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Programa Terra Legal vai entregar 600 títulos de propriedade a produtores na Rondônia Rural Show

Agricultores de 25 municípios do estado vão receber, durante a 5ª Rondônia Rural Show, em Ji-Paraná, títulos de propriedade do programa Terra Legal, do então Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), agora Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA), em parceria com o governo estadual.

Ao todo, 600 famílias serão contempladas com esses títulos, de acordo com o chefe de divisão de regularização fundiária do programa Terra Legal, Antônio Heler dos Santos. “A previsão é que todas as famílias que forem receber estejam no evento,  já que há necessidade de os beneficiários assinarem e entregarem alguns documentos”, disse Santos.

O secretario estadual da Agricultura, Evandro Padovani, destacou a importância do Terra Legal para os produtores e para o desenvolvimento da região. “Os produtores que estiverem com o título de propriedade terão garantido o direito a terra e acesso a créditos e à assistência técnica do governo federal”, explicou.
 
Segundo a Seagri, em Rondônia hoje pelo menos seis mil famílias já receberam seus títulos. A entrega durante a 5ª Rondônia Rural Show acontecerá durante os 4 dias de feira, que acontecerá da próxima quarta-feira (25) ao sábado (28).
 
TERRA LEGAL
 
O programa Terra Legal Amazônia foi criado em 2009 com o objetivo de destinar e regularizar áreas para órgãos, estados e municípios, além de posses particulares que estão em terras públicas federais na Amazônia Legal. Com a destinação das áreas, o programa auxilia na gestão do território e no ordenamento fundiário.
 
Ele também contribui para a redução do desmatamento e aumento da produtividade dos agricultores familiares. Ao receber o título de propriedade do terreno, o proprietário se compromete em cumprir os requisitos legais, como a manutenção da área de preservação permanente ou a recomposição da reserva legal; e ainda tem a possibilidade de acessar as políticas de fomento do governo federal, investindo com segurança em sua propriedade.
 
Mais informações pelos telefones: (69) 3229 1545 (Incra/Terra Legal), (69) 3222 9957 ou 3217 6560 (Sipam/Terra Legal).
 
Texto: Eduardo Kopanakis
Fotos: Dhiony Costa e Silva
Secom – Governo de Rondônia

Rondônia deverá receber certificado de zona livre da peste suína clássica

Decisão será tomada pela OIE, durante reunião que começa no próximo domingo (20) em Paris.

O Brasil deverá receber o reconhecimento internacional de zona livre da peste suína clássica para 13 estados, parte do Amazonas e o Distrito Federal. A decisão será tomada durante a 84ª Sessão Geral da Assembleia Mundial de Delegados da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), que começa no próximo domingo (22), em Paris. A reunião contará com representantes de 180 países. O delegado do Brasil é o diretor do Departamento de Saúde Animal do Mapa, Guilherme Marques, que já viajou para a França.

Em fevereiro deste ano, a Comissão Científica da OIE já havia aceitado o pedido do ministério para ampliar o status de zona livre da doença para o DF, Acre, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo, Sergipe, Tocantins e parte do Amazonas (municípios de Guajará, Boca do Acre, sul de Canutama e sudoeste de Lábrea). Atualmente, apenas Rio Grande do Sul e Santa Catarina já têm o certificado de zona livre da peste suína clássica. Falta agora apenas a votação da OIE pelo reconhecimento.

Segundo Guilherme Marques, a organização poderá reconhecer o Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro) de São Paulo como referência internacional em diagnóstico de influenza aviária (gripe aviária) e doença de Newcastle. “Isso vai demonstrar a qualidade e excelência do nosso laboratório”, disse.

Na pauta da reunião da OIE, também está a votação da adequação dos manuais e códigos sanitários que estabelecem as regras para a implantação de programas e do comércio internacional de animais e seus produtos. Guilherme conta que ainda será discutido um tema de relevância no contexto global: a economia da saúde animal e os custos diretos e indiretos de surtos de doenças dos animais.

A 84ª Sessão Geral da Assembleia Mundial de Delegados da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) termina no próximo dia 27.

Mais informação à imprensa:
Assessoria de comunicação social
Cláudia Lafetá
claudia.lafeta@agricultura.gov.br

Produtores brasileiros terão encontro com compradores de soja responsável da América, Europa e Ásia

A 11ª Conferência Internacional de Soja Responsável (RTRS) será realizada nos dias 1 e 2 de junho no Hotel Royal Tulip, em Brasília-DF

 A capital do Brasil recebe nos dias 1 e 2 de junho um evento que aborda produção, comercialização e cadeia de fornecimento de soja sustentável. Nele, estarão presentes produtores, representantes da indústria e da sociedade civil vindos da América do Sul e do Norte, Europa e Ásia. Trata-se da 11ª Conferência Internacional de Soja Responsável (RTRS) que tem como intuito promover um intercâmbio de conhecimentos, experiências e visões entre os participantes para garantir a inovação da soja responsável e, dessa forma, garantir a sustentabilidade econômica em longo prazo.

Um dos momentos da Conferência, que tem como tema a união de forças para um futuro sustentável, propiciará que os participantes se dividam em grupos de trabalho com possibilidades de negociação entre Europa e América do Sul, oportunidades de negociação entre Ásia e América do Sul, mercados de produtores entre Argentina, Bolívia, Brasil e Paraguai, e mercados de produtores e oportunidades comerciais da América do Norte. A participação de pessoas representando diferentes setores e países proporcionará espaços para que cada um tenha a chance de compartilhar seus desafios e soluções.

O presidente da RTRS, Olaf Brugman, acredita que a oportunidade de realizar esse evento no Brasil é de extrema importância devido a representatividade do país na Associação. “Atualmente, o Brasil possui 78 fazendas certificadas divididas nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais e Matopiba. Globalmente, são mais de 10 mil produtores certificados, o que representa 2,3 milhões de toneladas de soja. Acredito que a Conferência reunirá os principais players e produtores para discutir o futuro do mercado, o que potencializará esses resultados em longo prazo. Estamos com grandes expectativas para mais essa reunião anual”, ressalta.

Programação

 

A conferência ocorrerá nos dias 1 e 2 de junho no hotel Royal Tulip, em Brasília-DF. No primeiro dia, serão abordados conceitos jurisdicionais e o futuro das políticas públicas, planejamento da paisagem e inteligência, questões ambientais, cadeia de fornecimento de soja responsável e suprimentos, tecnologia e inovação no campo. Já no segundo dia, os temas inclusão, escravidão moderna, exclusividade e uso e direitos às terras serão debatidos pelos participantes.

 

A abertura do evento será realizada pelo presidente da RTRS, Olaf Brugman, e pelo ex-ministro da Agricultura e atual Coordenador do Centro de Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas, Roberto Rodrigues, que irão debater sobre o futuro da soja responsável e como a colaboração de todas as partes podem ajudar o processo. A dinâmica do encontro visa priorizar a discussão e a participação dos convidados em todas as plenárias.

Na primeira plenária do dia 1 de junho, os palestrantes Terence Baines da Unilever, Darcy Getulio do Clube Amigos da Terra e Arnaldo Carneiro da Agrocoine introduzirão três temas-chaves discutidos durante o dia: “Planejamento da paisagem e inteligência”, “Compras a partir de fontes responsáveis na cadeia de suprimentos” e “Tecnologia e inovação no campo e Abordagens jurisdicionais”.

Após esse momento, os participantes se dividirão em três sessões paralelas de diálogo para discutirem cada tema com líderes de organizações internacionais (Bayer, Marks and Spencer – M&S, The Nature Conservancy – TNC, The Sustainable Trade Initiative – IDH, Unilever, World Wildlife Fund – WWF, entre outras) e representantes de entidades brasileiras (Agroicone, Agrosatélite, Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento – LAPIG, SLC Agrícola, Usina Iracema, entre outras). Na próxima sessão paralela, haverá um diálogo em grupo para debater o caminho para a soja sustentável, quais fatores conduzem a agenda de soja sustentável e o que cada um precisa fazer para levá-la à frente.

Em seguida, haverá equipes de trabalho em que os participantes serão divididos por região e áreas comerciais de interesse para abordar “Possibilidades de negociação: Europa – América do Sul”; “Oportunidades de negociação: Ásia – América do Sul”; “Mercados produtores: Argentina – Bolívia – Brasil – Paraguai” e “Mercados de produtores e oportunidades comerciais: América do Norte”. No fim do dia, todos os participantes se reunirão para receber um feedback e a consolidação dos resultados das discussões em sessão e nos plenários paralelos.

Em 2 de junho, a primeira palestra analisa como as cadeias de fornecimento de soja podem promover inclusão social e desenvolvimento equitativo. Serão apresentados quatro temas-chave: “Quais são as dimensões da escravidão moderna e quem é responsável?”, “Quais são as lições aprendidas com a promoção de cadeias de valor mais socialmente inclusivas para os pequenos agricultores, mulheres e pobres?”, ”Produção de soja e direitos das terras indígenas: o que podemos aprender?” e “Como os riscos e oportunidades ambientais e sociais se sobrepõem e como podemos ter uma abordagem integrada de ambos?”. O sociólogo Caio Magri, do Instituto Ethos, Ashis Mondal, da ASA, Marco Pavarino do Ministério de Desenvolvimento Social e Agrário e outros especialistas renomados participarão dessa etapa.  

Depois desse momento, haverá uma sessão para esclarecer possíveis dúvidas e reunir ideias do que pode ser feito para incrementar a produção e a comercialização de soja responsável. A última atividade será um resumo das reuniões e um encerramento do evento. 

Serviço:

11ª Conferência anual da RTRS – A união de forças para um futuro sustentável

Data: 1 e 2 de junho de 2016

Localização: Hotel Royal Tulip, Brasília-DF

Haverá tradução simultânea para o Inglês, Português e Espanhol

Inscrições: http://www.responsiblesoy.org/annual-conference/inscripcion/registration-form/?lang=pt

Pesquisadores desenvolvem leite mais saudável

A adição de óleo de canola na ração de vacas leiteiras pode tornar o leite produzido pelos animais mais saudável e apresentar outros benefícios que não apenas os nutricionais, como diminuir o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares, autoimunes e inflamatórias.

As constatações são de um estudo feito por pesquisadores da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade de São Paulo (FZEA-USP), campus de Pirassununga.

Resultado de um projeto de pesquisa e de um estudo de mestrado feitos com apoio da FAPESP, o estudo levou à publicação de um artigo na revista PLoS One.

“Conseguimos melhorar a qualidade nutricional da gordura do leite produzido por vacas por meio da adição de óleo de canola à dieta dos animais”, disse Arlindo Saran Netto, professor da FZEA-USP e coordenador do projeto, à Agência FAPESP.

Eles adicionaram óleo de canola à ração de vacas para avaliar o efeito da inclusão de diferentes níveis do lipídeo na produção e na composição do leite e alterar a qualidade da gordura da bebida ao diminuir a concentração de ácidos graxos saturados e melhorar a proporção de ácidos graxos insaturados ômega 6 e ômega 3.

Os ácidos graxos saturados – ou gordura saturada – têm sido identificados como precursores de doença cardiovascular. Já os ácidos graxos insaturados – ou gordura insaturada –, como o ômega 6 e ômega 3, contribuem para reduzir os níveis de LDL (“mau colesterol”) e o risco de desenvolvimento de doenças cardíacas, apontam especialistas na área.

“O leite e outros produtos de origem animal têm sido apontados como vilões da dieta humana devido a sua grande quantidade de ácidos graxos saturados e baixa concentração de ácidos graxos insaturados ômega 3”, explicou Saran Netto.

“Mas estudos anteriores ao nosso já haviam demonstrado que a inclusão de óleos vegetais, como o de canola, que é fonte de ômega 3, podia alterar o perfil de ácidos gordos do leite, aumentando a concentração de ácidos graxos insaturados e diminuindo o teor de ácidos graxos saturados. Porém, a maioria desses estudos não avaliou a inclusão de altos níveis de óleo de canola, por exemplo, na dieta de vacas leiteiras”, afirmou.

Dosagem ideal

A fim de avaliar a dosagem ideal de inclusão de óleo de canola na dieta de vacas leiteiras, eles selecionaram 18 vacas da raça Holandesa, com produção diária média de 22 litros por dia, em duas ordenhas diárias, e em estágio intermediário de lactação. Os animais foram submetidos a três tipos de dietas diferentes, com 21 dias de duração cada, sendo 14 dias de adaptação à dieta e sete dias de coleta de amostras de sangue e de leite produzido.

No primeiro tipo de dieta, as vacas consumiram um concentrado à base de farelo de soja e fubá e silagem de milho. Já na segunda dieta, se alimentavam do concentrado com 3{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} de óleo de canola. E no terceiro tipo de dieta, recebiam o concentrado com 6{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} de óleo de canola.

Os resultados dos experimentos indicaram que a inclusão de 6{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} de óleo de canola na dieta de vacas em lactação reduziu em 20,24{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} a concentração de ácidos graxos saturados no leite.

Além disso, diminuiu em 39,20{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} a proporção entre ácidos graxos saturados e insaturados e em 39,45{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} a proporção entre gorduras insaturadas ômega 6 e ômega 3 pelo aumento da concentração de ômega 3.

“Queríamos melhorar a relação entre ômega 6 e ômega 3 no leite de vaca, uma vez que o equilíbrio da proporção entre esses ácidos graxos insaturados na dieta pode trazer efeitos benéficos à saúde, como prevenir a ocorrência de doenças cardiovasculares, autoimunes e inflamatórias”, explicou Saran Netto.

Os pesquisadores estimaram que a adição de 6{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} de óleo de canola na dieta das vacas leiteiras reduziu em 48,36{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} o índice de aterogenicidade (capacidade de induzir a formação de aterosclerose) e em 39,86{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} o índice de trombogenicidade (capacidade de promover um ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral) pelo consumo do leite com o perfil de gorduras modificado e maior teor de ômega 3.

Além disso, aumentou em 94,44{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} o índice h/H, que está relacionado com o risco de incidência de doenças cardiovasculares pela relação hipo ou hipercolesterolemia – quanto maior o índice, menor é a probabilidade.

Já em relação à composição do leite produzido pelos animais, a adição de 6{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} de óleo de canola na ração resultou em um aumento de 34,08{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} no teor de ácidos graxos insaturados e de 115{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} na concentração de ômega 3, afirmam os pesquisadores.

“A inclusão de óleo de canola na dieta das vacas em lactação tornou o perfil da gordura do leite que produziram mais saudável para a dieta humana”, disse Saran Netto.

Em contrapartida, a adição de 6{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} de óleo de canola na dieta das vacas diminuiu a produção de leite pelos animais em 2,5 litros por dia.

Os resultados das análises indicaram que a produção de leite diminuiu de acordo com o aumento da dosagem de óleo de canola na dieta das vacas, de 23,5 litros para 22,46 litros, quando a ração foi suplementada com 3{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} de óleo de canola, e de 22,46 para pouco menos de 20 litros quando foi adicionado 6{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} de óleo de canola na ração dos animais.

“Isso se deve ao fato de que qualquer óleo adicionado à dieta das vacas causa a diminuição da degradabilidade ruminal [a capacidade de degradar fibras] e da taxa de digestão dos animais, que passam a ingerir menos matériaseca e nutrientes. Isso acarreta uma diminuição do fluxo de nutrientes para a glândula mamária e, consequentemente, a redução da produção de leite”, explicou o pesquisador.

“Mas, agora, temos interesse em não só conseguir produzir leite com essa característica, mas também melhorar esse aspecto da produção”, afirmou.

Mais vantagens

Já é comercializado em alguns países leite UHT com maiores teores de ômega 3, porém adicionado ao produto já industrializado, na fase de envase.

Algumas das vantagens de ter esses ácidos graxos insaturados disponíveis já naturalmente no produto, por meio da adição na ração das vacas leiteiras, segundo Saran Netto, são que podem ter maior biodisponibilidade e podem ser melhor absorvidos pelos consumidores.

“O custo desse leite com ômega 3 adicionado à ração das vacas leiteiras também pode ser um pouco menor do que um leite com o ingrediente adicionado na fase de envase, ainda que mais caro que um leite convencional”, afirmou o pesquisador.

Nenhum dos produtos desenvolvidos pelos pesquisadores nos últimos anos, como o leite com maior teor de ômega 6, selênio e vitamina E, chegou ainda ao mercado porque há a necessidade de realizar mudanças na logística das fazendas e dos laticínios para comercializá-los, apontou Saran Netto.

O leite com óleo de canola ou de girassol adicionado à ração das vacas leiteiras precisaria ser captado e processado pelo laticínio de forma separada em sua linha de envase, exemplificou.

“Ainda não há uma demanda alta que viabilize a produção desse tipo de leite diferenciado pelas fazendas produtoras de leite”, ponderou o pesquisador.

Os pesquisadores ainda não realizaram testes do leite com ômega 3 com consumidores para avaliar os benefícios à saúde proporcionados pelo consumo regular do produto.

A ideia, porém, é realizar um estudo em que irão adicionar óleo de soja e de canola na dieta de vacas leiteiras e estudar os efeitos do consumo de leite com maiores teores de ômega 6 e ômega 3 produzidos pelos animais em suínos, cuja fisiologia é muito parecida com a humana, comparou o pesquisador.

“Vimos os benefícios que a adição de óleo de canola proporcionou para a qualidade da gordura do leite e que podem ser estendidos para a saúde humana por meio do consumo do produto com maiores teores de ômega 3. Agora, pretendemos atestar os reais efeitos usando suínos como modelo”, explicou Saran Netto.

O artigo “Canola oil in lactating dairy cow diets reduces milk saturated fatty acids and improves its omega-3 and oleic fatty acid content” (doi: 10.1371/journal.pone.0151876), de Saran Netto e outros, pode ser lido na revista PLoS One emjournals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0151876.

Produtividade e qualidade

Saran Netto e colegas da FZEA-USP têm se dedicado nos últimos anos a melhorar a produtividade e a qualidade nutricional de produtos de origem animal, como leite e carne, por meio da suplementação da ração dos animais com vitaminas, minerais e antioxidantes, entre outros ingredientes funcionais.

Por meio de um projeto anterior, também financiado pela FAPESP, eles adicionaram óleo de girassol com selênio orgânico e vitamina E à ração de vacas.

Com isso, conseguiram não só melhorar a saúde e a produção leiteira dos animais, como também melhorar a conservação do produto e os níveis do mineral e da vitamina no sangue de crianças que consumiram o produto. (leia mais em: http://agencia.fapesp.br/14557).

Já no início de 2014, por meio de um segundo projeto, produziram carne com menor nível de colesterol ao suplementar a ração de bois com vitamina E, selênio e óleo de girassol (leia em: http://agencia.fapesp.br/18480).

Mais recentemente, por meio de outra pesquisa, eles adicionaram vitamina E, óleo de canola e selênio na dieta de bois para avaliar os efeitos da suplementação desses ingredientes na expressão gênica, qualidade da carne e sistema imune dos animais.

Elton Alisson  |  Agência FAPESP

 

Coordenação divulga programação da Rondônia Rural Show

A coordenação da 5ª Rondônia Rural Show divulgou nesta quinta-feira (19) a programação da feira que começará na próxima quarta-feira (25) e vai até dia 28, em Ji-Paraná. O evento pretende reunir milhares de pessoas e autoridades do Brasil e do mundo em torno de uma série atividades típicas de uma grande exposição, como oficinas, cursos, workshops, palestras e circuitos tecnológicos, para apresentar as potencialidades do estado.

Além de palestras com especialistas brasileiros e estrangeiros, o visitante da feira poderá também tomar parte de outras atividades especiais, como apresentação dos programas Caminhos da Carne, do Leite e do Café – setores símbolos da essência da capacidade produtiva local, que representam a vocação nata de Rondônia -, onde poderá conferir de perto todas as fases de produção, desde o preparo do solo até a comercialização dos produtos, tudo mostrado com o que há de mais moderno em tecnologia rural.

A visitante da 5ª Rondônia Rural Show terá uma programação de atividades extensa e bem variada, que prevê também oficinas e exposição gastronômicas, desfiles e atrações culturais. O convite é para todos, e a expectativa do governo de Rondônia é que os negócios a ser fechados na feira superem os R$ 800 milhões.

Confira a programação

DIA 24 – terça-feira:

8h, culto ecumênico; 8h30, início do tratoraço.

DIA 25 – quarta-feira:

7h30, abertura dos portões; 8h30, hasteamento de bandeiras; 9h, abertura oficial – local: tenda de Abertura

Das 14h30 às 15h30, Palestra, tema: Cooperativismo, palestrante: Dilvo Grolli, responsabilidade OCB-RO;

Das 15h45 às 17h, talk show, com apresentação dos convidados: Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-RO), Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo do Estado de Rondônia (OCB/Sescoop), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri) e Universidade Federal de Rondônia (Unir), fazendo interação com o público (perguntas e respostas).

Apresentações Diárias e Simultâneas

Das 14h às 18h, Oficina de Gastronomia e Filetagem de Pescado (Pirarucu e Tambaqui), palestrante credenciado pelo Sebrae

Das 14h às 18h, Caminho da Carne, palestrante credenciado pela Seagri

Das 14h às 18h, Caminho do Leite, palestrante credenciado pela Seagri/Emater

Das 14h às 18h, Caminho do Café, palestrante credenciado pela Seagri/Emater

Das 14h às 17h30, Vitrine de Processamento de Alimentos, tema: Beneficiamento de Pescado (duas apresentações), palestrante credenciado pelo Senar

PROGRAMAÇÃO DO ESPAÇO EMPRESARIAL INTERNACIONAL

Das 14h30 às 17h30, palestra com o tema: Fórum de Logística da Amazônia, palestrante: Luiz Antônio Fayte, responsabilidade Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA/Faperon)

Das 17h30 às 18h, Momento Cultural.

DIA 26 – quinta-feira

7h30- Abertura dos Portões

Das 8h às 12h, Workshop, tema: Integração  Lavoura, Pecuária, Floresta (ILPF) como Alternativa Sustentável Para  Rondônia, palestrantes: Vicente de Paulo Campos Godinho e Giocondo Vale, responsabilidade Embrapa

Das 14h30 às 15h30, Palestra, tema: Gestão e Desenvolvimento das Associações Rurais, palestrante: Rafael Vargas Lara, responsabilidade Seae

Das 15h45 18h, Workshop sobre Captação de Recursos e Projetos para Associações Rurais, palestrante: Vitor de Jesus Pereira, responsabilidade Seae.

Apresentações Diárias e Simultâneas

Das 14h às 18h, Oficina de Gastronomia e Filetagem de Pescado (Pirarucu e Tambaqui), palestrante credenciado pelo Sebrae;

Das 14h às 18h, Caminho da Carne, palestrante credenciado pela Seagri

Das 14h às 18h, Caminho do Leite, palestrante credenciado pela Seagri/Emater

Das 14h às 18h, Caminho do Café, palestrante credenciado pela Seagri/Emater

Das 14h às 17h30, Vitrine de Processamento de Alimentos, tema: Fábrica de Linguiças Caseiras e Defumadas (duas Apresentações), palestrante credenciado pelo Senar

Das 8h às 12h, Oficina, tema: Controlar Meu Dinheiro, palestrante credenciado pelo Sebrae;

Das 15h às 16h30, Vitrine Tecnológica, tema: Sistema de Produção Cultivance®: o primeiro cultivo geneticamente modificado totalmente desenvolvido no Brasil, desde as pesquisas em laboratório até a sua comercialização, palestrante credenciado pela Embrapa

Das 14h às 18h, Vitrine Tecnológica, tema: Comercializar no Campo, palestrante credenciado pelo Sebrae

PROGRAMAÇÃO DO ESPAÇO EMPRESARIAL INTERNACIONAL

Das 8h às 9h, Palestra, tema: Incentivo Fiscal Governo Federal, incluindo a Zona Franca  Verde. Palestrante credenciado pela Suframa de Manaus/Suder

Das 9h às 10h, Palestra, tema: Benefícios Fiscais à exportação, Quais e Como Recebê-los, palestrante: José Eduardo Leal Rebouças, credenciado pelo Sebrae

Das 10h às 12h, Palestras, temas: Oportunidade de Negócios e Investimento em Cuba e Cuba como Destino Turístico, palestrante: Túrcico López – Cônsul de Cuba, responsabilidade Suder

Das 14h30 às 17h30, Encontro Internacional de Negócios

Das 17h às 18h, Momento Cultural.

DIA 27- sexta-feira

7h30, Abertura dos Portões;

Das 8h às 9h20, Palestra, tema: Manejo Reprodutivo de Rebanho Bovino visando Maior Eficiência, palestrante: Luiz Francisco Machado Pfeifer, responsabilidade Embrapa

Das 9h30 às 10h30, Palestra, tema: Manejo de Fêmeas Leiteiras, palestrante: Luiz Carlos Tadeu Capovilla, responsabilidade Seagri

Das 10h45 às 12h, Palestra, tema: Plano de Desenvolvimento Estadual Sustentável de Rondônia ( PDES/RO), palestrantes: George Alessandro Gonçalves Braga e Zilene Santana Rabelo, responsabilidade Sepog;

Das 14h30 às 15h30, Palestra, tema: As novas Oportunidades para a Piscicultura em Rondônia, palestrante: Francisco das Chagas Medeiros, responsabilidade Seagri

Das 15h45 às 16h45, Palestra, tema: Arranjo Produtivo Local da Sociobiodiversidade, palestrante: Natan Oliveira da Costa, responsabilidade Sepog

Das 17h às 18h, Palestra, tema: Captação de Recursos, palestrante: Ibaldeci  dos Santos Ferreira, responsabilidade Sebrae

Apresentações Diárias e Simultâneas

Das  9h às 18h, Oficina de Gastronomia e Filetagem de Pescado (Pirarucu/Tambaqui), palestrante credenciado pelo Sebrae

Das 14h às 18h, Caminho da Carne, palestrante credenciado pela Seagri

Das 14h às 18h, Caminho do Leite, palestrante credenciado pela Seagri/Emater

Das 14h às 18h, Caminho do Café, palestrante credenciado pela Seagri/Emater

Das 9h às 11h30, Vitrine de Processamento de Alimentos, tema: Derivados do Leite (duas apresentações), palestrante credenciado pelo Senar

Das 14h às 17h30, Vitrine de Processamento de Alimentos, tema: Beneficiamento de Pescado (duas apresentações), palestrante credenciado pelo Senar

Das 10h às 11h30, Vitrine Tecnológica, tema: Poda de Café, palestrante credenciado pela Embrapa

Das 15h às 16h30, Vitrine Tecnológica, tema: Vetscore – Avaliação Corporal de Bovinos, palestrante credenciado pela Embrapa

Das 8h às 12h, Palestra, tema: Comercializar no Campo, palestrante credenciado pelo Sebrae

Das 14h às 18h, Palestra, tema: Controlar Meu Dinheiro no Campo, palestrante credenciado pelo Sebrae

PROGRAMAÇÃO DO ESPAÇO EMPRESARIAL INTERNACIONAL

Das 8h às 15h, Capacitação: Exportação Passo a Passo, consultora: Vânia Strepeckes, responsabilidade: Fiero/CIN

Das 16h às 17h, Desfile Indústria do Vestuário do Estado de Rondônia, organização: Sindicado das Indústrias do Vestuário do Estado de Rondônia (Sindivest-RO), apoiadores: Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (Fiero) e Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Estado de Rondônia (Senai)

Das 17h30 às 18h, Momento Cultural.

DIA 28- sábado

7h30, Abertura dos portões;

Das 9h às 11h, Palestra, tema: Cacau como Fonte Geradora de Riquezas e Suas Perspectivas no Brasil e no Mundo, palestrante: Antônio Cesar Costa Zugaib, responsabilidade Ceplac

Das 11h15 às 12h, Palestra, tema: Mercado de Café Solúvel e Conilon a Importância no Brasil e no Mundo, palestrante: Élcio Martiniano, responsabilidade Emater/Associação Brasileira de Café Solúvel

Das 14h30 às 15h30, Palestra, tema: Veículo Aéreo não Tripulado e Suas Aplicações no Agronegócio, palestrante: Bruno Mielke de Mendonça, responsabilidade Visão Rural

Apresentações Diárias e Simultâneas

Das 9h às 18h, Oficina de Gastronomia e Filetagem de Pescado (Pirarucu/Tambaqui), palestrante credenciado pelo Sebrae

Das 14h às 18h, Caminho da Carne, palestrante credenciado pela Seagri

Das 14h às 18h, Caminho do Leite, palestrante credenciado pela Seagri/Emater

Das 14h às 18h, Caminho do Café, palestrante credenciado pela Seagri/Emater

Das 9h às 11h30, Vitrine de Processamento de Couro (Espaço Senar), tema: Fabricação de Produtos de Selaria (duas apresentações), palestrante credenciado pelo Senar

Das 9h às 10h, Vitrine Tecnológica, tema: Vetscore- Avaliação Corporal de Bovinos, palestrante credenciado pela Embrapa

Das 10h15 às 11h, Vitrine Tecnológica, tema: Régua de Manejo de Pastagem, palestrante credenciado pela Embrapa

PROGRAMAÇÃO DO ESPAÇO EMPRESARIAL INTERNACIONAL

Das 9h às 10h, Solenidade de agradecimento aos participantes

17h, Encerramento

 

Texto: Cleuber R Pereira
Fotos: Ésio Mendes
Secom – Governo de Rondônia

Gastronomia regional será apresentada a visitantes da Rondônia Rural Show

A Superintendência Estadual de Turismo (Setur) apresentará na próxima semana os potenciais turísticos da região, além de dar ênfase à gastronomia do pirarucu na 5a edição da Rondônia Rural Show em Ji-Paraná. A maior feira de agronegócio da região Norte será aberta na próxima quarta-feira (25).

Em seu estande, a Setur oferecerá aos visitantes, com apoio do Conselho Empresarial de Turismo (Conetur), a degustação de pratos criados com o pirarucu, peixe típico da região Norte, que pode chegar até dois metros, patenteado pelo governo estadual como “Pirarucu da Amazônia”.

Além da gastronomia criada com o pirarucu, a superintendência também oferecerá iscas de carne de jacaré, ambos produtos do plano de manejo, com o intuito de incentivar a comercialização dos produtos fora do estado. Panfletos de divulgação do turismo local serão distribuídos aos visitantes, e expositores artesanais de Porto Velho também divulgarão seu trabalho.

O superintendente da Setur, Júlio Olivar, destaca que a feira é um evento de grande potencial para o polo turístico, pois movimenta toda cadeia turística da região, atraindo expositores e visitantes de todo o País. “Por se tratar de uma das maiores feiras de agronegócios do País, o momento é oportuno para divulgarmos todo potencial turístico, mostrando não só para os rondonienses como para todo País, através da mídia, a gama de opções para visitar e conhecer Rondônia”, enfatizou.

SOBRE A FEIRA

A Rondônia Rural Show é uma feira de tecnologia e oportunidade de negócios voltada ao setor agropecuário, realizada anualmente pelo governo do estado, sob a coordenação da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), no município de Ji-Paraná.

Texto: Marilza Rocha
Fotos: Giliane Perin
Secom – Governo de Rondônia

Governo institui Mesa de Diálogo Permanente para prevenir conflitos fundiários e socioambientais em Rondônia

Com o objetivo de prevenir, mediar e solucionar de forma pacifica conflitos fundiários e socioambientais no estado, o governo de Rondônia instituiu a Mesa de Dialogo e Negociação Permanente com Ocupações Urbanas e Rurais.  A medida, instituída pelo Decreto n° 20.868, foi publicada no Diário Oficial do Estado do último dia 12.

A Mesa de Diálogo Permanente é composta por representantes de órgãos do Poder Executivo, da sociedade civil organizada e por representantes de instituições convidadas, como o Ministério Publico Federal, Ministério Publico Estadual, Assembleia Legislativa , Defensoria Pública e Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Rondônia. A coordenação caberá à Casa Civil e à Secretaria de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec).

“Não tenho a menor dúvida de que esse instrumento ajudará muito no assunto que acaba refletindo na área da segurança pública, uma vez que quando não há acordo, não há entendimento dentro da sociedade, a polícia acaba tendo de tomar providencias em relação a desvios ocorridos”, disse o titular da Sesdec, Antônio Carlos dos Reis.

A Mesa de Diálogo Permanente se constitui, para Antônio dos Reis, num trabalho fundamental. “Isso porque vai buscar prevenir que ocorram vários crimes. Não é apenas a questão do esbulho possessório envolvendo uma propriedade, mas outros crimes que seguem a reboque, como o ambiental. A Mesa pode amenizar muito os problemas do Estado de Rondônia na questão fundiária, que precisa tanto da participação de outros órgãos a fim de que os conflitos efetivamente não ocorram, tendo que a segurança pública atuar”, destacou o secretário.

Serão observadas pelos integrantes da Mesa de Dialogo Permanente sete diretrizes, que são a preservação do direito à vida e da dignidade humana; observância dos direitos sociais à moradia e ao trabalho; observância da função social da cidade e da propriedade; realização, a título preferencial, de audiências previas à adoção de atos executórios em matéria socioambiental e fundiária; participação das partes interessadas; envolvimento de representantes da sociedade civil na composição da solução dos conflitos e acompanhamento da implementação das soluções pactuadas e das obrigações voluntariamente assumidas pelas partes envolvidas.

A Mesa de Dialogo e Negociação Permanente com Ocupações Urbanas e Rurais resulta de encontro da Comissão  Nacional de Combate à Violência no Campo, presidida pelo ouvidor agrário nacional, Gercino José da Silva Filho, que apresentou em Porto Velho ao secretário da Casa Civil, Emerson Castro, a proposta de criação desse instrumento, existente também em Minas Gerais. Após a reunião, em março, a Casa Civil encaminhou consulta a diversas entidades e instituições públicas para que opinassem a respeito da proposta.

“Temos no gabinete a gestão integrada que atende a demandas especificas e lida com conflitos, mas esse é mais um instrumento para prevenir conflitos e que pode trazer solução definitiva, promovendo a paz no campo”, afirmou o secretário Antônio dos Reis.

Texto: Mara Paraguassu
Secom – Governo de Rondônia

 

Embrapa faz lançamentos e leva tecnologias para a Rondônia Rural Show

A Embrapa Rondônia irá lançar e levar diversas tecnologias nas áreas da cafeicultura, produção animal, vegetal e florestal para uma das maiores feiras de agronegócios da Região Norte, a 5ª Rondônia Rural Show, também considerada uma das vinte maiores feiras no calendário dos principais eventos destinados ao agronegócio do país. O evento acontece de 25 a 28 de maio em Ji-Paraná (RO) e a expectativa dos organizadores é de que mais de 60 mil pessoas visitem o local. “São quatro décadas de intensa produção científica da Embrapa para o estado e região amazônica. Tecnologias que estão disponíveis para os agricultores melhorarem a produção em quantidade e qualidade, com foco sempre na sustentabilidade dos sistemas”, explica o chefe-geral da Embrapa Rondônia, Alaerto Marcolan. Segundo ele, o público que for ao evento poderá conferir o que de mais novo tem sido desenvolvido para o estado e região e que já pode ser adotado pelos produtores.

A Embrapa estará presente na Vitrine Tecnológica, na área dos estandes institucionais, em palestras, nos Caminhos do Leite e do Café e demais ações realizadas na Feira, sempre com profissionais à disposição do público todos os dias do evento. Os lançamentos deste ano são os livros “Café na Amazônia” e “Ginecologia e ultrassonografia reprodutiva em bovinos”; a nova técnica de Inseminação Artificial em Tempo Fixo – IATF em Blocos; demonstração da poda de formação em cafeeiros; e o dispositivo VETSCORE®, desenvolvido pela Embrapa Rondônia para avaliação nutricional do rebanho bovino, que estará exposto na Rondônia Rural Show e deve chegar neste primeiro semestre ao mercado. A comercialização será realizada pela Prático de Garça, empresa habilitada pela Embrapa para comercializar o produto.

Na área da cafeicultura, estarão à disposição do público na Vitrine Tecnológica variedades de café desenvolvidas pela Embrapa (arábica, robusta e conilon), entre elas a cultivar de café conilon BRS Ouro Preto. Também estarão em exposição a máquina de colheita semi-mecanizada do café canéfora (conilon e robusta) e a Barcaça Seca Café, tecnologia para a secagem de café com qualidade. Durante a Rondônia Rural Show o público ainda poderá degustar os cafés arábica e conilon de alta qualidade de bebida cultivados em áreas de experimentos da Embrapa no estado.

Na Vitrine Tecnológica também serão apresentados ao público a cultivar de arroz BRS Esmeralda; a cultivar de capim elefante anão BRS Kurumi e a BRS Tamani, o primeiro híbrido de Panicum maximum da Embrapa. O Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) será apresentado na Vitrine como tecnologia sustentável para a agricultura. O público também poderá conhecer e manusear a régua de manejo de pastagem, que indica o momento ideal para o gado entrar e sair da pastagem.

A Embrapa também fará parte de uma das novidades da Feira para este ano, as salas temáticas Caminho do Leite e Caminho do Café, organizados pela EMATER-RO e com a parceria da Embrapa. Estes espaços são interativos e buscam oferecer ao público uma experiência sensorial, aguçando visão, tato, olfato e audição para levar aos visitantes orientações e uma breve experiência sobre a produção de café e leite no estado.

Além destas ações, a equipe da Embrapa realizará duas palestras que fazem parte da programação da Feira. No dia 26/05, das 8h às 12h, será realizado o “Workshop Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) como alternativa sustentável para Rondônia”, os palestrantes serão o pesquisador da Embrapa Rondônia, Vicente de Paulo Campos Godinho e o produtor Giocondo Vale, que possui uma fazenda que utiliza o sistema ILPF e que é considerada modelo em sustentabilidade em Rondônia. No dia 27/05, das 8h às 9h20, será realizada a palestra “Manejo reprodutivo de rebanho bovino visando maior eficiência”, com o pesquisador da Embrapa Rondônia, Luiz Francisco Machado.

Diversas ações realizadas pela Embrapa na Rondônia Rural Show contam com a parceria da Energia Sustentável do Brasil (ESBR), concessionária da Usina Hidrelétrica (UHE) Jirau que, por meio do Projeto Piloto de Uso da Faixa Deplecionável do reservatório da UHE Jirau (RO) e das Áreas de terra Firme de seu Entorno, buscam o desenvolvimento da agricultura familiar no entorno da Usina Jirau e região através de transferência de tecnologias.

Confira abaixo mais detalhes sobre as ações e tecnologias que a Embrapa levará para a quinta edição da Rondônia Rural Show.

Lançamento de livros

O livro “Café na Amazônia” reúne e atualiza todo o conhecimento gerado pela Embrapa Rondônia em seus 40 anos de existência em Rondônia. O livro, em seus 21 capítulos escritos por mais de 50 autores, contém informações necessárias a todos aqueles que pretendem cultivar ou participar dos esforços para o cultivo do café na Região Amazônica. Permite as tomadas de decisão do agricultor, em sua plantação; dos agentes financeiros, responsáveis pelo financiamento da produção; dos estudantes em sua formação; do extensionista, na aplicação das técnicas indicadas. Enfim, uma obra completa e útil para o desenvolvimento e fortalecimento da cafeicultura na Amazônia, garantindo a competitividade do setor cafeeiro frente às demais regiões produtoras, em um cenário econômico que exige, cada vez mais, a profissionalização do setor agrário e a eficiência de utilização de recursos ambientais, econômicos e humanos. O livro conta com a parceria da UHE Jirau e apoio do Consórcio Pesquisa Café e da Secretaria de Estado da Agricultura – Seagri.

Já o livro “Ginecologia e ultrassonografia reprodutiva em bovinos” pretende ser um novo aliado dos profissionais e estudantes que trabalham diretamente com os sistemas de produção de bovinos de todo o Brasil. Trata-se de um manual prático, de consulta rápida e de fácil leitura, que pode auxiliar na condução adequada da avaliação reprodutiva. A obra é uma parceria da Embrapa Rondônia com a Universidade do Estado de Santa Catarina.

Lançamento: IATF em Blocos aumenta em até 20{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} a prenhez em vacas

Com a nova técnica de Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) desenvolvida pela Embrapa Rondônia, a IATF em Blocos, a taxa de prenhez pode chegar a 70{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}, enquanto que o método convencional alcança em média de 40{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} a 60{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}, ou seja, a nova técnica aumenta de 10{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} a 20{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} a taxa de prenhez em relação às vacas submetidas à metodologia de IATF convencional. A IATF em Blocos foi desenvolvida para aproveitar o máximo potencial reprodutivo de fêmeas bovinas submetidas a um protocolo de IATF.

O diferencial da IATF em Blocos é a realização da inseminação de acordo com o diâmetro do folículo dominante, ou seja, a resposta do ovário da vaca. Para utilizar a nova técnica, no dia de realização da IATF, inicialmente as fêmeas são avaliadas por ultrassonografia para se estimar o momento da ovulação. Dessa forma, realiza-se a inseminação artificial de acordo com o momento mais favorável para a fecundação, diferentemente da forma tradicional, que não leva em consideração a estimativa do momento da ovulação. A depender do diâmetro do folículo, os animais são separados em quatro grupos e inseminadas em até 30 horas. A metodologia foi desenvolvida para vacas zebuínas de corte, Nelore, com cria ao pé e será avaliada para outras raças.

Lançamento: poda de formação dos cafeeiros conilon e robusta

A poda de formação será apresentada na prática aos visitantes da Vitrine Tecnológica da Embrapa na Feira. A poda de formação é uma técnica indicada para a formação precoce da copa dos cafeeiros conilon e robusta. Ela é benéfica por aumentar a produção na primeira safra e possibilitar a padronização das podas de produção, pois as hastes apresentarão a mesma idade. Se os cafeeiros forem plantados no mês de janeiro e a poda realizada em março, por exemplo, a prática da poda poderá também evitar o florescimento precoce em julho/agosto, evitando a colheita do primeiro ano (catação), cujo custo e a baixa produtividade por planta, a torna economicamente inviável.

VETSCORE®: tecnologia simples para avaliar a condição nutricional do rebanho

A Embrapa Rondônia desenvolveu uma tecnologia simples e prática para avaliar a condição nutricional do rebanho. Chamado VETSCORE®, a previsão é de que esteja disponível para manuseio. A comercialização será realizada pela Prático de Garça, empresa habilitada pela Embrapa para comercializar o produto.

O VETSCORE® é formado por duas réguas e articuladas de maneira a formarem uma angulação em que o próprio produtor pode monitorar o rebanho de forma rápida e precisa, além de corrigir o manejo alimentar para atingir maior eficiência do rebanho. Para fazer a avaliação com o VETSCORE®, o animal deve ser recolhido em local onde possa ser contido e manuseado sem apresentar riscos a ele e ao avaliador. Feito isso, a régua deve ser posicionada sobre a garupa do animal, entre a última vértebra lombar e a primeira vértebra sacral, e ser lentamente fechado até que suas réguas estejam em maior contato possível com a pele do animal. A leitura da condição corporal em que o animal se encontra é indicada por cores no visor: vermelha (baixa), verde (adequada) e amarelo-alaranjada (alta). Este dispositivo foi validado para as raças Nelore, Girolando e Angus.

Conilon BRS Ouro Preto: primeira cultivar de café da Embrapa para Rondônia e região

Uma área foi reservada na Rondônia Rural Show para o plantio e demonstração ao público da cultivar de café conilon BRS Ouro Preto (Coffea canephora Pierre ex Froehner), a primeira lançada pela Embrapa no Brasil, sendo resultado de pesquisa conduzido pela Embrapa Rondônia e o Consórcio Pesquisa Café. Também é a primeira cultivar de café conilon do Brasil a receber o Certificado de Proteção, concedido pelo Serviço Nacional de Proteção de Cultivares, vinculado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Recomendada especialmente para Rondônia, segundo produtor de café conilon do país, a cultivar foi obtida pela seleção de cafeeiros com características adequadas às lavouras comerciais do estado e adaptada ao clima e ao solo da região. Sua denominação é uma homenagem ao município de Ouro Preto do Oeste, centro pioneiro da colonização oficial do antigo território de Rondônia.

Colheita semi-mecanizada do café conilon pode reduzir custos de produção

Um dos principais gargalos enfrentados pelos cafeicultores é a falta de mão-de-obra, que limita o desenvolvimento da produção, tanto em quantidade como em qualidade. E, com o intuito de minimizar este problema, a Embrapa Rondônia está realizando testes para a colheita semi-mecanizada do café canéfora (conilon e robusta), que pode ser uma alternativa viável. Em testes iniciais, as medições foram feitas e comparadas com a colheita manual. O rendimento da máquina foi de aproximadamente cinco para um. Isso quer dizer que, considerando a máquina trabalhando com quatro operadores, ela tem potencial de fazer o trabalho de derriça de mais de 20 homens, reduzindo os custos em até 70{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}, quando comparada à colheita manual.

As máquinas recolhedoras e trilhadoras do café são baseadas no sistema de podas e renovação anual e/ou periódicas das lavouras. Em que, os ramos provenientes das podas, contendo ainda os frutos, formam leiras que são trilhadas mecanicamente ou podem simplesmente alimentar as máquinas de forma manual. Essa forma de colheita semi-mecanizada possui grande potencial por utilizar máquinas mais compactas e de menor custo, além de não exigir a obrigatoriedade da adequação espacial das lavouras de café. Este trabalho tem sido realizado em parceria com as Indústrias Colombo/Miac.

Pesquisa demonstra potencial do café arábica para a região amazônica

Os resultados de duas colheitas dos experimentos de café arábica desenvolvidos pela Embrapa Rondônia especialmente para a região Amazônica superaram as expectativas. Alguns materiais alcançaram produtividade média de 28 sacas por hectare nas áreas experimentais instaladas em municípios dos estados de Rondônia e Acre. Destaque para duas linhagens que alcançaram média de 40 sacas por hectare no município de Alta Floresta do Oeste-RO. Segundo o pesquisador da Embrapa Rondônia, Alexsandro Teixeira, são resultados excelentes considerando o cultivo sob condições de temperaturas elevadas, e ainda, quando comparado com a média nacional que é de 22 sacas/ha. “A pesquisa com café arábica é de grande importância para a região, pois atende grande demanda, uma vez que todo o café arábica consumido no Norte do país é importado de outras regiões produtoras, como Minas Gerais e São Paulo”, explica o pesquisador.

São dez anos de pesquisas em melhoramento genético para o café arábica desenvolvidas pela Embrapa Rondônia. O processo de seleção de plantas ainda está em andamento, pois é necessária a coleta de dados de mais duas safras de produção para finalizar a pesquisa. A previsão é de, em 2018, ter  uma cultivar de café arábica recomendada para a Amazônia. Estas pesquisas são conduzidas pela Embrapa Rondônia e Embrapa Café, em parceria com o Instituto Agronômico de Campinas – IAC e Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais – Epamig, também participante do Consórcio.

Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

A Integração Lavoura-Pecuária-Floresta é um sistema de produção recomendado pela Embrapa em todo Brasil e também será apresentado na Rondônia Rural Show. Trata-se de uma estratégia de produção sustentável, que integra atividades agrícolas, pecuárias e florestais, realizadas na mesma área em cultivo consorciado, em sucessão ou rotacionado, buscando efeitos sinérgicos entre os componentes do agroecossistema. De acordo com o pesquisador da Embrapa Rondônia, Vicente Godinho, estima-se que mais de 70{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} das áreas de pastagem do estado estão com algum grau de degradação e a produção de grãos vem como uma alternativa para a recuperação destes solos, no sistema de integração lavoura-pecuária (ILP).

 

 

 

Renata Silva (MTb 12361/MG)
Embrapa Rondônia

Oficina de Gastronomia e Filetagem de Pescado acontecerá nos 4 dias da Rondônia Rural Show

Em Rondônia existem atualmente dois frigoríficos para abate de peixes, todos com autorização do Serviço de Inspeção Federal (SIF), que permite comercializar a produção. Ao todo, 9.446 produtores de peixes, a maioria voltada para a agricultura familiar, estão cadastrados na Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri).

E foi pensando nisso que a 5º Rondônia Rural Show, mais uma vez traz a Oficina de Gastronomia e Filetagem de Pescado (Pirarucu e Tambaqui), que acontecerá durante os 4 dias de feira. Durante a oficina, os participantes receberão orientações sobre as práticas de manipulação e sobre cortes especiais em pescado, como filetagem, seleção, armazenamento e congelamento, além de deliciosas receitas feitas de peixe.

A previsão é que durante as oficinas, não só os piscicultores participem, mas também o público em geral.

As oficinas acontecerão todos os dias das 14h às 18h. A entrada é gratuita.

Texto: Eduardo Kopanakis

Secom – Governo de Rondônia

Imagem meramente ilustrativa.

Parceiro da Rondônia Rural Show, Sebrae terá como principal objetivo transformar e capacitar produtores durante a feira

O Sebrae está organizando uma vasta programação de palestras, oficinas e cursos com vários temas relacionados à agricultura e pecuária, além de também atuar, juntamente com os parceiros no estande de atendimento montado na Rondônia Rural Show.

Uma das novidades para este ano será o espaço empresarial internacional, que será destinado as palestras realizadas pelo Sebrae. Segundo o diretor superintendente do Sebrae em Rondônia, Valdemar Camata Júnior, os principais assuntos a serem discutidos serão comercio exterior, a importância das exportações de produtos rondonienses, e a busca de novos mercados para os produtores.

O diretor superintendente do Sebrae destacou, ainda, que depois da feira, o país inteiro terá novos olhos para o estado de Rondônia. “Esse ano é o ano de uma constatação definitiva , a Rondônia Rural Show mostra para o Brasil inteiro que Rondônia é hoje a melhor opção para expansão das fronteiras de produção do agronegócio Brasileiro. Ao final do evento, o Brasil vai ficar sabendo que no meio dessa crise toda que o país passa, o estado mostra o quanto há de potencial produtivo e de potencial de crescimento efetivamente acontecendo aqui “, disse Camata.

A 5ª Rondônia Rural Show é a maior feira de agronegócios da região Norte do Brasil, e responsável por levar informações para milhares de pecuaristas, agricultores e empresários, além de facilitar a movimentação de milhões em negócios.

Confira a programação completa na página da Rondônia Rural Show.

Texto: Eduardo Kopanakis
Secom – Governo de Rondônia

Imagem meramente ilustrativa.