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Sistemas Agroflorestais favorecem a polinização feita por abelhas silvestres

A presença de árvores no campo é benéfica para preservar e manter abelhas, importantes polinizadores.
 
Trabalhos recentes têm destacado a importância das abelhas para a produção agrícola, indicando deficit de polinização em diversas culturas e revelando o papel fundamental que a vegetação do entorno tem na manutenção do serviço gratuito de polinização.
 
Resultados preliminares de um estudo realizado com três espécies arbóreas comumente utilizadas em Sistemas Agroflorestais (AFs) revelaram a atratividade dessas espécies como fonte de alimento para abelhas silvestres. A pesquisa foi realizada em um Sistema Agroflorestal (SAF), implantado em 2010 no Sítio Agroecológico da Fazenda Experimental da Embrapa Meio Ambiente, em Jaguariúna (SP). As três espécies observadas ofereceram pólen como o principal recurso para as 359 abelhas observadas em 309 amostragens.
 
Foram feitas observações diretas da diversidade e abundância de abelhas e dos recursos por elas explorados durante a floração simultânea de três espécies de árvores: aroeira-pimenteira (Schinus terebinthifolius), escova-de-macaco (Apeiba tibourbou) e urucum (Bixa orellana). A abelha-jataí (Tetragonisca angustula) e uma abelha silvestre coletora de óleos florais (Ephicaris sp.) foram as visitantes mais numerosas durante o estudo.
 
As flores de urucum tiveram maior abundância e diversidade de visitantes florais. Suas flores foram visitadas por abelhas que têm  capacidade de coletar pólen por vibração – mamangava-de-chão (Bombus sp.) e abelhas silvestres do gênero Ephicaris e Oxaea – e também por outras que não apresentam esse comportamento, como a abelha africanizada (Apis mellifera) e a jataí.
 
Na aroeira-pimenteira, foram observadas apenas abelhas de pequeno porte, como a jataí, a iraí (Nannotrigona testaceicornis), a abelha africanizada e a mirim (Plebeia sp.), sendo jataí a mais abundante e frequente. Essa árvore revelou-se uma fonte atrativa de néctar para essas abelhas, uma vez que não foi observada coleta de pólen em metade das visitas às suas flores.
 
A escova-de-macaco foi a espécie com menor diversidade e abundância de visitantes florais, sendo a abelha silvestre do gênero Oxaea sp. a principal visitante, coletando pólen em 100{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} das observações.
 
A amostragem foi realizada de março a junho de 2015, em dois intervalos de tempo, no período da manhã, simultaneamente por dois observadores, cada qual em um exemplar da mesma espécie arbórea.
 
Valdania de Souza, estudante de biologia da Universidade Paulista (UNip), explica que o objetivo foi avaliar o potencial de três espécies arbóreas nativas, comumente utilizadas em SAFs para a produção de biomassa, como fonte de recursos alimentares para abelhas.
 
Com este estudo preliminar, a equipe concluiu que essas três espécies arbóreas fornecem recursos alimentares para as abelhas e podem contribuir para a recuperação da diversidade e abundância das abelhas silvestres em agroecossistemas.
 
Os SAFs (Sistemas Agroflorestais) são reconhecidos como uma importante alternativa de uso da terra em áreas degradadas, possibilitando sua recuperação produtiva e ecológica, e representando uma alternativa economicamente viável e legalmente aplicável em Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal. Eles constituem sistemas produtivos com diversidade elevada visando à sustentabilidade.
 
O trabalho “Sistemas Agroflorestais: fonte de recursos florais para abelhas silvestres (Hymenoptera: Apoidea)” é de autoria de estudantes e pesquisadores da Embrapa Meio Ambiente e foi apresentado no XI Encontro sobre Abelhas, em Ribeirão Preto. As autoras do trabalho são as estudantes Valdânia da Conceição de Souza e Andréia Perpétua da Silva e a pesquisa contou também com a participação de membros da equipe de agroecologia da Embrapa Meio Ambiente, Kátia Braga, Ricardo Camargo, João Canuto Joel de Queiroga e Waldemore Moriconi.

 

Cristina Tordin (MTB 28499/SP)
Embrapa Meio Ambiente

Telefone: (19) 3311 2608

 

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Embrapa sequencia o genoma do vírus-da-meleira do mamoeiro

A Embrapa concluiu o sequenciamento do genoma do vírus-da-meleira do mamoeiro, uma das mais graves doenças da cultura no Brasil, capaz de causar perdas de até 100{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} nas plantações de mamão, além de inviabilizar a qualidade dos frutos para comercialização.
 
Esse resultado abre caminhos para soluções sustentáveis que possam conter os danos causados por esse microrganismo, como o desenvolvimento de kits de diagnósticos mais eficientes para identificação precoce da doença, identificação de possíveis vetores de transmissão do vírus e geração de variedades resistentes por técnicas de melhoramento genético convencional ou ferramentas biotecnológicas.
 
O resultado, divulgado na revista Archives of Virology, publicação oficial da União Internacional da Sociedade de Microbiologia, foi obtido pelos pesquisadores Francisco Aragão, da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (DF), e Eduardo Chumbinho de Andrade, da Embrapa Mandioca e Fruticultura (BA), e pelo analista Emanuel Abreu do mesmo centro de pesquisa do DF.
 
“O Brasil é o maior exportador mundial de mamão e o segundo maior produtor, atrás apenas da Índia. Mas, para manter essa posição, é premente conter o avanço e os danos causados por esse vírus (Papaya Sticky Disease Virus – PSDV)”, explica Emanuel Abreu. A meleira apresenta sintomas nos ápices e nas nervuras das folhas novas, além de uma abundante exsudação (migração de líquido para a parte exterior da planta) de látex mais fluido nos frutos dando-lhes um aspecto borrado. Quando atacada pelo vírus, o único destino da planta é a morte. 
 
Dentre as soluções utilizadas pelos produtores para controlar a meleira destacam-se a prática do “Roguing” – eliminação da planta quando ainda está nos estágios iniciais da disseminação do vírus e o uso de variedades com produção precoce aliada ao uso de inseticidas para controlar os insetos transmissores da doença. “Mas são ações paliativas, que não resolvem o problema,” ressalta Francisco Aragão.
 
“Um dos principais obstáculos é que estávamos lidando com um inimigo desconhecido, cuja classificação taxonômica ainda não existe oficialmente. Além disso, não sabemos, ao certo, quais insetos estão diretamente envolvidos na sua transmissão”, complementa.
 
Sequenciamento do genoma vai responder a essas perguntas
 
O sequenciamento do genoma vai ajudar a responder a muitas questões importantes, como a classificação do vírus e a identificação dos insetos transmissores, além de apontar soluções mais efetivas para  seu controle.
 
Os cientistas envolvidos na pesquisa utilizaram uma nova ferramenta de sequenciamento, a “Next Generation Sequence”, que tem elevada capacidade de gerar informações do genoma dos organismos com dados bastante robustos e confiáveis.
 
Com o genoma concluído, a criação de kits de diagnóstico para identificação precoce da doença é uma das tendências da pesquisa. “A Embrapa pode iniciar o desenvolvimento de um produto pré-tecnológico, por exemplo, que seria finalizado e comercializado por uma empresa privada”, salienta Emanuel, referindo-se a um kit-diagnóstico.
 
A expectativa é que a descoberta leve a impactos positivos na pesquisa da cultura do mamoeiro no País. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2013, o Brasil produziu 1.517.696 toneladas de mamão. A Bahia e o Espírito Santo destacam-se como os dois maiores estados produtores e exportadores, sendo responsáveis por 70{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} da produção nacional.
 
“Esses dois estados são os mais afetados com a incidência dessa doença, em alguns casos, provocando perdas de milhões de reais com a redução da produtividade e de áreas com a cultura, podendo chegar à destruição total das plantações afetadas, com uso intensivo de agroquímicos e mudança constante de zonas produtoras, tornando o sistema de produção cada vez mais oneroso”, afirma Emanuel.
 
Plantas resistentes ao vírus já estão sendo desenvolvidas
 
Um dos resultados do sequenciamento do genoma já está em pleno desenvolvimento nos laboratórios da Embrapa. Estão sendo geradas plantas geneticamente modificadas para resistência ao vírus-da-meleira e da mancha-anelar a partir de uma tecnologia denominada RNA interferente (RNAi). Essa técnica consiste em expressar, nas plantas de mamão, pequenos fragmentos de RNA capazes de silenciar os genes virais, assim como uma “vacina”, explica o pesquisador Francisco Aragão.
 
Plantas transgênicas de mamão com resistência a viroses vêm sendo utilizadas com sucesso nos Estados Unidos desde 1998, especialmente no Havaí e na Flórida. Hoje, ocupam cerca de 80{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} da área plantada com mamão naqueles países.
 

 

Fernanda Diniz (4685/89/DF)
Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia

Telefone: (61) 3448-4768

Léa Cunha (1633/BA)
Embrapa Mandioca e Fruticultura

Telefone: (75) 3312-8076 Fax: (75) 3312-8015

 

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Pesquisa obtém o genoma funcional do carrapato

Após dois anos de estudo, a equipe liderada pelo pesquisador da Embrapa Renato Andreotti concluiu o genoma funcional do carrapato ou transcriptoma, um banco de dados que expressa o funcionamento do metabolismo desse artrópode, abrindo caminho para a elaboração de novos antígenos para o desenvolvimento de vacinas.
 
“O genoma total do carrapato é duas vezes o tamanho do genoma humano. É muita informação e a um custo elevado. O genoma funcional trabalha somente com a expressão do RNA mensageiro, aquilo que os genes atuam para mover o metabolismo do carrapato. É a parte expressa do genoma”, explica Andreotti.
 
A expectativa é gerar uma análise de candidatos a antígenos e selecioná-los por critérios fisiológicos e bioensaios. Os promissores serão testados em raças bovinas susceptíveis, como cruzados e taurinos. Hoje, em Campo Grande (MS), a equipe de Andreotti na Embrapa Gado de Corte avalia um antígeno com 72{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} de eficácia. A proposta é agregar as informações do transcriptoma a essas já obtidas e gerar um material polivalente. Para isso, serão necessários, no mínimo, mais dois anos de experimentos e os dados serão disponibilizados aos projetos com linhas de pesquisa semelhantes. 
 
Andreotti e Wanessa Carvalho, imunologista da Embrapa Gado de Leite (MG), revelam ainda que, atualmente, somente Austrália e Cuba desenvolveram vacinas contra o artrópode utilizando a mesma proteína (BM86) e esse material apresenta baixa eficiência e proteção de curto período aos animais.
 
No mundo, há quase 900 espécies de carrapatos. Mais assustador do que exibir números são os prejuízos causados. A espécie Rhipicephalus (Boophilus) microplus, o carrapato-do-boi, no Brasil, é a responsável por muitos danos nos rebanhos de pecuária de corte e leiteira. Estimativas calculam que as perdas em bovinos chegam a U$ 3,24 bilhões ao ano, somente no País.
 
A fisiologia do ectoparasita é a base dos estudos convencionais. Com o banco de dados, muda-se a velocidade das pesquisas e a geração de tecnologias de combate. “É a vacinologia reversa, na qual temos acesso aos genes mais expressos e menos expressos em um contexto de infestação de sucesso (alimentados em hospedeiro susceptível) ou não (resistentes). Isso dá subsídios para saber quais são os genes que codificam proteínas de importância para a rejeição do carrapato, facilitando a descoberta de novos alvos”, detalha Carvalho. 
 
Dentro do mapeamento
 
A extração do transcriptoma é uma tarefa meticulosa e em etapas. Primeiramente, cultiva-se uma colônia, iniciada com um grama de larvas, equivalente a 20 mil larvas, formando, assim, o banco biológico. Esse material é usado para infestar os bovinos. Os melhores, resistentes, permanecem na colônia. “Então selecionamos quais são as regiões dos tecidos e a fase dos carrapatos que nos interessa. As regiões selecionadas são alvo para os estudos relacionados aos antígenos”, explana Andreotti.
 
“Esse caso, especificamente, nos informa quais genes e em que níveis são expressos em diferentes órgãos – glândula salivar, intestino e ovários – e estágios – larvas, ninfas e adulto – do parasita quando em contato com diferentes tipos de hospedeiros: bovinos resistentes e susceptíveis. Essa informação possibilita identificar genes e mecanismos moleculares envolvidos na interação parasita-hospedeiro”, detalha a pesquisadora em genômica funcional Poliana Giachetto, responsável pela análise do transcriptoma, após a produção de bibliotecas de DNA complementar (cDNA) e devido sequenciamento. 
 
Na Embrapa Informática Agropecuária (SP) e de posse da sequência, Poliana e equipe utilizaram diversos programas de computador para classificar os genes do parasita de acordo com determinados ‘sinais’ presentes neles, por meio de bioinformática. A especialista afirma que quanto maior e mais confiável for o repertório de moléculas, maiores as chances de se encontrar bons candidatos a vacinas. Uma base de dados rica é o caminho para a prospecção de antígenos por meio da vacinologia reversa.
 
Um detalhe é a escolha do adulto fêmea para os experimentos. As fêmeas é que sugam o sangue dos animais e ficam até 21 dias no hospedeiro. Os machos, por natureza, nem sempre apresentam esse comportamento. Outra estratégia a ser adotada, segundo Andreotti, seria a esterilização dos machos. Porém, a linha de pesquisa adotada desde o início, há 15 anos, considerou o fato de o carrapato-do-boi ser um hematófago. 
 
Problemas e soluções
 
A busca por saídas para esse e outros problemas de diversas cadeias produtivas foi o que motivou a formação da Rede Genômica Animal.  Ela tem como foco o desenvolvimento e a adaptação de estratégias genômicas aplicadas ao melhoramento, conservação e produção animal, e é liderada pelo pesquisador Alexandre Caetano da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (DF). Renato e Poliana integram essa rede e consideram que os danos na produção de leite e carne, da ordem de 0,24 kg de peso vivo por carrapato por ano, são indícios suficientes para preocupações. 
 
Com uma propriedade rural em Mato Grosso do Sul e um rebanho formado por animais da raça Girolando e Gir Leiteiro, Ronan Salgueiro ratifica a apreensão quando se fala em infestação de carrapatos. Por ser a pecuária leiteira intensiva, os animais vivem aglomerados e a incidência é maior que na pecuária de corte. Além disso, as regiões tropicais e subtropicais colaboram com o problema.
 
“Os três parasitas de maior prejuízo para pecuária leiteira são o carrapato, o berne e a mosca-do-chifres, contudo o carrapato dá mais prejuízos. Perda de peso, baixa conversão alimentar, lesões de pele, anemia e transmissão de agentes patógenos que provocam graves enfermidades são problemas causados pela infestação. Todavia, esse último fator é o que ocasiona os mais altos prejuízos indiretos, destacando-se a diminuição na produção de leite, a redução da natalidade e a morte do animal”, elenca o pecuarista. 
 
Ele ainda comenta que o principal método de controle é feito com o uso de produtos químicos, que têm se mostrado cada vez menos eficazes. Renato Andreotti e Wanessa Carvalho explicam que o controle realizado inadequadamente favorece o desenvolvimento da resistência das populações de carrapatos aos acaricidas. A contaminação ambiental, dos produtos (leite e carne) e a intoxicação da pessoa que aplica o produto também são agravantes. 
 
Os pesquisadores possuem trabalhos distintos, mas complementares − Andreotti em vacinologia e Carvalho em melhoramento genético e controle biológico. Para ela, o elo parasita-hospedeiro é chave para identificação de novas ferramentas para controle do carrapato. Para Ronan Salgueiro, em uma atividade como a pecuária leiteira, com constante desequilíbrio entre oferta e demanda, além de outros pormenores, todo avanço em ciência é muito importante e bem-vindo.
 

Dalízia Aguiar (MTb 28/03/14/MS)
Embrapa Gado de Corte

Telefone: (67) 3368-2144

 

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Estados inadimplentes poderão receber verba para defesa agropecuária

Planalto publicou decreto que inclui atividade entre ações voltadas à proteção da saúde.

 

Os estados e o Distrito Federal poderão receber recursos para defesa agropecuária mesmo se estiverem inadimplentes com a União. A mudança, comemorada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), foi possível graças a um decreto da presidenta Dilma Rousseff, publicado nesta terça-feira (22), que inclui as atividades de vigilância, inspeção e fiscalização vegetal e animal como ações sociais voltadas à proteção da saúde e da segurança alimentar.

Desde o primeiro semestre, a ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) vem procurando, juntamente com a Casa Civil e com o Ministério da Fazenda, uma solução para viabilizar o repasse a estados impedidos de receber a verba por estarem inadimplentes. O investimento na defesa agropecuária é uma condição para garantir a saúde dos consumidores e a inocuidade dos alimentos. Por isso, tem sido tratado como prioridade pela atual gestão.

Com o Decreto 8.613, publicado no Diário Oficial da União, as pendências financeiras de estados, municípios e do DF no Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin) e no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI) não impedem mais o repasse de recursos federais para defesa agropecuária. O dispositivo modifica o decreto que organiza o Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa).

Em 2015, o Mapa pôde enviar verba para custeio e investimento em defesa agropecuária a nove estados que estavam adimplentes, num total de R$ 30,5 milhões. Com a nova regra, os repasses serão maiores e mais sucessivos, afirmou a ministra.

“Com a medida, o Mapa poderá trabalhar com repasses mais contínuos, diminuindo muito os riscos de interrupção das ações de defesa agropecuária, tema que é a prioridade um do ministério. À medida que os estados gastarem os recursos, enviaremos mais”, comemorou a ministra.

Garantia de sanidade

O Mapa atua em várias frentes para assegurar a sanidade dos produtos agropecuários brasileiros. Em maio, a ministra lançou o Plano de Defesa Agropecuária com o objetivo de promover o desenvolvimento sustentável do agronegócio, garantindo a preservação da vida e da saúde, segurança alimentar e acesso a mercados.

A fim de cumprir as metas do plano, a pasta trabalha para tornar 100{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} do país livre da febre aftosa e para que mais 14 estados consigam o status de zonas livre de peste suína clássica. O Mapa vai pleitear esses reconhecimentos junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em maio de 2016.

Além disso, o ministério lançou em novembro o Programa de Vigilância em Defesa Agropecuária na Faixa de Fronteira, que prevê R$ 125 milhões em cinco anos para o fortalecimento de ações sanitárias e fitossanitárias nos 15,7 mil quilômetros de fronteira brasileira.

Mais informações:
Assessoria de comunicação social
Priscilla Mendes
priscilla.mendes@agricultura.gov.br
imprensa@agricultura.gov.br

Mapa suspende venda de 11 marcas de azeite extra virgem

Fiscalização foi feita em cinco estados e no DF. Empresas foram multadas.

 

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) fiscalizou a qualidade do azeite comercializado em supermercados do Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Distrito Federal, Pernambuco e Amazonas. Das 55 amostras coletadas e analisadas, foram identificadas irregularidades em 33 amostras de 11 marcas que tiveram a venda suspensa. Embora estivessem sendo vendidos como “extra virgem” no rótulo da embalagem, os produtos eram compostos por outros óleos comestíveis. As empresas foram multadas pelo Mapa.

A fiscalização foi realizada entre o fim de 2014 e início de 2015 para atestar se a qualidade do produto estava de acordo com a informação declarada na embalagem. “Os lotes que foram reprovados pelo Mapa não podem ser destinados ao consumo humano por demonstrarem qualidade inferior à estampada na embalagem”, disse o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov), Fábio Florêncio.

Segundo o diretor, todas as amostras foram coletadas foram analisadas na unidade do Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro) de Minas Gerais. Após análise, foi emitido um laudo para confirmar se o azeite estava ou não em conformidade com os parâmetros definidos na Instrução Normativa do Mapa nº 1/2012.

Ouvidoria

A fiscalização foi intensificada a partir de denúncias recebidas pela Ouvidoria do Mapa. Além de suspender a comercialização das marcas irregulares, os produtos foram inutilizados e as empresas receberam multa de R$ 5 mil cada uma. As multas foram acrescidas de 400{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} do valor comercial da mercadoria, levando-se em conta a quantidade do produto fiscalizado.

Em 2016, o Mapa vai encaminhar os processos para a Secretaria de Defesa do Consumidor para adoção das providências relacionadas a prejuízos causados. Além disso, concluirá os processos de apuração das irregularidades dos demais lotes condenados das outras marcas e expandir a fiscalização aos demais estados.

“A importância de ações como essas é a garantia que o Mapa dá ao consumidor na compra de produtos de acordo com o padrão de qualidade estabelecido em normas”, destacou Fábio Florêncio.

Mais informações:
Assessoria de comunicação social
Cláudia Lafetá
claudia.lafeta@agricultura.gov.br
 

Agricultor tem até dia 30 de dezembro para saldar dívida com Pronaf

Dos 100 mil agricultores que acessaram o crédito pelo Banco do Brasil, 30{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} solicitaram a liquidação das dívidas até o momento.

 

Vai até 30 de dezembro o prazo para os agricultores que pediram empréstimos no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) quitarem suas dívidas com desconto de até 70{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} nos débitos.

O prazo para pagamento havia se encerrado em 30 de junho de 2015, mas foi reaberto até o fim do ano.

Segundo levantamento do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), atualmente 203 mil produtores estão em dívida com o programa. Dos 100 mil agricultores que acessaram o crédito pelo Banco do Brasil, 30{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} solicitaram a liquidação das dívidas. Pelo Banco da Amazônia (Basa), dos quase 30 mil devedores, 6 mil renegociaram ou quitaram os débitos. Pelo Banco do Nordeste (BNB), são 40 mil que podem solicitar o serviço.

O gerente em exercício do Ambiente de Microfinança Rural e Agricultura Familiar do Banco do Nordeste, Máximo Antônio Cavalcante Sales, explicou que o saldo devedor na instituição é de R$ 538,5 milhões. Foram formalizadas 3.504 renegociações e a expectativa para este mês de dezembro é de mais 170.

Em setembro deste ano, o Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu reabrir o prazo para agricultores familiares liquidarem operações de crédito rural contratadas no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). 

De acordo com a resolução do CMN, quem optar pela liquidação poderá ter abatimento de 70{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} sobre o saldo devedor atualizado. Ou seja, o produtor pode pagar somente 30{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} da dívida. Mas, para isso, tem de quitar todo o saldo devedor.

Movimentação

Sales afirmou que, em dezembro de 2013, quando o governo aprovou pela primeira vez a renegociação de dívidas, o banco fez reuniões com movimentos sociais e com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para fazer ação conjunta em assentamentos, com mutirões.

“No começo, a adesão é maior. Quem tem vai juntando dinheiro. No fim do prazo, ficam as pessoas que tiveram mais dificuldades”, disse. Sales acrescentou que os produtores do Nordeste sofrem com a estiagem e, sem produzir o suficiente, não têm recursos para quitar a dívida. “Em algumas regiões, a estiagem é mais severa. Então, fica difícil. Eles continuam na inadimplência.”

O coordenador geral de Desenvolvimento de Assentamentos do Incra, Acácio Zuniga Leite, explicou que a renegociação da dívida é necessária porque o “desenho do financiamento agrícola do Pronaf estava equivocado e levava as pessoas à inadimplência”.

“Não existia nenhuma política que desse sustentação inicial para se assentarem. Ou seja, não chegava água, não chegava luz, as condições básicas de moradia não estavam atendidas. Muitas vezes o recurso do Pronaf acaba tapando o buraco que não era para tapar”, destacou Leite.

Segundo ele, em vez dos assentados investirem todo o dinheiro emprestado na produção, tinham de aplicar o recursos na construção de moradia e em meios de acesso à água, por exemplo. “Esse desconto no pagamento da dívida vem junto com a discussão de redesenho do financiamento. Agora a gente tem uma nova política de crédito de instalação, além de uma política de microcrédito e de estruturação produtiva. As coisas estão mais sólidas.”

Quitação da dívida

A liquidação de débito das famílias que obtiveram crédito pelo Banco do Brasil pode ser feita pela internet, na Sala da Cidadania. Os produtores que pegaram os empréstimos no Banco da Amazônia ou no Banco do Nordeste precisam procurar as agências bancárias para fazer a renegociação.

Na Sala de Cidadania, o produtor deve entrar no campo Assentamento com data de nascimento e CPF. Em seguida, deve selecionar o nome da mãe e preencher um cadastro, com dados pessoais e da unidade familiar – os que tiverem um asterisco são obrigatórios, comoemail e celular. Após o preenchimento, abrirá uma nova tela com a opção de liquidar a dívida. Confirmada a opção, o sistema gerará um boleto para pagamento em até 15 dias.

Mesmo com o acesso pela internet, o Banco do Brasil orienta os produtores a procurarem uma agência para buscar informações sobre os procedimentos operacionais de renegociação.

Fonte

Agência Brasil

Governo entrega mais de 150 implementos agrícolas para associações rurais familiares de Vilhena

Saúde e acessibilidade em destaque

Vinte e seis associações rurais familiares de Vilhena receberam do governo de Rondônia, 153 equipamentos agrícolas, no valor de R$ 1.280 milhão, oriundos de emenda parlamentar do deputado estadual Luizinho Goebel.

 

Na ocasião, diversos veículos foram entregues a órgãos estaduais e municipais e associações beneficentes.

Na área assistencial, dentre outros equipamento entregues, se destacam um caminhão refrigerado para transporte de vacinas e equipamentos para portadores de necessidades especiais, como cadeiras de rodas, cadeiras de banho, muletas, órteses e próteses (infantis e adultos).

As entregas dos implementos aconteceram quando da reativação da 9ª residência do Departamento de Estradas, Rodagem, Infraestruturas e Serviços Públicos (DER), que atende os municípios de Vilhena e Chupinguaia.

Valdetina Alves, a Val, coordenadora do programa Meios de Locomoção, Órteses e Próteses da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) de Vilhena, explica que “cada um desses equipamentos foi feito sob medida para cada pessoa, de acordo com sua necessidade específica. São crianças e adultos que sofrem por falta de conforto, locomoção e dignidade”.

Os cento e cinquenta e três implementos agrícolas doados, no valor de R$ 1.280.274,62, como tanques de resfriamento de leite; roçadeiras hidráulicas e móveis; micro tratores; distribuidores de calcário; carretas agrícolas; balanças para pesar animais; motocultivadores; semeadeiras adubadeiras, dentro muitos outros, “são equipamentos indispensáveis à modernização do agronegócio familiar que pretendemos”, afirma Evandro Padovani, secretário de agricultura.

Saúde e acessibilidade em destaque

A área da Saúde em Vilhena também foi contemplada com equipamentos

“Estas ‘enxadas tecnológicas’ vão quadruplicar a produção rural de Rondônia, sem que se desmate sequer um hectare”, exalta o secretário da Seagri,

Padovani continua explicando que nos últimos cinco anos, o Governo de Rondônia vem promovendo uma revolução tecnológica para a agricultura familiar. “São diversos programas de qualificação e aumento de produtividade, tais como o Mais Leite a Pasto; Mais Café Clonal; Mais Cacau Clonal; Mais Calcário; incremento da piscicultura; rotatividade de pastos; diversificação de plantio e cultivo e vamos continuar trabalhando para valorizar a produção rural, trazendo empresas para beneficiar e agregar valor aos alimentos aqui produzidos”.

Além dos implementos agrícolas, foram entregues quatro caminhonetes para a regional da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam); um veículo para a Secretaria Municipal de Ação Social de Vilhena (Semas), para atendimento médico domiciliar; três veículos para a Secretaria Regional de Saúde e um veículo para a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Vilhena.

Fonte
Texto: Marco Aurélio Anconi
Fotos: Marco Aurélio Anconi
Secom – Governo de Rondônia

Agropecuária é a principal atividade econômica em mais da metade dos municípios brasileiros

IBGE aponta São Desidério (BA), Rio Verde (GO) e Sorriso (MT) como líderes do setor em 2013.

 

Agropecuária foi a atividade predominante na economia de 57,3{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} dos municípios brasileiros, segundo a pesquisa do Produto Interno Bruto dos Municípios de 2013, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O dado exclui o peso da atividade administração, saúde e educação públicas e seguridade social, que são analisados separadamente.

De acordo com o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, André Nassar, os resultados apontados pelo IBGE mostram como a agricultura é importante como fonte de renda, empregos e desenvolvimento regional para uma grande parte da população brasileira. Indicam ainda que muitos municípios têm suas atividades econômicas como o comércio, serviços e atividades industriais voltadas para a agropecuária.

Segundo a pesquisa, o município de São Desidério (BA) liderou o setor em 2013. Ele era o maior produtor de algodão herbáceo do país. Além disso, também tinha na agricultura irrigada a base de sua economia.

Em seguida, aparece Rio Verde (GO). Sorriso (MT), maior produtor nacional de soja e milho, ficou na terceira posição.

O PIB da Agropecuária refere-se ao valor de tudo que é produzido pelas atividades primárias (bens e serviços) da agropecuária.

Confira aqui o estudo completo do IBGE.

Mais informações:
Assessoria de comunicação social
Inez De Podestà
inez.podesta@agricultura.gov.br
imprensa@agricultura.gov.br

 

Agroindústrias de Rondônia têm produtos para a cesta de natal

Frutas, mel e doces variados produzidos em Rondônia

Com exceção dos vinhos e dos produtos importados, o rondoniense tem a oportunidade de montar uma cesta Natal própria com itens fartos e de qualidade produzidos por algumas das 500 agroindústrias em atividade no estado.

 

Segundo a secretária adjunta da Agricultura, Mari Braganhol, há uma diversidade de produtos derivados do leite, como queijos especiais, iogurtes e outras bebidas lácteas, além de carnes, incluindo os suínos e frangos com cortes especiais, embutidos e defumados; pães, panetones, bolos e tortas; frutas diversas, polpas, mel de abelha, bombons, compotas, geleias, castanha, salgados, conservas, temperos, biscoitos, chocolates, doces variados, sucos e, em substituição ao vinho, as agroindústrias rondonienses produzem até um aguardente de excelente qualidade.

“Certamente não será muito fácil encontrar todos esses produtos nas gôndolas dos supermercados”, disse a secretária, informando que apenas algumas agroindústrias entregam diretamente em alguns supermercados, como os iogurtes e outros itens da marca Elliete de Cacoal, ou da Avita de Cacaulândia, além de carnes, suínos especialmente, em cortes especiais, embutidos e defumados, produzidos pela Granja Machado, de Rolim Moura, pela FHS de Cacoal, Granja Bom Sossego de de Rio Crespo ou pelo Frigoeste de Nova Brasilândia.

“Na verdade, esses são alguns dos produtos que podem compor uma cesta de natal farta, mas o universo produtivo das agroindústrias de Rondônia é infinitamente maior e diverso”, afirmou Mari Braganhol, destacando itens, como os derivados da cana-de-açúcar (açúcar mascavo, melado e rapadura), sucos em copos e engarrafados, café, frutas, cereais, hortifrutigranjeiros, ovos, galinha de caipira, peixes variados frescos e em cortes especiais, entre outros.

Frutas, mel e doces variados produzidos em Rondônia

Frutas frescas ou cristalizadas, mel e doces variados produzidos em Rondônia

A secretária destacou que toda linha de produtos da agroindústria rondoniense tem sua importância para quem produz, para o estado e para o consumidor. Ela reconheceu que neste universo o leite, que tem uma estimativa de produção de mais de dois milhões litros/dia, e seus derivados são os que melhor compõem a economia deste segmento, que no conjunto tem uma estimativa de faturamento de mais de R$ 30 milhões ao ano.

Mari Braganhol fez questão de esclarecer, que embora se constate esta pujança no setor da agroindústria, o Governo de Rondônia não se dá por satisfeito, e por determinação do governador Confúcio Moura a Seagri e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Rondônia (Emater) têm feito grande esforço para levar não apenas orientação e assistência técnica a esses produtores familiares, mas, principalmente, meios e apoio à profissionalização, de modo a atingir todas as etapas da produção até chegar à distribuição, tornado competitiva a produção local. “Estamos trabalhando neste sentido e nossa vontade é levar tudo que produzimos aos supermercados”, disse.

Fonte
Texto: Cleuber Rodrigues Pereira
Fotos: Ésio Mendes
Secom – Governo de Rondônia

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