Agricultores familiares da região de Porto Velho (RO) receberam treinamento sobre o plantio do café canéfora (conilon e robusta).
Especificamente da variedade conilon BRS Ouro Preto, a primeira cultivar de café da Embrapa, desenvolvida especialmente para Rondônia e região Amazônica. “Um cafezal produtivo inicia-se com um bom preparo do solo e o plantio adequado das mudas”, explica o pesquisador da Embrapa Rondônia Marcelo Curitiba. Esta recomendação e o passo a passo de como realizar a implantação de uma lavoura de café foram repassados aos produtores rurais na última semana, na área do Projeto Arroz com Feijão – Projeto Piloto de Uso da Faixa Deplecionável do reservatório da Usina Hidrelétrica Jirau e das Áreas de terra Firme de seu Entorno, localizada próximo a Mutum Paraná, distrito da capital.
Atento a todas as dicas e recomendações, o produtor Diniz Machado aproveitou também para tirar dúvidas sobre práticas que utilizava em seu cafezal e que hoje mudaram para tornar a lavoura mais eficiente e ainda mais produtiva. “Eu tinha cafezal em Ariquemes (RO) e agora quero plantar aqui em Jaci. Estou vendo que muitas coisas mudaram e a gente precisa aprender para que a lavoura seja lucrativa pra gente”, comentou o produtor. Segundo o pesquisador, após esta fase de implantação do cafezal os agricultores poderão acompanhar a poda de formação e as demais etapas de condução da lavoura.
Esta ação faz parte da implantação de Unidades de Aprendizagem, parte deste projeto de parceria entre a Embrapa Rondônia e a Energia Sustentável do Brasil (ESBR), e contou com o apoio da Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento de Porto Velho (Semagric) e Empresa Estadual de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater-RO) . Ao todo serão cinco unidades com culturas que apresentam potencial para desenvolvimento na região: café, mandioca, banana, abacaxi e cana de açúcar (para alimentação animal). Estas unidades serão espaços de mobilização e compartilhamento de conhecimentos entre a equipe da Embrapa Rondônia, técnicos e produtores familiares da região, buscando o desenvolvimento rural sustentável pela adoção de tecnologias apropriadas.
De acordo com o chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Rondônia, Frederico Botelho, “o público poderá acompanhar no dia-a-dia a implantação e a condução de todas as práticas recomendadas pela Embrapa, durante todo o ciclo destas culturas, pois a área estará aberta para visitação diariamente”, explica. Além disso, ele acrescenta que os eventos técnicos serão realizados de acordo com o calendário de tratos culturais de cada cultura, em que os pesquisadores e técnicos da Embrapa Rondônia estarão no local apresentando as práticas adequadas. Já foram realizados três treinamentos com a presença de técnicos e produtores da região, sendo abordados os cuidados a serem tomados e as práticas adotadas na implantação das culturas da mandioca, cana de açúcar e do café. “Para que as tecnologias geradas pela pesquisa promovam uma inovação no setor produtivo, garantindo a sustentabilidade das atividades agropecuárias desenvolvidas na região, é preciso capacitar a assistência técnica, oferecendo ao produtor condições de adotar as tecnologias”, conclui Botelho.
A Embrapa Rondônia e a Energia Sustentável do Brasil (ESBR) são parceiras para o desenvolvimento deste Projeto Piloto, buscando o desenvolvimento de soluções tecnológicas e a transferência de tecnologia para o desenvolvimento rural sustentável das áreas de influência da Usina Hidrelétrica Jirau e que acabam por influenciar no desenvolvimento de toda a região de Porto Velho.
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Renata Silva (MTb 12361/MG)
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