Um estudo internacional liderado pelo Instituto de Ciência e Tecnologia Ambiental da Universidade Autônoma de Barcelona argumenta que, se gerenciada de forma sustentável com antecedência, a pesca poderia aliviar a escassez de alimentos mesmo após um conflito nuclear.
Durante o último meio século, o sistema mundial de produção de alimentos forneceu de maneira estável a população humana em rápido crescimento. Mas eventos imprevisíveis como guerras ou erupções vulcânicas podem interromper rapidamente a produção de alimentos e deixar as prateleiras dos supermercados vazias.
Um estudo internacional co-liderado pelo Instituto de Ciência e Tecnologia Ambiental da Universidade Autônoma de Barcelona (ICTA-UAB) e publicado na revista Proceedings da Academia Nacional de Ciências (PNAS), fornece as primeiras estimativas sobre qual seria a situação da pesca oceânica global após conflito nuclear. Os pesquisadores afirmam que, embora a pesca não pudesse compensar a grande perda de produção agrícola em terra, teria o potencial de amortecer a situação, mas apenas se a pesca estivesse em um estado saudável antes da crise alimentar.
Os resultados são baseados em modelos de computador de última geração que simulam como os efeitos de uma guerra nuclear potencial se infiltram no sistema terrestre. Um modelo global do oceano prevê mudanças na temperatura do oceano, correntes e luz solar disponível, que determinam a quantidade de alimento disponível para permitir que os peixes cresçam. Portanto, ele simula a resposta das frotas pesqueiras mundiais às mudanças no crescimento e na demanda por peixes.
Por: AGROLINK –Leonardo Gottems