O número de afastamentos do trabalho por depressão e ansiedade aumentou em Rondônia em 2024, acompanhando uma tendência nacional. De acordo com dados do Ministério da Previdência, o estado registrou 1.540 afastamentos entre janeiro e dezembro, sendo 417 por ansiedade e 342 por depressão.
No cenário nacional, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) recebeu 3,5 milhões de pedidos de licença médica no ano passado, com 472 mil casos relacionados à saúde mental. Esse número representa um aumento de 68% em relação a 2023, quando foram concedidos 283 mil benefícios por esse motivo.
Embora o registro de afastamentos em Rondônia seja elevado, o Pará lidera o ranking na Região Norte, com 5.441 afastamentos por problemas psicológicos. Apesar do INSS não ter divulgado o valor total gasto com auxílios para trabalhadores afastados por transtornos mentais, a média de tempo das licenças foi de três meses, com pagamentos mensais de aproximadamente R$ 1,9 mil.
Além disso, os dados revelam que a maioria das pessoas licenciadas eram mulheres, com idade média de 41 anos. Especialistas apontam que fatores como a crise da Covid-19, a insegurança financeira e o aumento da informalidade no mercado de trabalho agravaram o cenário da saúde mental no Brasil.
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