Em viagem pela Europa, numa região chamada Francia Corta, na Itália, ao lado de Brescia, são produzidas uvas especiais que se transformam em vinhos e destilados, grapas fantásticas como uma degustei chamada Acquavite de castanha. Imaginem que um hectare de terra aqui custa mais de um milhão e quinhentos mil euros, ou seja, estamos na terra do agronegócio sofisticado, fino e do luxo.
Mas, a lição hoje foi a de mergulhar na próxima revolução da gestão do agronegócio chamada Certificação Sensorial. Já estamos com selos, certificados de origem e rastreabilidade dentro do agronegócio brasileiro. A próxima mudança vem com um estudo que assegura o consumidor se aquela laranja, tomate, café, carne, leite ou soja, está dentro de padrões sensoriais. Quer dizer que, a medida em que o produtor certifica a sensorialidade do produto, ele estaria dizendo para você que aquele produto, além de ter rastreabilidade e segurança alimentar, ele também tem dentro dele, o padrão esperado para sua qualidade vitamínica, de sabor, de cheiro. E tudo isso muito acima do padrão da beleza. Se os melhores experts em qualidade dos alimentos aprovassem o produto, por exemplo, esse estaria dentro dos padrões sinestésicos de qualidade.
Muita comida vai para o lixo por estar feia, o pimentão que não ficou bonito, a laranja que não ganhou o troféu de miss Brasil, ou a manga que não passou no teste de top model. Com a certificação sensorial, tudo isso será desvendado, e o que vai interessar cada vez mais no agronegócio será a sua qualidade efetiva e sensorial, acima de outros padrões estéticos que só servem ao desperdício.
Em Francia Corta, na Itália, ao lado do Dr. Luigi Odelo, da Universidade de Udine, e do Instituto Assaggiatori, participei de um show de análise sensorial, com a grapa, Acquavite di Castagne.
Se vier a Itália, não deixe de visitar o Borgo Antico San Vitale, no Borgonato di Corte Franca, e você pode ver tudo isso também pela internet, através do website: www.borgoanticovitale.it
Direto da Europa, estudando o agronegócio a partir das cidades, para compreender a agrossociedade. E agora vem ai, certificação sensorial, um passo além da rastreabilidade.
Sobre o CCAS
O Conselho Científico para Agricultura Sustentável (CCAS) é uma organização da Sociedade Civil, criada em 15 de abril de 2011, com domicilio, sede e foro no município de São Paulo-SP, com o objetivo precípuo de discutir temas relacionados à sustentabilidade da agricultura e se posicionar, de maneira clara, sobre o assunto.
O CCAS é uma entidade privada, de natureza associativa, sem fins econômicos, pautando suas ações na imparcialidade, ética e transparência, sempre valorizando o conhecimento científico.
Os associados do CCAS são profissionais de diferentes formações e áreas de atuação, tanto na área pública quanto privada, que comungam o objetivo comum de pugnar pela sustentabilidade da agricultura brasileira. São profissionais que se destacam por suas atividades técnico-científicas e que se dispõem a apresentar fatos concretos, lastreados em verdades científicas, para comprovar a sustentabilidade das atividades agrícolas.
A agricultura, apesar da sua importância fundamental para o país e para cada cidadão, tem sua reputação e imagem em construção, alternando percepções positivas e negativas, não condizentes com a realidade. É preciso que professores, pesquisadores e especialistas no tema apresentem e discutam suas teses, estudos e opiniões, para melhor informação da sociedade. É importante que todo o conhecimento acumulado nas Universidades e Instituições de Pesquisa seja colocado à disposição da população, para que a realidade da agricultura, em especial seu caráter de sustentabilidade, transpareça.
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