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Agricultura cresce no Brasil, mesmo com mudanças climáticas

Pesquisa e tecnologia contribuem para superar adversidades, diz secretário de Política Agrícola do Mapa.

 

A produção e a produtividade agrícola brasileira crescem a cada safra, apesar das mudanças climáticas registradas nas últimas décadas em todo o mundo. A avaliação foi feita pelo secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), ao comentar estudo da revista científica Nature.

A pesquisa, publicada na última quarta-feira (6), leva em conta 2,8 mil eventos meteorológicos extremos ocorridos em 177 país, entre 1964 e 2007. Segundo o estudo, a ameaça é tão grande que pode comprometer o abastecimento mundial de alimentos. Ainda de acordo com o levantamento, períodos de seca e ondas de calor causaram perdas de 10{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} na produção de grãos global.

Mesmo neste cenário, a produção agrícola mundial não sofreu impactos negativos mais acentuados. “As regiões de menor risco estão tendo enorme capacidade para suprir as áreas mais afetadas pelos fenômenos da natureza”, salienta Nassar.

O secretário reconhece, entretanto, que as mudanças têm reflexos na agricultura. “O risco de produzir alimentos está crescendo devido às altas temperaturas e às estiagens prolongadas, mas não a ponto de transformar o abastecimento em um problema.” O Brasil e os demais países da América do Sul, acrescenta, são áreas de maior aptidão agrícola e de baixo risco climático em relação às zonas rurais do restante do planeta.

Sistemas agrícolas

Nassar constata também que os sistemas agrícolas mundiais estão passando por uma ameaça, embora não haja comprometimento da oferta de grãos. Tanto é verdade, assinala, que os preços dos produtos agrícolas ao agricultor sofreram um processo de aumento, mas há três anos estão estabilizando ou caindo. “Ou seja, o mercado agrícola mostrou capacidade de produzir mais e aquela subida de preço já foi interrompida e está caindo, num sinal de que a produção vem sendo retomada”.

No Brasil, enfatiza Nassar, há regiões que sofrem mais com as secas e chuvas intensas, como o semiárido e o Sul. Em contrapartida, há áreas de menor vulnerabilidade aos fenômenos naturais, como o Centro-Oeste (Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul). Com relação à estimativa de perda de 1 milhão de toneladas de soja por causa da seca que atingiu a região produtora de Mato Grosso, o secretário diz que é um problema pontual, que não acontecia desde 2005.

Para ele, a tecnologia e a pesquisa agrícola estão neutralizando parte do efeito das mudanças climáticas no mundo. “Isso permite que a produção continue crescendo de acordo com o aumento da demanda por alimentos.”

Mais informações para a imprensa:
Assessoria de comunicação social
Inez De Podestà
inez.podesta@agricultura.gov.br
imprensa@agricultura.gov.br

Sedam reinicia coleta de dados e manutenção preventiva em estações hidrometeorológicas em Rondônia

A Secretaria de Desenvolvimento Ambiental de Rondônia (Sedam) reiniciará dia 20 de janeiro os serviços de manutenção preventiva e coleta de dados nas 11 plataformas das Estações Hidrometeorológicas implantadas no Estado com recursos do convênio de cooperação assinado com a Agência Nacional de Águas (ANA).

 

As equipes técnicas da Sedam e da Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais de Rondônia (CPRM – Serviço Geológico do Brasil) realizam a  os coleta de dados e manutenção das plataformas nos 11 municípios a cada dois meses. Segundo Diego Silva, as equipes da Sedam atuam mais nas áreas de difícil acesso. As manutenções corretivas são realizadas a qualquer momento.

As estações hidrometeorológicas foram instaladas em Forte Príncipe da Beira, Pimenta Bueno (Sítio Bela Vista no rio Barão de Melgaço e outra na região de Flor do Campo), Cacoal, Ji-Paraná, Jaru Aru, Ariquemes, Candeias do Jamari (Santa Isabel), Porto Velho (Abunã), Fortaleza do Abunã e  Guajará-Mirim, e os sensores  integram a Política Nacional de Recursos Hídricos, controlada pela ANA, por meio do uso de equipamentos de  monitoramento da qualidade da água de rios e reservatórios.

A Sedam controla também a Rede de Estações Meteorológicas Automáticas de Rondônia (Remar) com pontos de monitoramento nos municípios de Vilhena, Costa Marques, Cacoal, Ji-Paraná, em fase de remanejamento para outro local, Machadinho do Oeste, Ariquemes, Porto Velho e Guajará-Mirim.

Fonte
Texto: Abdoral Cardoso
Fotos: Secom
Secom – Governo de Rondônia

Sedam divulga resultado de fiscalização de unidades de conservação de Rondônia

Visando conter ilícitos cometidos em áreas protegidas em Rondônia, no último trimestre nove unidades de conservação beneficiadas com o Programa de Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa) foram monitoradas pelos técnicos da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam).

 

Na Estação Ecológica Samuel, localizada nos municípios de Itapuã do Oeste e Candeias do Jamari, as operações foram motivadas por denúncias de retirada de madeira ao norte da unidade, com acesso pela Vila de Samuel e Projeto de Assentamento Florestal (PAF) Jequitibá. Foram realizados dois autos de apreensão, sendo o primeiro de 64,480 metros cúbicos de madeira e o segundo relativo a 2 tratores, 1 motosserra e vários equipamentos de acampamento; e ainda 2 autos de depósito.

Na Reserva Extrativista Rio Preto/Jacundá, no município de Machadinho do Oeste, o objetivo foi combater a invasão e a retirada ilegal de madeira, de lá 20 infratores foram conduzidos para a Delegacia de Polícia. Nessa ação, foram contidos 15 pontos de desmatamento, que já totalizavam 40.200 hectares; apreensão de 4 facões, 10 foices, 8 saibros, 2 bocas de lobo, 1 picareta, 2 pás, 5 enxadões, 2 correntes de trator, 6 metros de cabo de aço, 15 limas, 4 botijões de gás, 30 panelas, 25 recipientes de combustível, 3 periquitos, 4 graxeiras, 1 bateia (bacia para garimpo), 8 espingardas e 1 revólver.

O volume de madeira ilegal apreendida foi de 84,59 metros cúbicos de madeira serrada, 1000,12 metros cúbicos de madeira em tora não recolhida e 267 unidades de madeiras em lascas. Com relação aos equipamentos, foram 5 tratores, 1 rádio amador, 2 pás carregadeiras, 13 motosserras, 2 bombas para abastecimento portátil de combustível, 1 grupo gerador para energia, 1 máquina de solda, combustíveis e lubrificantes: 60 litros de gasolina, 150 litros de óleo diesel, 70 litros de óleo queimado, 4 litros de óleo quatro tempos, 20 litros de óleo dois tempos, 10 kg de graxa, além de veículos: 9 motocicletas, 1 carro e 6 caminhões.

Na Reserva Extrativista Angelim o monitoramento ocorreu de forma concomitante ao da reserva Rio Preto Jacundá e foi motivado por denúncias de extração ilegal de madeira. Foram contidos nove pontos de desmatamento na área, que totalizam 5.100 hectares.

Na Reserva Extrativista Estadual Rio Cautário e Parque Estadual Serra dos Reis, nos municípios de Costa Marques e São Francisco do Guaporé,  aconteceu uma ação conjunta que resultou na apreensão de 1 trator CBT, 6 caminhões carregados com 695,866 metros cúbicos de madeira em tora e 105,8803 metros cúbicos de madeira serrada; 930 estacas de madeira, 1 motocicleta CG, e vários equipamentos de acampamento e pesca (3 caixas térmicas, 11 molinetes com vara, 3 caixas de pesca, 3 caixas de isopor, 1 barraca, 1 fogareiro com botija, 2 rádios transmissores, 1 colchão, 2 lanternas, 3 tarrafas, 1 espinhel e 1 zagaia). Foram lavrados também um auto de apreensão em madeireira de Costa Marques.

Na Floresta Estadual de Rendimento Sustentável Rio Madeira B, foram encontrados vários invasores e diversos ilícitos; na Estação Ecológica Serra dos Reis foi apreendida uma canoa; e no Parque Estadual Corumbiara 10 operações de monitoramento resultaram em três autos de infração por danos a unidade de conservação, quatro notificações por construção de valeta e um termo de apreensão de 250 quilos de peixes provenientes.

No Parque Estadual Guajará-Mirim, os principais resultados das operações na Estrada Parque e no interior do Parque Estadual de Guajará-Mirim foram notificações para retirada de cerca e de gado do interior da unidade, além de solicitação de comparecimento para prestar esclarecimentos. Foi ainda lavrado um termo de embargo por alteração no marco de localização do parque, três ocorrências por dano à unidade de conservação, incêndio a edificação pública e furto de placa de identificação; seis boletins de ocorrência ambiental por danos a unidade de conservação; sete autos de apreensão e oito autos de depósito.

O secretário do Desenvolvimento Ambiental, Vilson Machado, enfatizou que as operações desenvolvidas pela Coordenadoria de Unidades de Conservação (CUC) demandam grande preparo dos servidores da Sedam e também numeroso aparato técnico. Os recursos financeiros são garantidos pelo Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa). “Os resultados que apresentamos são relativos aos meses de outubro, novembro e dezembro. Planejamos e executamos ações nos principais focos de desmatamento em unidades de conservação, e apresentamos ao governador Confúcio Moura um estudo técnico que potencializará as ações para o quadriênio 2016-2019. Nosso objetivo é Desmatamento Ilegal Zero”, afirmou Vilson Machado.

Fonte
Texto: Sedam/Secom
Secom – Governo de Rondônia

Instituto Abaitará começa 2016 com perspectiva de comercializar até dez mil frangos caipirão e semi-caipira

Setenta litros de leite diários abastecem atualmente o estabelecimento e servem para a fabricação de queijos.

 

Aviário, curral e aprisco [para ovinos] concluídos, 180 alunos alojados e outras dezenas na fila.  Até o início do segundo semestre estima-se em dez mil o número de cabeças de frangos de corte semi-caipira e caipirão.

Nesse ritmo, com área ampliada em 7,25 mil metros quadrados, o Instituto Estadual de Educação Rural Abaitará anunciou suas conquistas e projetos para 2016.

A escola técnica agroecológica funciona em regime de semi-internato. Seus cursos duram quatro anos para a formação de técnicos em agricultura, apicultura, floresta e terra. Para estudar ali, o aluno tem que ter concluído o ensino.

Segundo a diretora Eliane Cristina Faria, a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) fornece atualmente um ônibus e um micro-ônibus para o transporte escolar. “Só não recebemos mais alunos porque ainda precisamos estruturar ida e volta, de manhã e à tarde, a diversos pontos da zona rural, mas é boa a probabilidade de vencermos mais essa etapa”, comentou.

O Instituto Abaitará funciona no Km 32 da rodovia 010, no Setor Abaitará, em Pimenta Bueno, a 521 quilômetros de Porto Velho.

O governo de Rondônia investiu R$ 4,15 milhões no eixo de educação, esporte e lazer, e dessa maneira o instituto pode reformar e ampliar suas unidades para formar técnicos profissionais em agroecologia.

Os 7,2 mil m² se dividem em salas de aula e dormitórios, quadra esportiva e instalações rurais. O dinheiro foi liberado pelo Programa Integrado de Desenvolvimento e Inclusão Socioeconômica do Estado de Rondônia (Pidise).

AVIÁRIO, CURRAL E POCILGA

“Adaptamos o curral com tronco e fosso, que tanto serve para o gado de corte quanto para o gado leiteiro. As instalações rurais [aviário, aprisco [para ovinos], curral e pocilga] têm extensão de 3,34 mil m², e com as ampliações já temos área construída de 9,6 mil m²”, informou a diretora.

Dezoito cabeças de vacas girolanda começaram a produzir, algumas vacas pariram, e a média diária de 70 litros de leite poderá ser brevemente aumentada. Segundo a diretora, há possibilidade de se comercializar o excedente a partir do primeiro semestre deste ano.

Em 12 baias, as atividades não se resumem apenas à paridura das vacas. Ali, professores e alunos se dedicarão à melhoria genética animal e organizarão o abate.

Em dez baias e em sistema semi-aberto, o instituto criará carneiros da raça Santa Inês, muito comum na região nordeste brasileira, resultante do cruzamento intercorrente das raças Bergamacia, Morada Nova, Somalis e outros ovinos sem raça definida.

As características atuais são um produto da seleção natural e dos trabalhos de técnicos e criadores fixando-as através de seleção genealógica.

Até o início do segundo semestre de 2016, o plano de negócios está centrado na produção de frangos de corte semi-caipira e caipirão. Para atender o aviário e a pocilga, a direção do instituto está adquirindo bebedouros, comedouros, silos, e na sequência irá adquirir matrizes.

Indicadores de êxito na atividade avícola animam o instituto. Em maio de 2015, em palestra na feira “Rondônia Rural Show”, o engenheiro químico Mário Blacht (Instituto Globoaves) anunciava que a Amazônia Ocidental Brasileira tem condições de criar o melhor frango e a melhor galinha caipiras. Ele atribui essa vantagem à luz do sol, que é forte na região, proporcionando “situação bem mais confortável do que no sul do País, em se tratando do desenvolvimento animal”.

DESCONTOS EM CURSOS DE GRADUAÇÃO

Em dezembro de 2015, o instituto firmou convênio com a Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal (Facimed), pelo qual concederá descontos especiais nas mensalidades dos cursos de graduação a estudantes concluintes do curso técnico em agroecologia.

“Já temos laboratório e ainda este ano devemos ganhar o laboratório de solo”, prevê a diretora Eliane Faria. Recursos para esse fim deverão ser obtidos em Brasília pelo deputado federal Luiz Cláudio Pereira Alves.

Será de 40{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} o desconto no vestibular da Facimed, para os cursos de graduação com alunos de administração, arquitetura e urbanismo, biologia, ciências contábeis, educação física, enfermagem, engenharia elétrica, farmácia, fisioterapia, medicina, medicina veterinária, odontologia e psicologia.

Fonte
Texto: Montezuma Cruz
Fotos: Ésio Mendes
Secom – Governo de Rondônia

Anvisa publica lista online de agroquímicos que aguardam avaliação

Medida visa a agilizar e dar ainda mais transparência ao processo de análise dos produtos.

 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) começou a disponibilizar de forma online a fila atualizada de produtos agroquímicos que aguardam análise pelo órgão. A medida possibilitará maior previsibilidade ao setor agropecuário e aos fabricantes dos produtos, que agora podem controlar o andamento das demandas em tempo real.

Qualquer cidadão pode ter acesso às filas de análise toxicológica da Gerência Geral de Toxicologia da Anvisa por meio deste link :http://www.anvisa.gov.br/listadepeticoes/index.asp. O sistema informa a data de entrada do pedido de análise, o expediente gerado e a descrição do assunto. O nome dos produtos não é informado, mas os fabricantes podem ter acesso a essa informação por meio do número de protocolo.

Antes do novo sistema, disponível desde o último dia 21, o fabricante interessado em saber o andamento do seu pedido tinha que solicitar um documento em formato PDF à Anvisa, que respondia individualmente a cada demanda. Esse processo era mais lento e burocrático.

De acordo com a agência, o sistema online tem o objetivo de dar “maior transparência ao trabalho da Anvisa e prestar contas à sociedade sobre sua ação regulatória”. A medida, informa, “resulta na melhor eficiência e celeridade da administração pública”.

Para ser registrado, o agroquímico para uso agrícola deve passar por avaliação de três órgãos: Anvisa, Ministério da Agricultura e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

À agência, cabe fazer a classificação toxicológica. O Mapa avalia a eficácia agronômica do produto, e o Ibama faz o estudo de periculosidade ambiental. Somente após a consolidação das informações dos três órgãos é dado o parecer final de registro.

Eficiência

A ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) afirma que o serviço público deve evitar a burocracia excessiva e trabalhar pela eficiência do setor produtivo. Ela diz ainda estar otimista em relação às medidas de modernização tomadas pela Anvisa.

“Excesso de burocracia não significa cuidado. Cuidado é pedir o necessário, o que, de fato, será eficaz nesses registros”, assinala a ministra. “A Anvisa está tentando organizar processos diferenciados e nós queremos dar todo apoio. Não queremos briga entre órgãos. O que queremos é eficiência”, completa.

A Anvisa esclarece que a análise toxicológica será realizada conforme a ordem cronológica de protocolo. Os tipos de processos que possuem previsão legal para serem priorizados e os que, devido à emergência fitossanitária (ou outra justificativa técnica), recebam tratamento prioritário passarão por tratamento diferenciado na agência, mas ainda assim seguirão o ordenamento cronológico.

Kátia Abreu acrescenta que os agroquímicos são necessários para garantir a saúde das plantações e não devem ser vistos como um perigo à sociedade. “O Brasil é a maior agricultura tropical do mundo e a consequência disso é que, no passado, tínhamos uma praga nova a cada cinco anos. Atualmente, temos três pragas a cada ano. Isso significa mais necessidade de agroquímicos”, observa.

Mais informações:
Assessoria de comunicação social
Priscilla Mendes
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Brasil poderá vender carne suína para a Coreia do Sul

Decisão foi comunicada à ministra Kátia Abreu pelo embaixador sul-coreano, Lee Jeong Gwan.

 

Pela primeira vez, o Brasil poderá embarcar carne suína in natura para a Coreia do Sul. Depois de mais de 10 anos de negociação, o governo coreano decidiu autorizar a importação de carne suína produzida em Santa Catarina. O potencial de exportação dos estabelecimentos catarinenses para aquele país é de US$ 108 milhões, o que representa 33 mil toneladas do produto, conforme o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Em carta à ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento), o embaixador da Coreia do Sul no Brasil, Lee Jeong Gwan, informou que a sinalização para o comércio bilateral de carne suína in natura foi dada pelo Ministério da Agricultura, Alimentos e Assuntos Rurais daquele país.

Os procedimentos preliminares para abertura dos embarques foram feitos em atendimento a respostas encaminhadas pelo governo brasileiro e em visitas técnicas a estabelecimentos em Santa Catarina. Os dois países esperam concluir ainda este ano todas as formalidades da negociação para permitir as primeiras exportações.

De acordo com a secretária de Relações Internacionais do Agronegócio do Mapa, Tatiana Palermo, o Brasil comemora a decisão das autoridades sul-coreanas: “Aquele país é um dos maiores importadores mundiais de carne suína. Hoje, a União Europeia, os Estados Unidos, o Canadá e o Chile os são maiores fornecedores do produto para o mercado coreano. A produção local da Coreia do Sul está sendo afetada pelos surtos de febre aftosa e de diarreia epidêmica suína (PEDV). O Brasil é o parceiro que poderá oferecer produto saudável e seguro ao consumidor sul-coreano.”

Requisitos sanitários

As próximas etapas a serem cumpridas entre os dois países são a apresentação de requisitos sanitários exigidos pelas autoridades sul-coreanas, a elaboração do certificado sanitário internacional e a habilitação das plantas exportadores.
 
Segundo a Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio, a carne suína de Santa Catarina foi escolhida pelas autoridades sanitárias sul-coreanas porque esse é o único estado brasileiro livre de febre aftosa sem vacinação reconhecida pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
 
Mais informações:

Assessoria de comunicação social
Inez De Podestà
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Cadastro Ambiental Rural

O Cadastro Ambiental Rural (CAR) é um instrumento fundamental para auxiliar no processo de regularização ambiental de propriedades e posses rurais.

 

Consiste no levantamento de informações georreferenciadas do imóvel, com delimitação das Áreas de Proteção Permanente (APP), Reserva Legal (RL), remanescentes de vegetação nativa, área rural consolidada, áreas de interesse social e de utilidade pública, com o objetivo de traçar um mapa digital a partir do qual são calculados os valores das áreas para diagnóstico ambiental.

Ferramenta importante para auxiliar no planejamento do imóvel rural e na recuperação de áreas degradadas, o CAR fomenta a formação de corredores ecológicos e a conservação dos demais recursos naturais, contribuindo para a melhoria da qualidade ambiental, sendo atualmente utilizado pelos governos estaduais e federal.

No governo federal, a política de apoio à regularização ambiental é executada de acordo com a Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012, que criou o CAR em âmbito nacional, e de sua regulamentação por meio do Decreto nº 7.830, de 17 de outubro de 2012, que criou o Sistema de Cadastro Ambiental Rural – SICAR, que integrará o CAR de todas as Unidades da Federação.

Na Amazônia, o CAR já foi implantado em vários estados, constituindo-se em instrumento de múltiplos usos pelas políticas públicas ambientais e contribuindo para o fortalecimento da gestão ambiental e o planejamento municipal, além de garantir segurança jurídica ao produtor, dentre outras vantagens. O Ministério do Meio Ambiente tem trabalhado ativamente para a implementação do CAR na região, por meio de projetos tais como: Projeto de Apoio à Elaboração dos Planos Estaduais de Prevenção e Controle dos Desmatamentos e Cadastramento Ambiental Rural; Projeto Pacto Municipal para a Redução do Desmatamento em São Félix do Xingu (PA) e Projeto de CAR, em parceria com a TNC (The Nature Conservancy), este último, encerrado em dezembro de 2012.

Além desses, o MMA, em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), desenvolveu programa específico voltado às instituições públicas e privadas interessadas em elaborar projetos de de CAR, no âmbito do Fundo Amazônia, cujo gestor é o próprio banco.

Para mais informações sobre o CAR, acesse o site www.car.gov.br

Rondônia tem safra recorde de mais de 1,6 milhão de toneladas de grãos em 2015

Caminhando a passos largos para finalizar os resultados de uma safra recorde de grãos, que deve ultrapassar 1,6 milhão de tonelada, o Governo de Rondônia está comemorando este desempenho como uma resposta ao cenário de crise nacional, enfrentada no estado com trabalho e medidas de incentivo à produção, que mantém e até amplia as marcas da economia local.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), previsão é de que nesta safra Rondônia reforce seus estoques com uma colheita de 744 toneladas de soja, 693 mil toneladas de milho, 119 toneladas de arroz, 83 mil toneladas de café, além de uma considerável produção de feijão, confirmando uma safra superior em praticamente em todos as culturas.

Ao apresentar os números da produção rondoniense, o secretário da Agricultura (Seagri), Evandro Padovani, disse não há crise que suporte o trabalho arrojado aliado à criatividade, onde se inclui o emprego de medidas de incentivo à produção, entre elas o programa de apoio aos pequenos produtores rurais com serviço de hora máquina para destoca, limpeza e gradagem, que resgata áreas degradadas (capoeiras), incorporando-as à área de produção de lavouras, sem a necessidade e abertura de novas áreas, e a distribuição de calcário (municípios) para atender esses pequenos produtores, entre outras.

Além dessas e outras medidas, como o Cartão Mais Sementes, por exemplo, que é outro instrumento de alcance da política de incentivo à produção rural do Estado, o secretário citou importantes investimentos feitos pelo Governo sozinho ou em parcerias, que permitiram a utilização de recursos tecnológicos tanto na pecuária (melhoramento genético), produzindo animais de excelente linhagem, com carcaça e acabamento precoce, como na agricultura, com o desenvolvimento de variedades de culturas resistentes a pragas e intempéries e de alta produtividade, como o café clonal (BRS Ouro Preto, desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa/RO), que são responsáveis pelo salto na produção e na produtividade na agropecuária rondoniense.

550 MIL TONELADAS DE CARNE

Padovani salienta todas essas iniciativas de incentivo à produção no campo têm a marca do interesse e preocupação do governo de Rondônia, cujo resultado é a produção de 1,628 milhão de toneladas de grãos nesta safra, e um salto considerável na produtividade da pecuária, que vai fechar o ano com uma produção de mais de 550 mil toneladas de carne de excelente qualidade e segurança sanitária.

Segundo dados da Seagri, o plantel da bovinocultura rondoniense é de 13 milhões de cabeças, e nesta safra (até novembro/2015), estimulado pela demanda do mercado interno e externo, já foram abatidas pouco mais de dois milhões de cabeças, o que representa cerca de 550 mil toneladas de carne, o principal produto da pauta de exportações de Rondônia, demanda que vem aumentando gradativamente pela qualidade e nível de satisfação dos mercados que atende fora do Brasil.

CRESCE A PRODUÇÃO DE FRANGOS

O titular da Seagri disse ainda que a criação de frango é outra área da produção econômica rondoniense que cresceu bastante e já desponta como fator importante na balança comercial do Estado. Segundo ele, a qualidade da produção de carne de frango está agradando consideravelmente o mercado externo, o que justifica, nesta safra, o abate de nada menos de 11 milhões de cabeças, que se destinam tanto ao mercado interno como externo.

Para o secretário, tão importante quanto os resultados que o Estado vem obtendo com sua política para o setor agropecuário, é a necessidade de ampliar essas ações de governo para a próxima safra, de modo que se combata qualquer sinal de crise, e se mantenha o crescimento.

Fonte:SECOM

Pesquisa desenvolve bovino tropical com desempenho superior

O Brasil acaba de ganhar os primeiros bovinos de um cruzamento industrial entre touros da raça brasileira Curraleiro Pé-Duro (Bos taurus taurus) e vacas nelore (Bos indicus indicus), de origem indiana.
 
Os animais tropicais, que serão apresentados aos produtores nos próximos meses, são o resultado de seis anos de intensas pesquisas desenvolvidas pela Embrapa e a Universidade Federal do Piauí (UFPI), com recursos próprios das duas instituições. Esse cruzamento foi o primeiro entre essas duas raças feito com metodologia científica.
 
O novo bovino, criado em pastagens nativas, impressiona pelo desempenho zootécnico superior. Ele é mais precoce que o nelore, vai mais cedo para o abate, com apenas dois anos de idade e pesando 45 quilos de carne a mais nas mesmas condições de pastagem. Já o nelore é mais tardio, estando em ponto de abate aos três anos de idade. Se for terminado em regime de confinamento, o período é reduzido em até seis meses, aumentando ainda mais o peso. As pesquisas indicaram que o novo mestiço produz 20 quilos de carne macia por 100 quilos de músculo na carcaça. Em comparação, o estudo revela que o nelore produz apenas 16 quilos.
 
“O resultado aponta maior lucro para o produtor e indústria e o consumidor terá à disposição uma carne de melhor qualidade”, diz o pesquisador Geraldo Magela Côrtes Carvalho, que coordena o trabalho. O novo animal tem mais ganho de peso em menos tempo por um aspecto que o cientista faz questão de destacar: “ele tem uma estatura menor que o nelore e, por isso, consegue se desenvolver bem em menores piquetes, garantindo uma taxa de lotação na mesma pastagem até 20{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} maior na área delimitada. Esse aspecto é muito importante para o conforto do animal”. 
 
Os testes realizados nos laboratórios da Embrapa Pecuária Sudeste, em São Carlos, no interior de São Paulo, comprovaram que a carne do animal é macia e saborosa. Foram feitos testes de maciez, acidez, perda de peso por cozimento, retenção de água e coloração, que revelaram a excelente qualidade da carne. O centro de pesquisa ainda executou testes com a pele. No Município de Timon (MA), o Frigorífico Frigotil, ,o maior do Nordeste, o mestiço passou por um exigente teste de carcaça, também com resultados positivos.
 
Em praticamente todos os aspectos, segundo Carvalho, o novo bovino apresentou um perfil diferenciado. “Ele traz a rusticidade do curraleiro pé-duro, que é adaptado ao ambiente tropical de quase todas as regiões do Brasil (calor, escassez de água e pastagens nativas); sendo ainda resistente a parasitas como verminoses, carrapatos, bernes e mosca-do-chifre”, garante. 
 
Na alimentação, ele aceita muito bem as gramíneas e leguminosas nativas, cactos, arbustos, raízes e cascas de madeira. Enquanto isso, o bovino nelore, raça trazida da Índia e já consagrada como grande produtora de carne, requer uma alimentação à base de pastagens artificiais, segundo Carvalho. “No comparativo com o nelore, o novo bovino praticamente ganha em tudo”, assegura.
 
Adaptado às mudanças climáticas
 
O pesquisador explica que o sucesso do trabalho, iniciado em  2008, foi decorrente do fenômeno natural chamado heterose ou vigor híbrido obtido do cruzamento entre raças distantes. Ele explica que a heterose é o fenômeno pelo qual os animais resultantes de cruzamentos apresentam melhor desempenho do que a média dos pais. “A maioria dos cruzamentos entre os touros curraleiro pé-duro e as vacas nelore apresentou vigor híbrido, garantindo o sucesso da pesquisa”, revela.
 
Esse projeto tem três objetivos que, se alcançados em sua plenitude, podem mudar em pouco tempo o perfil da carne bovina no Brasil. O primeiro, praticamente atingido, busca melhorar a qualidade (maciez, sabor e coloração) e a oferta da carne nas regiões tropicais. O segundo quer atingir um alvo perseguido pelos cientistas há muito tempo: disponibilizar recursos genéticos adaptados às regiões quentes. O terceiro é integrar o curraleiro pé-duro ao agronegócio, afastando a raça da ameaça de extinção.
 
Para enfrentar um possível cenário de aquecimento global, a busca pela sustentabilidade da pecuária bovina nas regiões quentes é outro pilar das pesquisas com o curraleiro pé-duro. Carvalho, que é doutor em melhoramento genético animal, aponta as duas vantagens estratégicas dessa raça para viabilizar a pecuária em ambientes desfavoráveis à atividade. “A primeira é porque ele ocupa pouco espaço, permitindo uma carga animal maior. A segunda é a rusticidade do novo mestiço que não necessita do uso de medicamentos e, por isso, eleva a qualidade da carne”, detalha.
 
O frigorífico Frigotil, com capacidade para abater cinco mil bois por dia, aposta no trabalho dos pesquisadores da Embrapa e da UFPI, segundo o gerente industrial do frigorífico, Franklin Freire. Ele vê o banco genético do curraleiro pé-duro como um avanço para o melhoramento de raças nativas que podem contribuir com oferta de carne de qualidade ao mercado. 
 
Na avaliação dele, as pesquisas devem avançar mais ainda na fase de terminação dos animais, para que eles tenham maior porte e mais ganho de peso. Na visão de Freire, para ter sucesso no mercado, o peso ideal de carcaça de um bovino resultado de cruzamento deve atingir no mínimo 17 arrobas (255 quilos), que é o peso-padrão de abate para frigoríficos industriais.
 
Pesquisa com outras raças
 
O trabalho dos cientistas utilizando o curraleiro pé-duro nos cruzamentos industriais está avançando também em outra direção. Há três anos, estão sendo feitos cruzamentos com as raças Angus Vermelho, de origem inglesa, e Senepol, desenvolvido nos Estados Unidos. Os primeiros exemplares dessas experiências têm apresentado animais com excelente performance de peso e tamanho. As avaliações de carcaça e maciez da carne começarão no primeiro semestre de 2016. Também no próximo ano, vão começar os cruzamentos entre touros do mestiço recém-desenvolvido e vacas de raças brasileiras, como a Caracu e a Crioula Lageana.
 
Tecnologias consagradas
 
Os pesquisadores usaram dois métodos de cruzamento já consagrados. Na primeira fase, foi usado o sistema de monta natural. A segunda etapa acelerou os estudos, e os cientistas passaram a utilizar a inseminação artificial com o uso da sincronia de ovulação. Nessa fase, a participação do professor Adalmir Souza, coordenador de reprodução animal da UFPI, e de estudantes de mestrado e doutorado em medicina veterinária da instituição foi decisiva para o avanço da pesquisa.
 
Eles trabalharam também na avaliação reprodutiva de machos e fêmeas e no uso das biotecnologias de reprodução, como coleta e congelamento de sêmen, embriões e fecundação in vitro. Hoje, o resultado dos estudos já está gerando várias teses de mestrado e doutorado, além de qualificar equipes especializadas em biotecnologias da reprodução animal na região Meio-Norte do Brasil.
 
A rusticidade como marca
 
A raça Curraleiro Pé-Duro foi formada no Brasil de animais vindos da Europa e chegou ao País pelas mãos dos portugueses, no período colonial. Os animais ganharam espaço, primeiramente, em fazendas dos estados da Bahia e Pernambuco. Depois, a raça foi levada para o Piauí, Maranhão, Minas Gerais e aos estados do Centro-Oeste. O Rio São Francisco teve importante papel na disseminação da raça.
 
Os exemplares que descenderam dos primeiros curraleiros pé-duro vindos de Portugal, segundo os historiadores, conseguiram se adaptar bem às condições ambientais adversas, principalmente do Nordeste. Eles suportaram longos períodos de seca, intenso calor e ataques de parasitas e insetos. Como resultado, a raça se consagrou como rústica e de fácil adaptação.
 
Hoje, o rebanho de curraleiro pé-duro no Brasil chega a quase cinco mil exemplares espalhados pelos estados do Piauí, Maranhão, Goiás, Ceará e Paraíba. O maior rebanho está concentrado no Piauí, com 3.500 exemplares, segundo a Associação Brasileira de Criadores de Bovinos Curraleiro Pé-Duro, com sede em Teresina.
 
A Embrapa mantém há 40 anos um núcleo de preservação da raça Curraleiro Pé-Duro numa fazenda experimental no Município de São João do Piauí, no sudeste do Estado. O plantel atual chega a 350 exemplares e é a base dos trabalhos de cruzamentos que são conduzidos desde 2008.
 
Mas o trabalho de conservação dessa raça é mais amplo. O Banco de Germoplasma Animal da Embrapa possui 16.853 doses de sêmen de 51 reprodutores. Destas, 12.010 doses de 35 touros estão na Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (DF), e 4.843 doses de 16 touros estão na Embrapa Meio-Norte. O banco mantém também 148 embriões de 13 acasalamentos distintos.
 
Na fazenda Faveiro, no Município de Elesbão Veloso, no centro-norte do Piauí, a 154 quilômetros de Teresina, o empresário José Ferreira Dantas Filho mantém há 20 anos núcleos de conservação de animais ameaçados de extinção. Lá, 300 exemplares de curraleiro pé-duro vêm se reproduzindo normalmente com o apoio da Embrapa.
 
Entusiasmado com a atividade, Dantas Filho, que é um dos maiores conservadores de raças nativas da região, sempre tem uma resposta na ponta da língua aos questionamentos sobre a manutenção dos núcleos: “Quero contribuir com as futuras gerações, preservando as raças que ajudaram a colonizar o Piauí e o Nordeste brasileiro, como o curraleiro pé-duro”.
 

 

Fernando Sinimbu (MTb 654/PI)
Embrapa Meio-Norte

Telefone: (86) 3198-0518

 

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

Vacas morrem ao serem atingidas por um raio na zona rural de Cacoal.

As fortes chuvas que caíram na região de Cacoal causou muitos estragos e prejuízos, principalmente na zona rural do município, onde quinze vacas morreram ao serem atingidas por um raio.

 

De acordo com os moradores do local os animais estavam em baixo de uma árvore durante o forte temporal provavelmente para se protegerem da chuva, quando a descarga elétrica atingiu a árvore e acabou matando os animais.

O fato aconteceu em uma fazenda a cerca de 30 quilômetros da cidade,  algumas das novilhas da raça nelore estavam em gestação, o proprietário da fazenda não estava no local na hora do acidente, e por enquanto não se sabe ao certo os valores do prejuízo.

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia ( Inmet), a previsão é de mais chuvas naquela região com raios e trovadas durante toda esta semana, os termômetros devem variar entre 21ºC e 32ºC.

Da redação.