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Prazo para pecuarista declarar vacinação contra febre aftosa encerra nesta sexta-feira

O prazo para os pecuaristas declararem a vacinação contra febre aftosa encerra na nesta sexta-feira (20). Nesta etapa, apenas bovinos e bubalinos com até 24 meses deveriam ser vacinados, mas todo o rebanho deve ser declarado, inclusive por produtores que não têm bovídeos nessa idade.

Os produtores inadimplentes serão notificados a partir da próxima semana. Quem vacinou e não declarou será multado em R$ 152,72 por propriedade rural. Já quem não vacinou será multado em R$ 152,72 por animal não vacinado e deverá aplicar a vacina no rebanho com a presença de um técnico da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron).

O gerente de Defesa Animal da Idaron, Fabiano Alexandre dos Santos, conta que o objetivo da Idaron não é multar o produtor; e que o pecuarista do Estado é consciente da importância de vacinar o rebanho. “Nossos produtores sempre atendem ao chamado e cumprem com a sua responsabilidade”.

Até o início desta quarta-feira (18), foram já atendidos quase 80 mil produtores rurais, que declararam 11,3 milhões de bovinos e bubalinos, sendo que 4,5 milhões foram vacinados. Este número representa 87{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} do rebanho estimado.

Rondônia tem um dos maiores rebanhos bovinos do país, sendo o quarto maior exportador de carne. A exportação de carne bovina e de derivados representa mais da metade das exportações rondonienses.

Texto: Amabile Casarin
Secom – Governo de Rondônia

Seis palestras abrem a Rondônia Rural Show em Ji- Paraná

A uma semana da abertura oficial da 5ª Rondônia Rural Show, a programação já está definida. Para o primeiro dia foram programas seis palestras para o evento que acontecerá de 25 a 28 deste mês, em Ji-Paraná.
 
As primeiras atividades vão começar às 7h30, com a abertura dos portões. Às 8h30 haverá a solenidade de  hasteamento de bandeiras; e às 9h a abertura oficial com a presença do governador Confúcio Moura, representantes dos 15 países confirmados, e lideranças políticas de Rondônia e do Brasil. Logo após haverá a visitação aos estandes do evento.
 
As palestras irão começar às 14, de forma simultânea, uma delas será ministrada por Dilvo Grolli, um dos grandes nomes do cooperativismo e do agronegócio no Brasil, e terá como tema “Cooperativismo”.
 
Grolli é considerado por muitos como grande conhecedor do assunto, ocupando hoje o cargo de diretor-presidente da Coopavel, a Cooperativa Agroindustrial de Cascavel (PR); é  membro do Conselho Diretivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e conselheiro de administração do Sistema de Cooperativa de Crédito do Brasil (Sicoob).
 
Além das palestras, serão realizados talk show, vitrine de processamento de alimentos e momentos culturais.
 
Confira a programação do primeiro dia:
 
7h30 – abertura dos portões
8h30 – hasteamento de bandeiras
9h – abertura oficial
14h30 às 15h30 – Palestra Cooperativismo, com Dilvo Grolli
15h45 às 17h – talk show, com apresentação dos convidados: Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-RO), Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo do Estado de Rondônia (OCB/Sescoop), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri) e Universidade Federal de Rondônia (Unir), fazendo interação com o público (perguntas e respostas).
 
Apresentações simultâneas: 
 
14h às 18h – Oficina de Gastronomia e Filetagem de Pescado (Pirarucu e Tambaqui), palestrante credenciado pelo Sebrae
14h às 18h – Caminho da Carne, palestrante credenciado pela Seagri
14h às 18h – Caminho do Leite, palestrante credenciado pela Seagri/Emater
14h às 18h – Caminho do Café, palestrante credenciado pela Seagri/Emater
14h às 17h30 – Vitrine de Processamento de Alimentos, tema Beneficiamento de Pescado
 
Espaço empresarial internacional
 
14h30 às 17h30, palestra Fórum de Logística da Amazônia, palestrante Luiz Antônio Fayte
17h30 às 18h – Momento Cultural
 
Texto: Eduardo Kopanakis
Secom – Governo de Rondônia

Cresce interesse por urucum na região do Vale do Guaporé

O urucuzeiro tem se mostrado uma ótima alternativa de renda para quem quer investir na propriedade e aumentar a renda familiar. A facilidade do cultivo, a adaptação aos solos ácidos, a tolerância a doenças e boa produtividade tem contribuído para que novos produtores rurais invistam na cultura. Foi o que aconteceu com o produtor Gilmar Brunaldi, de São Domingos do Guaporé, cuja propriedade foi apresentada durante o 1.º Dia Especial da Cultura do Urucuzeiro, realizado no último dia 13 de maio.

São Domingos do Guaporé, localizado na região da BR-429, possui uma área de mais de 250 hectares de plantio de urucum com uma produtividade média de 1.200 quilos/hectares. Com esse número o distrito ocupa o segundo lugar como o maior produtor de urucum de Rondônia.

Localizada no km 54 da BR 429 lado direito, Setor Chacareiro, a chácara de Gilmar Brunaldi possui uma área total de 9,6 hectares, dos quais seis hectares são ocupados com o plantio de urucum. A produção obtida hoje é de 7.200 quilos, com uma receita bruta de R$ 32.400,00 na última safra. O restante da propriedade o produtor cultiva café convencional (três hectares)

Somente na safra anterior foram colhidas 210 toneladas de sementes de urucum, gerando uma renda R$ 950.000,00 para o distrito de São Domingos do Guaporé. A expectativa para este ano é que a produção chegue a 300 toneladas e gere renda de aproximadamente, R$ 1.350.000,00 para as mais de 100 famílias que fazem o cultivo. “Com isso o urucum se torna a cultura agrícola de maior importância para o distrito, perdendo somente para a pecuária de leite em fomento de renda”, diz o extensionista da Emater-RO, Vinicius Arantes.

O urucum está na fase de produção, com idade média de quatro anos e produtividade média de 1.200 kg por hectares e foi apresentado a mais de 300 pessoas durante o dia especial. Os participantes, que assistiram a três palestras sobre Sistema de cultivo de urucum; projeto de pesquisa: diferentes tipos de doses de adubação; e podas e histórico da propriedade, mostraram grande interesse pela cultura.

Além de ser uma excelente alternativa de renda e geração de emprego, o urucum ainda pode ser utilizado na recomposição da reserva legal.

 
Wania Ressutti
Jornalista – SRTE/DRT/RO-959
EMATER-RO
 

Mudanças climáticas ameaçam pererecas

As mudanças climáticas ao longo do século 21 são uma ameaça à biodiversidade, colocando em risco muitas espécies da fauna e da flora do planeta.

Os biólogos Tiago Vasconcelos e Bruno do Nascimento, do Departamento de Ciências Biológicas da Universidade Estadual Paulista, em Bauru, acabam de publicar um estudo no qual relacionam os efeitos potenciais das mudanças climáticas esperadas para 2050 sobre a distribuição de quatro pererecas de ampla ocorrência geográfica na América do Sul.

O artigo Potential Climate-Driven Impacts on the Distribution of Generalist Treefrogs in South America, publicado no periódico Herpetologica, é resultado de um trabalho amplo que busca relacionar a influência de mudanças climáticas sobre a distribuição potencial de 350 espécies de anfíbios da Mata Atlântica e 150 espécies do Cerrado, a fim de determinar quais seriam as áreas prioritárias para conservação destas espécies. A pesquisa tem apoio da FAPESP por meio do projeto “Macroecologia de anfíbios anuros do Cerrado e Mata Atlântica”.

O artigo destaca quatro espécies de pererecas de hábitos generalistas – que apresentam hábitos alimentares variados, alta taxa de dispersão e que são capazes de aproveitar diferentes recursos oferecidos pelo meio ambiente – que vivem tanto em áreas abertas como em florestas.

A Dendropsophus minutus tem uma das maiores distribuições geográficas, habitando a maior parte da América do Sul tropical e subtropical ao leste dos Andes. A distribuição é muito semelhante à apresentada pela Dendropsophus nanus.

Já a Scinax fuscomarginatus é encontrada em uma grande variedade de hábitats, ocorrendo desde o noroeste da Argentina até o norte da Amazônia. Por fim, a Scinax fuscovarius – também conhecida como “perereca do banheiro”, por ser comumente encontrada em ambientes domiciliares – tem distribuição menor do que as demais, sendo encontrada entre o centro da Argentina e o centro do Brasil.

Com relação a preferências climáticas relacionadas às diversas regiões e biomas onde vivem tais pererecas, foram utilizadas seis variáveis climáticas: temperatura média anual, temperatura máxima no mês mais quente, temperatura mínima no mês mais frio, quantidade anual de precipitação, precipitação sazonal e quantidade de precipitação durante os três meses mais quentes do ano.

Os dados climáticos atuais são da base de dados WorldClim. Já os modelos de circulação atmosférica e oceânica globais para 2050 foram reunidos pelo General Circulation Model.

Todas as variáveis foram reunidas para determinar as áreas climaticamente favoráveis, tanto hoje quanto em 2050, para a sobrevivência das quatro espécies.

Estimou-se que a distribuição potencial prevista para a D. minutus variaria, de acordo com os algoritmos de modelagem, de 3,3 milhões até 11,2 milhões de km2. No caso da D. nanus, a distribuição potencial seria de 2,1 milhões até 12 milhões de km2. Para aS. fuscomarginatus, a distribuição variaria de 2,3 milhões até 13,6 milhões de km2. Finalmente, a S. fuscovarius poderia habitar uma área que varia de 2,6 milhões até 14,5 milhões de km2.

Segundo os pesquisadores, percebe-se uma aparente disparidade. As pererecas que atualmente contam com a maior distribuição geográfica, em termos de distribuição latitudinal, são aquelas com menor distribuição potencial prevista.

A explicação é que o uso de diferentes algoritmos de modelagem geram, inerentemente, diferentes predições de ocorrência. Por esse motivo, para minimizar a variabilidade das predições geradas por diferentes metodologias, os autores consideram um mapa consensual para a avaliação das distribuições previstas das pererecas.

Quando são considerados os cenários com as mudanças climáticas previstas para 2050, as áreas de distribuição potencial das quatro pererecas encolhem – algumas sensivelmente. É o caso da D. minutus, com uma perda de hábitat de 52{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}.

Comparada com a sua distribuição atual, prevê-se que as espécies S. fuscomarginatus e a S. fuscovarius teriam uma perda de áreas climáticas apropriadas de 43{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} e de 31{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}, respectivamente. A espécie menos afetada seria D. nanus, com uma redução de hábitat potencial de 14{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} em 2050.

As áreas potenciais para as quatro espécies, grosso modo, sobrepõem-se. Com isso, e diante do cenário de mudanças climáticas, é de se esperar que as espécies com maior distribuição serão aquelas com maior perda de área climaticamente favorável. O melhor exemplo é o aferido para a perda de 52{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} de áreas climaticamente favoráveis para a D. minutus.

A redução da área total de hábitat potencial para cada espécie não se traduz pura e simplesmente na sua extinção. “Não estamos dizendo que estas espécies irão desaparecer”, ressalta Vasconcelos. “As espécies que conseguirem responder às mudanças climáticas com alterações comportamentais e fisiológicas terão grande chance de permanecer em seus hábitats atuais.”

Já aquelas incapazes do mesmo, tenderão a se extinguir localmente. Ou seja, populações poderão desaparecer dos locais onde o clima será diferente para a espécie como um todo e continuarão vivendo naquelas regiões onde o clima sofrerá menos alterações.

“Os organismos que habitam as regiões tropicais mais ao norte já estão em ambiente mais quente do que aqueles que vivem mais ao sul. Eles já sobrevivem em ambiente com alta temperatura”, disse Vasconcelos.

“Estudos fisiológicos mostram que, de modo geral, a capacidade de tolerância às temperaturas máximas varia entre 40 ºC e45 ºC em anfíbios. Por conta disso, as populações dessas pererecas que se encontram mais ao norte já vivem no cenário mais próximo de sua tolerância térmica máxima”, disse.

Caso nesses locais as temperaturas continuem subindo como os modelos indicam, há chances reais de as espécies não terem adaptações necessárias para lidar com um ambiente mais quente, e então, se extinguirem localmente.

“Para lidar com um ambiente mais quente, pode haver uma mudança na época do ano quando essas espécies apresentam o seu maior nível de atividade, o que geralmente acontece durante a reprodução. Às vezes, o animal já tem essa capacidade de adaptação, mas simplesmente não a exibe nas condições atuais onde habita porque não precisa”, disse Vasconcelos.

“Outro recurso de sobrevivência seria a procura por ambientes similares aos que elas viviam, o que vai depender da capacidade de dispersão dos organismos”, disse.

Estratégias de conservação

Vasconcelos destaca que a importância do trabalho está em revelar o que pode ser esperado para as espécies generalistas, visto que o maior enfoque dos estudos deste tipo é dado para espécies mais especializadas ou ameaçadas de extinção.

Um último resultado mais alarmante é que essas pererecas generalistas não contarão com áreas favoráveis na região do Pantanal brasileiro em 2050. “Isso é preocupante para as perspectivas de sobrevivência das espécies mais especializadas, ou mesmo outras generalistas de diferentes grupos animais e vegetais”, disse.

A pesquisa também visa propor estratégias de conservação. “Queremos determinar onde deverão ser criadas novas reservas e áreas de conservação a partir dos modelos preditivos”, disse Vasconcelos.

Peter Moon  |  Agência FAPESP

Mais de noventa agroindústrias ligadas à agricultura familiar vão expor na Rondônia Rural Show

Os doces do estado serão apreciados na 5ª Rondônia Rural Show. Muito mais que delícias feitas de açúcar e ingredientes regionais, eles representam uma cadeia produtiva em expansão com a agricultura familiar.

Ao todo, 93 agroindustriais ligadas à agricultura familiar irão expor na feira. Isso significa a garantia de produtos feitos com qualidade, e com a marca e o gostinho do campo.

Durante o evento, mais de 20 produtores vão comercializar os doces com os mais variados sabores e tipos. Para muitos, a feira é uma oportunidade de divulgar os seus produtos. Para outros, é a certeza de ganhar um dinheirinho extra.

Um exemplo é a produtora Elianete Gomes Fernandes, moradora da comunidade Terra Santa, em Porto Velho, que irá participar da Rondônia Rural Show pela primeira vez com a expectativa de bons resultados. “Sempre ouvi falar na feira. Todos que já participaram tiveram bons resultados, por isso neste ano resolvi participar, e tenho certeza que vou sair de lá bastante satisfeita com o evento”, disse a produtora.

Por semana são produzidos mais de 15 mil doces de coco, na agroindústria Cocada Kolly. E dona Elianete Gomes pretende levar uma grande quantidade para a feira. “Tenho certeza que vou vender tudo. Os visitantes poderão sentir o sabor do melhor doce de coco de Rondônia. O meu diferencial é o jeitinho artesanal de fazer, sem conservantes e com o doce da própria fruta”, explicou orgulhosa.

Texto: Eduardo Kopanakis
Fotos: Arquivo pessoal
Secom – Governo de Rondônia

Governo tem mais de 40 frentes de serviço na recuperação das estradas estaduais

Após o período de chuvas, o Governo de Rondônia iniciou a recuperação das estradas estaduais não-pavimentadas nos quarto cantos do estado. A manutenção das estradas ocorre por meio de 15 Residências Regionais do Departamento de Estradas de Rodagem, Infraestrutura e Serviços Públicos (DER), as quais atuam em mais de 40 frentes de serviços, com trabalhos de patrolamento, encascalhamento, abertura lateral, cortes de morros elevados e a eliminação de pontes velhas de madeira por tubos metálicos.

O diretor-geral do DER, Ezequiel Neiva, explica que as 15 Residências Regionais foram instaladas em pontos estratégicos para dinamizar as ações do órgão. “Cada unidade do DER tem a responsabilidade de cuidar das estradas em sua respectiva regional, sendo que cada unidade atua com duas ou três frentes de serviços”.

Ezequiel Neiva afirma que a capacidade de atuação do DER cresceu em mais de 100{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} nos últimos seis anos. “O governador Confúcio Moura reativou três Residências Regionais e implantou outras quatro”, frisou Neiva, ao destacar o aumento da capacidade de atuação de 5 mil quilômetros para 12 mil km de estradas ao ano.

Porto Velho, segundo o diretor, tem frentes de serviço em na região de Nova Mamoré, em União Bandeirantes e na Estrada da Penal, sentido ao distrito de São Carlos. Colorado D’ Oeste e Rolim de Moura têm como serviço principal a recuperação da Rodovia do Boi. A Regional de Jaru trabalha na região do município de Governador Jorge Teixeira. Cacoal realiza corte de morro na RO-383, de Cacoal sentido Espigão, e Ouro Preto trabalha na Linhas 31 e 101. “Estes são apenas alguns exemplos de nossa atuação”, disse o diretor.

Residências Regionais do DER estão instaladas em: Extrema (Ponta do Abunã); Porto Velho; Ariquemes; Buritis, Machadinho; Jaru; Ouro Preto; Ji-Paraná; Rolim de Moura; Alvorada D’ Oeste; São Francisco do Guaporé; Cacoal; Pimenta Bueno; Colorado D’ Oeste e Vilhena.

Texto: Nilson Nascimento
Fotos: Residência DER Cacoal
Secom – Governo de Rondônia

Relatório da CPI dos frigoríficos aponta alinhamento de preços em Rondônia

O relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) formada para apurar possível formação de cartel de empresas frigoríficas de abate de bovinos cita ter sido verificado alinhamento de preços em Rondônia. Especifica, ainda, que isso começou com a aquisição de plantas frigoríficas e posterior fechamento, manipulando o mercado e mantendo níveis próximos ao do monopólio. O documento foi apresentado na reunião realizada na tarde de segunda-feira (16).

Na abertura o relatório aponta que a CPI foi criada devido a denúncias que chegaram à Assembleia Legislativa sobre formação de cartel. Foram chamados proprietários de frigoríficos e produtores rurais para uma audiência pública, mas nenhum representante de empresa compareceu. Assim, foi criada a comissão para investigar o caso.

O relator da CPI, Lazinho da Fetagro (PT), disse que Rondônia tem um rebanho bovino de 13,4 milhões de cabeças, sendo o 6º maior do Brasil. O frigorífico JBS é responsável por 47{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} dos abates e por 27{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} da exportação de carne. A empresa mantém cinco plantas frigoríficas fechadas, “pagando o preço que lhe convém”.

“Cartel pode ser explícito ou implícito, eliminando a concorrência. Em Rondônia a concentração de mercado existe. O JBS influencia no preço, sendo seguido pelos demais frigoríficos. A compra de plantas mascaradas de arrendamento é uma prática criminosa”, detalhou o relatório.

Ainda em relação ao JBS, o documento afirma que, quem tem poder de mercado, tem influência no preço. Outro detalhe apontado é a dificuldade em comprovar formação de cartel, “e quem o pratica sabe que fere a ordem econômica”.

O vice-presidente da CPI, Ribamar Araújo (PR), explicou que a comissão não tem competência para punir, o que segundo ele é uma pena. “Temos que encaminhar o relatório a outros órgãos para que sejam tomadas as providências em relação àqueles que porventura erraram”, destacou.

O deputado Laerte Gomes (PSDB), membro da comissão, disse estar nítido que os produtores de Rondônia são prejudicados pelo alinhamento de preços comprovados nas investigações. “O lamentável é que o valor da arroba do boi baixa somente na hora de pagar o pecuarista. Nada reduz nas prateleiras dos supermercados”, observou.

O deputado José Lebrão (PMDB), também membro da comissão, disse ser preocupante o baixo preço e o fato de bezerras serem retiradas de Rondônia. “Não podemos reduzir o número de matrizes, porque isso pode ter reflexos negativos na economia. É um fato que deve ser combatido”, afirmou.

O presidente da CPI, Adelino Follador (DEM), interrompeu a reunião, ainda quando o relator, deputado Lazinho lia o relatório final. A paralisação ocorreu para que os membros da comissão pudessem assistir a um vídeo relacionado ao trabalho dos deputados.

O vídeo com cerca de 10 minutos mostrou os frigoríficos fechados em Rolim de Moura, Ariquemes, Porto Velho (Distrito de Extrema) e Ji-Paraná. Também foram ouvidos produtores rurais, moradores dos locais onde as plantas foram fechadas e deputados membros da CPI.

Os trabalhos foram retomados pelo presidente Adelino Follador e ocorreu a leitura do projeto de resolução reconhecendo a CPI, que foi aprovada por 4 votos a zero pela comissão. Faltou apenas o voto do deputado Laerte Gomes, que estava ausente no momento da votação.

Adelino agradeceu a todos que colaboraram para o sucesso e o desenvolvimento pleno da CPI, inclusive produtores, empresários, o presidente da Assembleia Legislativa Maurão de Carvalho (PMDB) e os demais parlamentares, que deram apoio para a constituição da comissão. Os agradecimentos foram estendidos aos representantes dos frigoríficos, que atenderam convite da CPI e aos membros da comissão.

A importância da carne bovina para Rondônia foi lembrada por Adelino Follador, na conclusão dos trabalhos. Segundo ele a exportação da carne bovina representa 27{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} da economia de Rondônia.

A decisão dos membros da CPI será levada para discussão e votação em plenário.

 

ALE/RO – DECOM – [Nilton Salina]

Foto: Ana Célia

Projeto de piscicultura consorciada deve impulsionar a produção de peixe em Rondônia

Um projeto arrojado para impulsionar a piscicultura e a lavoura consorciada, no âmbito da agricultura familiar, é a meta do governo de Rondônia, com a implantação do Sistema Integrado de Piscicultura para Agricultura Familiar (Sispaf), que será lançado na abertura da 5ª Rondônia Rural Show, no próximo dia 25, em Ji-Paraná.

Segundo Jander Plaça, gerente de Aquicultura e Pesca da Secretaria de Agricultura (Seagri), o projeto como foi concebido é totalmente novo, embora haja alguns similares particulares. O que difere, de acordo com sua explicação, é proposta de produção e o alcance social de seus resultados, tendo em vista que se trata de uma metodologia capaz de revolucionar o modelo produtivo tradicional, com a inserção de técnicas novas de produção conjunta de peixe, açaí, banana, cacau e até capim, entre outras.

O sistema consiste na implantação de tanques de lona suspensos e enterrados para facilitar o manejo dos peixes e dos resíduos produzidos, que separados são destinados à compostagem e irrigação. Os resíduos sólidos transformam-se em adubo para as lavouras frutíferas e para as áreas de pastagem, enquanto que a água substituída nos tanques – rica em nutrientes – é destinada à irrigação e adubação das hortaliças, tudo no âmbito da agricultura familiar.

De acordo com o médico veterinário, Carlindo Filho, o Maranhão, da equipe da Seagri, a vantagem da produção consorciada é a possibilidade que se tem de diversificar a produção nas pequenas propriedades. Ele lembrou que a banana, por exemplo, além de mercado garantido, é atualmente um dos produtos mais valorizados dentro e fora do Estado de Rondônia, assim como o açaí.

EMPRESA DO ACRE VAI DAR SUPORTE

Maranhão anunciou também que o projeto prevê a parceria com a empresa acriana Peixe da Amazônia, que vai fornecer alevinos, financiar a ração e comprar toda a produção de peixe – pirarucu, tambaqui, pintado e outros -, o que deverá resolver o entrave da comercialização, considerado o principal problema dos produtores de peixes de Rondônia.

Inicialmente, para implantação deste projeto, o pequeno produtor terá que fazer um investimento de cerca de R$ 20 mil para a compra dos tanques. Mas, de acordo com Jander Plaça, a equipe da Seagri já está fazendo gestões e trabalhando para garantir no orçamento do estado do próximo ano os recursos necessários para financiar os tanques. Assim, o estado financia o projeto para o pequeno produtor, e ele paga o financiamento com a própria produção – peixes, hortaliças e frutas – que será destinada ao atendimento de programas oficiais, como merenda escolar e alimentação nas unidades de saúde e presídios.

Pelo menos 12 unidades deste projeto já funcionam no estado, com incentivo do governo, segundo o gerente da Seagri. Em Porto Velho, os principais são o Piraçaí, projeto piloto de cultivo de açaí e pirarucu implantado no Reassentamento Santa Rita; e o Piraleite, implantado na BR-364, km 15, numa propriedade de produção consorciada de peixe e capim mombaça, em sistema rotacionado que, como o Piraçaí, vem apresentando excelentes resultados.

Outros dois projetos foram implantados com bons resultados em Ariquemes, e mais quatro estão em andamento na Escola Técnica Abaitará, no município de Pimenta Bueno, com boas perspectivas de produção.

Texto: Cleuber R Pereira
Fotos: Ésio Mendes
Secom – Governo de Rondônia

Agricultores são convidados a trilhar caminhos do café, do leite e da carne na Rondônia Rural Show

Caminho do Leite é um dos atrativos da Rondônia Rural Show

Com grandes atrações, a 5ª Rondônia Rural Show, que acontece de 25 a 28 deste mês, em Ji-Paraná, trará atividades inovadoras e dinâmicas do agronegócio. Entre elas estão o Caminho do Café e o Caminho do leite, iniciativas que serão apresentadas pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-RO).

“O objetivo é levar conhecimento técnico validado pelas experiências dos agricultores rondonienses”, disse o gerente técnico da Emater, Janderson Dalazem, responsável pela organização do espaço.

Apresentar a trajetória do produto, desde a sua origem no campo até a mesa do consumidor é uma ideia atrativa, não só para os produtores rurais, mas também para o público em geral, que conhecerá um pouco da história da agricultura em Rondônia.

Em um curto espaço de tempo os técnicos falarão sobre o tema proposto, apresentarão vídeos curtos (de até cinco minutos) e casos reais sobre a atividade no estado. Serão dois espaços distintos, mas com a mesma didática, divididos em quatro grandes momentos cada.

CAMINHO DO LEITE

Ao trilhar o caminho do leite, o visitante conhecerá um pouco da história da pecuária leiteira em Rondônia. Em um segundo momento, ele será apresentado às atuais tecnologias utilizadas para manejo de pastagem, melhoramento genético e padrão racial.

Cases de sucesso, obtidos com as práticas tecnológicas orientadas, também serão mostrados, como por exemplo, a introdução do gado Girolando, variedade obtida com o cruzamento das raças Gir e Holandesa, que se adaptou bem às condições do estado. O incentivo para a criação e manejo dessa raça em Rondônia veio com as políticas públicas governamentais que, além da orientação técnica levada pelos extensionistas da Emater, ofereceu condições para que os produtores rurais pudessem adquirir sêmens de qualidade certificada.

Caminho do Leite é um dos atrativos da Rondônia Rural Show

Caminho do Leite é um dos atrativos da Rondônia Rural Show

O terceiro momento mostrará aos visitantes a necessidade de um manejo adequado de pastagem para garantir a nutrição animal. Para isso, serão realizadas demonstrações de sistema de manejos das pastagens, das plantas mais adaptadas para a região e casos de produtores mostrando a eficiência com sistemas tradicionais, como manejo rotacionado, piquetes, entre outros.

Ao final da visita, o produtor rural terá oportunidade de conversar com os técnicos, saboreando produtos lácteos que estarão disponíveis para degustação.

Cada espaço será trabalhado de forma que o produtor possa se encontrar em cada momento. Seja no início de sua atividade, quando se reconhece na história ou nas práticas do dia a dia. Para isso, foram criados ambientes que possam remetê-los à sua propriedade, como por exemplo, na primeira sala apresentada o produtor sentar-se-á em banquinhos idênticos aos utilizados para ordenha manual.

CAMINHO DO CAFÉ

O Caminho do café seguirá a mesma sequência dedicada ao caminho do leite. Serão quatro momentos que apresentarão o resgate histórico da cafeicultura no estado, as tecnologias que estão dando certo no estado, desde a adubação do solo, poda, até a inserção da variedade clonal, além de casos de lavouras que aumentaram sua produtividade e lucratividade com o manejo adequado.

O terceiro momento será dedicado à qualidade e sustentabilidade da lavoura cafeeira, mostrando aos produtores rurais a importância de se buscar a qualidade do café, principalmente durante a colheita e pós-colheita dos grãos, e a adequação às exigências mundiais que levam em consideração todos os aspectos econômicos, sociais e ambientais, considerando desde a saúde até o manejo agroeconômico da cultura, fatores esses exigidos na obtenção da certificação do café.

O Caminho do café também contará com ambiente personalizado e de um momento de descontração e diálogo com técnicos acompanhado de degustação de cafés de qualidades diferentes produzidos em Rondônia. “A proposta em si é fazer com que o produtor rural possa enxergar e compreender a tecnologia que outros já estão adotando, e vejam os resultados que estamos obtendo com métodos mais eficientes, comprovando que realmente é possível melhorar a eficiência e a produtividade das culturas produzidas no estado”.

Além dos Caminhos do Café e do Leite, a Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri) apresentará o Caminho da Carne, mostrando os avanços tecnológicos conquistados na pecuária de Rondônia.

Texto: Wania Ressutti
Fotos: Arquivo
Secom – Governo de Rondônia

Semagric conclui serviços de encascalhamento e patrolamento em mais de 1,5km no Ramal Minalinda

A secretaria municipal de Agricultura de Abastecimento (Semagric) trabalha desde a última semana no setor chacareiro, na zona Sul de Porto Velho. Diversos ramais e estradas estão recebendo os serviços de limpeza, encascalhamento, patrolamento, espelhamento lateral, recuperação e implantação de bueiros e retirada de entulho o que tem proporcionado maior acessibilidade.

Nessa segunda-feira, 16, o coordenador municipal de Estradas Rurais, Júnior Dellagnol, vistoriou os serviços que estão concentrados na Estrada da Areia Branca. O maquinário concluiu pela manhã o Ramal Minalinda, onde 1,5km de estrada foi revitalizada. “Nossa capital é imensa. São centenas de vicinais que necessitam de atenção, pois são destas regiões que sai grande número de produtos como açaí, castanha, frutas, verduras, hortaliças, farinha e ainda o leite. Então estamos acelerando, na medida do possível, os trabalhos para atender o maior número de famílias. Com as estradas limpas, encascalhadas, alargadas, melhora para o produtor escoar seus produtos e para o transporte escolar, portanto temos que ampliar a atendimento para levar qualidade de vida a essa pulação rural tão importante”, disse Dellagnol.

O coordenador disse ainda que os serviços vão garantir que a Estrada da Areia Branca seja interligada à Estrada dos Japoneses. “Já existe o trecho que precisa apenas ser melhorado. Isso vai garantir que os produtores das duas regiões tenham uma opção segura, excluindo grandes trechos do trânsito pesado da cidade. Quem quiser transportar seus produtos, por exemplo, da estrada dos Japoneses para a Ponta do Abunã, poderá utilizar a estrada.

Manoel Guilherme dos Santos, 76 anos, há 20 anos na região da Estrada da Areia Branca, ao ver o maquinário comemorou: “Era uma grande buraqueira, estrada estreita, eu tinha que trazer o rancho de casa nas costas, porque não passava carro pra cá. E quando chovia a estrada alagava. Precisava colocar um bueiro e a Prefeitura veio e fez essa belezura (sic). Agora a estrada está larga, bonita, e o carro vem na minha porta. Tá uma maravilha”, disse ele.

Texto e fotos: Assessoria Semagric