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Cresce o tráfico de remédios para emagrecer

Somente até abril deste ano, os fiscais já recolheram quase 10 mil canetas do mercado ilegal

Com a popularização dos remédios usados contra obesidade, aumentou também o número de apreensões desses medicamentos no país. Especialistas alertam sobre os riscos de usar esses produtos falsificados ou comprados no mercado ilegal.

As apreensões de canetas emagrecedoras feitas pela Receita Federal deram um salto. Em 2023, foram apenas sete unidades. Em 2024, mais de 2,5 mil. E somente até abril deste ano, os fiscais já recolheram quase 10 mil canetas do mercado ilegal.

Os medicamentos foram desenvolvidos para tratar diabetes e obesidade, mas acabaram atraindo o interesse de pessoas que apenas querem emagrecer sem fazer muito esforço. Custa bem caro: cerca de R$ 1 mil por mês. O valor chama a atenção do crime organizado, que está investindo em roubos de farmácias e importação ilegal dos medicamentos.

Daqui a duas semanas, começa a valer a obrigatoriedade de retenção de receita para compra das canetas, como já ocorre com antibióticos. A restrição pode aumentar a busca no mercado ilegal, que não tem garantia nenhuma de qualidade.

O produto precisa de refrigeração constante. Os criminosos vendem até botox pirata. Na última sexta, a Anvisa disparou um alerta: o lote W07310 do medicamento Dysport é falso e não deve ser utilizado.

Maria Edna de Melo, diretora da Sociedade Brasileira de Diabetes, comenta que muitas vezes não se sabe nem o que usam dentro desses produtos, então o problema vai desde a ineficácia até efeitos colaterais totalmente desconhecidos

Por Filipe Peixoto

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