Quatro técnicos do Governo da Bahia estão em Rondônia para conhecer de perto o Programa de Verticalização da Pequena Produção Agropecuária (Prove), implantado pelo governo do Estado.
A visita começou pelo gabinete do secretário Evandro Padovani, e continua até sexta-feira (23) após viagem a vários municípios do eixo da BR-364, a fim de verificar experiências exitosas no agronegócio familiar.
“Wilson de Vasconcelos, diretor da CAR (Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional, braço executor de políticas para o pequeno produtor da Secretaria de Desenvolvimento Rural do Estado da Bahia), pesquisando na Internet descobriu casos fantásticos de experiências de sucesso de famílias do campo que, com o apoio do Governo de Rondônia, deixaram a informalidade e montaram agroindústrias modelo”, diz a engenheira civil da CAR, Mariana Gusmão.
O chefe da missão, Gilmar Bomfim, coordenador de projetos especiais da CAR, relata que quando souberam do alinhamento entre a Seagri e parceiros, com os órgãos fiscalizadores do Estado, e que os entraves burocráticos foram sanados, dando origem a uma lei que regula o pequeno agronegócio familiar, resolveram conhecer de perto o programa. “Não tivemos dúvida, montamos a equipe e nos preparamos para vir buscar as soluções que o governo de Rondônia encontrou, porque vocês estão mais adiantados que nós”.
A equipe do Governo da Bahia, que ora visita Rondônia, além de Gilmar Bomfim e Mariana Gusmão, é composta por Aline Morais, veterinária do Consórcio Público Portal do Sertão, e Rosania Trabuco, especialista em gestão de cooperativas e técnica do Movimento de Organização Sanitária (MOC), entidades parceiras do governo daquele estado.
Bomfim explica que o programa Prove rondoniense, de apoio à agricultura familiar, é muito parecido com o equivalente ao governo baiano, “mas têm vários passos que ainda não conseguimos dar, principalmente nas ferramentas legais e na desburocratização da máquina administrativa, a fim de simplificar a vida do nosso pequeno agricultor”.
A facilidade na obtenção de documentos, eliminação da carga tributária e até na obtenção de linhas de crédito também chamaram a atenção. No caso de cooperativas, o Governo de Rondônia até doa equipamentos. “70{b160333f6ceb1080fb3f5716ac4796e548b167cdf320724da9e478681421f6da} da nossa produção vem do pequeno agricultor e queremos este modelo na Bahia”, define Bomfim.
O secretário Evandro Padovani lembra que quando o governador Confúcio Moura ainda era prefeito de Ariquemes, implantou um programa que serviu de base para o Prove estadual. Este programa providencia desde o planejamento da pequena agroindústria, até a obtenção de documentos e certificações como o Sistema de Inspeção Estadual (SIE) e o Sistema de Inspeção Federal (SIF). A Empresa Estadual de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater) é a principal parceira junto ao homem do campo, levando tecnologia, apoio documental e na comercialização dos produtos.
“De 27 pequenas agroindústrias em 2011, passamos para mais de 500 totalmente regularizadas e em operação. Isso chamou a atenção dos nossos colegas da Bahia, assim como tem despertado interesse em vários outros estados e tem trazido grandes empresários interessados em implantar suas fábricas, frigoríficos, processadoras e empresas de transformação em nosso estado de Rondônia”, explica Evandro Padovani.
Fonte
Texto: Marco Aurélio Anconi
Fotos: Marco Aurélio Anconi
Secom – Governo de Rondônia