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Programa “Peixe Saudável” garante maior qualidade do pescado rondoniense para os mercados nacional e internacional

O Governo de Rondônia, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), reforça as ações voltadas para o Programa “Peixe Saudável” em consonância com a Instrução Normativa nº 04 MPA/2015, que institui o Programa Nacional de Sanidade de Animais Aquáticos de Cultivo-“Aquicultura com Sanidade” para assegurar que o pescado de Rondônia corresponda às exigências sanitárias dos mercados nacionais e internacionais.

O objetivo deste programa é o atendimento especializado ao piscicultor da agricultura familiar em análise de água e de peixes para auxiliá-lo na manutenção da qualidade sanitária dos animais, mediante adoção de boas práticas de manejo.

Segundo destacado pelo secretário da Agricultura, Evandro Padovani, o governador de Rondônia, coronel Marcos Rocha, tem fortalecido as medidas para que se invista fortemente junto à Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão rural do Estado de Rondônia (Emater) na aquisição de equipamentos de última geração para ajudar o produtor a criar peixe de melhor qualidade. “Um dos equipamentos são os laboratórios móveis, que colocamos, por meio da Seagri e Superintendência Estadual de Desenvolvimento Econômico e Infraestrutura (Sedi), para a Emater levar esse trabalho técnico junto ao produtor rural para que possamos acompanhar e certificar a qualidade do peixe em Rondônia”, finalizou.

ANUÁRIO

O Estado de Rondônia ocupa há cinco anos a liderança como maior produtor de peixes nativos do país, sendo o tambaqui a principal espécie produzida em cativeiro, com 90% de toda a produção. Em seguida, vem a jatuarana, com 6%; o pintado, com 2%; e pirarucu, também com 2%. São mais de 80 mil toneladas de peixes produzidas anualmente no Estado, conforme apontam os dados Anuário Peixe BR 2020, da Associação Brasileira da Piscicultura, que valoriza, fomenta e defende a cadeia da produção de peixes no Brasil.

De acordo com a nutricionista Maria Aucinete Nepomucena, os peixes cultivados em cativeiros são mais seguros por terem uma alimentação balanceada e o enriquecimento das rações destinadas aos organismos aquáticos representa a possibilidade de se agregar valor à piscicultura, por intermédio da produção de uma carne de qualidade superior para o consumo humano atendendo à demanda de mercado. “Porém os peixes criados em cativeiro possuem mais ácidos graxos (gorduras), por se locomoverem pouco e receberem ração para engorda. Para o consumo deve-se retirar toda a gordura aparente”, recomenda.

A Seagri divulgou uma nota na semana passada para esclarecer alguns fatos sobre as informações noticiadas recentemente, relacionando o tambaqui à ocorrência dos raros casos da síndrome de Haff, conhecida como doença da “urina preta”. De acordo com a nota, até o momento, não há qualquer publicação científica ou relato da comunidade médica relacionando a doença ao consumo de pescado de cultivo. “Os peixes produzidos em Rondônia, em especial o tambaqui, são cultivados com base na sustentabilidade, com segurança sanitária e acompanhados por profissionais e piscicultores experientes para produzir os melhores peixes”, conforme informa a nota.

O consumo de peixe em cativeiro não oferece risco à saúde humana

A nutricionista ressaltou que o consumo de peixe em cativeiro não oferece risco à saúde humana. Os peixes representam uma fonte de proteína de alta qualidade, com menos gordura, os quais estão diretamente associados à saúde humana pelo seu efeito protetor. O tambaqui, peixe mais produzido e consumido em Rondônia, está entre os peixes amazônicos com maior valor nutricional.

PROTEÍNAS

A carne do tambaqui é rica, principalmente em proteínas de alto valor biológico, com vitaminas do complexo B, que são importantes para a saúde mental, pele, cabelos, melhora a digestão e absorção de nutrientes; fósforo que é um dos principais componentes dos ossos e dentes. Também atua na contração muscular e tem uma função essencial para o bom funcionamento do organismo; ácidos graxos poli-insaturados, como Ômega 3 e Ômega 6, antioxidantes naturais que reduzem os riscos de câncer, previne doenças cardiovasculares, baixa o colesterol LDL (ruim) e aumenta HDL (bom).

“Dentre os benefícios, é importante ressaltar que o peixe auxilia no processo de emagrecimento, por ser uma fonte de proteína com menos gordura. Apresenta efeito cardioprotetor no organismo após o consumo e possui baixíssimos níveis de colesterol”, disse a nutricionista.

Os peixes podem ser consumidos de várias formas de preparo, assado, ensopado, grelhado, cozido e recomenda-se apenas que se evite ou reduza o consumo em forma de frituras. Pode ser inserido na alimentação desde a infância.

Fonte
Texto: Sara Cicera
Fotos: Daiane Mendonça, Renata Silva e Paulo Sérgio
Secom – Governo de Rondônia

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