InícioDestaquesAutoridades políticas e Aprosoja lideram movimento contra Moratória da Soja

Autoridades políticas e Aprosoja lideram movimento contra Moratória da Soja

Abiove e ANEC querem limitar exportações da soja produzida na Amazônia Legal

Rondônia é um Estado, ainda, em fase de formação. Com pouco mais de 40 anos de emancipação político-administrativa caminha rapidamente para consolidação na agropecuária, setor onde está concentrada sua força econômica. A estimativa da safra de soja para esse ano é de 4,1 milhões de toneladas, 8,7% superior a anterior.

Diretores da Associação de Produtores de Soja e Milho de Rondônia-Aprosoja estiveram reunidos com os deputados estaduais, em razão da Moratória da Soja, implantada por países europeus e praticada no Brasil por empresas multinacionais com sérios prejuízos para o País.

A preocupação com a Moratória da Soja, é que os compradores do produto para industrias de óleo só prestigiem Estados onde não houveram desmatamento. A maioria das propriedades rurais de Rondônia cumpre rigidamente o Código Florestal, que permite somente 20% de desmatamento, o restante deve ser preservado.

O momento é crítico, porque a maior parte da soja produzida em Rondônia é exportada para indústrias em outros Estados e para o exterior. A moratória envolve os Estados da Amazônia Legal.

O assunto foi pauta da Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa, os deputados trabalham um Projeto de Lei coletivo para impedir que as tradings boicotem a comercialização da soja produzida em Rondônia. Querem impedir, que a economia do Estado seja prejudicada, por isso, a mobilização deve ser encampada pelos prefeitos, vereadores, associações, sindicatos, entidades organizadas, pecuaristas (corte e leite).

Também é necessário cobrar a Federação das Indústrias do Estado de Rondônia-Fiero, de a necessidade de implantação de indústrias de óleo de soja, por exemplo, produzida em larga escala. Por que não uma indústria de óleo de soja em Candeias do Jamari, onde poderia ser criado um Parque Industrial padrão e de custo baixo utilizando toda a infraestrutura política em Porto Velho, (Governo do Estado e Assembleia Legislativa), aeroporto, porto graneleiro, etc.

A Moratória da Soja é um pacto firmado entre a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC) em 2006, com o compromisso de não comercializar soja proveniente de áreas desmatadas na Amazônia Legal.

A medida, apesar de seus objetivos nobres, vai de encontro com legislações ambientais dos estados e pode gerar impactos negativos na economia, afetando especialmente os pequenos produtores.

Por Waldir Costa 

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