Início Site Página 181

Atingidos pela enchente de 2014 terão assistência técnica garantida pela Emater em comunidade de Porto Velho

O I Fórum Comunitário União para Crescer, realizado no Projeto de Assentamento Nova Cavalcante, na região do Baixo Madeira, reuniu profissionais e representantes de diversos segmentos entre os quais: Superintendência de Assuntos Estratégicos (Seae), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-RO) e Coordenadoria de Ações Emergenciais (COAE), entre outros, para discutir ações de atenção à comunidade atingida pela enchente de 2014.

O Fórum é uma das ações do Projeto Reviver, que integra o Plano Integrado de Reconstrução e Prevenção de Desastres, do governo estadual, e visa promover o desenvolvimento sócioterritorial das comunidades. “A ideia é captar a diversidade de conhecimentos, perspectivas e ideais dos participantes, além de proporcionar uma motivação para a ação, gerando coesão e um trabalho produtivo”, explica a coordenadora COAE, Zilene Santana, Silva Rabelo.

O evento contou com a participação da comunidade de São Carlos e arredores para fazer um levantamento das causas, problemas e efeitos daquela população que ainda se encontra em situação precária, após perderem tudo com a cheia do Rio Madeira. “Hoje eles estão vivendo de favor em casa de amigos e parentes e recebem o auxílio social oferecido pelo governo, para seu sustento”, diz Irisvone Magalhães, Assessora Estratégica da Emater-RO.

Uma das estratégias na busca do desenvolvimento social e econômico para a comunidade está no loteamento de uma nova área, adquirida pelo município, para assentar 300 famílias. A área está em fase de regularização dos terrenos para, posteriormente, serem entregues a cada família um lote medindo, em média, 1.250m2 (25m x 50m).

Segundo Irisvone Magalhães, a área que será loteada e dará origem à nova vila de assentados era uma fazenda que foi adquirida pelo município. “É uma área de terra produtiva e rica na produção de dendê e frutíferas”, diz a assessora, explicando que a Emater-RO já se predispôs a viabilizar assistência técnica visando o dar início à novas alternativas de produção com intuito de consumo e geração de renda.

Texto: Wania Ressutti
Fotos: Arquivo Emater-RO
Secom – Governo de Rondônia

Implantada Vitrine tecnológica do Cacau em Porto Velho

Os agricultores de Porto Velho e região já podem sonhar com lavouras de cacau de alto rendimento. Isso porque a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), a Empresa de Assistência e Extensão Rural (Emater-RO) e a Secretaria de Estado da Agricultura, estão investindo em um projeto que promete produtividades acima de três mil quilos de amêndoas secas por hectare. Pelo menos um milhão de mudas selecionadas de cacau serão doadas pela Secretaria Municipal de Agricultura (Semagric) de Porto Velho, conforme prometeu o secretário Leonel Bertoline, a agricultores familiares interessados na cultura.

A principal estação de pesquisa do cacaueiro na Amazônia Ocidental pertence à Ceplac, e está localizada em Ouro Preto do Oeste. Já o município com maior área plantada é Jaru, que cultiva a espécie, desde sua criação, como projeto integrado de colonização Padre Adolfo Roll, no inicio da década de 70. No entanto, suas lavouras tradicionais produzem pouco mais de mil quilos de cacau por hectare.

A proposta apresentada aos produtores da capital e municípios da região é a reprodução de clones de plantas nacionais ou trazidas do Equador, e devidamente testadas nas estações de pesquisa da Ceplac na Bahia e em Ouro Preto do Oeste.

Os testes confirmaram resultados excelentes de oito clones de alta produtividade, entre eles dois clones se destacam pela produtividade e resistência. São eles os clones originários do Equador ccn 51 e ccn10, segundo Alberto Quintans, diretor de Extensão Rural da Ceplac.

“Talhões com estes clones foram plantados numa área da fazenda Bem Tivi, na BR 364 na saída para Rio Branco, a área plantada servirá de referência para os agricultores locais, uma vitrine tecnológica e uma estação de multiplicação desse material genético, pois dali serão tiradas hastes para produção de mudas através da técnica da enxertia”, explicou o superintendente da Ceplac, Cacildo Viana.

A área onde está sendo implantada a vitrine tecnológica foi plantada com mudas de banana, no fim do ano de 2015, para servir de sombreamento provisório para as mudas de cacau que estão sendo plantadas somente agora. Para que as plantas transplantadas não sofram com a estiagem que se avizinha, todas as mudas recebem pelo menos dois litros de hidrogel na cova, para auxiliar na manutenção da umidade do solo. Depois a lavoura será irrigada com água servida, retirada dos tanques de piscicultura da fazenda, adiantou Carlindo Pinto, coordenador do projeto na fazenda.

“A assistência técnica nesse projeto e nas propriedades que aderirem a essa modalidade de cultivo será dada pela Emater-RO, e seguirá o mesmo molde do projeto oficial de cultivo do café clonal”, disse o vice presidente da Emater-RO, Francisco Mende Sá Barreto Coutinho.

Ele garantiu que as unidades de referência são modelos criados como parte da estratégia de assistência técnica coletiva que está sendo implantada no estado para atender o maior número de produtores, para que se possa cumprir uma determinação do governador Confúcio Moura, que todos os agricultores recebam assistência técnica, ainda que não haja técnicos suficientes para o atendimento individual.

 Texto: Enoque de Oliveira
Fotos: Enoque de oliveira
Secom – Governo de Rondônia

Ministério da Agricultura aprova nova forma de identificação de bovinos

Animais poderão ter brinco, botão e marca a fogo ao mesmo tempo. 

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) aprovou uma nova forma de identificação de bovinos e bubalinos junto ao Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Bovinos e Bubalinos (SISBOV). A portaria foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (20).

 

A Instrução Normativa nº 17, de 2006, já previa a marca a fogo junto com um brinco auricular como uma das formas de identificação, assim como o brinco auricular numa orelha e um botão na outra orelha.

Pela nova forma aprovada pelo Mapa, o animal pode usar conjuntamente a marca a ferro, o brinco numa orelha e o botão na outra orelha. A marca a ferro deverá ser feita em uma das pernas traseiras, na região abaixo de uma linha imaginária que liga as articulações das patas dianteira e traseira.

“O uso das três formas partiu de consulta de uma propriedade rural e não vimos restrição”, disse o coordenador da Monitoramento Estratégico, Alexandre Bastos.

O SISBOV é utilizado para a identificação individual de bovinos e bubalinos em propriedades que têm interesse em vender animais para o abate.

 

Confira aqui a portaria nº 29 do DOU.

 

Mais informações à imprensa:

Assessoria de comunicação social

Cláudia Lafetá

claudia.lafeta@agricultura.gov.br

Ampliação do prazo para o CAR discutido em reunião na Assembleia Legislativa

O presidente da Comissão de Agropecuária e Política Rural da Assembleia Legislativa, Lazinho da Fetagro (PT), em reunião realizada na manhã desta quarta-feira (20), no Plenarinho explicou que faltam apenas serem sancionadas pela presidente Dilma Rousseff as emendas estendendo o prazo do Cadastro Ambiental Rural (CAR) até 31 de dezembro de 2017.

Lazinho citou que também está prevista a possibilidade de prorrogação do CAR por mais um ano. “Só falta a assinatura da presidente. Acredito que ela assinará logo, porque todos estão cientes de que a medida é necessária para garantir a contratação de operações de crédito rural e das renegociações”, destacou o parlamentar.

O deputado Adelino Follador (DEM) afirmou que não houve tempo hábil para que os produtores de Rondônia se cadastrassem. “Seria um prejuízo imenso para todos os proprietários rurais, mas como sempre os pequenos sofreriam bem mais”, acrescentou.

O deputado Ribamar Araújo (PR) disse que ampliar o prazo do CAR é uma necessidade. Ele lembrou que não existe estrutura suficiente no poder público para cadastrar rapidamente todos os produtores.

Adelino Follador também solicitou a Lazinho que acione a Agência Idaron para que seja monitorada a saída de bezerras do Estado. “Sabemos que havia muito bezerro, mas saiu uma quantidade grande recentemente. Isso é preocupante, porque o número de matrizes diminui”, detalhou.

Lazinho da Fetagro se propôs a entrar em contato com a Idaron, explicando não haver problema na saída do excesso de bezerros. “Mas é importante ficar atento à questão”, completou.

 

ALE/RO – DECOM – [Nilton Salina]

Foto: Ana Célia

2 BPM intensifica patrulhamento e abordagens na zona rural na região Central do Estado

Foi desencadeada pelo Comandante do 2º Batalhão de Polícia Militar, Tenente Coronel Paradela, a operação, denominada “Operação Rural I”,  com os objetivos principais de coibir invasões de terras, extração ilegal de madeira e verificar veículos ilegais que trafegam na zona rural, coibindo assim roubos e furtos de veículos, além de identificar e prender foragidos da justiça que se escondem em fazendas.

A primeira etapa da Operação teve início terça-feira, dia 19, e contou com cerca de 100 policiais militares, composto por PM’s da 1ª, 2ª e 3ª Companhias de Policiamento, Polícia Ambiental e um helicóptero do NOA (Núcleo de Operações Aéreas) da Sesdec, comandado pelo major PM Sena.

Durante o trajeto, que começou na Linha 153 e se estendeu até o final da Linha 203, cerca de 80 Km após o distrito de Rondominas, às margens do Rio Machado, veículos e pessoas eram abordadas e qualificadas. Também foram detectados vários assentamentos improvisados de sem-terras, já dentro de fazendas invadidas.

O Comandante do 2º BPM, tenente coronel PM Paradela, afirmou que a Operação terá várias etapas e priorizará as zonas rurais da região Central do Estado. Além da presença de viaturas policiais intensificando o policiamento e bloqueios em locais estratégicos, policiais militares estarão fazendo contato com os moradores das áreas rurais, onde será feito um trabalho de levantamento e atualização dos logradouros para facilitar a localização em casos de emergência e acionamento da PM via 190.

O oficial também destacou que o objetivo desta ação policial  é a aproximação da Polícia Militar com as comunidades rurais.  “A atividade tem como objetivo aumentar a sensação de segurança nessas regiões, muitas são bem distantes das cidades. Esta distância é um dos motivos que contribui para o aumento da criminalidade no campo. Destacamos que o trabalho continua, incansavelmente e em prol da segurança nas extensas áreas rurais da região Centra”, afirmou.

Fonte e fotos 2º BPM

Jornalista Lenilson Guedes

 

Produtores de Itapuã do Oeste são notificados para vacinar animais contra a raiva

Produtores rurais da região da Gleba Cajueiro e proximidades, no município de Itapuã do Oeste, estão recebendo notificação da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron) para vacinarem seus rebanhos de bovinos, equinos, caprinos e ovinos contra a raiva. A notificação é devido a um foco de raiva na Estrada da Mineração, Gleba Cajueiro.

Estima-se que mais de 200 produtores rurais sejam notificados para aplicarem a vacina em seus animais. A vacinação contra raiva de herbívoros na maior parte de Rondônia é voluntária, sendo obrigatória apenas no município de Costa Marques, mas em caso de foco ela se torna obrigatória em todas as propriedades rurais localizadas até 12 quilômetros do foco. Além de imunizar os rebanhos, os produtores devem declarar a vacina à Idaron.

O coordenador do Programa Estadual de Controle da Raiva de Herbívoros, Ney Carlos Dias de Azevedo, explica que devem ser aplicadas duas doses da vacina, sendo que a segunda deve ocorrer 30 dias depois da primeira. “O produtor que vacina seus animais anualmente contra a raiva deve aplicar apenas a dose de reforço”, completa.

O coordenador também conta que na propriedade foco ocorre a vacinação com a presença de um fiscal da Idaron. “Também pode ocorrer vacinação assistida em propriedades do perifoco, mas não é obrigatória”, completou.

O presidente da Idaron, José Alfredo Volpi, ressaltou a importância do produtor rural para manter a sanidade dos animais no Estado de Rondônia. “O produtor deve notificar à Agência a morte do animal ou algum sintoma de doença. Nossos técnicos estão preparados para atender a esses chamados”.

Segundo o Manual Técnico de Controle da Raiva dos Herbívoros do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), além da notificação, a Agência de Defesa deve comunicar à Secretaria Municipal de Saúde as pessoas que tiveram contato com os animais doentes; realizar investigação epidemiológica nas propriedades vizinhas; captura de morcegos hematófagos, entre outras ações.

A Idaron orienta ainda os produtores para aproveitar a campanha de vacinação contra febre aftosa e vacinar o rebanho contra raiva e declarar à Agência.

Texto: Amabile Casarin
Fotos: Unidade da Idaron de Itapuã do Oeste
Secom – Governo de Rondônia

Brasil, Chile e Peru trocam experiências sobre ampliação de mercados para fruticultura

Representantes do Brasil, Chile e Peru se reuniram em um seminário nesta segunda-feira (18), no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em Brasília. O encontro – promovido pela Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) – discutiu o potencial de exportação de frutas dos três mercados.

Para o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Luis Rangel, o evento trouxe resultados positivos. “Foi um passo importante para a mudança de cultura que queremos nesse segmento e abre portas para que possamos estabelecer uma parceria mais efetiva entre os setores público e privado e impulsionar as nossas exportações.”

Rangel citou os números apresentados pela representante do Chile. Atualmente, o país conta com 17 milhões de pessoas, o que significa 0,2{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} da população mundial, e responde por 0,3{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} do Produto Interno Bruto (PIB) mundial. Entretanto, explicou Rangel, eles exportam para 85{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} do PIB mundial. Ou seja, estão fornecendo para quem tem maior poder aquisitivo e conseguem ter um retorno muito eficiente.

O representante do governo do Peru, Gustavo Ocola, apresentou os produtos prioritários para exportação e falou sobre as principais características do setor produtor e exportador de frutas daquele país. Ocola também mostrou como o mercado peruano cresceu nas duas últimas décadas. Há 21 anos, o país contava com 69 mercados para exportação e saltou para 147 em 2015.

Potencial

“O setor de frutas é muito promissor em termos de agregação de valor e tem mais potencial exportador”, disse a secretária de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI), Tatiana Palermo.

Tatiana Palermo falou sobre o mercado brasileiro de fruticultura para exportação. Segundo ela, quando o Mapa começou a trabalhar pela abertura de novos mercados, o setor mostrou um desempenho muito grande. “Em 2015, o Brasil exportou cerca de 854 mil toneladas de frutas, quantidade 11{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} superior à do ano anterior”, assinalou. 

Para o Chile, as exportações brasileiras somaram 2 mil toneladas. Já para o Peru, no mesmo ano, o Brasil exportou em torno de 5 mil toneladas.

Mais informações à imprensa:
Assessoria de comunicação social
Cláudia Lafetá
claudia.lafeta@agricultura.gov.br
imprensa@agricultura.gov.br

Cruz Vermelha Rondônia conclui mais uma etapa da horta comunitária em Jacy Paraná

Uma equipe de voluntários da Cruz Vermelha Rondônia passou o final de semana no distrito de Jacy Paraná, a 100 km de Porto Velho, para concluir mais uma etapa do orquidário (sexta) e horta comunitária (sábado) construídos na Escola Tiradentes em parceria com a Emater.

O projeto que começou há alguns meses tem acompanhamento de engenheiros agrônomos que tiveram a preocupação de elaborar um formato diferente para futuros trabalhos que serão desenvolvidos em sala de aula, através da horta. Todos os canteiros têm formas geométricas, incluindo no projeto a matemática que através da interdisciplinaridade, uma técnica muito usada hoje pelas metodologias modernas, poderá facilitar o aprendizado dos alunos. “É bom despertar nos alunos um interesse pela matemática, através dos ensinamentos de uma alimentação saudável, aliados à preservação do espaço ambiental em que eles vivem”, disse Elizete Santana que é Assistente Social e atua como uma das voluntárias da CVR.

O projeto também inclui um orquidário que no futuro juntamente com a horta, serão cuidados e mantidos pelos alunos e comunidade. A técnica de enfermagem Luciane Tolentino é uma das voluntárias mais animadas desta equipe. “O legal de você fazer um trabalho como este vai muito além da solidariedade. Você se doar, dividir com o outro um pouco do seu tempo, das suas habilidades, é muito gratificante”, disse.

A proposta é plantar muitas hortaliças que vão poder ser trabalhadas desde o plantio até o cultivo pelos próprios alunos e professores da Escola Tiradentes . Os produtos vão ser usados para a merenda da escola e também será doado para as outras escolas do distrito.

O presidente a Cruz Vermelha Rondônia, Elias Santana, faz questão de explicar a participação da entidade em projetos como estes que visam beneficiar comunidades carentes, “Esse tipo de atividade, como uma horta comunitária dentro de uma escola, está enquadrada nos “Projetos de Paz” e é extremamente benéfica para comunidades com problemas de infraestrutura onde ainda não existe rede de esgoto adequada, com dificuldade para receber água tratada, onde a população sofre com o desemprego, o alcoolismo, o envolvimento com drogas, a falta de opções de lazer, a violência familiar, entre outros problemas. Por isso a Cruz Vermelha Rondônia está aqui, fazendo a nossa parte para contribuir na melhoria da qualidade de vida destas pessoas”, finalizou.

 

Fonte: Cruz Vermelha / Nara Vargas

Semagric realiza benfeitorias em linhas de setores chacareiros de Porto Velho.

A Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento (Semagric) está participando de um mutirão, junto às secretarias municipais de Obras (Semob) e de Serviços Básicos (Semusb), que  promove limpezas e encascalhamentos de vias e drenagens de locais com atoleiros em locais de proximidade entre a zona urbana e a zona rural. Além disso, as equipes da Semagric realizam também serviços voltados exclusivamente às estradas rurais dos setores chacareiros próximos à área  urbana do município, conforme é o caso da comunidade Recanto do Pássaros.

O secretário da Semagric, Leonel Bertolin, disse que setores chacareiros das diversas regiões próximas à zona urbana estão recebendo serviços. Na zona Sul, diversas linhas que passam por entre o Recanto dos Pássaros, Areia Branca, Estrada dos Japoneses, Colonia Viçosa e Três Buritis estão sendo reformados. “Os setores chacareiros têm ligações com ruas importantes da cidade. Na zona Sul, muitas áreas rurais estão se integrando mais com a zona urbana por meio das reformas realizadas nessas vias importantes”, explicou o secretário.  

O trabalho objetiva a melhoria de vias já em uso, mas também a liberação de linhas que estavam em desuso, devido a obstruções por atoleiros ou por queda de vegetação no caminho. Outra meta importante da Semagric é a ampliação da malha viária dos ônibus de linha e dos ônibus escolar. “Muita gente trabalha em vários locais da cidade, mas mora em chácaras.

As dificuldades com o transporte coletivo atrapalha demais a vida dessas pessoas. A Prefeitura quer trabalhar para que haja a melhoria na oferta desses serviços à população, como também se interessa em dar novo impulso ao segmento produtivo dos setores chacareiros, sobretudo do pequeno e do médio produtor”, disse Bertolin.  

Sobre o consumo dos produtores hortifrutigranjeiros no município, o secretário informou que mais de oitenta carretas descarregam na cidade diariamente, vindos de outros estados. “Levando-se em conta que o prefeito defende a ideia de que a definição da política econômica do município passe pelo agronegócio, é evidente que temos muito ainda a evoluir. A melhoria das estradas é um dos principais componentes para esse avanço”, destacou.  

Dione Barroso, coordenador de Estradas Rurais da Semagric, disse que os serviços na região do Recanto dos Pássaros foi iniciado há cerca de quinze dias, mas a grande quantidade de chuvas impediu que eles seguissem com maior celeridade. “Praticamente, não dava para trabalhar, mas estamos encerrando tudo nesse final de semana, pois só falta concluir alguns pequenos trabalhos. Fizemos em torno de dez quilômetros de reformas nessas estradas e trouxemos benefícios a mais de trinta famílias”, afirmou.

Mirtes Rufino, moradora há 13 anos na região, expressou gratidão pelos serviços realizados pela Prefeitura. “Foi um trabalho bem feito. Estávamos aqui quase que isolados. A comunidade está crescendo e fazia falta uma boa arrumada nas estradas. Eu sou artesã, trabalho com esculturas em madeira. Aqui estava quase tudo intransitável e eu encontrava dificuldade de transportar meus materiais. Estamos muito agradecidos à Prefeitura.

Além da abertura das estradas, a Semagric está também conversando conosco sobre incentivos a criação de tanques de piscicultura, a produção de aves e muitas outras formas de apoio que podem ser estendidos à produção. Tudo isso é importante para que possamos nos desenvolver e fazer desenvolver essa região”, observou a moradora.  

Circley de Sousa, que mora há três anos na região do Recanto dos Pássaros, disse que com cinco filhos em idade escolar se encontrava com dificuldades para acessar o transporte escolar. “Era preciso levá-los até a estrada, mas agora, com a abertura das linhas, é possível ao ônibus chegar até aqui próximo”, disse Sousa.  

José de Sousa Leite, morador na mesma região desde o ano 2000, informou que durante os dezesseis anos em que reside na região nunca havia visto um trabalho semelhante sendo realizado pela Prefeitura. “Eu mesmo paguei do meu bolso, muitas vezes, para que máquinas viessem limpar as ruas, pois estávamos atolando na lama e o mato estava tomando conta das estradas. Quando chovia, ninguém se movia. O que estamos vendo agora é uma situação completamente diferente, para muito melhor. 

Por  Renato Menghi |  Fotos  Medeiros

Barco da Seas viajará pelos rios Madeira e Machado para resgatar a cidadania de ribeirinhos e extrativistas

Embora Rondônia projete a conservação de rodovias federais, abra novas rodovias estaduais e sonhe com a ferrovia intercontinental Brasil-Peru, é ao longo das águas da Amazônia Ocidental Brasileira que trabalhadores quase invisíveis chamam para si os olhos da sociedade amazônica ocidental.

O barco Deus é Amor, conhecido por “barco da Seas”, viajará no dia 24 de abril pelos rios Madeira e Machado, até o distrito de Demarcação. Desta vez, transportará funcionárias da secretaria no âmbito da Coordenadoria de Segurança Alimentar e Nutricional (Cosan).

“Esse transporte é de suma importância”, disse a coordenadora da Cosan, Cleusa Firmino. “É o barco contratado pelo governo estadual que transporta a safra da agricultura familiar dos ribeirinhos e ajuda a movimentar a economia deles”.

“Trouxemos 400 sacos de farinha de mandioca na mais recente viagem”, contou o fiscal Osman Ferreira Silva.

O objetivo da Cosan nessa viagem é garantir a segurança alimentar, o direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais. “Traduzindo, isso é saúde e respeito à diversidade cultural, ambiental, econômica e socialmente sustentáveis, em respeito à Lei Orgânica de Segurança Alimentar nº 2.221/09”, observou Cleusa.

Por mês, esse barco faz duas viagens às regiões do Baixo e Médio Madeira, supervisionadas pela Secretaria Estadual do Desenvolvimento Social. Outra embarcação percorre a região do Guaporé, com idas e vindas a Guajará-Mirim e distritos, com a mesma finalidade.

Ambas são habitadas principalmente por migrantes nordestinos atraídos para a Amazônia entre a segunda metade do século 19 e as primeiras décadas do século 20 para trabalhar na extração do látex das seringueiras.

A partir de 25 de abril, o barco atenderá aos moradores de quatro distritos municipais de Porto Velho e a Gleba e Linha Rio Preto no Baixo Rio Madeira, nas proximidades de três unidades federais de conservação ambiental.

Coincidentemente, as viagens são mais frequentes após a saída do Brasil do Mapa Mundial da Fome, da Organização das Nações Unidas que, conforme lembrou Cleusa, “foi uma conquista histórica advinda diretamente dos esforços do governo e da sociedade civil para a promoção do Direito Humano à Alimentação Adequada”.

Segundo ela, políticas nesse sentido foram contempladas no 1º Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional.

QUEM SÃO

A função social do barco já permitiu à Seas iniciar um estudo sociológico da população atendida. No mapa da Comissão Nacional de Desenvolvimento Sustentável de Povos e Comunidades Tradicionais, Rondônia é semelhante ao Acre, Amazonas e Roraima: o governo estadual deve voltar-se para fortalecer o atendimento a extrativistas, seringueiros e ribeirinhos.

Segundo Osman Silva, o barco também transporta abóboras, melancia, milho, laranja, limão, cupuaçu, jacas, outros produtos e até partes de mudanças, entre elas, móveis e eletroeletrônicos. Uma viagem para essas regiões custa R$ 50, se o usuário optar por embarcações particulares. “Daí, eles aproveitarem essas oportunidades para garantir o direito de vender seus produtos na cidade”, comentou Silva.

Texto: Montezuma Cruz
Fotos: Ésio Mendes
Secom – Governo de Rondônia