental, onde são verificadas baixas altitudes e temperaturas médias elevadas, em torno de 25º a 27º C, durante todo o ano. Temperaturas acima de 23ºC provocam crescimento e desenvolvimento acelerado dos frutos (ciclo precoce), o que, em determinadas situações, pode ocasionar a perda de qualidade dos grãos. Outro fato prejudicial é a combinação de temperaturas elevadas e alta umidade do ar durante o florescimento, ocasionando o abortamento excessivo de flores.
 
O café arábica em Rondônia
 
Rondônia é hoje o quinto maior produtor de café do Brasil e o segundo da espécie canéfora (conilon e robusta). Todo o arábica consumido nos estados da região Norte são provenientes de Minas Gerais e São Paulo. As primeiras estimativas para a safra 2014/15 em Rondônia demonstram uma área plantada de 87 mil hectares de lavouras de café canéfora em produção, com uma estimativa de safra próxima a 1,86 milhão de sacas de café canéfora (Conab, 2015). Comparado ao ano anterior, a produtividade média saltou de 17,18 sacas/ha para 21,18 sacas/ha, ou seja, um incremento de 23{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}. Esses resultados são provenientes da adoção de novas tecnologias de manejo, de mudas clonais, adubação e irrigação. O acesso dos cafeicultores às novas tecnologias potencializa o cultivo do café arábica na região, já que é uma espécie que requer maiores cuidados e, devido ao período de seca prolongado coincidir com o verão amazônico, a produção só é viável com uso da irrigação.
 
Isso justificou a substituição das primeiras lavouras de café arábica, implantadas em Rondônia na década de 1970, por novas lavouras de café canéfora – mais rústicas e produtivas. Com olhar no futuro e foco nos potenciais da região, as pesquisas realizadas pela Embrapa Rondônia têm demonstrado que, além do potencial e viabilidade, o café arábica pode se tornar interessante social e economicamente, pois, assim como em outras grandes regiões produtoras do País, pode-se produzir arábica na Amazônia em quantidade e, principalmente, com qualidade. Quanto ao sabor, vale destacar que os grãos de café arábica proporcionam uma bebida com sabor e aroma suaves e adocicados, com maiores teores de acidez. Já o canéfora resulta em uma bebida neutra, com sabor e aroma forte e marcante. Essas diferenças fazem com que o arábica seja mais valorizado pelo mercado, principalmente quando se trata de cafés especiais ougourmets, que podem alcançar maior valor agregado quando a produção dos grãos estão relacionados com a sustentabilidade e o comércio justo (fairtrade).
 
 
 

 

Renata Silva (MTb 12361/MG)
Embrapa Rondônia

Telefone: (69) 3901-2511

Conab mantém perspectiva de safra recorde, apesar dos efeitos de fenômeno climático

El Niño atrasou plantio de algumas culturas, segundo diretor da empresa.

 

Apesar dos efeitos do fenômeno El Niño na agricultura, o que atrasou o plantio de algumas culturas de primeira safra, a perspectiva de colher uma grande produção na temporada 2015/16 se mantém. A avaliação foi feita nesta sexta-feira (11) pelo diretor de Política Agrícola e Informações da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), João Marcelo Intini, durante a divulgação do terceiro levantamento da safra pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e Conab.

“Este primeiro número consolidado, sem os limites inferior e superior, com as lavouras implementadas, segue a tendência de uma safra recorde no país. As condições climáticas são acompanhadas pelos produtores e por tecnologia, de modo que se consegue corrigir ao longo do desenvolvimento vegetativo da lavoura essas preocupações do impacto dos efeitos do clima, disse Intini. A melhora do El Niño, acrescentou, é esperada somente para março e abril do próximo ano.

O El Niño se caracteriza pelo excesso de chuvas no Sul e a diminuição da precipitação no Norte e Nordeste do país.

Segundo o diretor da estatal, a implantação do arroz, principalmente no Rio Grande do Sul, sofreu muito com a permanência dos índices pluviométricos acima da média histórica. “Esse quadro merece alguma atenção devido ao plantio fora da janela recomendada.”

A colheita da safra de inverno também sofreu com a influência do clima. “As restrições pelas condições climáticas para o trigo foram muito nítidas. Estamos concluindo o levantamento sobre a quantidade e a qualidade do trigo produzido com o excesso de chuva”, disse Intini.

A estimativa da pesquisa da Conab é de colher perto de 5,6 milhões de toneladas de trigo. “O Brasil continua sendo dependente das importações desse cereal e devemos comprar cerca de 5,75 milhões de toneladas do grão provenientes do Canadá, Argentina, Paraguai e dos Estados Unidos”. 

Milho

Nos últimos cinco ciclos, o milho primeira safra continua perdendo espaço, devido a menor rentabilidade, aos altos custos e maior risco de produção. Com o recuo do plantio, a área deverá ficar em 5,73 milhões de hectares, representando um decréscimo de 6,7{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} em relação à temporada passada. A previsão é que produção caia 8,6{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}, para 27,48 milhões de toneladas.

Segundo Intini, é uma tendência dos últimos anos a opção dos produtores para o cultivo da soja em substituição ao milho primeira safra. A expansão do milho ocorre na segunda safra, com a entrada do plantio a partir de fevereiro do próximo ano.

No caso do algodão, há também uma redução da área plantada por causa da concorrência com a área de soja, em especial na Bahia.

 

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