O Valor Bruto da Produção agropecuária (VBP) de Rondônia em 2015 é o mais alto dos últimos cinco anos.
Chegou a R$ 6,8 bilhões, segundo dados apurados em outubro pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Esse número é R$ 21,9 milhões a mais que no mesmo período de 2014. Do total, as lavouras representam R$ 2,1 bilhões; e a pecuária R$ 4,6 bilhões.
Apesar do resultado favorável, o grupo de lavouras que sustentou o VPB não é grande. Os maiores aumentos do indicador ocorreram nas culturas de milho, com 29,43{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}; cacau, com 19,23{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}; café conilon, com 15,24{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}; soja, com 13,2{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}; e a mandioca, com 1,18{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}. Os elevados volumes de produção de milho, café e soja tiveram maior contribuição no elevado VBP deste ano.
Ainda de acordo com o VBP, na pecuária oproduto que teve melhor desempenho foram os ovos, com 11,15{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}. Entre os produtos que apresentaram redução do valor da produção em relação ao ano passado, os maiores percentuais são o arroz (-16,53{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}), leite (-11,89{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}), feijão (-6,78{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}) e a carne bovina (-2,8{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da}).
Segundo o secretário de Estado da Agricultura, Evandro Padovani, os bons resultados são referentes às ações do governo em busca do fortalecimento das cadeias produtivas. “Nos últimos anos estamos organizando as cadeias produtivas em representações, e isso começa a dar resultado, que é o caso do café e do cacau que tiveram ótimos percentuais no VBP deste ano”, expliou.
Mesmo apresentando redução, a carne bovina é o produto com maior expressividade no VBP de Rondônia, com mais de R$ 3,7 bilhões. “Temos a perspectiva para o primeiro trimestre de 2016 uma visita de auditores da comunidade europeia, com a proposta de habilitar mais três estados no País para exportação de carne para aquele bloco econômico. Acreditamos que com a essa abertura, o cenário será positivo no próximo ano”, destacou o coordenador de Agropecuária da Seagri, Júlio Peres.
“O estado tem aptidão para a produção agropecuária. O que precisamos é continuar organizando essas cadeias para que os produtores tenham representatividade nas decisões pertinentes às suas atividades. Além de intensificar a diversificação de atividades dentro da propriedade com novas tecnologias de produtividade. Desta forma, iremos continuar crescendo”, garantiu Padovani.
REGIÕES
No ranking por regiões do indicador, o Sul mantém a liderança, com VBP em 2015 de R$ 136,3 bilhões. Em seguida, aparecem o Centro-Oeste, com R$ 127,2 bilhões; Sudeste, com R$ 117,4 bilhões; Nordeste, com R$ 44,6 bilhões; e o Norte, com R$ 27,4 bilhões.
Os estados que lideram o Valor Bruto da Produção são Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Rondônia aparece na 12ª no ranking nacional.
O prognóstico preliminar da SPA mostra que o VBP de 2016 poderá atingir R$ 488,6 bilhões, cerca de 0,3 {b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} maior que 2015. Baseada nos dados divulgados recentemente pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Coordenação-Geral de Estudos e Análises observa que há uma tendência de redução da produção do milho total, especialmente na da primeira safra, e de acréscimo da colheita de soja em 2016.
O VBP mostra a evolução do desempenho das lavouras e da pecuária ao longo do ano, e corresponde ao faturamento bruto dentro do estabelecimento. Calculado com base na produção da safra agrícola e da pecuária, e nos preços recebidos pelos produtores nas principais praças do País, dos 26 maiores produtos agropecuários do Brasil, o valor real da produção, descontada a inflação, é obtido pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
A estimativa do VBP é elaborada pela Coordenação-Geral de Planejamento Estratégico, vinculada à Assessoria de Gestão Estratégica do Mapa.