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Dia de campo: ” Alternativas de cultivo para horticultura”

CONVITE:
” MELHOR DO QUE PLANTAR EXPECTATIVAS É COLHER RESULTADOS ”

 

CONVIDAMOS VOCÊ PARA PARTICIPAR DO DIA DE CAMPO

NO DIA 01/04/2016
LOCAL: UNIDADE DEMOSTRATIVA SR. ARNALDO MENDES
RAMAL NITEROI/MARAVILHA, KM 3,5
HORARIO: 08:00H ÀS 14:00H

PROGRAMAÇÃO:
– CONSTRUÇÃO DE CANTEIROS – (Gonzaga – Emater)
– PRODUÇÃO DE MUDAS – (Maia ASA)
– PRODUÇÃO DE BIOFERTILIZANTES E COMPOSTAGEM – (Gonzaga)
– CONTROLE DE PRAGAS E DOENÇAS – (Marcos – Emater)
– DEMOSTRAÇÃO DE EQUIPAMENTOS E MÁQUINAS – (Everson – Agromotores)
– IRRIGAÇÃO – ( Everson – Agromotores)
– TECNICAS DE PRÁTICAS CULTURAIS – (Gonzaga – Emater)
– VISTORIA TÉCNICA – (Júnior – Sema)

REALIZAÇÃO: SEMAGRIC

APOIO:
AGROMOTORES E EMATER-RO

Vereador Dim Dim pede a recuperação da linha 101

O vereador Dim Dim fez um apelo ao Departamento de Estradas e Rodagem (DER-RO) para que faça a recuperação urgente da Linha 101 que dá acesso ao distrito de União Bandeirantes.

Segundo o vereador, a via foi muito utilizada no desvio de veículos que seguiam para Guajará-Mirim, na época da enchente que trancou a BR-364, em 2014. A cheia passou, e a estrada hoje está totalmente esburacada.

“Aquela estrada foi de grande valia para os veículos durante a enchente porque fazia o atalho até Nova Mamoré e Guajará-Mirim. O DER-RO precisa recuperá-la porque União Bandeirantes padece com ela na situação em que se encontra”, disse.

Fonte/Foto: Assessoria

Pesquisas podem ajudar a salvar línguas indígenas da extinção

No Brasil são faladas, pelo menos, 181 línguas indígenas. Mas esse número já foi bem maior – estima-se que, antes da chegada dos europeus, mais de 1.500 línguas fossem faladas no território que viria a se tornar o país, sendo gradativamente extintas ao longo de cinco séculos. Para compartilhar estratégias de pesquisa que ampliem o conhecimento sobre esse patrimônio linguístico e cultural e ajudem a preservá-lo, mais de 100 cientistas de 10 países estão reunidos desde 21 de março até 2 de abril, no Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), durante a Escola São Paulo de Ciência Avançada Putting Fieldwork on Indigenous Languages to New Uses, realizada com o apoio da FAPESP.

A língua materna de Mutua Mehinaku, descendente do povo Kuikuro, é uma das que correm risco de desaparecer. Nascido na região do Parque Indígena do Xingu, no Mato Grosso, Mehinaku tem mestrado em Antropologia Social no Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e estuda o pluralismo linguístico no Alto Xingu. De acordo com ele, 700 índios falam kuikuro, sendo que os critérios internacionais determinam que uma língua corre risco de extinção se falada por menos de mil pessoas.

“Se comparada a outras línguas indígenas, faladas por algumas dezenas de pessoas e com poucos estudos a respeito, a nossa está relativamente segura. Mas, quando se trata de um patrimônio tão importante e sensível quanto a sua cultura, é preciso se cercar de cuidados para que ele não siga ameaçado. Por isso as pesquisas na área são tão importantes”, disse durante a ESPCA.

Para Angel Humberto Corbera Mori, professor do IEL, pesquisador de línguas arawak, faladas no Parque Xingu, e editor do periódico Línguas Indígenas Americanas (Liames), pode-se dizer que o risco de extinção se estende a praticamente todas as outras línguas indígenas faladas no Brasil.

“De 181 línguas, pelo menos 115 são faladas por menos de mil pessoas. Algumas poucas, como tikuna, língua nativa falada por um povo que habita territórios do Brasil, do Peru e da Colômbia, e terena, falada na região do Mato Grosso do Sul, são compartilhadas por populações entre 20 mil e 30 mil pessoas, mas a grande maioria tem apenas algumas dezenas de falantes. Povos indígenas do Nordeste, como os potiguares e cariris, por exemplo, não falam mais sua língua e, por esse motivo, mesmo ainda praticando seus costumes ancestrais, não são vistos pela sociedade como sendo índios”, contou.

De acordo com Corbera Mori, a cada duas semanas pelo menos uma língua desaparece no mundo. No Brasil, recentemente, morreu a última falante da língua indígena xipaia, em Altamira, no Pará, e apenas dois anciões falam guató, vivendo em lugares diferentes e que não se comunicam entre si devido a distância. Para o pesquisador, a extinção dessas línguas representa também o desaparecimento de diversos conhecimentos acumulados ao longo de séculos.

“Não é uma riqueza material, como o ouro ou o diamante, mas, quanto mais diversidade cultural um país possui, mais rico ele é em conhecimento. Os índios mais velhos dominam toda uma diversidade de nomes de pássaros, cobras, plantas que são usadas na medicina tradicional, entre outras informações que seriam de grande utilidade para a compreensão e a conservação da natureza. A perda desse conhecimento da fauna e da flora é também uma perda científica”, destacou.

Nesse sentido, ressaltou Maria Filomena Spatti Sandalo, também professora do IEL e coordenadora do evento, “compartilhar metodologias e experiências de pesquisa bem-sucedidas com línguas nativas de diferentes regiões do planeta pode contribuir para avançar no conhecimento sobre aquelas faladas no Brasil e na América do Sul”.

Neologismos contra a “caraibização”

Se no período da colonização as línguas indígenas desapareciam junto com seus povos, dizimados por doenças trazidas pelos colonizadores e pelo extermínio direto, hoje o maior risco que enfrentam é o que o povo Kuikuro chama de katsagaihakijü: a “caraibização” ou “transformação em caraíba”, em referência ao termo indígena usado para designar o colonizador europeu.

“Isso se dá pelo contato direto com o idioma português, que ocorre não só por uma exposição natural, mas pela falta de proteção dos territórios indígenas, pela invasão por madeireiros, fazendeiros, narcotraficantes e até mesmo na escola, já que os jovens têm mais interesse em aprender o português do que a língua dos seus pais e avós”, explica Mori.

De acordo com Mehinaku, foi essa influência sobre sua língua nativa que o motivou a se aprofundar no estudo do kuikuro.

“Inicialmente eu observava o trabalho de linguistas na minha tribo, dedicados ao estudo desse processo, mas eles não estarão ali para sempre. Então, passei a me aprofundar na língua que falamos para entender como o surgimento dessas palavras estrangeiras poderia comprometê-la. É diferente um idioma amplamente falado sofrer influência de outro. Quando somente algumas centenas falam essa língua, o risco de essa influência contribuir para sua extinção é grande”, avalia.

O pesquisador se dedicou, então, a o que seu povo chama de tetsualü – em kuikuro, qualquer mistura. No mestrado, o termo foi utilizado fazendo referência aos processos de transformação da língua e das histórias individuais e coletivas das tribos.

A “mistura” alto-xinguana foi investigada por Mehinaku seguindo dois eixos: um do amálgama, a partir do estudo de casamentos interétnicos e do multilinguismo presente nos cantos rituais, e outro da diferenciação, sobre como surgiram as línguas dos diversos povos do mundo e emergiram as diferenças dialetais que distinguem as etnias Karib do Alto Xingu – hoje, por sua vez, em vias de se misturar.

Segundo ele, o princípio do tetsualü ganhou novo sentido e outra complexidade com a entrada do português nas línguas e na vida das aldeias do Alto Xingu, levando ao surgimento de neologismos em kuikuro, como o uso da palavra pagaka para se referir a “barraca”, pasia para “bacia” e pisa para “pinça”.

“Esses neologismos sofreram influência do português, mas são kuikuro. É a língua se reinventando e permanecendo viva”, destacou.

Os dados apresentados na dissertação de mestrado de Mehinaku e que serviram de base empírica para o trabalho vieram, em parte, dos conhecimentos nativos do autor, que pertence a duas das etnias do Alto Xingu: Kuikuro por parte da mãe e Mehinaku do pai, povo que fala a língua arawak. Também foram feitas entrevistas e coletas de depoimentos, discursos e narrativas na aldeia kuikuro de Ipatse.

Filogenética turbinada

Em outra frente de pesquisa, cientistas trabalham no desvendamento do passado das línguas indígenas para entender como elas se formaram e, como consequência, ajudar no desenvolvimento de estratégias para sua preservação.

Giuseppe Longobardi, do Departamento de Linguística da Universidade de York, na Inglaterra, apresentou no IEL o novo método por ele desenvolvido para comparar, com a ajuda de softwares, sistemas sintáticos de línguas diferentes, estabelecendo eventuais parentescos entre elas: o Parametric Comparison Method (PCM).

“O método histórico-comparativo tradicional, utilizado desde o século 19, permitiu à pesquisa na Europa retroceder até a língua protoindo-europeia, o ancestral comum das línguas indo-europeias. Nas Américas, onde as línguas indígenas não possuem registros escritos significativos e prevalece a tradição oral, ainda não foi possível ir tão longe, havendo apenas noções das famílias linguísticas, mas não muito claras quanto aos parentescos entre elas”, contou.

A filogenética, metodologia usada para a análise evolutiva das línguas, já contava com o auxílio de softwares que relacionam palavras para determinar parentescos linguísticos, mas o recurso é limitado por conta do que os pesquisadores chamam dos empréstimos – como a palavra “deletar”, adaptada do inglês para o português. Isso pode fazer com que famílias sem conexão sejam vistas como parentes sem que tenham, de fato, essa relação.

O método PCM realiza comparações entre as gramáticas das línguas, mais estáveis que as palavras isoladas. A gramática de uma língua trata de sua morfologia, o estudo da estrutura, da formação e da classificação das palavras, e da sintaxe, a disposição delas na frase e a das frases no discurso, assim como as relações lógicas entre elas.

“O pressuposto do método é que os parâmetros sintáticos são mais adequados do que outros para fins de comparação linguística e reconstrução histórica, pois são capazes de fornecer correspondências inequívocas e medidas objetivas. Experiências com 26 variedades indo-europeias contemporâneas comprovaram que o PCM é capaz de identificar corretamente as relações genealógicas de línguas modernas”, afirmou.

O método também foi experimentado no IEL com uma língua guaikuru e outra karib, ambas de tradição oral, comprovando-se eficiente mesmo na ausência de registros escritos. Para compensar essa falta, os pesquisadores desenvolveram um questionário de gramática que auxilia na coleta dos dados gramaticais diretamente com os índios, muitos deles professores das línguas em suas tribos.

A aplicação do formulário vem sendo demonstrada em sessões de hands on na programação da ESPCA Putting Fieldwork on Indigenous Languages to New Uses, que conta também com cursos sobre línguas e culturas do Brasil, anotação sintática e corpora orais digitais, métodos experimentais e computacionais em Fonologia e Morfologia e experimentações semântica, entre outros.

Diego Freire | Agência FAPESP

foto: Mutua Mehinaku no Alto Xingu/Acervo pessoal

Grupos de trabalho atuam para ampliar a produção e melhorar preço da castanha comercializada pelos povos indígenas e extrativistas

Quatro grupos de trabalho com técnicos de órgãos dos governos de Rondônia e federal já atuam para fortalecer a cadeia de produção e comercialização da castanha-do-Brasil explorada por comunidades das reservas indígenas e extrativistas do Estado.

A ideia, segundo o vice-governador Daniel Pereira, é ampliar a produção nas unidades ambientais que podem ser utilizadas de forma sustentável, contribuindo com estratégias de desenvolvimento econômico pautadas na manutenção da floresta e apoio às populações que nelas vivem.

Para isso, os grupos de trabalho desenvolvem ações. O objetivo de imediato, destacou o assessor técnico da Vice-Governadoria, engenheiro florestal Flávio Augusto Tiellet, é quase dobrar a produção da castanha, hoje em torno de 1.700 toneladas; melhorar o preço, saindo de R$ 2,40 – valor pago por atravessadores – para R$ 4,80 o quilo e incluir a castanha no cardápio da merenda escolar.

“Os povos indígenas que se organizaram antecipam a comercialização junto à Conab,  conseguem manter estoque da castanha e estão obtendo remuneração melhor. Rondônia tem potencial, e para que outras reservas consigam o mesmo valor no preço da castanha é preciso se organizar, sair da mão de atravessadores. Isso gera impacto positivo na economia local”, afirma Flávio.

Flávio coordena os grupos de trabalho que devem apresentar ações dentro de quatro linhas de atuação no dia 26 de abril, próximo encontro dos técnicos com a Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) Pacto das Águas, que atua no apoio ao manejo e à comercialização da castanha por povos indígenas e extrativistas de Mato Grosso e Rondônia. O último encontro ocorrido no Estado foi no início de março, quando foram organizadas as linhas de atuação e as instituições envolvidas em cada uma delas.

“Já realizamos quatro reuniões para tratar da exploração da cadeia produtiva da castanha, e na última delas definimos que ações práticas devemos adotar em cada linha de atuação, que são mercado institucional; programa de boas práticas, que envolve manejo, plantio, armazenamento e beneficiamento da castanha; implementação de infraestrutura e formalização do mercado de castanha”, diz Flávio.

Entre os compromissos pactuados na linha que trata do mercado institucional Flávio destaca a definição de um recurso específico para se incluir no orçamento destinado à implantação de um Programa de Aquisição de Alimentos estadual, sob a responsabilidade da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), e a regulamentação do PAA, que deve ser definida ainda neste mês. Outro compromisso, sob a responsabilidade da Pacto das Águas e Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam) é a apresentação de uma proposta para viabilizar o mercado da castanha na região do Vale do Guaporé.

BOAS PRÁTICAS

“Em relação à infraestrutura, Rondônia tem logística de estrada boa, muito superior a estados da Amazônia, mas queremos melhorar, promover acesso às unidades de conservação de uso sustentável, aos castanhais, ver onde tem de construir uma ponte, passar cascalho, para que o acesso ocorra de fato durante todo o ano”, diz Flávio, confirmando a necessidade de construir entrepostos, um deles em Costa Marques.

No grupo que trata do programa de boas práticas, existe a proposta de capacitar 850 castanheiros, oferecendo-se assessoria técnica para a organização social de nove associações, durante três anos, sob a responsabilidade da Pacto das Águas e Coordenação de Unidades de Conservação (CUC) da Sedam.

Na formalização do mercado da castanha, o grupo de trabalho estuda a concessão de inscrição estadual pelas associações e concessão de isenção tributária para a castanha comercializada fora do Estado. Deste grupo participaram técnicos da Superintendência de Assuntos Estratégicos (Seae), Ministério do Meio Ambiente e Ministério Público Federal.

Os órgãos envolvidos na articulação feita pela Vice-Governadoria para se ampliar a cadeia produtiva da castanha-do-Brasil são ainda a Secretaria de Finanças (Sefin); da Educação (Seduc); a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater); o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e Assembleia Legislativa. Além deles, são parceiros órgãos federais como a Embrapa, ICMBiio, Funai e Ministério Público Federal.

“Após a Páscoa queremos reunir os responsáveis por cada grupo para verificar como as ações elencadas na última reunião estão encaminhadas, o que já foi feito”, afirma Flávio Augusto.

 Texto: Mara Paraguassu
Fotos: Daiane Mendonça
Secom – Governo de Rondônia

Manual de Boas Práticas de Fabricação vai garantir qualidade nos produtos da agroindústria em Rondônia

Médicos veterinários da Emater-RO participaram, no auditório do antigo prédio da instituição em Porto Velho, do curso “Como elaborar manual de boas práticas de fabricação”.

Boas práticas de fabricação são medidas obrigatórias para qualquer processo de produção e tem que estar de acordo com os princípios preestabelecidos pelos órgãos reguladores.

O curso é uma iniciativa do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de Rondônia (CRMV-RO) que, em parceria com a Emater-RO, busca garantir a qualidade dos produtos fabricados em Rondônia, principalmente nos que se referem às indústrias de alimentos. Para isso, trouxe a médica veterinária, sanitarista e secretária geral do CRMV-PB, Valéria Rocha Cavalcanti, mestre em ciências e tecnologia de alimentos e saúde pública para, durante dois dias, repassar seus conhecimentos aos médicos veterinários de Rondônia

Para o diretor-presidente da Emater-RO, Luiz Gomes Furtado, esta é uma oportunidade de qualificar a participação da empresa no desenvolvimento das agroindústrias no estado. “Com o programa de incentivo implantado pelo governo estadual nestes últimos anos, as agroindústrias de origem familiar ganharam força e já somam mais de 500”, diz o diretor-presidente.

O decreto que regulamentou o Programa de Verticalização da Pequena Produção Agropecuária do Estado de Rondônia (Prove-RO) também designou a Emater-RO como responsável técnica pelo processamento das matérias primas nas unidades de agricultura familiar. São os extensionistas que orientam os agricultores no processamento de seus produtos. Com a participação no curso, esses técnicos responsáveis estarão capacitados para elaborar um manual de boas práticas de fabricação atualizados de acordo com as normas vigentes e que garantirão a qualidade dos produtos oriundos da agricultura familiar.

VITRINE DE PRODUTOS
O Prove trouxe grandes perspectiva para o produtor rural que trabalha com sua família nas pequenas propriedades. O incentivo dado para a implantação de novas agroindústrias fez com que muitos investissem no beneficiamento da produção na busca de um mercado mais efetivo. Com isso, a agroindústria familiar está ganhando força no estado e fora dele.

Outra expectativa está na participação das agroindústrias familiares na 5.ª Rondônia Rural Show. Durante a feira, elas estarão apresentando seus produtos para todo o estado, mas terão oportunidade também, de abrir possibilidades de negócio com representantes de outros países que já garantiram presença no evento. “Será uma vitrine de produtos de Rondônia produzidos pela agricultura familiar, com verdadeira oportunidade de negócios”, enfatiza Furtado.

A 5.ª Rondônia Rural Show será realizada em Ji-Paraná, no período de 25 a 28 de maio.

Texto: Wania Ressutti
Fotos: Irene Mendes
Secom – Governo de Rondônia

Lei que regulamenta a execução de medidas para erradicar búfalos do Vale do Guaporé é sancionada

A regulamentação de medidas para erradicar búfalos do Vale do Guaporé virou lei, sancionada pelo governador Confúcio Moura, conforme publicação no Diário Oficial de Rondônia.

Com 58 artigos, a lei nº 3771 resulta de um longo estudo elaborado por representantes de treze instituições com o propósito de deter o impacto que os animais vêm causando à Reserva Biológica Guaporé.

Os búfalos estão provocando desequilíbrio ecológico na região. Além de alterar o curso de rios, eles são ameaça aos mamíferos e répteis, e a toda a fauna existente, ocasionando, segundo a biológa da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), Anita Ho-Tong Thomaz, a perda de nichos ecológicos das aves. “Há desvio do leito dos rios e muitas árvores tem sido derrubadas”, complementa a bióloga.

Os búfalos existentes em Rondônia vieram da Ilha de Marajó (PA) para Rondônia na década de 50. Eram 66 animais, e não se sabe ao certo quantos seriam hoje.  A Embrapa Pantanal, em estudo de 2005, coordenado pelo pesquisador Ricardo Gomes Pereira, calculou em cinco mil animais. Eles foram colocados na fazenda Pau d” Óleo, pertencente ao Estado, mas avançaram sobre unidades de conservação existentes na região.

A Assembleia Legislativa aprovou substitutivo, em 16 de março, ao Projeto de Lei Ordinária (PLO 53/2015) que institui o Regulamento de Medidas para a Erradicação de Búfalos. Foi o próprio governo estadual quem encaminhou mudanças ao projeto, após audiência pública realizada em setembro do ano passado, convocada pelo deputado Jesuíno Boabaid.

“Gradualmente serão retirados os animais, até deixar a região livre, para que de fato possa haver o desenvolvimento e a restauração das questões ambientais dentro daquelas áreas. A Fazenda Pau d’ Óleo ficará como área ecológica para fins de pesquisa dos biomas existentes, que conjuga características do Pantanal, do Cerrado e da Amazônia”, explicou o secretário-adjunto da Secretaria do Desenvolvimento Ambiental (Sedam) Francisco Sales.

Todo o processo de remoção e abate dos búfalos, conforme a lei sancionada, terá o acompanhamento da Agência de Defesa Agrossilvipastoril de Rondônia (Idaron) e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).  A comer

Texto: Mara Paraguassu
Secom – Governo de Rondônia 

Cancelados mais de cem registros gerais de pesca e licenças de pescadores profissionais

O Diário Oficial da União  publicou três portarias cancelando 111 registros gerais de pesca e licenças de pescadores profissionais. As portarias 6, 7 e 10 foram editadas pela Secretaria de Monitoramento e Controle da Pesca e Aquicultura do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Dos 111 cancelamentos, 98 foram a pedido, 14 por recomendação ou decisão judicial, três por óbito e uma por falta de comprovação do exercício da atividade de pesca para fins comerciais.

De acordo com a secretaria, o cancelamento de registro geral de pesca e licenças de pescadores profissionais é uma atividade rotineira e mostra preocupação do Mapa com a transparência na emissão desses documentos.

Nos casos de licença de pescador profissional, novo requerimento para obter o documento só poderá ser apresentado após 24 meses do cancelamento efetivado.

Clique aqui e aqui para ver as portarias números 6, 7 e 10.

Mais informações à imprensa:
Assessoria de comunicação social
imprensa@agricultura.gov.br

Prazo para envio de dados sobre estoque privado de arroz é prorrogado

As indústrias, cooperativas, associações e armazenadores de arroz terão um tempo maior para entregar o levantamento dos estoques privados do produto realizado anualmente pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

O prazo final para envio do documento foi prorrogado para dia 31 deste mês.

O levantamento é feito anualmente pela Conab e contribui com o planejamento governamental e o fomento da produção e da produtividade agrícola, além da regularidade do abastecimento alimentar.  O documento deve ser enviado para a Companhia pelos Correios ou pelo e-mail estoque-privado@conab.gov.br.

As informações deverão ser referentes aos estoques até a data base de 29 de fevereiro de 2016, sem que se contabilize a nova safra. Mesmo que os armazenadores não possuam estoques na data de referência, o formulário deve ser preenchido e devolvido para a Companhia. Os volumes devem ser informados separadamente, por unidade armazenadora, cadastrada ou não, e por tipo – casca ou beneficiado.

Este ano, foram entregues cerca de 2,4 mil questionários nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, onde está concentrada a maior parte da produção nacional de arroz. 

Mais informações para a imprensa:
Gerência de Imprensa
(61) 3312-6338/ 6344/ 6393/ 2256
imprensa@conab.gov.br

Ministério destinará R$ 32 milhões para operações coletivas do seguro rural da soja

Novas regras para a modalidade estão valendo a partir desta segunda-feira (21).

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) estabeleceu novas regras de contratação coletiva do seguro rural para a soja. A resolução nº 48 do Comitê Interministerial do Seguro Rural (CGSR), que regulamenta os procedimentos a serem adotados pelo Mapa, foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (21).

A contratação coletiva é uma modalidade em que os agricultores podem negociar as taxas de prêmio e as condições das apólices através de entidades representativas de sua escolha. Estas entidades devem organizar os produtores em listas a serem cadastradas no Ministério da Agricultura. As primeiras regras desse tipo de contratação de seguro rural foram editadas em agosto do ano passado.

Nessa segunda edição, o governo federal aumentou o valor destinado para as operações coletivas, que contarão com R$ 32 milhões – na edição passada, foram previstos R$ 30 milhões. O atual volume de recursos poderá atender até 40 listas de beneficiários. Antes, o limite era de apenas seis listas.

Houve mudança no valor máximo por lista de produtores, que agora é de R$ 800 mil, com exigência de no mínimo 200 produtores ou 20 mil hectares para cada lista. Já no modelo anterior de contratação, o limite máximo de subvenção era de R$ 2,5 milhões por lista, com ao menos 500 produtores ou 50 mil hectares em cada.

Taxas melhores

“A negociação coletiva continua sendo atrativa para o produtor, porque aumentamos o número de listas. Além disso, as taxas praticadas e a qualidade dos produtos contratados coletivamente são melhores em relação ao modelo tradicional”, destaca o diretor de Crédito, Recursos e Riscos do Mapa, Vitor Ozaki. Ele lembra que quanto maior o número de sojicultores – ou quanto maior o somatório da área de determinada lista -, maior a possibilidade dessa lista ser classificada e de se assegurar a subvenção aos produtores.

Para participar do processo, o agricultor não poderá estar em mais de uma lista, lembra Ozaki. “Também há a possibilidade de agrupamento entre entidades pequenas para atingir o número mínimo de produtores ou área determinada para as listas. Além disso, uma entidade pode encaminhar ao Mapa quantas listas quiser.”

Os produtores que já contrataram o seguro rural também podem participar de uma lista e concorrer à subvenção. Segundo Ozaki, os agricultores que eventualmente não forem contemplados poderão tentar o acesso à subvenção pelo modelo tradicional. O processo de cadastramento, iniciado agora, deve ir até o final de maio.

O Diário Oficial da União também publicou a resolução nº 49 do CGSR, que regulamenta os procedimentos a serem adotados pelas seguradoras habilitadas no Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) nos casos de devolução da subvenção federal, provenientes de cancelamentos ou alterações nas apólices contratadas.

O texto determina que quaisquer valores que venham a ser devolvidos ao segurado – por recebimento indevido, recebimento maior, cancelamento da apólice, redução da cobertura ou por qualquer outro motivo – devem ter o percentual correspondente à subvenção recolhido à União.

Mais informações à imprensa:
Assessoria de comunicação social
Inez De Podestà
imprensa@agricultura.gov.br

Alface limpa de horticultores da zona leste abastece Restaurante Prato Cheio e merenda escolar em Porto Velho

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Duzentos pés de alface hidropônica vendidas a R$ 1,50 a unidade saem diariamente da Chácara Viana, no Bairro Ronaldo Aragão [zona leste de Porto Velho], para abastecer o Restaurante Popular Prato Cheio, a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Marcos Freire e a Feira da Emater, a cada final de mês.

“Já plantei cheiro verde, quiabo, couve e cultivei um pouco de abóbora, mas me concentro nessa alface, porque ela é muito procurada; algumas pessoas vêm comprar aqui”, conta o horticultor Ari Pereira. Nascido em Cândido Mendes (MA), ele veio com oito anos de idade para Porto Velho, e há 16 iniciou sua horta.

A 18 quilômetros do Centro de Porto Velho, a Chácara Viana tem área de um hectare, 34 canteiros, e é administrada por Ari e sua esposa, Nilsen Viana, rondoniense de Guajará-Mirim. Eles também já criaram peixe piau em tanques naturais, mas preferiram desenvolver a horticultura.

A pequena propriedade tem ainda um plantel com dezenas de galinhas e frango caipiras, para o sustento da família. O casal colhe ainda mangas, jacas e noni [Morinda citrifolia], considerada planta “cura tudo”. É originária do sudeste asiático, espalhou-se pela Ásia Meridional, ilhas do Oceano Pacífico, Polinésia Francesa, Porto Rico e mais recentemente a República Dominicana.

EMATER APOIA

A técnica de plantio por hidroponia [técnica de cultivar plantas sem solo, dentro de estufa, com raízes suspensas] é difundido pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) no Setor Chacareiro de Porto Velho e no interior de Rondônia. “Se eu tenho concorrentes? Tenho sim, essa hidroponia virou febre”, ele relata.

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Uma das vantagens da técnica de hidroponia é o controle das condições climáticas dentro da estufa

Além da alface, o público consumidor de Porto Velho já dispõe de outros alimentos hidropônicos, entre eles, couve manteiga, escarola (chicória) e almeirão.

Para o preparo de 1,5 mil refeições/dia, o Restaurante Prato Cheio adquire diariamente 35 quilos de verdura, informa a nutricionista Taís Souto, chefe da equipe do Restaurante Prato Cheio, no Bairro Tancredo Neves.

A palavra hidroponia vem do grego, dos radicais hydro = água e ponos = trabalho. É do poço semi-artesiano de 14 metros que o casal retira água limpa para usar no berçário [sementeira].

Como todo vegetal necessita dos nutrientes retirados da terra, as técnicas de hidroponia visam suprir essa carência através da adição de fertilizantes solúveis na água.

Segundo Ari Pereira, os únicos problemas no período chuvoso seguido de mormaço e com umidade em oscilação é o aparecimento de lagartinhas e pinta preta, as duas únicas pragas que atacam no Setor Chacareiro de Porto Velho. “Mas no verão não tem nada disso, e a gente trabalha 100{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} sem elas, colhendo o melhor produto”, ele comenta.

VANTAGENS

Quando a técnica é usada de forma correta, os nutrientes e outras propriedades do alimento são semelhantes aos dos cultivados de maneira tradicional (na terra).

Augusta Aruda  (1)

Antonia da Silva: alface, mandioca e plantas medicinais

Vantagens da hidroponia: 1) Controle das condições climáticas dentro da estufa. Os vegetais não são atingidos por chuvas, ventos, geadas, seca. 2) Diminuição significativa na ação de pragas e insetos. 3) Menor uso de defensivos agrícolas. 4) Uso de espaço reduzido para o cultivo. Os vegetais são colhidos mais limpos.

MANDIOCA E ERVAS

“O que botá na terra aqui, nasce”, constata Antônia da Silva Arruda, outra maranhense vizinha de Ari.

Em sua chácara na Linha Rio Verde, no mesmo bairro, ela colhe alface, jiló, mandioca e maxixe. “Eu tempero arroz branco com macaxeira, alfavaca e tucupi, fica uma gostosura”, diz sorrindo.

Antonia trouxe para Porto Velho um pouco dos costumes maranhenses. Além do aproveitamento diário da mandioca [originária da região de Porto Velho, há mais de dez mil anos, conforme DNA da Embrapa Biotecnologia] na cozinha, planta e distribui alfavaca, capim cidreira e malva.

Texto: Montezuma Cruz
Fotos: Esio Mendes
Secom – Governo de Rondônia