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Gestão de florestas e governança

Como é que poderemos administrar corretamente as nossas Unidades de Conservação, Parques, Reservas Indígenas e Áreas de Proteção Ambiental?

Falo direto pra vocês, o Estado é completamente incompetente para geri-las, como tem sido demonstrado ao longo do tempo. Fica naquela “apagamento de incêndio”,  fiscalizando aqui e ali. Demora um ano, outra fiscalização. Enquanto o devastador, o grileiro, o posseiro, o  invasor, tem uma mobilidade incrível. Inclusive, tem sistemas avançados de comunicação e de dentro do Estado, também há os infiltrados “servidores e/ou comissionados”  no crime, que passam informações das datas e das operações fiscalizadoras. floresta edano

E por dentro, tem rádios, antenas,motocicletas, batedores,  que saem à frente em comboios, à frente  de caminhões de madeira, irregularmente  colhidas. É crime em cima de crime e por aí vai. Sempre com o argumento, que o Estado está atrapalhando o desenvolvimento, o emprego , a renda de certas comunidades. O que não se justifica, porque atrás de um crime vem um longa fila de outros tantos, iguais ou mais graves ainda.

Tudo passa.

Até mesmo os argumentos, as políticas, os momentos.  Agora é outro momento, que a humanidade entende que errou. E quer agora é reparar erros e danos. E dá para consertar. E dá para trabalhar corretamente, na forma da lei.  O Estado não quer “quebrar” ninguém. O Estado é parceiro. Mas, a GOVERNANÇA destas unidades florestais, podem ser feitas rapidamente, de várias maneiras.

As comunidades indígenas, os extrativistas, os ribeirinhos, todos podem colaborar e ao mesmo tempo geri-las. Desde que aja uma ação do Estado de oferecer a compensação pelos serviços ambientais prestados. Porque miséria e meio ambiente preservado não se combinam. Este tema tem sido objeto de debates internacionais, mas, deve fluir, desburocratizado, recursos dos fundos verdes, existentes por aí. A iniciativa privada também pode, os bancos, as ONGs, enfim, o terceiro setor. Manter florestas em pé, é uma tarefa para quem ama o meio ambiente, ama e entende o valor delas, em pé, para o sequestro do carbono da atmosfera.

E o carbono aqui é tudo. É a raiz, o caule, os galhos, as folhas, flores e frutos. É o peso de uma árvore completa. É isto que é carbono sequestrado.

A concessão das unidades, como a Floresta Nacional do Jamari, em Rondônia, é outra forma inteligente. É seguir este caminho. Aqui, por este artigo, eu convido a todos para este fantástico trabalho, que venham idéias, formas, parcerias para este programa reparador, que é o de proteger as nossas florestas, enquanto é tempo. A destruição é um holocausto de outra forma.

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