Recém integrado ao Governo de Transição, em Brasília, o empresário catarinense Jorge Seif Júnior, que assumirá a Secretaria Nacional de Pesca e Aquicultura (Seap), vinculada ao Ministério da Agricultura, falou nesta quarta-feira à tarde sobre o que esperar da nova gestão.
Seif é armador de pesca e conhece os meandros do negócio. Sabe que enfrentará um setor marcado por insegurança jurídica e problemas crônicos com prazos e procedimentos. Em entrevista à coluna, gravada via Whatsapp, o novo secretário se mostrou otimista _ e comentou que o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), considerou ressuscitar o Ministério da Pesca.
Potência
“Temos condições de tornar a pesca uma potência, como vemos no agronegócio. O Brasil tem sua riqueza na agricultura e a pesca precisa fazer parte desse cenário, de riqueza, exportação, criação de renda, postos de trabalho, de produção de alimento”.
Comer peixe
“A missão que o capitão (presidente eleito) tem nos entregue é fazer o brasileiro comer mais pescados, trazer pra mesa do brasileiro mais produtos ligados à pesca. Nossa média de consumo fica na casa de 10, 11 quilos por ano, enquanto outros países, que nem têm costa, têm maior consumo que o nosso.
Estatística
“Outro ponto focal é governar com a comunidade científica, retornar com as estatísticas que estão defasadas ou inexistentes. Precisamos de segurança jurídica para o setor produtivo de forma geral. Licenças de pesca,condições de trabalho. As demandas são gigantes do Norte ao Sul do Brasil”.
Pesca na Agricultura
“Acredito que estejamos agora na nossa casa. O Ministério da Agricultura tem tradição de mais de 100 anos, daqui se regula, se legisla, se define, se fazem todas as atividades ligadas à produção rural. É uma casa que tem todos os subsídios para transformar nossa atividade com capacitação, assistência técnica, cabeças pensantes, todas as condições de fortalecer o nosso setor, que tem sido jogado de um lado para o outro”.
Ministério
“O capitão comentou que gostaria de ressuscitar o Ministério da Pesca e Aquicultura, mas obviamente não e o momento porque a pesca precisa ser repaginada, reordenada. Estamos juntando os cacos”.
Por Dagmara Spautz